domingo, 2 de dezembro de 2018

Isso não interessa ao judiciário brasileiro.

02 DE DEZEMBRO DE 2018, 08H54

Fraude com CPF de idosos garantiram disparos em massa de WhatsApp na campanha, diz jornal

Segundo relato de um ex-funcionário, “as empresas cadastraram celulares com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas que ignoravam o uso de seus dados".
O “Caixa 2 do Bolsonaro”, como ficou conhecida a denúncia de que empresários financiavam o disparo em massa de mensagens de WhatsApp, utilizou de CPF de idosos para o registro de chips. Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que uma rede de empresas que ofereceram os serviços durante as eleições recorreu à fraude para viabilizar o disparo em massa.
Entre as agências envolvidas no esquema está a Yacows. Especializada em marketing digital, ela prestou serviços a vários políticos e foi subcontratada pela AM4, produtora que trabalhou para a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo relato de um ex-funcionário à Folha, “as empresas cadastraram celulares com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas que ignoravam o uso de seus dados. Ele enviou à reportagem uma relação de 10 mil nomes de pessoas nascidas de 1932 a 1953 (de 65 a 86 anos) que, afirma, era distribuída pela Yacows aos operadores de disparos de mensagens”.
De acordo com a reportagem, a lei exige o cadastro de CPFs existentes para liberar o uso de um chip. “Como o WhatsApp trava números que enviam grande volume de mensagens para barrar spam, as agências precisavam de chips suficientes para substituir os que fossem bloqueados e manter a operação.”
Leia aqui a reportagem assinada pelos jornalistas Artur Rodrigues e Patrícia Campos Mello.

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