sábado, 27 de julho de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Como será o amanhã (9).
Adiante, no bloco que tratamos de notícias da América Latina, os companheiros vão encontrar notícias recentes mostrando o tamanho da crise na Argentina depois que abraçou os programas neoliberais.
“Como será o amanhã” é um bloco que foi criado para ajudar a entender o longo caminho já trilhado pela Argentina e que, ao que tudo indica, está agora sendo seguido pelo Brasil.
Fato 1. A demanda interna insuficiente foi considerada um dos principais problemas enfrentados por 41,1% das empresas industriais no segundo trimestre, segundo a Sondagem Industrial de junho, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na segunda-feira (22). O número é 3,6 pontos percentuais acima do registrado no primeiro trimestre. Foi o quarto aumento consecutivo do percentual de assinalações, que está 10 pontos percentuais maior do que o verificado no quarto trimestre de 2018. (Valor Econômico – 22.07.2019) 
Fato 2. A confiança da indústria deve ter tido em julho a maior queda em quatro meses, com o empresariado frustrado com a atual situação dos negócios, segundo a FGV. Uma das principais reclamações do setor, e que vem ganhando força, é a falta de demanda interna, aponta outra pesquisa, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A prévia do Índice de Confiança da Indústria, da FGV, apontou recuo de 1,7 ponto, ante os 94 pontos no resultado completo de junho. O dado mostra que o empresariado do setor não imaginava que o mês de julho poderia continuar a ser tão ruim nos negócios, com a confiança em queda em três das quatro categorias analisadas: bens de capital, bens intermediários e não duráveis, enquanto a de bens duráveis permaneceu estável. (Valor Econômico – 23.07.2019) 
Fato 3. A CNI revisou para baixo as estimativas para o avanço da economia e da indústria brasileiras neste ano. As novas previsões indicam que o PIB crescerá 0,9%, ante estimativa de 2% em abril. O PIB industrial terá alta de 0,4%, abaixo do 1,1% previsto no primeiro trimestre. "É um resultado decepcionante; a economia mantém-se muito próxima da estagnação desde o fim da crise", diz o Informe Conjuntural do segundo trimestre, divulgado pela entidade. A indústria também reduziu de 2,2% para 1,5% a previsão de crescimento do consumo das famílias. A estimativa para a expansão do investimento caiu de 4,9% em abril para 2,1% agora. (Valor Econômico – 26.07.2019)
Fato 4. De janeiro de 2017 até junho deste ano, mais de 28 mil famílias foram desalojadas na Grande São Paulo, enquanto outras 170 mil se encontram sob ameaça de serem despejadas. Os dados são do Observatório de Remoções, em sua atualização do mapeamento das remoções coordenadas pelo LabCidade da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Labjuta da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Para a pesquisadora do Observatório de Remoções Débora Ungaretti, faltam iniciativas por parte do poder público para resolver os problemas habitacionais que, no estado de São Paulo, registra déficit de cerca de 8 milhões de moradias, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O Judiciário reiteradamente escolhe por não aplicar a legislação urbanística de função social da propriedade, de não reconhecer a legitimidade das ocupações que são feitas e, ao mesmo tempo, premia proprietários que deixam as áreas desocupadas por anos, que não pagam o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e estão altamente endividados”, avalia. (RBA)
Fato 5. Um estudo publicado em junho pelo Instituto Brasileiro de Economia, ligado à Fundação Getúlio Vargas, mostra que nos últimos três anos o desemprego arrasou os ganhos dos mais pobres e ampliou a desigualdade no mercado de trabalho. De lá para cá, a renda dos 10% mais ricos cresceu 3,3%. Já a fatia mais vulnerável da população amarga uma perda acumulada de mais de 20%.
Só em São Paulo, o número de indivíduos em situação de rua abordados pelos assistentes sociais da prefeitura cresceu 66%. Ao longo de todo o ano passado, segundo esses dados, ganharam as ruas mais de 105 mil pessoas. Esses são os indicadores mais recentes da explosão nas ruas da capital paulista. Em 2015, o Censo calculava 16 mil moradores de rua. Naquele mesmo ano, os abordados foram 56,1 mil. Hoje, as projeções mais recentes estimam que esse total ultrapasse os 25 mil. Quase mil seriam crianças.
