Cresce
a insegurança entre os brasileiros.
O Instituto de Opinião do Brasil, Datafolha, revelou na
segunda-feira (30/12) sua pesquisa recente mostrando que 72% da população tem
medo de sair à noite nas ruas.
A pesquisa mostra que há uma diferença entre homens e
mulheres, já que a taxa de medo no sexo masculino é de 63%, enquanto no
feminino é de 79%.
Segundo o Instituto Datafolha, sete em cada dez
brasileiros adultos dizem ter medo de sair para as ruas da cidade depois do
anoitecer e 50% dizem ter “muito medo”.
Por outro lado, a investigação revelou que a maioria
dos brasileiros enfatiza que, para combater a violência, o governo deve
priorizar investimentos em criação de empregos e educação e não fortalecer políticas
como a posse de armas.
Assim, 57% dos entrevistados disseram que é mais
importante investir em áreas sociais do que em segurança. Será que o insano
tomará conhecimento dessa pesquisa?
Venezuela
denuncia Brasil. O ministro das
Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, denunciou neste domingo
perante a comunidade internacional a decisão do Executivo brasileiro de
conceder refúgio aos cinco soldados golpistas que participaram do ataque armado
ao Batalhão de Infantaria 513 do Gran Sabana. O ministro Arreaza destacou que a
decisão do Executivo brasileiro viola o direito internacional.
“A República Bolivariana da Venezuela denuncia à
comunidade internacional essa decisão incomum que confirma o padrão de proteção
e cumplicidade dos governos satélites dos EUA de atacar a paz da Venezuela por
meio de mercenários que confessaram seus crimes”, afirmou.
Da mesma forma, o ministro reitera que a decisão do
Executivo brasileiro viola o direito internacional “estabelece um registro
perigoso de proteção para pessoas que cometeram crimes flagrantes contra a paz
e a estabilidade de outro Estado”, acrescenta.
Os desertores militares venezuelanos confessaram sua
responsabilidade no ataque armado ao Batalhão de Infantaria Mariano Montilla
513, localizado em Luepa, Gran Sabana do estado de Bolívar, em 22 de dezembro
de 2019.
“Esse tipo de decisão do presidente brasileiro faz
parte da ativação ilegal e perigosa do Tratado Interamericano de Assistência
Recíproca (TIAR), cujo objetivo é gerar as condições para uma intervenção
militar na Venezuela”, conclui.
E
vamos pagando mais impostos... Em
comparação ao ano anterior, os brasileiros pagaram mais impostos em 2019. A
constatação é do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que,
no próximo dia 31 de dezembro, às 08h35, atinge a marca de R$ 2, 5 trilhões.
Em 2018, o valor pago pelos brasileiros em tributos
somou R$ 2,3 trilhões - nível recorde para uma economia com baixo crescimento e
indefinições. Para o economista da ACSP, Marcel Solimeo, essa marca expressiva
representa uma carga tributária elevada para o país - se comparada com a renda
do brasileiro:
“Acredito que a carga de tributaria, nos próximos anos,
deve permanecer alta. Possivelmente, o único fator que pode colaborar com a
diminuição dos tributos é o controle nos gastos. Caso não haja esse esforço, o
Brasil continuará tendo impostos elevados e nada disso retorna à população”,
diz Solimeo, que complementa: “o esforço que as autoridades vêm fazendo com o
teto dos gastos ainda é lento - isso se considerarmos a urgência da redução”.
Os
livros têm “muita coisa escrita”! O
ex-capitão reformado por doença mental está se superando a cada semana quando
falamos de absurdos.
Na sexta-feira, (03), ele defendeu mudanças em livros
didáticos distribuídos nas escolas públicas. Diante de apoiadores na saída do Palácio
da Alvorada, ele afirmou que o material entregue a partir de 2021 será feito
integralmente por seu governo. O presidente também disse que os materiais têm
“muita coisa escrita”.
“Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse
ano ainda levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir
a lei. Em 2021, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar.
Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional. Os
livros hoje em dia, como regra, é um amontoado. Muita coisa escrita, tem que
suavizar aquilo”, disse o presidente, em entrevista concedida na saída do
Palácio da Alvorada.
Bolsonaro também voltou a criticar o educador Paulo
Freire, dizendo que o baixo resultado do Brasil no Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes (Pisa) tem relação com as ideias do intelectual.
