quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Oposição da Venezuela se recusa a assinar acordo e negociações com governo são interrompidas OPOSIÇÃO TERRORISTA

Oposição da Venezuela se recusa a assinar acordo e negociações com governo são interrompidas


Um dos pontos de debate era a data das eleições presidenciais, mas, mesmo depois de consenso, oposição 'entendeu que não era obrigada a assinar acordo', disse presidente Danilo Medina
As negociações entre governo e oposição foram interrompidas após os oposicionistas se recusarem a assinar o acordo esboçado pelas partes nas últimas semanas em sucessivos encontros na República Dominicana. O anúncio foi feito nesta quarta (07/02) pelo presidente dominicano Danilo Medina.
Na sexta-feira (02/02), as partes haviam acertado que voltariam a Santo Domingo somente para assinar o acordo, que estava, em tese, fechado. Foi nesse clima que o ministro venezuelano Jorge Rodríguez (06/02) disse, na tarde de terça, ao chegar na República Dominicana, que depois de estar "até altas horas da noite [de segunda] dialogando com a oposição, chegamos a 100% de acordo. Hoje teremos firma em prol da paz da Venezuela".
No entanto, pouco tempo depois, o líder da comitiva opositora, o deputado Julio Borges, do partido Primeiro Justiça, declarou que ainda não havia acordo. "Ainda faltam  definir alguns pontos que ficaram em aberto na semana passada", disse o dirigente à imprensa, já na ilha caribenha.
Medina disse que as partes haviam chegado a um acordo, ainda que em temas polêmicos. “Uma das principais críticas da oposição era sobre a data das eleições. O governo queria que fosse no dia 8 de março; a oposição 10 de julho. [As partes] foram cedendo e chegaram a um consenso de que seria no dia 22 de abril", relatou o presidente dominicano.
Mesmo depois de chegarem a uma definição, "a oposição não entendeu que era obrigada a assinar esse acordo ontem [terça] e pediu tempo para ver o documento que havia sido trabalhado entre as partes", disse Medina.
O governo venezuelano, contudo, entendeu que esse era o prazo limite para a assinatura do documento final. "A delegação do governo não pôde ficar [na República Dominicana] para esperar a reunião da oposição, pois tinham eventos políticos a serem realizados na Venezuela. Se retiraram na noite de terça”, prosseguiu.
Depois disso, os opositores entregaram outro documento, uma nova proposta de acordo, ao presidente dominicano, que remeterá o texto para o governo da Venezuela. Porém, a notícia de um novo documento não foi bem recebida pela outra parte da negociação.
"Em consulta ao governo venezuelano, o presidente Nicolás Maduro disse que só assinará o documento de ontem [original], que se havia trabalhado entre as partes. De qualquer maneira, nós enviaremos ao governo o documento que a oposição nos entregou. Mas não devemos esperar uma resposta", afirmou Medina.
Telesur

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Zapatero
Segundo o ex-presidente de Governo espanhol José Luis Zapatero, também mediador da negociação, o acordo final original foi redigido por ele e Medina, em conjunto com os chanceleres de outros países, entre eles Bolívia, Nicarágua, São Vicente e Granadinas, México e Chile.
Apesar da atitude da oposição e de sua mudança de postura, Medina disse que o presidente venezuelano está disposto a cumprir tudo o que foi discutido e acordado previamente com os opositores.
"O presidente Maduro expressou seu desejo de seguir dialogando, inclusive, me disse que está disposto a honrar todos os pontos acordados pelo governo até a terça-feira, ainda que sem a assinatura da oposição", revelou Medina.
Por sua parte, a oposição também teria manifestado desejo de seguir dialogando, conforme contou o mandatário da República Dominicana. Entretanto, a partir de agora, o diálogo entre a oposição e o governo venezuelano entra um “processo indefinido”, sugere Medina.
Em declarações feitas na tarde desta quarta, Maduro disse que continua acreditando na negociação. "O diálogo é o único caminho para a paz. Estou disposto a seguir conversando com a oposição, quando rompam as amarras com o império”, afirmou o presidente venezuelano. "Quero dizer que tenho aqui o acordo. Pedi ao ministro Jorge Rodríguez que o publique de forma imediata. Vou assinar e vamos cumprir os pontos estabelecidos", disse Maduro durante o evento de lançamento do novo partido Somos Venezuela.
(*) Com Brasil de Fato

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