Eu
não disse aquilo que disse!
É cada vez mais impressionante a falta de preparo do
ex-capitão para governar o país. Na verdade, com menos de um mês no governo, o
mundo inteiro já reparou que, além do discurso contra as esquerdas e o desejo de
destruir o PT, ele não tem nada para apresentar. Nem um só projeto para o país,
nem uma só demonstração de que tenha algum conteúdo de estadista.
E, na quarta-feira (16), mais uma demonstração de que
tudo o que existe nele é um discurso “quase ideológico” do fascismo, mas muito
duvidoso quanto aos resultados, mesmo para seus amos. E estamos falando do encontro
entre dois capachos estadunidenses que almoçaram juntos para jurar “por todas
as juras” o ódio ao governo legitimamente eleito da Venezuela.
A conversa do ex-militar com seu novo amigo, Mauricio
Macri, mostra o quanto ele não sabe o que diz. Ao tomar posse, declarou em
todos os jornais que sua prioridade era a aproximação com o Chile e que o
Mercosul era um tema que não tinha pressa. Agora recebe o pulha argentino para
dizer que “é preciso reconstruir um Mercosul puro e limpo”, livre das ideias independentistas
que pretendem livrar o continente do neoliberalismo.
Em declaração à imprensa após reunião com o militar da
reserva no Palácio do Planalto, Macri disse que os governos brasileiro e
argentino se preocupam com a situação dos venezuelanos e reafirmam sua posição
de condenar o que classificam de “ditadura de Nicolás Maduro”.
“Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder
com eleições fictícias, encarcerando opositores e levando os venezuelanos a uma
situação desesperadora”, afirmou o líder argentino. “Reiteramos que reconhecemos
a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela, eleita
democraticamente pelo povo venezuelano.”
No mesmo dia, o filho do presidente (que está tentando
se livrar de uma investigação de corrupção e escondendo seu motorista) declarou
a alguns jornais que vai coordenar, em Brasília, um grupo para tratar da “transição
democrática na Venezuela”.
Depois do encontro com Macri e algumas conversas com o
embaixador estadunidense, o ex-capitão passou a defender que o Mercosul seja
aperfeiçoado e mais enxuto. “No plano interno, o Mercosul precisa valorizar a
sua tradição original, com abertura comercial, redução de barreiras e
eliminação de burocracias. O propósito é construir um Mercosul enxuto, que
continue a fazer sentido e ter relevância”, disse.
Mauricio Macri está, na verdade, preocupado com as
próximas eleições em seu país. No dia 27 de outubro deste ano os argentinos irão
às urnas para escolher presidente, deputados e governadores.
P Falta moral aos dois. Muito rico o artigo do
jornalista argentino Luis Bruschtein, em Página 12. Ele já começa sua análise
dizendo que “nem um e nem o outro tem autoridade moral ou democrática para
criticar Maduro”, com o que concordamos integralmente (que fique registrado).
Mas o jornalista nos traz uma reflexão muito
interessante: “A prioridade dos EUA é a Venezuela. Não tem argumentos
econômicos para oferecer aos países latino-americanos. O que oferece é tão
somente um plano de combate ao narcotráfico e ao terrorismo”, discurso vazio
que já vem usando há tanto tempo que caiu no descrédito.
Ele destaca que são dois governos “muito ideológicos”,
mas que essa carga de ideologia está apenas voltada para uma relação com os EUA
que não traz qualquer benefício para a região.
P Protestos contra aumento de passagens. Nossos
jornais procuraram esconder de todas as formas, mas a imprensa internacional
reproduziu com fotos, vídeos e entrevistas os acontecimentos em São Paulo
quando a polícia reprimiu com mais violência do que ao habitual as manifestações
de rua contra o aumento dos preços das passagens.
Durante o governo do PT a matéria estaria na primeira
página de todos os jornais, mas agora todos tratam de esconder.
A mobilização aconteceu na quarta-feira (16), no mesmo
dia do encontro dos capachos em Brasília, e a polícia paulista usou bombas de
gás e muita violência para dispersar os manifestantes. Sabe-se que, que pelo
menos, 14 pessoas foram presas.
