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Italiano diz que juristas europeus veem prisão de Lula como ‘monstruosidade’
Afirmação foi feita pelo ex-primeiro-ministro Massimo D’Alema, depois de visita na sede da PF em Curitiba. Já para representante do México, ex-presidente mantém espírito combativo ‘de sempre’
por Redação RBA publicado 13/09/2018 18h55
MAURO CALOVE
D´Alema e Cárdenas: Lula mantém o espírito, a coragem, a visão e a mesma vontade de servir ao povo brasileiro
São Paulo – Em visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Polícia Federal, em Curitiba, na tarde desta quinta-feira (13), o ex-primeiro-ministro da Itália Massimo D’Alema afirmou que os juristas europeus consideram sua prisão uma monstruosidade jurídica. “A repercussão da prisão na Europa não chegou a atingir a imagem de Lula. Os juristas europeus constataram que a condenação veio em um processo em que não foram garantidos os direitos dele e não existem provas que o incriminam. Condenar Lula a 12 anos é uma monstruosidade, esse é o pensamento dos juristas europeus”, afirmou à imprensa ao deixar a Superintendência da PF.
“Encontrei Lula muitas vezes na minha vida e nunca imaginei encontrá-lo como prisioneiro. Em todos os encontros, aqui e no Planalto, ele mantém o mesmo espírito, a mesma coragem, a mesma visão, e a mesma vontade de servir ao povo brasileiro. E apesar da injustiça que sofreu, ele é um homem sereno que continuará a ser muito precioso para este país, depois de ter sido o melhor presidente que o Brasil já teve”, afirmou ainda o representante da Itália.
“Eu acho que também é isso que explica a solidariedade que o povo tem para com Lula e que há em todo o mundo, mesmo em ambientes que não são de esquerda, pelo que ele soube merecer. Então, surge como revolta a crueldade a que ele está sendo submetido”, destacou D’Alema.
Já o ex-governador do Distrito Federal do México Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano, que também participou da visita, disse que encontrou Lula com “o mesmo espírito combativo de sempre”. Segundo ele, a situação do ex-presidente é de plena injustiça. “Temos confiança que a luta dele é também uma luta do povo brasileiro contra as injustiças que estão cometendo”, declarou.
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