“Falando em suavizar, estou vendo um cabeça branca ali, estudei na cartilha
Caminho Suave. Você não esquece. Não esse lixo que, como regra, está aí. Essa
ideologia de Paulo Freire. O cara ficou 10 anos e a garotada de 15 anos foi
fazer a prova do Pisa e mais da metade não sabe fazer uma regra de três simples.
Não deu certo”, disse.
Para o presidente da República, os governos de esquerda
“plantaram militantes”. “O que a esquerda plantou na educação? Plantou
militância. Tanto é que o pessoal vota no PT e no PSOL. A molecada [vota no] PT
e PSOL. Chegou ao cúmulo de acabar com uma escola como o Colégio Dom Pedro II,
no Rio de Janeiro. Acabaram com o Pedro II. Menino de saia, MST lá dentro. E
outras coisas mais que não quero falar aqui”, afirmou.
Então, ficamos assim: os livros não podem mais ter
“muita coisa escrita” e não devem transmitir conhecimentos. Faremos livros
todos com histórias em quadrinho, talvez do Pateta ou do Tio Patinhas!
Bolívia
despreza o direito internacional. A
autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, que assumiu o cargo após um
golpe de Estado que forçou a renúncia de Evo Morales, classificou na
segunda-feira (30/12) como persona non grata os diplomatas do México e da
Espanha e disse que os funcionários das representações estrangeiras teriam até
72 horas para deixar o país.
“O governo constitucional que eu presido decidiu
declarar como persona non grata a embaixadora do México, María Teresa Mercado,
a encarregada de negócios da Espanha, Cristina Borreguero, o cônsul espanhol,
Álvaro Fernández e o grupo de supostos diplomatas encapuzados e armados”, disse
Áñez.
O anúncio da mandatária autoproclamada vem após seu
governo acusar Madri de supostamente ter tentado auxiliar na fuga de
ex-ministros de Evo Morales que estão exilados na embaixada mexicana em La Paz.
A Espanha negou qualquer ajuda na fuga de exilados e
disse que a visita foi “exclusivamente de cortesia” por parte da encarregada de
Negócios na Bolívia, Borreguero, e do cônsul Álvaro Fernández.
Logo após o anúncio da expulsão dos diplomatas, a
Secretaria de Relações Exteriores do México emitiu um comunicado anunciando o
retorno ao país da embaixadora María Teresa Mercado “com o objetivo de resguardar
sua segurança e sua integridade”. Segundo a chancelaria, Marcado será
substituída pela atual chefe da Missão Diplomática mexicana na Bolívia, Ana
Luisa Vallejo.
A crise diplomática envolvendo os três países já havia
se intensificado quando o chanceler mexicano Marcelo Ebrard anunciou na
quinta-feira (26/12) que apresentaria uma queixa na Corte Internacional de
Justiça, em Haia (Holanda), contra a Bolívia por conta das atividades militares
desenvolvidas pelo governo autoproclamado de Áñez em torno da embaixada do país
em La Paz e da residência oficial da embaixadora.
A
Espanha revida. O governo da Espanha
anunciou na segunda-feira (30/12) a expulsão de três diplomatas bolivianos do
país como resposta à atitude da presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine
Áñez, de classificar membros da representação diplomática espanhola como
persona non grata e expulsá-los do território boliviano.
“Em reciprocidade ao gesto hostil do governo interino
da Bolívia de declarar como persona non grata os diplomatas espanhóis, a
Espanha decidiu, por sua vez, declarar persona non grata a três membros do
quadro diplomático e consular boliviano situado em nosso país”, afirmou o governo
espanhol em comunicado.
A decisão da Espanha ordenou que o encarregado de
negócios, Luis Quispe Condori, o agregado militar Marcelo Vargas Barral e o
agregado para assuntos policiais Orso Fernando Oblitas Siles deixem o país em
até 72 horas.
Em nota, a administração espanhola disse que “rechaça
taxativamente qualquer insinuação sobre uma suposta ingerência voluntária nos
assuntos políticos internos da Bolívia”.
O
povo chileno está mostrando o caminho.
Quanto tempo passou desde o golpe militar contra Salvador Allende e a
implantação do neoliberalismo no Chile? Quanto dos direitos do povo e do
trabalhador foi destruído nesse processo?
