Como será o
amanhã (9).
Adiante,
no bloco que tratamos de notícias da América Latina, os companheiros vão
encontrar notícias recentes mostrando o tamanho da crise na Argentina depois
que abraçou os programas neoliberais.
“Como
será o amanhã” é um bloco que foi criado para ajudar a entender o longo caminho
já trilhado pela Argentina e que, ao que tudo indica, está agora sendo seguido
pelo Brasil.
Fato 1. A demanda interna
insuficiente foi considerada um dos principais problemas enfrentados por 41,1%
das empresas industriais no segundo trimestre, segundo a Sondagem Industrial de
junho, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na segunda-feira
(22). O número é 3,6 pontos percentuais acima do registrado no primeiro
trimestre. Foi o quarto aumento consecutivo do percentual de assinalações, que
está 10 pontos percentuais maior do que o verificado no quarto trimestre de
2018. (Valor Econômico – 22.07.2019)
Fato 2. A confiança da indústria
deve ter tido em julho a maior queda em quatro meses, com o empresariado
frustrado com a atual situação dos negócios, segundo a FGV. Uma das principais
reclamações do setor, e que vem ganhando força, é a falta de demanda interna,
aponta outra pesquisa, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A prévia do
Índice de Confiança da Indústria, da FGV, apontou recuo de 1,7 ponto, ante os
94 pontos no resultado completo de junho. O dado mostra que o empresariado do
setor não imaginava que o mês de julho poderia continuar a ser tão ruim nos
negócios, com a confiança em queda em três das quatro categorias analisadas:
bens de capital, bens intermediários e não duráveis, enquanto a de bens
duráveis permaneceu estável. (Valor Econômico – 23.07.2019)
Fato
3. A CNI revisou para baixo as
estimativas para o avanço da economia e da indústria brasileiras neste ano. As
novas previsões indicam que o PIB crescerá 0,9%, ante estimativa de 2% em
abril. O PIB industrial terá alta de 0,4%, abaixo do 1,1% previsto no primeiro
trimestre. "É um resultado decepcionante; a economia mantém-se muito
próxima da estagnação desde o fim da crise", diz o Informe Conjuntural do
segundo trimestre, divulgado pela entidade. A indústria também reduziu de 2,2%
para 1,5% a previsão de crescimento do consumo das famílias. A estimativa para
a expansão do investimento caiu de 4,9% em abril para 2,1% agora. (Valor
Econômico – 26.07.2019)
Fato
4. De janeiro de 2017 até junho
deste ano, mais de 28 mil famílias foram desalojadas na Grande São Paulo,
enquanto outras 170 mil se encontram sob ameaça de serem despejadas. Os dados
são do Observatório de Remoções, em sua atualização do mapeamento das remoções
coordenadas pelo LabCidade da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com
o Labjuta da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Para a pesquisadora do Observatório de Remoções Débora
Ungaretti, faltam iniciativas por parte do poder público para resolver os
problemas habitacionais que, no estado de São Paulo, registra déficit de cerca
de 8 milhões de moradias, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O Judiciário
reiteradamente escolhe por não aplicar a legislação urbanística de função
social da propriedade, de não reconhecer a legitimidade das ocupações que são
feitas e, ao mesmo tempo, premia proprietários que deixam as áreas desocupadas
por anos, que não pagam o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e estão
altamente endividados”, avalia. (RBA)
Fato
5. Um estudo publicado em junho pelo
Instituto Brasileiro de Economia, ligado à Fundação Getúlio Vargas, mostra que
nos últimos três anos o desemprego arrasou os ganhos dos mais pobres e ampliou
a desigualdade no mercado de trabalho. De lá para cá, a renda dos 10% mais
ricos cresceu 3,3%. Já a fatia mais vulnerável da população amarga uma perda
acumulada de mais de 20%.