A imprensa internacional registrou toda a manifestação
e entrevistou um jovem que disse: “nós só estávamos protestando contra o
aumento no preço das passagens e nada fizemos ou dissemos contra a polícia que estava
nos acompanhando. De uma hora para outra, começaram a jogar bombas. Nós estávamos
sentados no chão, ouvindo discursos”.
Esse jovem só esqueceu que agora vivemos em outro Brasil.
A polícia bate mesmo, e a imprensa, mais do que nunca, está quieta.
P Definitivamente, temos uma “justissa” sem moral. O
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender o
procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro (MP-RJ) para apurar movimentações financeiras de Fabricio Queiroz
considerada “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf). Por sorteio, o relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello, mas, em
razão do recesso do Judiciário, Fux, ministro de plantão, decidiu.
Fux atendeu a pedido do deputado estadual e senador
eleito Flavio “filho do ex-capitão” (PSL-RJ), de quem Queiroz foi assessor. Fux
determinou a suspensão da investigação temporariamente, até que Marco Aurélio
Mello tome uma decisão, após o recesso, que termina no próximo dia 31.
O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que aponta uma
movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor. O
documento integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da
Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de
novembro.
Para quem não acompanhou, esqueceu ou não viu na grande
imprensa, vamos recordar: 1 – Queiroz era assessor ou motorista do Flávio, mas
isso nunca ficou claro; 2 – mas, se era motorista, é o primeiro que já vi
andando no bando de trás do carro; 3 – aí o COAF (Controle de Atividades
Financeiras) descobre que ele movimentou mais de 1,2 milhão de reais em sua
conta bancária; 4 – descobre também que ele deu um cheque de 24 mil reais para
a esposa do ex-capitão, pai do seu patrão; 5 – o tal Queiroz desaparece e não
atende a três chamados do Ministério Público para prestar depoimento; 6 – suas
filhas, também intimadas, não dão a mínima para a chamada e não aparecem para
depor; 7 – aí se descobre que uma das filhas (Nathália) recebia mensalmente seu
salário do gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília, sem uma falta sequer,
desde 2016 até 2018; 8 – mas a tal Nathália, durante o mesmo período, era instrutora
em uma academia de ginástica e ‘personal trainer’; 9 – aí, o tal Queiroz dá uma
entrevista ao SBT dizendo que era vendedor de carros usados e que “fazia
dinheiro”; 10 – curiosamente, o levantamento da sua conta mostra que os
depósitos eram feitos sempre nas mesmas datas que “coincidentemente”
correspondia aos pagamentos dos assessores; 11 – então, ele sumiu e aparece em
um hospital com um laudo de câncer e que não tinha condições de depor; 12 –
pouco depois, aparece em um vídeo dançando com a esposa e fazendo pose de
‘arminha’; 13 – no auge do imbróglio, Flávio exige que o STF suspenda as
investigações e proíba a abertura das contas do Queiroz; 14 – sem mais o que
comentar, o ministro do STF, Luiz Fux, proíbe a continuação do processo...
P Sem qualquer vergonha... A nomeação dos ministros
e secretários do governo do ex-militar é uma verdadeira piada e nem vamos
comentar que, entre os ministros já nomeados, sete estão com processos na “justissa”
e até já foram condenados em instâncias inferiores. Mas, vamos deixar isso de
lado, não é. Para um governo que tem uma ministra louca que vê Jesus na
goiabeira e um ministro que acha que liquidificador é tão perigoso quanto uma arma,
o resto é tudo alegria!
Taíse de Almeida Feijó, funcionária da agência de
comunicação contratada pelo PSL para a disseminação de fake news pelo WhatsApp
durante o pleito eleitoral, foi nomeada na segunda-feira (14), no Diário
Oficial da União, assessora de gabinete do secretário-geral da Presidência,
Gustavo Bebianno. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Consideradas determinantes no resultado final do
processo eleitoral, as mensagens disparadas em massa pelo Whatsapp pagas por
recursos de empresários – prática considerada ilegal por configurar Caixa 2 –
eram contratados por Taíse, segundo a agência AM4 Brasil Inteligência Digital
afirmou à reportagem da Folha.
