247 - O líder nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, atribuiu neste domingo 9 a execução de dois militantes do movimento na Paraíba, José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, ao discurso de violência propagado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), contra movimentos sociais e pessoas de esquerda durante a campanha.
"A execução dos dois militantes do movimento na Paraíba é resultado da propaganda de violência e impunidade que o capitão neofascista fez durante a campanha. Esperamos que a violência não prospere. Nossa solidariedade às famílias dos companheiros assassinados. #Mataram2SemTerra", postou Stédile em sua conta no Twitter.
Na noite deste sábado 8, ele havia publicado a notícia: "Dois trabalhadores rurais do MST, Orlando e Rodrigo, foram assassinados no acampamento Dom José Maria Pires, em Mata Redonda, na Paraíba. A informação que recebemos é que homens encapuzados invadiram o acampamento e executaram os dirigentes políticos do movimento".
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), repudiou o ato de violência e foi até a Paraíba para participar do velório dos militantes assassinados. "Importante evidenciar e denunciar todo e qq tipo de violência ao Brasil e ao mundo. Peço q utilizem suas redes sociais, canais de comunicação p/ divulgarem o ato de hj e a violência contra MST. Tristeza", publicou Gleisi.
Por volta de 16h, ela escreveu ainda que Bolsonaro assumirá a presidência com as "mãos sujas de sangue" por conta das execuções. "A execução dos 2 companheiros do MST na PB é muito grave. A violência contra lideranças sociais deve crescer no Brasil, mesmo antes da posse de Bolsonaro, q assumirá com as mãos sujas de sangue e a moral suja por mentiras e fraudes. Denunciaremos e resistiremos!".
Em sua conta no Twitter, ela relembrou declarações já feitas pelo presidente eleito contra o MST. "Queremos tipificar as ações do MST e do MTST como terrorismo",
disse ele durante a campanha. "Quero que matem esses vagabundos do MST", discursou em Vitória (ES) em novembro do ano passado, quando afirmou também que "a propriedade privada é sagrada".
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