Só em São Paulo, o número de indivíduos em situação de
rua abordados pelos assistentes sociais da prefeitura cresceu 66%. Ao longo de
todo o ano passado, segundo esses dados, ganharam as ruas mais de 105 mil
pessoas. Esses são os indicadores mais recentes da explosão nas ruas da capital
paulista. Em 2015, o Censo calculava 16 mil moradores de rua. Naquele mesmo
ano, os abordados foram 56,1 mil. Hoje, as projeções mais recentes estimam que
esse total ultrapasse os 25 mil. Quase mil seriam crianças.
O fenômeno repete-se em outras capitais. Embora não haja
uma metodologia unificada, é consenso entre assistentes sociais, ativistas e
representantes do poder público que explodiu o número daqueles que enfrentam a
face mais extrema da miséria urbana. Em Porto Alegre, a gestão municipal estima
em 4 mil os moradores nas ruas, o dobro do registrado em 2016. Em Curitiba, os
indigentes são pouco mais de 2 mil, 50% a mais do que havia há três anos. No
Recife, o levantamento mais recente contou 1,2 mil. O Ministério Público de
Pernambuco diz, porém, que eles passam de 3 mil. (Carta Capital)
Não
pode mais divulgar dados ambientais? O
ex-capitão reformado não quer mais que o Brasil tenha informações atualizadas
sobre dados ambientais. Por que?
Ele exigiu, na segunda-feira (22), tomar conhecimento
de dados oficiais sobre o meio ambiente antes que eles sejam divulgados
publicamente. A declaração ocorreu três dias depois que criticou a divulgação
de informações sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Você pode divulgar os dados, mas tem que passar pelas
autoridades até para não ser surpreendido. Até por mim, eu não posso ser
surpreendido por uma informação tão importante como essa daí. Eu não posso ser
pego de calças curtas. As informações têm que chegar a nosso conhecimento de
modo que nós possamos tomar decisões precisas em cima dessas informações”,
disse o desequilibrado que dirige o país.
Ele pensa (ele pensa?) que a publicação destes dados
pode gerar uma propaganda negativa do Brasil no exterior. O temor é de que as
informações prejudiquem o acordo entre os blocos Mercosul e União Europeia,
parceria que considera o empenho dos países signatários em relação à
preservação ambiental. E manifestou dúvidas sobre a veracidade dos dados
fornecidos pelo Instituto.
Dados preliminares do Inpe mostram que mais de 1 mil
km² de floresta amazônica foram devastados só na primeira quinzena de julho
deste ano. O número representa um aumento de 68% em relação a julho de 2018. O
levantamento é do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter),
plataforma criada em 2004 que produz, diariamente, alertas de alteração na
cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares. Os alertas são enviados
automaticamente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama).
Em janeiro deste ano, o Inpe já havia publicado uma
nota para explicar a proposta do sistema. O texto diz que “a política de
transparência dos dados, adotada pelo Inpe desde 2004, permite o acesso
completo a todos os dados gerados pelos sistemas de monitoramento,
possibilitando avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o
governo em suas várias instâncias, a academia e a sociedade como um todo”.
A
melhor resposta possível! O diretor do
Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, rebateu
críticas do ex-capitão reformado que acusou o órgão de mentir dados sobre o
desmatamento e atuar a serviço de uma ONG. “A questão do Inpe, eu tenho a
convicção que os dados são mentirosos, e nós vamos chamar aqui o presidente do
Inpe para conversar sobre isso, e ponto final nessa questão”, declarou o
insano, que ainda emendou: “Se for somado o desmatamento que falam dos últimos
10 anos, a Amazônia já acabou. Eu entendo a necessidade de preservar, mas a
psicose ambiental deixou de existir comigo.”
Galvão comentou sobre a série histórica de dados
produzidos pelo órgão: “Esses dados sobre desmatamento da Amazônia, feitos pelo
Inpe, começaram já em meados da década de 70 e a partir de 1988 nós temos a
maior série histórica de dados de desmatamento de florestas tropicais
respeitada mundialmente.” O pesquisador novamente criticou Bolsonaro: “Ele já
disse que os dados do Inpe não estavam corretos segundo a avaliação dele, como
se ele tivesse qualidade ou qualificação de fazer análise de dados.”