Agora ex-funcionária da agência, após ter atuado como
gerente de projetos por oito anos, Taíse terá um cargo comissionado no Palácio
do Planalto, receberá um salário de cerca de R$ 10,3 mil e será acompanhada de
perto por Bebianno, um dos principais nomes à frente da campanha eleitoral de
Bolsonaro.
Isso para não comentarmos o caso de um tal de Carlo
Victor Guerra Nagem. Já ouviram falar? Não? Então saibam que é o novo gerente
executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras e “amigo-particular”
do ex-militar. Sem esquecer que Antônio Mourão, filho do vice-presidente e general
da reserva Hamilton Mourão, foi agora promovido a assessor especial da
presidência do Banco do Brasil.
P Vamos fazer outra guerra? Para quem já esqueceu e
para os mais novos que nos acompanham, em 1982 o regime militar na Argentina se
desfazia aos poucos, depois de levar terror ao povo, criar uma situação social
insustentável e deixar o país à beira de uma bancarrota. A “brilhante ideia” do
ditador de plantão, Leopoldo Fortunato Galtieri Castelli, foi iniciar uma
guerra contra a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas.
Nosso Informativo não vai discutir agora se a reivindicação
é justa. Acreditamos, sim, que pertencem à Argentina, mas a guerra foi usada
para encobrir a total derrota política e econômica dos militares. E seu final,
depois da morte de 649 argentinos e 258 britânicos, em 75 dias que deixaram o
mundo em suspense, foi o marco para a derrocada final dos generais que empalmaram
o poder e impuseram o terror.
Por que lembramos isso? Como dissemos no Informativo
anterior, a Argentina vive uma das maiores taxas de desemprego da sua história,
uma crise social profunda com famílias em dificuldades até para pagar uma condução
e ir para o trabalho. E agora temos uma notícia ainda mais preocupante.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos
da Argentina, a inflação em 2018 alcançou a incrível marca de 47,6% e deixou o
governo de Macri em um beco em saída. Os alimentos tiveram um aumento de 51,2%!
Todo o seu discurso está desmoronando e as próximas
eleições presidenciais estão se aproximando. Derrubar Cristina Fernández e usar
o judiciário local para persegui-la parece não estar surtindo o efeito
desejado. Manifestações de rua já acontecem em todo o país e devem piorar com o
inverno, quando o preço dos combustíveis para calefação vai trazer mais
protestos.
Qual a saída? Hora... Seguir o exemplo dos seus ídolos
militares e começar uma guerra para distrair a atenção da população. E, neste
momento, nada melhor do que se aliar a outro desvairado na América do Sul para “bolar”
um plano contra a Venezuela, atendendo aos interesses de Washington. Tudo em um
mesmo pacote.
P Venezuela recorre à ONU. O chanceler Venezuelano,
Jorge Arreaza, esteve reunido com o secretário-geral da ONU, António Guterres,
na quarta-feira (16), e aproveitou para denunciar a tentativa de golpe por
parte dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro.
O chanceler, que descreveu a situação ao
secretário-geral da ONU, já havia criticado via Twitter o secretário de Estado
Americano, Mike Pompeo, além de “outros porta-vozes extremistas que tentam
desestabilizar o país e incitar a violência”.
Em outro post no Twitter, Arreaza afirmou que Pompeo
“não conformado em liderar um bloqueio econômico criminoso e uma operação de
agressão internacional contra a Venezuela, agora promove descaradamente um
golpe de Estado, citando artigos de uma Constituição que claramente não conhece".
Um comunicado oficial, assinado pelo Ministério das
Relações Exteriores da Venezuela, na segunda-feira (14), acusa os EUA de
utilizar outros países da região para desestabilizar a democracia venezuelana.
