quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Reconstrução da Síria vai custar US$ 250 bilhões, diz enviado especial das Nações Unidas

Reconstrução da Síria vai custar US$ 250 bilhões, diz enviado especial das Nações Unidas


Valor foi declarado pelo enviado especial da ONU, Staffan de Mistura; guerra civil na região já dura seis anos
A reconstrução da Síria custará pelo menos US$ 250 bilhões, disse nesta segunda-feira (28/11) Staffan de Mistura, enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para o país. Ele informou aos Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU que a guerra dos últimos seis anos obrigou metade da população síria a fugir das suas casas.
De Mistura disse acreditar que chegou o momento da verdade para o diálogo, falando dos preparativos para a oitava rodada das conversas de paz entre as partes do conflito que devem começar esta terça-feira (29/11) em Genebra, com participação de uma delegação do governo da Síria e representantes da oposição.
A ação de "várias partes e as várias mudanças de agenda" estiveram entre os obstáculos para se obter um acordo nos últimos anos, disse o enviado especial da ONU. Segundo ele, continua real "o perigo de fragmentação da integridade territorial, da soberania e da independência" da Síria.
De Mistura falou ainda da atuação Estado Islâmico do Iraque do Iraque e do Levante (EI),  grupo terrorista que considerou o "maior e o mais rico da história. Os integrantes do EI vieram de mais de 100 países, praticando o uso da força contra civis numa escala horrível", argumentou.

Foto: ONU News

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Comboio recuou
Ele destacou a preocupação das Nações Unidas com a violência ocorrida nas últimas semanas na parte oriental da região síria de Ghoutha, após um comboio de várias agências da ONU e da Cruz Vermelha da Síria não ter conseguido entrar na localidade de Nashabieh. Estima-se que 400 mil pessoas vivam nessa área rural de Damasco.
Os confrontos obrigaram o comboio a recuar com alimentos, artigos de saúde e de nutrição para mais de 7 mil necessitados da região. De Mistura disse que a decisão foi tomada após a ocorrência de bombardeios e explosões, apesar de terem sido dadas garantias de passagem segura antes do deslocamento do comboio.

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