Uma
maracutaia anunciada. Um certo juiz
Sérgio Moro, conhecido como “marreco de Maringá”, já deixou claro que não tem
escrúpulos. Agora está armando uma maracutaia não só para se livrar de um
processo que pode levá-lo à prisão, mas também para se vingar do jornalista
Glenn Greenwald que está divulgando suas conversas e artimanhas para condenar
Lula da Silva sem qualquer prova.
Na cômoda situação de ministro da Justiça, tendo toda a
Polícia Federal sob seu comando, ele está armando uma acusação para condenar
Greenwald por “receptação”. Ou seja, em palavras leigas, “receptação” significa
“adquirir algo que a pessoa sabe ser produto de crime”. Entenderam? Dois
pássaros com uma pedrada: livra-se da acusação e condena quem está mostrando a
verdade de suas ações ao mundo!
Ele
não sabe o tamanho da “cagada”!
Acostumado a fazer besteiras desde o início do seu mandato, o ex-militar
reformado por insanidade não tem noção do tamanho do problema que está
arrumando, não para ele, mas para o país.
Para bajular ainda mais seu amo e senhor, Trump, dois
navios iranianos estão parados no Porto de Paranaguá, carregados de mais de 100
mil toneladas de milho brasileiro vendido àquele país. É a subserviência total.
O professor da UFABC falou à TV 247 sobre o caso de
navios do Irã que estão, desde junho, parados no porto de Paranaguá sem
combustível; “Esse precedente aberto pela diplomacia brasileira pode ter um
impacto muito forte sobre o comércio exterior do Brasil”, disse Fuser.
Professor de Relações Internacionais da Universidade
Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser conversou com a TV 247 sobre o caso dos dois
navios iranianos que estão parados no porto de Paranaguá, no litoral do Paraná,
desde junho, sem combustível. Ele avaliou que o posicionamento brasileiro de
não abastecer os navios do Irã pode causar prejuízos ao comércio exterior do
país. No domingo (21), o ex-militar disse estar alinhado aos EUA sobre a
questão.
Sobre o impacto econômico do atrito entre Brasil e Irã,
o professor afirmou que o posicionamento brasileiro pode causar grandes
prejuízos ao comércio exterior com o Irã, o quinto maior comprador de produtos
agrícolas do Brasil. “De um lado existe a especulação de que talvez a Petrobras
possa sofrer algum tipo de problema com os Estado Unidos se abastecer esses
navios. De outro lado, existe um contrato, práticas comerciais estabelecidas
entre Brasil e Irã, que garantem o fluxo normal de comércio entre os dois
países. O Irã é o quinto maior comprador de produtos agrícolas do Brasil, é o
maior comprador de milho brasileiro, o Brasil tem comércio intenso, há muitos
anos, com o Irã. Nos últimos 10 anos o Brasil vendeu ao Irã US$ 19,6 bilhões em
mercadorias. É uma decisão do governo brasileiro que coloca em risco interesses
comerciais importantíssimos para o Brasil”.
Argentina
é a economia mais vulnerável do mundo.
A política neoliberal de Maurício Macri, muito elogiada pelo governador de São
Paulo, João Doria, e pelo ex-militar que diz governar o país, colocou a Argentina
no primeiro lugar do ranking de ‘economia mais vulnerável do mundo’.
O ranking é feito pela Bloomberg, que analisa a
situação econômica de 20 países. Em segundo lugar está a Turquia, também
governada por um presidente de direita, Recep Tayyip Erdogan, como os outros,
adepto de medidas de arrocho contra a classe trabalhadora.
Os principais fatores analisados pela Bloomberg para
elevar a Argentina ao topo das economias mais ‘perigosas’ do planeta são a
dívida externa maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) do país; aumento da inflação,
que chegou a 55,8% em junho deste ano, muito acima das metas estabelecidas pelo
governo; déficit de reservas monetárias de 2% do PIB (o Brasil já tem 1,7%); e
‘baixas reservas internacionais’, que são ativos em moeda estrangeira e
funcionam como uma espécie de seguro para cumprir obrigações futuras e enfrentar
crises cambiais.
