segunda-feira, 14 de maio de 2018

Lula diz que vai manter luta pela inocência até ver 'justiça triunfar' no país


PERSISTÊNCIA

Lula diz que vai manter luta pela inocência até ver 'justiça triunfar' no país

Monge Marcelo Barros visitou ex-presidente na tarde de hoje. "Ele está sereno, tranquilo, bem de saúde e disposto”, contou. Religioso criticou instituições religiosas oficiais, que “estão omissas e ausentes”
por Redação RBA publicado 14/05/2018 18h56, última modificação 14/05/2018 18h56
JOKA MADRUGA / AGÊNCIA PT
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Monge Marcelo Barros: libertar não apenas Lula, mas libertar Deus da cadeia das religiões
São Paulo – O monge beneditino Marcelo Barros visitou na tarde de hoje (14) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo ele, o petista “está sereno, tranquilo, bem de saúde e disposto”. De acordo com o monge, Lula voltou a mandar recado à militância. “Quero que diga que estou tranquilo, consciente de que sou vítima de uma armação política, e que eles (os militantes) formam uma alma coletiva que não me deixa desistir”, disse Lula.
“Vou me manter firme na candidatura, na luta pela minha inocência, até ver a justiça nesse país triunfar e a gente construir juntos, nós todos, um mundo de direitos para todos”, acrescentou o ex-presidente, de acordo com o relato.
Perguntado sobre como o povo nordestino encara a situação após a prisão de Lula e a resistência em Curitiba, Barros disse que, em sua opinião, a população considera o que está acontecendo “um verdadeiro milagre”.
“Porque, apesar de toda propaganda da Globo, toda a imprensa e meios de comunicação e a cultura das ruas, digamos assim, (que) impõem intolerância, ódio e animosidade contra o PT e contra Lula especificamente, as pesquisas mostram que a maioria imensa das classes C e D, os mais pobres, estão com Lula e não abre mão disso”.
Para ele, com a prisão e as condenações do ex-presidente, sua popularidade no Nordeste não diminuiu, mas, ao contrário, aumentou. Barros é pernambucano de Camaragibe.
Ele criticou as instituições religiosas oficiais, que “estão omissas e ausentes”. Por outro lado, enfatizou, as pastorais “comprometidas verdadeiramente com o povo” participam ativamente  manifestações e vigílias. “Precisamos libertar não apenas Lula da cadeia, mas libertar Deus da cadeia das religiões”, enfatizou Marcelo Barros.
Pela manhã, na vigília, o deputado federal Marco Lula Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara dos Deputados, Markus Sokol, integrante da executiva nacional do PT, e Angelo Vanhoni, secretário-geral do PT do Paraná, participaram do rotineiro “Bom dia, presidente Lula”.
Em debate realizado no acampamento, Maia e Sokol denunciaram a influência dos Estados Unidos no golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff e a ligação de procuradores da Lava Jato com autoridades norte-americanas.
Essa cooperação entre agentes brasileiros e norte-americanos está em total desacordo com as leis brasileiras, de acordo com eles. Maia afirmou ainda que apenas Lula pode interromper o retrocesso, a suspensão de direitos e a destruição da soberania nacional desencadeados pelo governo Michel Temer após o golpe.
Ontem (13), a coordenação da vigília divulgou uma nota reafirmando o caráter pacífico de suas mobilizações e denunciou uma "manifestação fascista" contra o acampamento liderada pelo militante Eder Borges, vinculado ao deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) e ao MBL.

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