247 - O jornalista Luís Nassif avalia nesta sexta-feira, 15, a gravidade do protocolo de intenções assinado pelos ministros da Justiça, Sérgio Moro, e da Educação, Ricardo Veléz Rodríguez, para apurar indícios de corrupção no MEC e suas autarquias.
Segundo Nassif, esta medida "é o dado mais sério, até agora, sobre a implantação do estado policial" e lembra das operações na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"Em cima de pequenas irregularidades montaram um circo, com condução coercitiva de reitores e professores, humilhação pública, levando ao suicídio o reitor da UFSC", diz Nassif.
"Espera-se que a Procuradoria Geral da República, o STF e os setores racionais da opinião pública impeçam essa razia, que certamente pretenderá criminalizar qualquer pequena irregularidade administrativa, por razões ideológicas", completa o jornalista no
Jornal GGN.
O MEC afirma que o objetivo é "apurar indícios de corrupção, desvios e outros tipos de atos lesivos à administração pública" das gestões anteriores. Estão na mira o Sistema S, concessão de bolsas do ProUni e Pronatec e irregularidades nas universidades federais. O MEC vai encaminhar documentos ao Ministério da Justiça, Polícia Federal, Advocacia-Geral da União e à Controladoria para que possam "aprofundar as investigações, instaurar inquéritos e propor medidas judiciais cabíveis".
De acordo com Vélez Rodríguez, o intuito é ser totalmente transparente para a sociedade. “Queremos apurar todos os desvios praticados por pessoas que usaram o MEC e as suas autarquias como instrumentos para desvios”, afirmou o ministro.
O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o assunto. "Muito além de investir, devemos garantir que investimentos sejam bem aplicados e gerem resultados. Partindo dessa determinação, o Ministro Professor @ricardovelez apurou vários indícios de corrupção no âmbito do MEC em gestões passadas. Daremos início à Lava Jato da Educação!", disse Bolsonaro pelo Twitter.
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