O fenômeno repete-se em outras capitais. Embora não haja uma metodologia unificada, é consenso entre assistentes sociais, ativistas e representantes do poder público que explodiu o número daqueles que enfrentam a face mais extrema da miséria urbana. Em Porto Alegre, a gestão municipal estima em 4 mil os moradores nas ruas, o dobro do registrado em 2016. Em Curitiba, os indigentes são pouco mais de 2 mil, 50% a mais do que havia há três anos. No Recife, o levantamento mais recente contou 1,2 mil. O Ministério Público de Pernambuco diz, porém, que eles passam de 3 mil. (Carta Capital)
Não pode mais divulgar dados ambientais? O ex-capitão reformado não quer mais que o Brasil tenha informações atualizadas sobre dados ambientais. Por que?
Ele exigiu, na segunda-feira (22), tomar conhecimento de dados oficiais sobre o meio ambiente antes que eles sejam divulgados publicamente. A declaração ocorreu três dias depois que criticou a divulgação de informações sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Você pode divulgar os dados, mas tem que passar pelas autoridades até para não ser surpreendido. Até por mim, eu não posso ser surpreendido por uma informação tão importante como essa daí. Eu não posso ser pego de calças curtas. As informações têm que chegar a nosso conhecimento de modo que nós possamos tomar decisões precisas em cima dessas informações”, disse o desequilibrado que dirige o país.
Ele pensa (ele pensa?) que a publicação destes dados pode gerar uma propaganda negativa do Brasil no exterior. O temor é de que as informações prejudiquem o acordo entre os blocos Mercosul e União Europeia, parceria que considera o empenho dos países signatários em relação à preservação ambiental. E manifestou dúvidas sobre a veracidade dos dados fornecidos pelo Instituto.
Dados preliminares do Inpe mostram que mais de 1 mil km² de floresta amazônica foram devastados só na primeira quinzena de julho deste ano. O número representa um aumento de 68% em relação a julho de 2018. O levantamento é do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), plataforma criada em 2004 que produz, diariamente, alertas de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares. Os alertas são enviados automaticamente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em janeiro deste ano, o Inpe já havia publicado uma nota para explicar a proposta do sistema. O texto diz que “a política de transparência dos dados, adotada pelo Inpe desde 2004, permite o acesso completo a todos os dados gerados pelos sistemas de monitoramento, possibilitando avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o governo em suas várias instâncias, a academia e a sociedade como um todo”.
A melhor resposta possível! O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, rebateu críticas do ex-capitão reformado que acusou o órgão de mentir dados sobre o desmatamento e atuar a serviço de uma ONG. “A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos, e nós vamos chamar aqui o presidente do Inpe para conversar sobre isso, e ponto final nessa questão”, declarou o insano, que ainda emendou: “Se for somado o desmatamento que falam dos últimos 10 anos, a Amazônia já acabou. Eu entendo a necessidade de preservar, mas a psicose ambiental deixou de existir comigo.”
Galvão comentou sobre a série histórica de dados produzidos pelo órgão: “Esses dados sobre desmatamento da Amazônia, feitos pelo Inpe, começaram já em meados da década de 70 e a partir de 1988 nós temos a maior série histórica de dados de desmatamento de florestas tropicais respeitada mundialmente.” O pesquisador novamente criticou Bolsonaro: “Ele já disse que os dados do Inpe não estavam corretos segundo a avaliação dele, como se ele tivesse qualidade ou qualificação de fazer análise de dados.”
Uma maracutaia anunciada. Um certo juiz Sérgio Moro, conhecido como “marreco de Maringá”, já deixou claro que não tem escrúpulos. Agora está armando uma maracutaia não só para se livrar de um processo que pode levá-lo à prisão, mas também para se vingar do jornalista Glenn Greenwald que está divulgando suas conversas e artimanhas para condenar Lula da Silva sem qualquer prova.
Na cômoda situação de ministro da Justiça, tendo toda a Polícia Federal sob seu comando, ele está armando uma acusação para condenar Greenwald por “receptação”. Ou seja, em palavras leigas, “receptação” significa “adquirir algo que a pessoa sabe ser produto de crime”. Entenderam? Dois pássaros com uma pedrada: livra-se da acusação e condena quem está mostrando a verdade de suas ações ao mundo!
Ele não sabe o tamanho da “cagada”! Acostumado a fazer besteiras desde o início do seu mandato, o ex-militar reformado por insanidade não tem noção do tamanho do problema que está arrumando, não para ele, mas para o país.
Para bajular ainda mais seu amo e senhor, Trump, dois navios iranianos estão parados no Porto de Paranaguá, carregados de mais de 100 mil toneladas de milho brasileiro vendido àquele país. É a subserviência total.