P Médicos cubanos chegam à Venezuela. Mais de 2.500 médicos
cubanos que saíram do Brasil estão agora na Venezuela, ampliando o sistema de
saúde do país e levando atendimento às regiões mais distantes. Segundo nota
oficial brasileira, mais de 1.400 localidades que eram atendidas pelos cubanos
permanecem sem qualquer serviço de saúde e os postos e hospitais estão fechados.
A “Misión Barrio Adentro” é um programa social criando
no Governo de Hugo Chávez, com ampla colaboração do governo cubano, para levar
serviços gratuitos ao povo através da instalação de centenas de módulos de
atenção construídos nas regiões distantes e bairros populares do país.
P O México de López Obrador. Começando a cumprir
seus compromissos de campanha, rompendo com o autoritarismo interno e a ingerência
estadunidense no país, o governo do presidente mexicano, Andrés Manuel López
Obrador, ativou um Plano de Atenção com objetivos humanitários que permitirá
que os migrantes da América Central possam ser incluídos na dinâmica econômica
e social da região, uma vez que sua permanência for regularizada.
A escolha da nova política de migração do governo
mexicano é receber de braços abertos a nova leva de migrantes da América
Central que chegaram com a caravana que partiu da cidade de San Pedro Sula no
começo desta semana.
Com a ativação do plano, os migrantes que chegaram ao
país receberam uma pulseira com o selo do Ministério do Interior e um código QR
para iniciar a gestão da regulação migratória e obter os documentos de
residência.
Em outra medida, ainda mais ampla para acabar com a
rede paramilitar construída por Washington no país, a Câmara dos Deputados do
México aprovou na quarta-feira (16) as reformas constitucionais encaminhadas por
López Obrador no sentido de criar uma Guarda Nacional que vai se deslocar por
todo o território do México para realizar trabalhos de segurança pública.
A proposta do Presidente é para combater a conhecida violência
que se impôs no país e dar mais segurança à população. Afinal de contas, todos
conhecem as muitas histórias de assassinatos de líderes políticos no país até
hoje não solucionados, sem falarmos do caso dos 43 estudantes desaparecidos
desde 2014.
Além disso, a Guarda Nacional terá como uma das suas
tarefas substituir o exército e a marinha na luta contra o crime organizado e o
tráfico de drogas. E vale lembrar que, há décadas, esse serviço foi criado, montado
e dirigido por Washington que, na verdade, manda nas Forças Armadas do país.
P Mas a direita e os saqueadores do México não dão trégua!
No nosso Informativo passado falamos que um dos principais alvos de López
Obrador é combater o roubo de gasolina que leva o país a uma difícil situação econômica.
Em uma medida inusitada, o Governo autorizou a abertura
das contas de empresas vinculadas ao setor e o resultado foi o já esperado por
todos. O secretário de Segurança e Proteção Cidadã do México, Alfonso Durazo,
divulgou a informação de que as contas bancárias de 27 empresas foram bloqueadas
por irregularidades fiscais, possivelmente ligadas ao roubo de combustível.
Cerca de 435 pessoas já foram detidas.
Das 27 empresas investigadas, 13 compartem franquias
com a empresa Petróleos Mexicanos, mas não existe registro formal de compra de
combustível.
Curiosamente, poucas horas depois do anúncio sobre as
investigações, na tarde de sexta-feira (18), ocorre uma explosão em uma
extração clandestina de combustível no município de Tlahuelilpan, no Estado de
Hidalgo, centro do México. São, pelo menos, 66 mortos e mais de 80 feridos, de
acordo com as autoridades locais. Duas horas antes da detonação, na área,
localizada a pouco mais de 100 quilômetros da capital mexicana, as autoridades
- que temem que o número de vítimas aumente com o passar do tempo - souberam de
um vazamento intencional de combustível.
Nosso Informativo não acredita em “coincidências” (veja
abaixo artigo sobre a Colômbia). Quando as empresas começam a ser investigadas
por roubo de gasolina ocorre um “acidente” desses?
