sábado, 31 de agosto de 2019

Carta Educação

MEC quer forçar aprovação do Future-se via Medida Provisória
O governo Bolsonaro estuda aprovar o programa Future-se no Congresso Nacional via Medida Provisória. A intenção foi anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, realizada nesta quarta-feira 28.
Via MP, o programa teria força imediata de lei e seria debatido pelo Congresso Nacional em um prazo mais curto. Já como Projeto de Lei, a tramitação ocorreria de maneira mais lenta e proporcionaria maior debate. “Eu gostaria de mandar projeto de lei mas, como Medida Provisória, existe um ganho de alguns meses para as universidades que quiserem aderir”, declarou Weintraub. Continuar lendo →
Weintraub chama presidente da França de “calhorda” e “cretino”
Se o momento político do Brasil é delicado internacionalmente, com a questão da Amazônia em chamas e a falta de compostura quase geral do governo e de seus agregados (vereador filho de presidente é agregado, certo? Deputado filho de ex-capitão também, certo?), nada melhor do que uma voz de equilíbrio em meio ao incêndio.
Eis que, neste domingo 25, o ministro da Educação Abraham Weintraub, aquele mesmo que gasta um tanto de seu tempo endemoniando o PT e o outro tanto com questões engrandecedoras como bater boca em praça pública no Pará ou criar ironias deitado em uma rede, resolveu desfilar seu conhecimento sobre o presidente francês Emmanuel Macron. Continuar lendo →
Ministro Marcos Pontes implora a Guedes recursos para CNPq
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que ‘implorou’ por recursos ao ministro da Economia Paulo Guedes para garantir bolsas de estudo e pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O pedido foi feito em uma reunião realizada na terça-feira, no entanto, os recursos ainda não estão garantidos, conforme Pontes declarou ao blog da jornalista Andréia Sadi, do G1.
O órgão tem um déficit de R$ 330 milhões para quitar o pagamento de bolsas até o final do ano, o que pode causar a suspensão do pagamento de todas as bolsas já a partir de setembro. O conselho informou que já gastou 88% da verba disponível em 2019 para o pagamento de bolsas. Continuar lendo →
A educação deve estar na fronteira da resistência democrática no País
A educação brasileira passou, ao longo dos séculos, por diferentes fases, distintas ideias pedagógicas e diversas práticas educacionais que vão desde a catequização jesuítica até o cenário de enfrentamentos que vivenciamos hoje, nesta segunda década do século XXI.
Em seu livro “História das ideias pedagógicas no Brasil”, o filósofo e pedagogo Demerval Saviani, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dividiu essa trajetória em quatro períodos. O primeiro, abrangendo as concepções pedagógicas que vigoraram do início da colonização até meados do século XVIII, é justamente o que pressupôs, pela influência dos jesuítas, um monopólio religioso sobre o processo educacional. O segundo, que se estendeu até o início da Era Vargas, corresponde à época em que a vertente religiosa passou a dividir espaço com a atuação leiga na instrução pública, mas ainda ligada a uma pedagogia dita tradicional. O terceiro, até 1969 — ano do endurecimento da ditadura civil-militar que tinha sido instaurada em 1964 —, foi marcado pelo predomínio da chamada pedagogia nova, movimento no qual se destacam nomes como Anísio Teixeira, que articulou as bases filosóficas e políticas da renovação escolar, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro e, como líder do movimento de educação popular, Paulo Freire. E, por fim, o quarto, até o início dos anos 2000, com a crise da Escola Progressiva e a configuração de uma concepção pedagógica tecnicista e produtivista. Continuar lendo →
Enviado por CartaCapital
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