O professor da UFABC falou à TV 247 sobre o caso de navios do Irã que estão, desde junho, parados no porto de Paranaguá sem combustível; “Esse precedente aberto pela diplomacia brasileira pode ter um impacto muito forte sobre o comércio exterior do Brasil”, disse Fuser.
Professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser conversou com a TV 247 sobre o caso dos dois navios iranianos que estão parados no porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, desde junho, sem combustível. Ele avaliou que o posicionamento brasileiro de não abastecer os navios do Irã pode causar prejuízos ao comércio exterior do país. No domingo (21), o ex-militar disse estar alinhado aos EUA sobre a questão.
Sobre o impacto econômico do atrito entre Brasil e Irã, o professor afirmou que o posicionamento brasileiro pode causar grandes prejuízos ao comércio exterior com o Irã, o quinto maior comprador de produtos agrícolas do Brasil. “De um lado existe a especulação de que talvez a Petrobras possa sofrer algum tipo de problema com os Estado Unidos se abastecer esses navios. De outro lado, existe um contrato, práticas comerciais estabelecidas entre Brasil e Irã, que garantem o fluxo normal de comércio entre os dois países. O Irã é o quinto maior comprador de produtos agrícolas do Brasil, é o maior comprador de milho brasileiro, o Brasil tem comércio intenso, há muitos anos, com o Irã. Nos últimos 10 anos o Brasil vendeu ao Irã US$ 19,6 bilhões em mercadorias. É uma decisão do governo brasileiro que coloca em risco interesses comerciais importantíssimos para o Brasil”.
Argentina é a economia mais vulnerável do mundo. A política neoliberal de Maurício Macri, muito elogiada pelo governador de São Paulo, João Doria, e pelo ex-militar que diz governar o país, colocou a Argentina no primeiro lugar do ranking de ‘economia mais vulnerável do mundo’.
O ranking é feito pela Bloomberg, que analisa a situação econômica de 20 países. Em segundo lugar está a Turquia, também governada por um presidente de direita, Recep Tayyip Erdogan, como os outros, adepto de medidas de arrocho contra a classe trabalhadora.
Os principais fatores analisados pela Bloomberg para elevar a Argentina ao topo das economias mais ‘perigosas’ do planeta são a dívida externa maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) do país; aumento da inflação, que chegou a 55,8% em junho deste ano, muito acima das metas estabelecidas pelo governo; déficit de reservas monetárias de 2% do PIB (o Brasil já tem 1,7%); e ‘baixas reservas internacionais’, que são ativos em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para cumprir obrigações futuras e enfrentar crises cambiais.
Além da crise econômica, a instabilidade política da Argentina levou outra agência de classificação de risco - a Moody´s - a considerar a Argentina um país que oferece riscos ao mercado. O vice-presidente da Moody´s, Gersan Zurita, afirmou que “a alta inflação e a crescente incerteza política, colocará vários setores da economia em risco”. (Notícia no Portal da CUT)
O drama é agravado pelo inverno. Durante a noite gelada do inverno, a imensa Plaza de Mayo parece vazia. Mas, de um lado, centenas de pessoas se aglomeram na frente de mesas onde roupas quentes e comida quente são distribuídas. São os necessitados da capital da Argentina, cada vez mais numerosos e submetidos a uma situação mais dramática com a chegada do inverno.
“Metade dos que vêm aqui, aproximadamente, moram na rua. Há famílias inteiras que precisam comer; em alguns casos nota-se que eles não estão acostumados e têm vergonha de sua situação”, disse à IPS um funcionário de um escritório de advocacia, Eduardo Alemán, solidário há anos.
“Isso é mais do que um pote comunitário. Aqui nós lhe damos um abraço e colocamos mesas para as pessoas se conhecerem e este também é um lugar de dignidade”, acrescentou Alemán, enquanto organizava os voluntários que continuavam vindo para a praça principal de Buenos Aires, em frente à Casa Rosada, sede do governo.
A Argentina está passando por uma brutal crise econômica que aumentou a pobreza e o desemprego desde o ano passado e esmagou o poder de compra dos trabalhadores informais, devido a uma taxa de inflação anual de mais de 50%.
Para ver as consequências você só tem que andar pelas ruas de Buenos Aires.
E a Argentina empobreceu. Essa realidade é resultado de uma queda na atividade econômica que, segundo dados oficiais, foi de 4,6% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com estimativas privadas, cerca de 25 pequenas e médias empresas (com até 200 funcionários) estão fechando todos os dias em todo o país.
No país que sempre foi uma potência agrícola mundial, com 44 milhões de pessoas, de acordo com os últimos números oficiais para 2018, há 14 milhões de pobres, dos quais 2,7 milhões são destituídos que não satisfazem suas necessidades alimentares. .