P O que se passa na Colômbia? Como dissemos acima,
nosso Informativo não acredita em “acidentes”. E hoje, ao ler o ocorrido na Colômbia,
não foi possível deixar de lembrar a história da bomba do Rio Centro, em abril
de 1981 que todos conhecem. Mas, o que isso tem com a Colômbia?
Vamos tentar entender, mas é preciso uma análise mais
tranquila para não deixar passar informações em branco.
Em primeiro lugar, sabemos que a Colômbia é o mais
importante aliado dos EUA na região e serve como um “cãozinho” para provocar
atritos com a Venezuela. E, mais do que isso, é o país onde mais líderes
sociais são assassinados sem que aconteçam investigações ou prisões de
responsáveis.
Ainda na terça-feira (15), Víctor Manuel Trujillo,
membro da direção da Associação de Irmandades de Agroecologia e Mineração de
Guacamocó, foi assassinado. Ele era também um cantor popular e se apresentava
em comunidades e encontros sociais. Em 2018 foram 172 assassinatos de líderes
populares colombianos.
Por outro lado, entidades estudantis colombianas estão
mobilizadas e fazem manifestações de ruas em defesa da educação e exigindo investigações
sobre os líderes sociais assassinados. A União Nacional de Estudantes de Nível
Superior anuncia estar comprometida com a paz no país e exige que o Governo
tome medidas. E pede também que o Esquadrão Móvel Antidistúrbios seja
desarticulado, pela violência já conhecida no país.
Em 2016, depois de uma longa negociação intermediada por
Cuba, o governo colombiano e as FARC-EP assinaram um acordo de paz que foi comemorado
no mundo inteiro. Em troca, Cuba ofereceu mil bolsas de estudos para estudantes
colombianos. Mas, quando todos acreditavam que o mesmo seria encaminhado com o
outro grupo guerrilheiro, o ELN (Exército de Libertação Nacional), novas
eleições no país levam ao poder um presidente mais à direita e mais afinado com
os interesses estadunidenses. Resultado: nada de acordo!
Desde o final de 2018 a opinião pública colombiana vem
exigindo do governo que retome as negociações o ELN e que, finalmente, se alcance
uma paz no país. Estudantes, trabalhadores e cidadãos em geral se mobilizam
pela paz, mas chegamos à quinta-feira (17), pela manhã, quando um carro-bomba
explode diante da Escola de Cadetes da Colômbia. Morreram 21 pessoas e 68 ficaram
feridas.
O mundo inteiro se comove e os países mais subalternos
dos interesses estadunidenses enviam mensagens de condolências e anunciam apoio
ao governo. Sem perder tempo, o presidente Iván Duque corre para a imprensa,
minutos depois, e anuncia que toda e qualquer negociação com o ELN está suspensa.
Bem, neste ponto lembramos do capitão Sérgio Ribeiro
Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio “Macaco”. Em 1968 ele se recusou a
cumprir ordens do brigadeiro João Paulo Moreira Burnier para explodir o gasômetro
do Rio de Janeiro e dinamitar uma represa. Apenas a explosão do gasômetro, planejada para
ocorrer na hora do rush, mataria em torno de 100 mil pessoas. E o plano era
deixar no local panfletos para que a população acreditasse que era “obra dos
comunistas”.
Atentado do Rio Centro, explosão do Gasômetro,
afundamento do encouraçado Maine, atentado na Praça Haymarket, Chicago, em
1886. A lista de falsos atentados é imensa. Nosso Informativo, como dissemos,
não acredita em “acidentes”.
P Na França, o movimento está nas ruas. O movimento
dos “coletes amarelos” surgiu em novembro do ano passado e nosso Informativo
fez matéria tentando explicar as razões das mobilizações e apontar algumas
alternativas para não ser facilmente encampado pela extrema-direita francesa.
A realidade é que neste sábado (19), o movimento volta
às ruas pelo décimo final de semana seguido. E agora a polícia de Paris mobilizou
nada menos do que 5.000 policiais uniformizados (não se sabe o número de agentes
atuando paralelamente). Foram deslocados para o centro da capital francesa oito
veículos blindados.
