segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Eu não disse aquilo que disse!
É cada vez mais impressionante a falta de preparo do ex-capitão para governar o país. Na verdade, com menos de um mês no governo, o mundo inteiro já reparou que, além do discurso contra as esquerdas e o desejo de destruir o PT, ele não tem nada para apresentar. Nem um só projeto para o país, nem uma só demonstração de que tenha algum conteúdo de estadista.
E, na quarta-feira (16), mais uma demonstração de que tudo o que existe nele é um discurso “quase ideológico” do fascismo, mas muito duvidoso quanto aos resultados, mesmo para seus amos. E estamos falando do encontro entre dois capachos estadunidenses que almoçaram juntos para jurar “por todas as juras” o ódio ao governo legitimamente eleito da Venezuela.
A conversa do ex-militar com seu novo amigo, Mauricio Macri, mostra o quanto ele não sabe o que diz. Ao tomar posse, declarou em todos os jornais que sua prioridade era a aproximação com o Chile e que o Mercosul era um tema que não tinha pressa. Agora recebe o pulha argentino para dizer que “é preciso reconstruir um Mercosul puro e limpo”, livre das ideias independentistas que pretendem livrar o continente do neoliberalismo.
Em declaração à imprensa após reunião com o militar da reserva no Palácio do Planalto, Macri disse que os governos brasileiro e argentino se preocupam com a situação dos venezuelanos e reafirmam sua posição de condenar o que classificam de “ditadura de Nicolás Maduro”.
“Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora”, afirmou o líder argentino. “Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela, eleita democraticamente pelo povo venezuelano.”
No mesmo dia, o filho do presidente (que está tentando se livrar de uma investigação de corrupção e escondendo seu motorista) declarou a alguns jornais que vai coordenar, em Brasília, um grupo para tratar da “transição democrática na Venezuela”.
Depois do encontro com Macri e algumas conversas com o embaixador estadunidense, o ex-capitão passou a defender que o Mercosul seja aperfeiçoado e mais enxuto. “No plano interno, o Mercosul precisa valorizar a sua tradição original, com abertura comercial, redução de barreiras e eliminação de burocracias. O propósito é construir um Mercosul enxuto, que continue a fazer sentido e ter relevância”, disse.
Mauricio Macri está, na verdade, preocupado com as próximas eleições em seu país. No dia 27 de outubro deste ano os argentinos irão às urnas para escolher presidente, deputados e governadores.
P Falta moral aos dois. Muito rico o artigo do jornalista argentino Luis Bruschtein, em Página 12. Ele já começa sua análise dizendo que “nem um e nem o outro tem autoridade moral ou democrática para criticar Maduro”, com o que concordamos integralmente (que fique registrado).
Mas o jornalista nos traz uma reflexão muito interessante: “A prioridade dos EUA é a Venezuela. Não tem argumentos econômicos para oferecer aos países latino-americanos. O que oferece é tão somente um plano de combate ao narcotráfico e ao terrorismo”, discurso vazio que já vem usando há tanto tempo que caiu no descrédito.
Ele destaca que são dois governos “muito ideológicos”, mas que essa carga de ideologia está apenas voltada para uma relação com os EUA que não traz qualquer benefício para a região.
P Protestos contra aumento de passagens. Nossos jornais procuraram esconder de todas as formas, mas a imprensa internacional reproduziu com fotos, vídeos e entrevistas os acontecimentos em São Paulo quando a polícia reprimiu com mais violência do que ao habitual as manifestações de rua contra o aumento dos preços das passagens.
Durante o governo do PT a matéria estaria na primeira página de todos os jornais, mas agora todos tratam de esconder.
A mobilização aconteceu na quarta-feira (16), no mesmo dia do encontro dos capachos em Brasília, e a polícia paulista usou bombas de gás e muita violência para dispersar os manifestantes. Sabe-se que, que pelo menos, 14 pessoas foram presas.
A imprensa internacional registrou toda a manifestação e entrevistou um jovem que disse: “nós só estávamos protestando contra o aumento no preço das passagens e nada fizemos ou dissemos contra a polícia que estava nos acompanhando. De uma hora para outra, começaram a jogar bombas. Nós estávamos sentados no chão, ouvindo discursos”.
Esse jovem só esqueceu que agora vivemos em outro Brasil. A polícia bate mesmo, e a imprensa, mais do que nunca, está quieta.
P Definitivamente, temos uma “justissa” sem moral. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender o procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para apurar movimentações financeiras de Fabricio Queiroz considerada “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Por sorteio, o relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello, mas, em razão do recesso do Judiciário, Fux, ministro de plantão, decidiu.