Além da crise econômica, a instabilidade política da
Argentina levou outra agência de classificação de risco - a Moody´s - a
considerar a Argentina um país que oferece riscos ao mercado. O vice-presidente
da Moody´s, Gersan Zurita, afirmou que “a alta inflação e a crescente incerteza
política, colocará vários setores da economia em risco”. (Notícia no Portal da
CUT)
O
drama é agravado pelo inverno. Durante
a noite gelada do inverno, a imensa Plaza de Mayo parece vazia. Mas, de um
lado, centenas de pessoas se aglomeram na frente de mesas onde roupas quentes e
comida quente são distribuídas. São os necessitados da capital da Argentina,
cada vez mais numerosos e submetidos a uma situação mais dramática com a
chegada do inverno.
“Metade dos que vêm aqui, aproximadamente, moram na
rua. Há famílias inteiras que precisam comer; em alguns casos nota-se que eles
não estão acostumados e têm vergonha de sua situação”, disse à IPS um
funcionário de um escritório de advocacia, Eduardo Alemán, solidário há anos.
“Isso é mais do que um pote comunitário. Aqui nós lhe
damos um abraço e colocamos mesas para as pessoas se conhecerem e este também é
um lugar de dignidade”, acrescentou Alemán, enquanto organizava os voluntários
que continuavam vindo para a praça principal de Buenos Aires, em frente à Casa
Rosada, sede do governo.
A Argentina está passando por uma brutal crise
econômica que aumentou a pobreza e o desemprego desde o ano passado e esmagou o
poder de compra dos trabalhadores informais, devido a uma taxa de inflação
anual de mais de 50%.
Para ver as consequências você só tem que andar pelas
ruas de Buenos Aires.
E a
Argentina empobreceu. Essa realidade é
resultado de uma queda na atividade econômica que, segundo dados oficiais, foi
de 4,6% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período do ano
passado. De acordo com estimativas privadas, cerca de 25 pequenas e médias
empresas (com até 200 funcionários) estão fechando todos os dias em todo o
país.
No país que sempre foi uma potência agrícola mundial,
com 44 milhões de pessoas, de acordo com os últimos números oficiais para 2018,
há 14 milhões de pobres, dos quais 2,7 milhões são destituídos que não
satisfazem suas necessidades alimentares. .
Em 2018, 2.650.000 novos pobres foram adicionados à
quarta economia latino-americana, como resultado da desvalorização em mais de
100% da moeda local, do peso e da inflação, que ultrapassou 50% ao ano.
(Matéria em IPS Notícias)
Supermercados
argentinos entram em crise. Com uma
crise econômica que continua atingindo o bolso dos argentinos, as vendas em
supermercados e lojas continuam sem repercussões e registraram 11 meses
consecutivos de quedas.
De acordo com um novo relatório do Instituto Nacional
de Estatística e Censo (Indec), as pessoas compram pouco e as vendas nesses
lugares caíram em maio para 13,5 por cento em comparação com o mesmo mês do ano
passado, enquanto nas lojas também havia uma queda nas compras de 18,7%.
O
que sobra do Guaidó? Seis meses depois
de sua autoproclamação como “presidente encarregado” da Venezuela, Juan Guaidó
parece “extremamente enfraquecido”, disse o analista internacional Basem
Tajeldine. A falta de apoio militar, seus casos de "imperícia" e
corrupção são as chaves para o seu declínio.
O especialista disse que nesses seis meses Guaidó
estabeleceu “um governo virtual, apoiado pelos países aliados dos EUA e sob a
estratégia proposta há muitos anos: derrubar o legítimo governo da Venezuela,
por meios ilegais”.
Durante este tempo, Guaidó realizou várias tentativas
de interromper ou ferir o governo de Nicolás Maduro. Entre suas primeiras ações
estava o anúncio sobre a chegada da uma “ajuda humanitária” que seria entregue
à Venezuela através da fronteira com a Colômbia.