E, no entanto, muitos anos depois vemos o povo chileno
novamente de pé, dando um basta aos desmandos impostos por Washington e pelo
FMI, enfrentando a repressão e exigindo o fim das loucuras econômicas
determinadas pelas “enciclopédias da economia de mercado”.
Manuel Cabieses, jornalista chileno, nos mostra que
“homens e mulheres, jovens e idosos, e até crianças que agora transbordam pelas
ruas com seu magnífico protesto, são descendentes das heroicas lutas contra a
exploração e a discriminação dos séculos XIX e XX. A rebelião que subiu
iracunda foi forjada nos pampas de salitre, no sul de Mapuche e camponês, no
sul da Patagônia e nos portos e cidades dessa fina ‘linha de luz’ como o grande
Carlos Droguett chamava de Chile”.
Segundo ele, há uma “continuidade histórica” entre o 11
de setembro (data do golpe contra Allende) e o 18 de outubro (quando explodiram
os atuais protestos chilenos).
Escreve ele que “nosso país quer viver de maneira
diferente da imposta pelo neoliberalismo com a ajuda das baionetas. Ele anseia
por uma democracia com justiça social, uma paz entre iguais, uma estrutura
institucional - sujeita ao escrutínio popular e à revogação de seus mandatos -
que reforce os direitos e deveres dos cidadãos”.
Mais de 27 mortos, centenas de feridos, milhares de
detidos e torturados custaram essa luta. A repressão policial deixou claro que
os mosquetões de Pinochet são os mesmos de Piñera.
É ilusório acreditar que o processo insurrecional em
andamento engolirá o sapo de uma “Convenção Constituinte”, como a que fez a
casta política.
América
Latina 2019. Enquanto o Brasil
retrocedida dezenas de anos depois da chegada ao poder de um demente, que só
conseguiu a façanha através de golpes e artimanhas do “judiciário” nacional e
da ação de ministros inescrupulosos, a América Latina viveu um período
conturbado e importantes de ser entendido pelos que acreditam em uma mudança
social profunda.
E precisamos destacar dois fatos importantes: a)
independente de tudo o que escondeu nossa imprensa amestrada, vários países
mostraram protestos históricos sem precedentes na região, e; b) é preciso
destacar a participação daqueles que, há anos, permaneceram fora dos protestos.
Agora e progressivamente, eles perceberam que a única maneira de conter a
injustiça é sair às ruas.
E, antes de analisar alguns desses acontecimentos e
seus atores, é preciso entender um fato que, mesmo não sendo novo, é agora
marcante na vida e no desenvolvimento dos protestos sociais: estou falando do
uso das redes sociais. Se podem ser usadas para criar “mitos” e desinformar,
como aconteceu com o Brasil, sem nenhuma barreira e tendo um alcance ilimitado,
convocaram manifestantes em todas as nações.
Por mais surpreendente que possa parecer, foi um
instrumento para despertar atores que sequer conhecíamos os considerávamos
importantes nas lutas sociais da região como povos indígenas, líderes comunitários,
agrários, estudantes e até indiferentes, aqueles que durante muito tempo foram
estranhos à realidade social.
Equador, Chile, Colômbia, Bolívia, Nicarágua, Honduras,
Peru e Argentina, além do Brasil, foram notícias constantes em nosso
Informativo durante todo o ano. Agora, iniciando 2020, o que podemos esperar na
América Latina?
França:
31 dias de greve! Coletes amarelos,
juntamente com trabalhadores de transporte, médicos, professores e estudantes
marcharam no sábado pelas ruas de Paris, rejeitando a reforma previdenciária promovida
pelo presidente Emmanuel Macron. Hoje, domingo, estamos entrando no 32º dia de
protestos consecutivos.
Durante as manifestações deste dia, a polícia francesa
disparou gás lacrimogêneo no centro de Paris.
O confronto se estendeu por um curto período na área da
Bastilha e na estação ferroviária Gare de l'Est, quando manifestantes contra
reformas previdenciárias e coletes amarelos tentaram entrar na estação.
“As pessoas precisam pensar um pouco sobre o tipo de
sociedade que desejam em geral e, em um nível mais pessoal, sejam 20, 30, 40 ou
50, um dia se aposentarão”, disse o técnico industrial Jean-Gabriel Maheo para
a Reuters.
A reforma proposta por Macron visa estender o período
de trabalho necessário para a alocação de uma pensão completa para dois anos.
