segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A "batalha de ideias" de Maringá (PR) e a vitória da democracia

LULA

Opinião | A "batalha de ideias" de Maringá (PR) e a vitória da democracia

Na batalha das ideias, o que torna uma organização ou um fato grandioso são seus conteúdos, posturas e moral elevada

Maringá (PR)
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A Frente Brasil Popular de Maringá lançou neste sábado (13) o Comitê pela Defesa da Democracia e pelo Direito à Livre Eleições / Frente Brasil Popular de Maringá
O dia 13 de janeiro entra para história de Maringá e região e com ecos para todo o Brasil. Isto porque, mesmo sob toda ameaça de forças econômicas e políticas reacionárias, a Frente Brasil Popular de Maringá e região lançou, com muita moral, na câmara municipal da cidade, o Comitê pela Defesa da Democracia e pelo Direito à Livre Eleições, sobretudo de Lula poder ser candidato. O objetivo é exigir um julgamento justo e imparcial em segunda instância no caso da condenação do ex-presidente Lula. O comitê, no seu ato de lançamento, já deliberou para que membros da região de Maringá possam estar na vigília em Porto Alegre (RS) nos próximos dias 22, 23 e 24 de janeiro, pela não condenação de Lula no TRF-4. O Comitê denuncia que Lula sofre os efeitos de judicialização da política na decisão do juiz federal de primeira instância Sergio Moro, pois este o teria condenado sem provas concretas.
As forças reacionárias de Maringá, capitaneadas pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), quiseram impedir o lançamento do Comitê, marcando para mesma data, hora e local um manifesto contra Lula. Alguns veículos de comunicação pré-intitularam o dia como "A Batalha de Maringá", remetendo à ideia do confronto iminente. No entanto, essas forças acumularam sucessivas derrotas. Utilizaram de uma postura antidemocrática ao tentar impor e confrontar com a organização do evento do lançamento do comitê. Foram, por conta disso, previamente impedidos pela Polícia Militar de cercar a câmara, contrariando profundamente seus intentos iniciais. Por fim, provocaram, organizaram e publicaram que reuniriam 10 mil participantes, quando não reuniram nem mil pessoas, que foram precocemente dissipadas pelas chuvas de janeiro.
Por outro lado, com 700 pessoas, sendo um público para muito além dos 250 inicialmente esperados, a Frente Brasil Popular não só lançou formalmente o Comitê, como deu exemplo de civilidade, de coragem, de insubordinação a ameaças alheias. A luta é pelo restabelecimento do Estado Democrático de Direito, abalados profundamente no golpe de 2016, que não é só para Lula, mas para todo o povo brasileiro. Essa mensagem é a que marca e que ecoará para o povo. Na batalha das ideias, o que torna uma organização ou um fato grandioso são seus conteúdos, suas posturas e portanto sua moral elevada. Vitória da Democracia.
*João Flávio Borba é integrante da Frente Brasil Popular de Maringá (PR)
Edição: Ednubia Ghisi

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