Os carregamentos da agência estatal estadunidense USAID
chegaram a Cúcuta (Colômbia) e os militantes da oposição, com Guaidó à frente,
tentaram fazê-lo entrar no território venezuelano, mesmo sem a autorização do
governo de Maduro. Os artigos sofreram um incêndio e, embora Guaidó culpasse o
governo venezuelano, uma investigação do New York Times revelou que foram seus
próprios seguidores que acenderam o fogo.
O portal de notícias Panam Post, com sede em Miami,
anunciou em junho que dois dos principais emissários de Guaidó se apropriaram
indevidamente dos fundos que os EUA enviaram para financiar a ajuda humanitária
e ajudar os militares venezuelanos que fugiram para a Colômbia.
Em 30 de abril, ele liderou, junto com o opositor
Leopoldo López, uma tentativa de golpe de Estado que não teve eco e foi
rapidamente controlada pelo governo de Maduro. Guaidó e López tentaram assumir
o controle da base militar “La Carlota”, no leste de Caracas, mas o suposto
apoio militar não se concretizou.
De
volta à pátria! Através do plano
“Vuelta a la Patria”, um programa promovido pelo governo venezuelano, um total
de 140 cidadãos retornou sexta-feira (26) ao país. Estavam no Brasil e alguns
deles disseram que entre as razões para seu retorno estão ofertas enganosas,
xenofobia ou problemas para garantir seu sustento.
Os cidadãos que chegaram pela cidade fronteiriça de
Santa Elena de Uairén foram atendidos por médicos e pela polícia de imigração.
Agora serão reincorporados aos programas sociais promovidos pelo governo presidido
por Nicolás Maduro.
Já são 14.971 pessoas que retornam à Venezuela após a
implementação do programa. Saíram do Peru, Equador, Argentina, Colômbia, Chile,
Panamá, Uruguai e República Dominicana.
Começou
o 25º Encontro do Foro de São Paulo. Começou
na quinta-feira (25), em Caracas, o 25º Encontro do Foro de São Paulo, tendo
como tema “Pela Paz, a Soberania e a Prosperidade dos Povos: Unidade, Luta,
Batalha e Vitória!”. O evento termina neste domingo (28) e os cálculos dos
organizadores falam em mais de 125 movimentos e partidos políticos de esquerda,
de todo o mundo.
Segundo a organização do evento, foram agendados
debates e reflexões sobre o avanço do neoliberalismo e do imperialismo pelo
mundo e na região, com consequências como o aumento da pobreza, as ameaças à
democracia e à paz, as tentativas de ingerência econômica, política, social e
militar na América Latina e no Caribe.
O Encontro deste ano tem como focos a luta pela paz na
Colômbia e na Venezuela e o apoio aos diálogos entre oposição e governo
venezuelanos, que ocorrem em Barbados sob mediação da Noruega. Serão debatidos,
também, outros temas de interesse regional, como a perseguição a líderes de
esquerda, o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a
campanha por sua libertação e o fim do bloqueio dos EUA a Cuba.
ONU
alerta para a crise climática no planeta. Os efeitos devastadores da crise climática são sentidos em todo o mundo
hoje, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, e pediu uma ação
urgente para acabar com essa tendência.
Essa questão gera grande preocupação na ONU, que
convocou uma Cúpula sobre a Ação Climática em setembro próximo, para a qual
líderes de todo o mundo devem apresentar propostas concretas de ação.
“Do Pacífico ao Caribe e à África Oriental, tenho visto
como pessoas de todo o mundo estão experimentando os efeitos devastadores da
crise climática”, escreveu Guterres em sua conta oficial no Twittter e compartilhou
o chamado para o evento sobre o assunto em setembro.
Durante a semana, a Organização Meteorológica Mundial
(OMM) divulgou um alarme sobre a onda de calor com níveis recordes históricos
que a Europa registra, e especialistas apontam para um dos efeitos da mudança
climática.