Fux atendeu a pedido do deputado estadual e senador eleito Flavio “filho do ex-capitão” (PSL-RJ), de quem Queiroz foi assessor. Fux determinou a suspensão da investigação temporariamente, até que Marco Aurélio Mello tome uma decisão, após o recesso, que termina no próximo dia 31.
O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor. O documento integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro.
Para quem não acompanhou, esqueceu ou não viu na grande imprensa, vamos recordar: 1 – Queiroz era assessor ou motorista do Flávio, mas isso nunca ficou claro; 2 – mas, se era motorista, é o primeiro que já vi andando no bando de trás do carro; 3 – aí o COAF (Controle de Atividades Financeiras) descobre que ele movimentou mais de 1,2 milhão de reais em sua conta bancária; 4 – descobre também que ele deu um cheque de 24 mil reais para a esposa do ex-capitão, pai do seu patrão; 5 – o tal Queiroz desaparece e não atende a três chamados do Ministério Público para prestar depoimento; 6 – suas filhas, também intimadas, não dão a mínima para a chamada e não aparecem para depor; 7 – aí se descobre que uma das filhas (Nathália) recebia mensalmente seu salário do gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília, sem uma falta sequer, desde 2016 até 2018; 8 – mas a tal Nathália, durante o mesmo período, era instrutora em uma academia de ginástica e ‘personal trainer’; 9 – aí, o tal Queiroz dá uma entrevista ao SBT dizendo que era vendedor de carros usados e que “fazia dinheiro”; 10 – curiosamente, o levantamento da sua conta mostra que os depósitos eram feitos sempre nas mesmas datas que “coincidentemente” correspondia aos pagamentos dos assessores; 11 – então, ele sumiu e aparece em um hospital com um laudo de câncer e que não tinha condições de depor; 12 – pouco depois, aparece em um vídeo dançando com a esposa e fazendo pose de ‘arminha’; 13 – no auge do imbróglio, Flávio exige que o STF suspenda as investigações e proíba a abertura das contas do Queiroz; 14 – sem mais o que comentar, o ministro do STF, Luiz Fux, proíbe a continuação do processo...
P Sem qualquer vergonha... A nomeação dos ministros e secretários do governo do ex-militar é uma verdadeira piada e nem vamos comentar que, entre os ministros já nomeados, sete estão com processos na “justissa” e até já foram condenados em instâncias inferiores. Mas, vamos deixar isso de lado, não é. Para um governo que tem uma ministra louca que vê Jesus na goiabeira e um ministro que acha que liquidificador é tão perigoso quanto uma arma, o resto é tudo alegria!
Taíse de Almeida Feijó, funcionária da agência de comunicação contratada pelo PSL para a disseminação de fake news pelo WhatsApp durante o pleito eleitoral, foi nomeada na segunda-feira (14), no Diário Oficial da União, assessora de gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Consideradas determinantes no resultado final do processo eleitoral, as mensagens disparadas em massa pelo Whatsapp pagas por recursos de empresários – prática considerada ilegal por configurar Caixa 2 – eram contratados por Taíse, segundo a agência AM4 Brasil Inteligência Digital afirmou à reportagem da Folha.
Agora ex-funcionária da agência, após ter atuado como gerente de projetos por oito anos, Taíse terá um cargo comissionado no Palácio do Planalto, receberá um salário de cerca de R$ 10,3 mil e será acompanhada de perto por Bebianno, um dos principais nomes à frente da campanha eleitoral de Bolsonaro.
Isso para não comentarmos o caso de um tal de Carlo Victor Guerra Nagem. Já ouviram falar? Não? Então saibam que é o novo gerente executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras e “amigo-particular” do ex-militar. Sem esquecer que Antônio Mourão, filho do vice-presidente e general da reserva Hamilton Mourão, foi agora promovido a assessor especial da presidência do Banco do Brasil.
P Vamos fazer outra guerra? Para quem já esqueceu e para os mais novos que nos acompanham, em 1982 o regime militar na Argentina se desfazia aos poucos, depois de levar terror ao povo, criar uma situação social insustentável e deixar o país à beira de uma bancarrota. A “brilhante ideia” do ditador de plantão, Leopoldo Fortunato Galtieri Castelli, foi iniciar uma guerra contra a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas.
