Delfim e a operação sem fim
Não se sabe, em detalhes, o que buscam, a esta altura, as batidas policiais ordenadas pelo juiz Sérgio Moro em locais que, segundo os jornais, seriam ligados ao ex-ministro Delfim Netto;
Tanto tempo e tantos escândalos depois, é pouco provável que, se é que de fato existiram, já não existam provas do que seriam negócios ligados ao consórcio Norte Energia para a construção de Belo Monte.
Se não se pode saber se existem e que papéis buscam, um papel é evidente que está sendo procurado: o de protagonista do estado policial brasileiro.
Lançado na penumbra desde que cumpriu o seu papel de algoz do ex-presidente Lula, Sérgio Moro volta ao centro do noticiário, pelo menos por uma manhã, ou por um dia, ou por uma semana. Mais, quem sabe, a depender de encontrar-se algo que sirva como combustível para sua fogueira não das , mas de vaidade.
Delfim Neto, além dos 80 anos, está longe de ser o todo poderoso que foi.
O todo poderoso, hoje e quem sabe por quanto tempo e com que objetivos a mais, é Sérgio Moro.
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