O presidente neoliberal, Macron, anunciou oficialmente
o início das conversas com o movimento, mas as condições oferecidas não
atenderam às propostas de democratizar o diálogo para que toda a população possa
participar.
Como esperávamos, o movimento que iniciou com protestos
contra os aumentos dos impostos sobre os combustíveis mudou sua qualidade e
agora exige melhorias salariais para os trabalhadores e o fim dos cortes nos orçamentos
sociais que estavam sendo planejados por Macron.
P Trump ladra e a China passa... Ou algo parecido. Mas
a verdade é que enquanto Trump faz ameaças e tenta boicotar todos os negócios
da China, o país vai crescendo muito bem.
A atividade mercantil chinesa, em 2018, teve um
crescimento de 9,7%, o que equivale a um movimento de 30,51 bilhões de yuanes
(aproximadamente 4,5 bilhões de dólares). E, segundo dados oficiais, as exportações
tiveram uma alta de 7,1% (equivalendo a 16,42 bilhões de yuanes), enquanto as
importações chegaram a totalizar 14,09 bilhões de yuanes.
A tendência de crescimento, depois do projeto da nova
Rota da Seda, está se mantendo e deve alcançar novos recordes em 2019. E Trump
continua envolvido com sua briga e o governo “fechado” sem orçamento para pagar
funcionários.
P Um alerta para a humanidade. Sempre acompanhamos
as notícias referentes ao nosso planeta e às mudanças que estão sendo impostas
por um processo produtivo destruidor que apenas visa o lucro e não se importa
com o que vai sobrar para o futuro.
Donald Trump (e agora o ex-militar brasileiro eleito
presidente) insistem em negar as mudanças climáticas dizendo que é discurso da
esquerda para impedir o progresso, e se negam a olhar as provas mais
elementares de que estamos diante de um fato real.
Um artigo publicado pela revista Science, na semana
passada, mostra claramente que os oceanos estão se aquecendo a um ritmo 40%
mais rápido do que esperava no último informe científico, datado de 2013.
Os cientistas explicam que os oceanos, de fato,
funcionam como uma enorme bateria de calor, capturando a energia do calor
atmosférico e depois dispersando aos poucos, os oceanos aquecidos estão
enormemente relacionados em tudo, desde o ritmo da subida do mar até a
intensidade dos furacões.
Até o século passado, os cientistas acreditavam que entendiam
a capacidade dos oceanos em absorver o calor, mas agora surpreendem-se porque
não compreendem a mudança na velocidade desse aquecimento.
Em outra matéria, publicada no Ecoportal, vamos encontrar
a relação de imensas florestas que eram defesas naturais e que abrigavam uma
inacreditável biodiversidade, mas que estão sendo destruídas para plantações que
visam o lucro, produzindo mercadorias que logo serão transformadas em lixo
urbano.
Não
brinco mais. Donald Trump anunciou, na
quinta-feira (17), que decidiu cancelar a viagem da delegação estadunidense à
cidade de Davos, na Suíça, onde representantes de vários países se reúnem na
próxima semana para o Fórum Econômico Mundial.
Segundo sua assessoria, “as autoridades são necessárias
em Washington para lidar com a paralisação que atinge vários setores do governo”.
Afinal de contas já são 30 dias de impasse e o governo todo paralisado!
“Em consideração aos 800 mil trabalhadores americanos
que não estão recebendo pagamento e para garantir que sua equipe possa ajudar
como necessário, o presidente Trump cancelou a viagem de sua delegação ao Fórum
Econômico Mundial em Davos, na Suíça”, afirmou a porta-voz da Casa Branca,
Sarah Sanders.
A delegação de cinco pessoas seria chefiada pelo secretário
do Tesouro, Steve Mnuchin, mas contaria com a presença de um velho conhecido
nosso, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o secretário de Comércio, Wilbur
Ross.
De “pirraça”, Trump também proibiu a ida da presidente
da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, em aeronave oficial
para viagem ao exterior.
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