Nosso Informativo não vai discutir agora se a reivindicação é justa. Acreditamos, sim, que pertencem à Argentina, mas a guerra foi usada para encobrir a total derrota política e econômica dos militares. E seu final, depois da morte de 649 argentinos e 258 britânicos, em 75 dias que deixaram o mundo em suspense, foi o marco para a derrocada final dos generais que empalmaram o poder e impuseram o terror.
Por que lembramos isso? Como dissemos no Informativo anterior, a Argentina vive uma das maiores taxas de desemprego da sua história, uma crise social profunda com famílias em dificuldades até para pagar uma condução e ir para o trabalho. E agora temos uma notícia ainda mais preocupante.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina, a inflação em 2018 alcançou a incrível marca de 47,6% e deixou o governo de Macri em um beco em saída. Os alimentos tiveram um aumento de 51,2%!
Todo o seu discurso está desmoronando e as próximas eleições presidenciais estão se aproximando. Derrubar Cristina Fernández e usar o judiciário local para persegui-la parece não estar surtindo o efeito desejado. Manifestações de rua já acontecem em todo o país e devem piorar com o inverno, quando o preço dos combustíveis para calefação vai trazer mais protestos.
Qual a saída? Hora... Seguir o exemplo dos seus ídolos militares e começar uma guerra para distrair a atenção da população. E, neste momento, nada melhor do que se aliar a outro desvairado na América do Sul para “bolar” um plano contra a Venezuela, atendendo aos interesses de Washington. Tudo em um mesmo pacote.
P Venezuela recorre à ONU. O chanceler Venezuelano, Jorge Arreaza, esteve reunido com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na quarta-feira (16), e aproveitou para denunciar a tentativa de golpe por parte dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro.
O chanceler, que descreveu a situação ao secretário-geral da ONU, já havia criticado via Twitter o secretário de Estado Americano, Mike Pompeo, além de “outros porta-vozes extremistas que tentam desestabilizar o país e incitar a violência”.
Em outro post no Twitter, Arreaza afirmou que Pompeo “não conformado em liderar um bloqueio econômico criminoso e uma operação de agressão internacional contra a Venezuela, agora promove descaradamente um golpe de Estado, citando artigos de uma Constituição que claramente não conhece".
Um comunicado oficial, assinado pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, na segunda-feira (14), acusa os EUA de utilizar outros países da região para desestabilizar a democracia venezuelana.
P Médicos cubanos chegam à Venezuela. Mais de 2.500 médicos cubanos que saíram do Brasil estão agora na Venezuela, ampliando o sistema de saúde do país e levando atendimento às regiões mais distantes. Segundo nota oficial brasileira, mais de 1.400 localidades que eram atendidas pelos cubanos permanecem sem qualquer serviço de saúde e os postos e hospitais estão fechados.
A “Misión Barrio Adentro” é um programa social criando no Governo de Hugo Chávez, com ampla colaboração do governo cubano, para levar serviços gratuitos ao povo através da instalação de centenas de módulos de atenção construídos nas regiões distantes e bairros populares do país.
P O México de López Obrador. Começando a cumprir seus compromissos de campanha, rompendo com o autoritarismo interno e a ingerência estadunidense no país, o governo do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ativou um Plano de Atenção com objetivos humanitários que permitirá que os migrantes da América Central possam ser incluídos na dinâmica econômica e social da região, uma vez que sua permanência for regularizada.
A escolha da nova política de migração do governo mexicano é receber de braços abertos a nova leva de migrantes da América Central que chegaram com a caravana que partiu da cidade de San Pedro Sula no começo desta semana.
Com a ativação do plano, os migrantes que chegaram ao país receberam uma pulseira com o selo do Ministério do Interior e um código QR para iniciar a gestão da regulação migratória e obter os documentos de residência.
Em outra medida, ainda mais ampla para acabar com a rede paramilitar construída por Washington no país, a Câmara dos Deputados do México aprovou na quarta-feira (16) as reformas constitucionais encaminhadas por López Obrador no sentido de criar uma Guarda Nacional que vai se deslocar por todo o território do México para realizar trabalhos de segurança pública.
A proposta do Presidente é para combater a conhecida violência que se impôs no país e dar mais segurança à população. Afinal de contas, todos conhecem as muitas histórias de assassinatos de líderes políticos no país até hoje não solucionados, sem falarmos do caso dos 43 estudantes desaparecidos desde 2014.
Além disso, a Guarda Nacional terá como uma das suas tarefas substituir o exército e a marinha na luta contra o crime organizado e o tráfico de drogas. E vale lembrar que, há décadas, esse serviço foi criado, montado e dirigido por Washington que, na verdade, manda nas Forças Armadas do país.