Em 2018, 2.650.000 novos pobres foram adicionados à quarta economia latino-americana, como resultado da desvalorização em mais de 100% da moeda local, do peso e da inflação, que ultrapassou 50% ao ano. (Matéria em IPS Notícias)
Supermercados argentinos entram em crise. Com uma crise econômica que continua atingindo o bolso dos argentinos, as vendas em supermercados e lojas continuam sem repercussões e registraram 11 meses consecutivos de quedas.
De acordo com um novo relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec), as pessoas compram pouco e as vendas nesses lugares caíram em maio para 13,5 por cento em comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto nas lojas também havia uma queda nas compras de 18,7%.
O que sobra do Guaidó? Seis meses depois de sua autoproclamação como “presidente encarregado” da Venezuela, Juan Guaidó parece “extremamente enfraquecido”, disse o analista internacional Basem Tajeldine. A falta de apoio militar, seus casos de "imperícia" e corrupção são as chaves para o seu declínio.
O especialista disse que nesses seis meses Guaidó estabeleceu “um governo virtual, apoiado pelos países aliados dos EUA e sob a estratégia proposta há muitos anos: derrubar o legítimo governo da Venezuela, por meios ilegais”.
Durante este tempo, Guaidó realizou várias tentativas de interromper ou ferir o governo de Nicolás Maduro. Entre suas primeiras ações estava o anúncio sobre a chegada da uma “ajuda humanitária” que seria entregue à Venezuela através da fronteira com a Colômbia.
Os carregamentos da agência estatal estadunidense USAID chegaram a Cúcuta (Colômbia) e os militantes da oposição, com Guaidó à frente, tentaram fazê-lo entrar no território venezuelano, mesmo sem a autorização do governo de Maduro. Os artigos sofreram um incêndio e, embora Guaidó culpasse o governo venezuelano, uma investigação do New York Times revelou que foram seus próprios seguidores que acenderam o fogo.
O portal de notícias Panam Post, com sede em Miami, anunciou em junho que dois dos principais emissários de Guaidó se apropriaram indevidamente dos fundos que os EUA enviaram para financiar a ajuda humanitária e ajudar os militares venezuelanos que fugiram para a Colômbia.
Em 30 de abril, ele liderou, junto com o opositor Leopoldo López, uma tentativa de golpe de Estado que não teve eco e foi rapidamente controlada pelo governo de Maduro. Guaidó e López tentaram assumir o controle da base militar “La Carlota”, no leste de Caracas, mas o suposto apoio militar não se concretizou.
De volta à pátria! Através do plano “Vuelta a la Patria”, um programa promovido pelo governo venezuelano, um total de 140 cidadãos retornou sexta-feira (26) ao país. Estavam no Brasil e alguns deles disseram que entre as razões para seu retorno estão ofertas enganosas, xenofobia ou problemas para garantir seu sustento.
Os cidadãos que chegaram pela cidade fronteiriça de Santa Elena de Uairén foram atendidos por médicos e pela polícia de imigração. Agora serão reincorporados aos programas sociais promovidos pelo governo presidido por Nicolás Maduro.
Já são 14.971 pessoas que retornam à Venezuela após a implementação do programa. Saíram do Peru, Equador, Argentina, Colômbia, Chile, Panamá, Uruguai e República Dominicana.
Começou o 25º Encontro do Foro de São Paulo. Começou na quinta-feira (25), em Caracas, o 25º Encontro do Foro de São Paulo, tendo como tema “Pela Paz, a Soberania e a Prosperidade dos Povos: Unidade, Luta, Batalha e Vitória!”. O evento termina neste domingo (28) e os cálculos dos organizadores falam em mais de 125 movimentos e partidos políticos de esquerda, de todo o mundo.
Segundo a organização do evento, foram agendados debates e reflexões sobre o avanço do neoliberalismo e do imperialismo pelo mundo e na região, com consequências como o aumento da pobreza, as ameaças à democracia e à paz, as tentativas de ingerência econômica, política, social e militar na América Latina e no Caribe.
O Encontro deste ano tem como focos a luta pela paz na Colômbia e na Venezuela e o apoio aos diálogos entre oposição e governo venezuelanos, que ocorrem em Barbados sob mediação da Noruega. Serão debatidos, também, outros temas de interesse regional, como a perseguição a líderes de esquerda, o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a campanha por sua libertação e o fim do bloqueio dos EUA a Cuba.