As intensas e extensas ondas de calor carregam a
assinatura da mudança climática provocada pelo homem, de acordo com as
descobertas científicas, disse a porta-voz da OMM, Claire Nullis.
Pela segunda vez em menos de um mês, uma onda de calor
generalizada afetou a Europa, deixando inúmeros registros de temperaturas
máximas e mínimas, interrupções de transporte e infraestrutura e estresse na
saúde das pessoas e no meio ambiente, informa o site oficial de notícias a ONU.
(Prensa Latina)
E
agora, Trump? O Irã anunciou na
segunda-feira (22) a prisão de 17 iranianos que estariam trabalhando como
espiões para a CIA, dos Estados Unidos, e informou que alguns deles foram
condenados à morte.
O chefe de espionagem do Ministério de Inteligência do
Irã, cujo nome não é conhecido publicamente, disse que aqueles que “haviam
colaborado consciente e deliberadamente” com a CIA foram entregues ao Poder
Judiciário e condenados à morte ou a “longas” penas de prisão.
Alguns dos detidos, contudo, interagiram com a
inteligência iraniana “com total honestidade e tiveram provado seu
arrependimento”, segundo o chefe de espionagem, e foram então usados para obter
informações dos EUA.
A CIA teria abordado os iranianos em conferências
científicas realizadas na África, Ásia e Europa, ou através das redes sociais e
da internet, prometendo-lhes dinheiro e vistos ou residência nos EUA, segundo
as autoridades iranianas.
A
insanidade de mãos dadas com a desumanidade! Nesta semana, duas notícias que recebi no mesmo dia fizeram minha noite
se transformar em insônia. Para onde caminhamos? O que será da civilização que
conheci?
A primeira notícia veio da Itália onde a Câmara dos
Deputados aprovou, na quinta-feira (25), nova versão do Decreto de Imigração e
Segurança, editado pelo ministro do Interior, de extrema-direita, Matteo
Salvini, que agora prevê multas de até 1 milhão de euros para comandantes de
navios que entrarem no país sem autorização.
Trata-se de uma clara medida de reação da direita
contra a ação da capitã alemã, Carola Rackete, que forçou a entrada de um navio
com 40 migrantes no porto de Lampedusa no fim de junho para resgatar alguns
refugiados que corriam riscos.
Traduzindo: na Itália, agora, criminoso é que ajudar os
imigrantes que estão morrendo no mar para fugir das barbaridades em seus
países, não os que promovem tais barbaridades e guerras!
A segunda notícia, na mesma quinta-feira (25), veio da
terra de Trump e diz que depois 16 anos de suspensão, o governo dos EUA
anunciou que retomará a execução de condenados à pena de morte por tribunais
federais. Cinco presos devem ser executados a partir de dezembro.
No ano passado, ocorreram 25 execuções no país. Mas
todas foram levadas a cabo por autoridades estaduais. A última execução pelo
governo federal ocorreu em 2003.
O Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e
isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e
Mississipi, implementar a medida. Em 2014, após uma execução fracassada, o
então presidente Barack Obama pediu ao Departamento de Justiça para conduzir
revisões aos programas de execução de pena de morte, tanto em nível federal
como em vários estados. Agora está tudo liberado, novamente!
Distribuição
de armas nucleares estadunidenses na Europa. Por acidente, um documento interno da OTAN veio ao conhecimento público
mostrando onde estão as armas estadunidense espalhadas pela Europa.
É um informe interno do Comitê da OTAN, divulgado em
abril por acaso, e imediatamente retirado do site da Organização. Mas um jornal
belga teve tempo de salvar a matéria e agora publicou.
O relatório traz com detalhes os lugares onde estão
armazenadas as armas nucleares dos EUA. Agora sabemos que, ao todo, são 150
bombas nucleares do tipo B61 (de altíssimo poder) e que estão localizadas em
seis bases mantidas pelos EUA (Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e
Turquia).
E o mundo dorme com essa ameaça!
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