P Mas a direita e os saqueadores do México não dão trégua! No nosso Informativo passado falamos que um dos principais alvos de López Obrador é combater o roubo de gasolina que leva o país a uma difícil situação econômica.
Em uma medida inusitada, o Governo autorizou a abertura das contas de empresas vinculadas ao setor e o resultado foi o já esperado por todos. O secretário de Segurança e Proteção Cidadã do México, Alfonso Durazo, divulgou a informação de que as contas bancárias de 27 empresas foram bloqueadas por irregularidades fiscais, possivelmente ligadas ao roubo de combustível. Cerca de 435 pessoas já foram detidas.
Das 27 empresas investigadas, 13 compartem franquias com a empresa Petróleos Mexicanos, mas não existe registro formal de compra de combustível.
Curiosamente, poucas horas depois do anúncio sobre as investigações, na tarde de sexta-feira (18), ocorre uma explosão em uma extração clandestina de combustível no município de Tlahuelilpan, no Estado de Hidalgo, centro do México. São, pelo menos, 66 mortos e mais de 80 feridos, de acordo com as autoridades locais. Duas horas antes da detonação, na área, localizada a pouco mais de 100 quilômetros da capital mexicana, as autoridades - que temem que o número de vítimas aumente com o passar do tempo - souberam de um vazamento intencional de combustível.
Nosso Informativo não acredita em “coincidências” (veja abaixo artigo sobre a Colômbia). Quando as empresas começam a ser investigadas por roubo de gasolina ocorre um “acidente” desses?
P O que se passa na Colômbia? Como dissemos acima, nosso Informativo não acredita em “acidentes”. E hoje, ao ler o ocorrido na Colômbia, não foi possível deixar de lembrar a história da bomba do Rio Centro, em abril de 1981 que todos conhecem. Mas, o que isso tem com a Colômbia?
Vamos tentar entender, mas é preciso uma análise mais tranquila para não deixar passar informações em branco.
Em primeiro lugar, sabemos que a Colômbia é o mais importante aliado dos EUA na região e serve como um “cãozinho” para provocar atritos com a Venezuela. E, mais do que isso, é o país onde mais líderes sociais são assassinados sem que aconteçam investigações ou prisões de responsáveis.
Ainda na terça-feira (15), Víctor Manuel Trujillo, membro da direção da Associação de Irmandades de Agroecologia e Mineração de Guacamocó, foi assassinado. Ele era também um cantor popular e se apresentava em comunidades e encontros sociais. Em 2018 foram 172 assassinatos de líderes populares colombianos.
Por outro lado, entidades estudantis colombianas estão mobilizadas e fazem manifestações de ruas em defesa da educação e exigindo investigações sobre os líderes sociais assassinados. A União Nacional de Estudantes de Nível Superior anuncia estar comprometida com a paz no país e exige que o Governo tome medidas. E pede também que o Esquadrão Móvel Antidistúrbios seja desarticulado, pela violência já conhecida no país.
Em 2016, depois de uma longa negociação intermediada por Cuba, o governo colombiano e as FARC-EP assinaram um acordo de paz que foi comemorado no mundo inteiro. Em troca, Cuba ofereceu mil bolsas de estudos para estudantes colombianos. Mas, quando todos acreditavam que o mesmo seria encaminhado com o outro grupo guerrilheiro, o ELN (Exército de Libertação Nacional), novas eleições no país levam ao poder um presidente mais à direita e mais afinado com os interesses estadunidenses. Resultado: nada de acordo!
Desde o final de 2018 a opinião pública colombiana vem exigindo do governo que retome as negociações o ELN e que, finalmente, se alcance uma paz no país. Estudantes, trabalhadores e cidadãos em geral se mobilizam pela paz, mas chegamos à quinta-feira (17), pela manhã, quando um carro-bomba explode diante da Escola de Cadetes da Colômbia. Morreram 21 pessoas e 68 ficaram feridas.
O mundo inteiro se comove e os países mais subalternos dos interesses estadunidenses enviam mensagens de condolências e anunciam apoio ao governo. Sem perder tempo, o presidente Iván Duque corre para a imprensa, minutos depois, e anuncia que toda e qualquer negociação com o ELN está suspensa.
Bem, neste ponto lembramos do capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio “Macaco”. Em 1968 ele se recusou a cumprir ordens do brigadeiro João Paulo Moreira Burnier para explodir o gasômetro do Rio de Janeiro e dinamitar uma represa.  Apenas a explosão do gasômetro, planejada para ocorrer na hora do rush, mataria em torno de 100 mil pessoas. E o plano era deixar no local panfletos para que a população acreditasse que era “obra dos comunistas”.
