sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Jovem Pan defende prisão após 2ª instância e redes sociais questionam recursos da empresa no TST

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29 DE NOVEMBRO DE 2019, 20H08

Jovem Pan defende prisão após 2ª instância e redes sociais questionam recursos da empresa no TST

Em 2014, foi a terceira instância que livrou a Jovem Pan de pagar uma indenização ainda maior ao apresentador Milton Neves
Foto: Reprodução/Twitter
Jornalistas e juristas usaram as redes sociais, na tarde desta sexta-feira (29), para questionar um manifesto promovido pela Rádio Jovem Pan em favor da prisão após condenação em segunda instância.
“A Joven Klan abre mão de todos os recursos atuais da empresa, no TST (terceira instância da Justiça trabalhista)?”, questionou o jornalista Rodrigo Vianna, colunista da Fórum, sobre a mensagem publicada pela rádio, endossando a PEC da Prisão em Segunda Instância.
A emissora fez a seguinte postagem: “O Grupo Jovem Pan defende a aprovação da PEC da prisão em Segunda Instância, repudia manobras para adiá-la e convida ouvintes e espectadores a participar desta campanha com assinaturas a favor da prisão em segunda instância”, diz o tuíte.
O advogado Leonardo Sica, ex-presidente da Associação de Advogados de São Paulo, também questionou a emissora se ela vai abrir mão dos recursos impetrados na terceira instância e no STJ. “O grupo Jovem Pan cumprirá todas decisões judiciais contra si em segunda instância. Abre mão do direito de recorrer das decisões trabalhistas, execuções fiscais, etc. Em busca rápida, a rádio tem 9 agravos no TST e 12 recursos no STJ. Por coerência, deve desistir de todos”, tuitou.
Milton Neves
Em 2014, a empresa se envolveu em um famoso imbróglio judicial com o apresentador Milton Neves, que saiu brigado da emissora. O jornalista chegou a vencer um processo que lhe rendeu R$ 8 milhões de direitos trabalhistas e forçou a penhora dos bens e de contas do grupo. O montante pago poderia ser ainda maior caso o TST – terceira instância – não tivesse decidido em favor da rádio em um processo sobre danos morais. Neves havia conseguido R$ 7 milhões de indenização em segunda instância.

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