ONU alerta para a crise climática no planeta. Os efeitos devastadores da crise climática são sentidos em todo o mundo hoje, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, e pediu uma ação urgente para acabar com essa tendência.
Essa questão gera grande preocupação na ONU, que convocou uma Cúpula sobre a Ação Climática em setembro próximo, para a qual líderes de todo o mundo devem apresentar propostas concretas de ação.
“Do Pacífico ao Caribe e à África Oriental, tenho visto como pessoas de todo o mundo estão experimentando os efeitos devastadores da crise climática”, escreveu Guterres em sua conta oficial no Twittter e compartilhou o chamado para o evento sobre o assunto em setembro.
Durante a semana, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um alarme sobre a onda de calor com níveis recordes históricos que a Europa registra, e especialistas apontam para um dos efeitos da mudança climática.
As intensas e extensas ondas de calor carregam a assinatura da mudança climática provocada pelo homem, de acordo com as descobertas científicas, disse a porta-voz da OMM, Claire Nullis.
Pela segunda vez em menos de um mês, uma onda de calor generalizada afetou a Europa, deixando inúmeros registros de temperaturas máximas e mínimas, interrupções de transporte e infraestrutura e estresse na saúde das pessoas e no meio ambiente, informa o site oficial de notícias a ONU. (Prensa Latina)
E agora, Trump? O Irã anunciou na segunda-feira (22) a prisão de 17 iranianos que estariam trabalhando como espiões para a CIA, dos Estados Unidos, e informou que alguns deles foram condenados à morte.
O chefe de espionagem do Ministério de Inteligência do Irã, cujo nome não é conhecido publicamente, disse que aqueles que “haviam colaborado consciente e deliberadamente” com a CIA foram entregues ao Poder Judiciário e condenados à morte ou a “longas” penas de prisão.
Alguns dos detidos, contudo, interagiram com a inteligência iraniana “com total honestidade e tiveram provado seu arrependimento”, segundo o chefe de espionagem, e foram então usados para obter informações dos EUA.
A CIA teria abordado os iranianos em conferências científicas realizadas na África, Ásia e Europa, ou através das redes sociais e da internet, prometendo-lhes dinheiro e vistos ou residência nos EUA, segundo as autoridades iranianas.
A insanidade de mãos dadas com a desumanidade! Nesta semana, duas notícias que recebi no mesmo dia fizeram minha noite se transformar em insônia. Para onde caminhamos? O que será da civilização que conheci?
A primeira notícia veio da Itália onde a Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira (25), nova versão do Decreto de Imigração e Segurança, editado pelo ministro do Interior, de extrema-direita, Matteo Salvini, que agora prevê multas de até 1 milhão de euros para comandantes de navios que entrarem no país sem autorização.
Trata-se de uma clara medida de reação da direita contra a ação da capitã alemã, Carola Rackete, que forçou a entrada de um navio com 40 migrantes no porto de Lampedusa no fim de junho para resgatar alguns refugiados que corriam riscos.
Traduzindo: na Itália, agora, criminoso é que ajudar os imigrantes que estão morrendo no mar para fugir das barbaridades em seus países, não os que promovem tais barbaridades e guerras!
A segunda notícia, na mesma quinta-feira (25), veio da terra de Trump e diz que depois 16 anos de suspensão, o governo dos EUA anunciou que retomará a execução de condenados à pena de morte por tribunais federais. Cinco presos devem ser executados a partir de dezembro.
No ano passado, ocorreram 25 execuções no país. Mas todas foram levadas a cabo por autoridades estaduais. A última execução pelo governo federal ocorreu em 2003.
O Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e Mississipi, implementar a medida. Em 2014, após uma execução fracassada, o então presidente Barack Obama pediu ao Departamento de Justiça para conduzir revisões aos programas de execução de pena de morte, tanto em nível federal como em vários estados. Agora está tudo liberado, novamente!
Distribuição de armas nucleares estadunidenses na Europa. Por acidente, um documento interno da OTAN veio ao conhecimento público mostrando onde estão as armas estadunidense espalhadas pela Europa.
É um informe interno do Comitê da OTAN, divulgado em abril por acaso, e imediatamente retirado do site da Organização. Mas um jornal belga teve tempo de salvar a matéria e agora publicou.
O relatório traz com detalhes os lugares onde estão armazenadas as armas nucleares dos EUA. Agora sabemos que, ao todo, são 150 bombas nucleares do tipo B61 (de altíssimo poder) e que estão localizadas em seis bases mantidas pelos EUA (Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia).
E o mundo dorme com essa ameaça!

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