quarta-feira, 4 de julho de 2018

ELEIÇÕES 2018 PT protesta por exclusão em debate promovido pela CNI


ELEIÇÕES 2018

PT protesta por exclusão em debate promovido pela CNI

"Nenhum governo investiu tanto no financiamento e modernização da indústria, na competitividade e na abertura de mercados", diz o partido. "Não há qualquer razão de ordem legal para excluir Lula"
por Redação RBA publicado 04/07/2018 17h19, última modificação 04/07/2018 18h15
JOSÉ PAULO LACERDA / CNI
lula na cni em 2010.jpg
Lula prestigia posse de presidente da CNI, em 2010: partido protesta por não ter sido convidado para debate
 São Paulo – O PT divulgou nesta quarta-feira (4) nota em que protesta contra a exclusão no debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com pré-candidatos à Presidência da República. Segundo o partido, a entidade patronal "deixou de conhecer as ideias e propostas de quem reúne as melhores condições de pacificar o país e retomar o caminho do desenvolvimento", referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O governo Lula promoveu o mais longo e estável período de crescimento econômico da história, ao longo do qual o PIB cresceu constantemente. Nenhum governo investiu tanto no financiamento e modernização da indústria, na competitividade e na abertura de mercados internacionais", afirma o PT, em nota assinada por sua presidenta nacional, senadora Gleisi Hoffmann (PR). "O setor industrial brasileiro conhece Lula e sabe do que ele é capaz, principalmente em situações de crise, como aquela que o mundo enfrentou em 2008 e que superamos por meio do diálogo entre o governo e os representantes empresariais."
"É dessa experiência, dessa capacidade de diálogo e desse compromisso que o Brasil precisa, especialmente neste dia em que o IBGE anuncia uma retração de 10,4% na produção industrial do país", acrescenta Gleisi.
"Foi uma grande decepção, portanto, saber que a CNI realizou sua tradicional sabatina com os pré-candidatos sem ter convidado o PT a designar um representante daquele que lidera todas as pesquisas. Temos sido convidados por outras organizações nacionais e contribuído para o debate por meio de cartas do Lula e do programa de governo", protesta a senadora.
A entidade patronal convidou seis pré-candidatos: Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB). Foram excluídos, além de Lula, outros nomes mais identificados com o campo progressista, como Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D´Ávila (PCdoB). Ambos situam-se nas pesquisas eleitoras em condições similares a Henrique Meirelles e Álvaro Dias. Procurada, a CNI não se manifestou. 
"Não há qualquer razão de ordem legal para excluir Lula de debates ou sabatinas. A candidatura do ex-presidente será registrada pelo PT no dia 15 de agosto e somente uma decisão posterior da Justiça Eleitoral, se provocada, poderá levantar a hipótese de inelegibilidade.  Até lá, ele é pré-candidato como qualquer de seus adversários e tem o direito de expor suas ideias", argumentou a presidenta do partido.

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