Atentado do Rio Centro, explosão do Gasômetro, afundamento do encouraçado Maine, atentado na Praça Haymarket, Chicago, em 1886. A lista de falsos atentados é imensa. Nosso Informativo, como dissemos, não acredita em “acidentes”.
P Na França, o movimento está nas ruas. O movimento dos “coletes amarelos” surgiu em novembro do ano passado e nosso Informativo fez matéria tentando explicar as razões das mobilizações e apontar algumas alternativas para não ser facilmente encampado pela extrema-direita francesa.
A realidade é que neste sábado (19), o movimento volta às ruas pelo décimo final de semana seguido. E agora a polícia de Paris mobilizou nada menos do que 5.000 policiais uniformizados (não se sabe o número de agentes atuando paralelamente). Foram deslocados para o centro da capital francesa oito veículos blindados.
O presidente neoliberal, Macron, anunciou oficialmente o início das conversas com o movimento, mas as condições oferecidas não atenderam às propostas de democratizar o diálogo para que toda a população possa participar.
Como esperávamos, o movimento que iniciou com protestos contra os aumentos dos impostos sobre os combustíveis mudou sua qualidade e agora exige melhorias salariais para os trabalhadores e o fim dos cortes nos orçamentos sociais que estavam sendo planejados por Macron.
P Trump ladra e a China passa... Ou algo parecido. Mas a verdade é que enquanto Trump faz ameaças e tenta boicotar todos os negócios da China, o país vai crescendo muito bem.
A atividade mercantil chinesa, em 2018, teve um crescimento de 9,7%, o que equivale a um movimento de 30,51 bilhões de yuanes (aproximadamente 4,5 bilhões de dólares). E, segundo dados oficiais, as exportações tiveram uma alta de 7,1% (equivalendo a 16,42 bilhões de yuanes), enquanto as importações chegaram a totalizar 14,09 bilhões de yuanes.
A tendência de crescimento, depois do projeto da nova Rota da Seda, está se mantendo e deve alcançar novos recordes em 2019. E Trump continua envolvido com sua briga e o governo “fechado” sem orçamento para pagar funcionários.
P Um alerta para a humanidade. Sempre acompanhamos as notícias referentes ao nosso planeta e às mudanças que estão sendo impostas por um processo produtivo destruidor que apenas visa o lucro e não se importa com o que vai sobrar para o futuro.
Donald Trump (e agora o ex-militar brasileiro eleito presidente) insistem em negar as mudanças climáticas dizendo que é discurso da esquerda para impedir o progresso, e se negam a olhar as provas mais elementares de que estamos diante de um fato real.
Um artigo publicado pela revista Science, na semana passada, mostra claramente que os oceanos estão se aquecendo a um ritmo 40% mais rápido do que esperava no último informe científico, datado de 2013.
Os cientistas explicam que os oceanos, de fato, funcionam como uma enorme bateria de calor, capturando a energia do calor atmosférico e depois dispersando aos poucos, os oceanos aquecidos estão enormemente relacionados em tudo, desde o ritmo da subida do mar até a intensidade dos furacões.
Até o século passado, os cientistas acreditavam que entendiam a capacidade dos oceanos em absorver o calor, mas agora surpreendem-se porque não compreendem a mudança na velocidade desse aquecimento.
Em outra matéria, publicada no Ecoportal, vamos encontrar a relação de imensas florestas que eram defesas naturais e que abrigavam uma inacreditável biodiversidade, mas que estão sendo destruídas para plantações que visam o lucro, produzindo mercadorias que logo serão transformadas em lixo urbano.
Não brinco mais. Donald Trump anunciou, na quinta-feira (17), que decidiu cancelar a viagem da delegação estadunidense à cidade de Davos, na Suíça, onde representantes de vários países se reúnem na próxima semana para o Fórum Econômico Mundial.
Segundo sua assessoria, “as autoridades são necessárias em Washington para lidar com a paralisação que atinge vários setores do governo”. Afinal de contas já são 30 dias de impasse e o governo todo paralisado!
“Em consideração aos 800 mil trabalhadores americanos que não estão recebendo pagamento e para garantir que sua equipe possa ajudar como necessário, o presidente Trump cancelou a viagem de sua delegação ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
A delegação de cinco pessoas seria chefiada pelo secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, mas contaria com a presença de um velho conhecido nosso, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o secretário de Comércio, Wilbur Ross.
De “pirraça”, Trump também proibiu a ida da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, em aeronave oficial para viagem ao exterior.

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