Com eles muitos trabalhadores teriam de se aposentar aos 64 anos em vez dos
atuais 62. E a Confederação Geral do Trabalho (CGT), convocou mais
manifestações para os dias 9 e 11 de janeiro.
O
genocida quer “imunidade”. O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na quarta-feira (01)
que pedirá ao Parlamento que conceda imunidade a ele para evitar que seja
julgado por três casos de corrupção. Com o pedido, o premiê pretende adiar
julgamentos que poderiam ocorrer antes das eleições previstas para março, nas
quais ele espera formar uma coalizão majoritária que o protegerá das acusações.
“Tenho a intenção de apelar para o presidente do
Knesset [o parlamento israelense], para exercer meu direito e meu dever se
continuar servindo aos cidadãos”, disse o premiê, em transmissão ao vivo para
todo o país. Netanyahu negou que estivesse fugindo da justiça e disse que
pretende ir ao tribunal para combater as “acusações fabricadas”.
O anúncio foi feito horas antes do término do prazo
para que Netanyahu pedisse imunidade, que é o último recurso para evitar a ida
ao banco dos réus, por causa das acusações de suborno, fraude e quebra de confiança,
em três processos distintos. Netanyahu é o primeiro premiê israelense acusado
de um crime durante o exercício do cargo. Ele nega as acusações.
Normalmente, um pedido de imunidade precisa ser
aprovado ou recusado por uma comissão parlamentar responsável pela questão. Com
o impasse político, essa comissão não foi formada após a eleição de setembro.
O processo judicial não pode começar até a análise da
petição.
Se a imunidade for concedida, que deve ser ratificada
pelo Knesset completo, isso permitiria que Netanyahu não fosse processado
enquanto permanecer no cargo.
Os partidos israelenses representados no Knesset não
concordaram em formar um governo após as eleições de abril e setembro,
mergulharam o país em um bloqueio político durante meses à medida que a
situação judicial de Netanyahu piorava.
As acusações mais sérias estão conectadas ao chamado
"Caso 4000", em que Netanyahu é acusado de aprovar leis que deram ao
seu amigo, o magnata das telecomunicações Shaul Elovitch, benefícios no valor
de 250 milhões de dólares à sua empresa Bezeq. Em contrapartida, o site Walla –
uma subsidiária da Bezeq – publicou artigos favoráveis sobre Netanyahu e sua
família.
Trump
e a reeleição (01). Um bombardeio
ordenado por Donald Trump, três dias após manifestantes pró-Irã terem atacado a
embaixada estadunidense na capital do Iraque, segundo confirmou o Pentágono, matou
o general e herói iraniano Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do
Irã. O líder de uma milícia iraquiana pró-iraniana, Abu Mehdi al-Muhandis,
também morreu no ataque na noite de quinta-feira (02) contra o Aeroporto de
Bagdá.
Segundo o departamento de Defesa dos EUA, a ordem para
liquidar Soleimani partiu diretamente de Trump. “Sob as ordens do presidente, o
Exército estadunidense agiu para proteger o pessoal dos EUA e estrangeiro e
matou Qasem Soleimani”, informou o Pentágono. Minutos antes, Trump havia tuitado
uma bandeira americana.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad
Javad Zarif, qualificou o ataque de “escalada extremamente perigosa e
imprudente” deflagrada por Washington. Mohsen Rezai, um antigo chefe dos Guardiões
da Revolução, declarou que “Soleimani se uniu a nossos irmãos mártires e nossa
vingança sobre a América será terrível”.
O general Soleimani, 62 anos, liderava a força Al-Qods
dos Guardiões da Revolução, encarregada das operações no exterior. Era visto
como um herói no Irã e exercia um papel-chave nas negociações políticas para
formar um governo no Iraque. O general iraniano foi um dos principais
personagens do combate às forças jihadistas na região e tinha uma atuação
fundamental no reforço da influência diplomática de Teerã no Oriente Médio,
especialmente no Iraque e na Síria.
Os Guardiões da Revolução, o exército ideológico da
República Islâmica, confirmaram que “o glorioso comandante do Islã Haj Qasem
Soleimani morreu como mártir em um ataque dos Estados Unidos contra o aeroporto
de Bagdá”, em nota divulgada na TV estatal em Teerã.
Trump
e a reeleição (02). O assassinato
do comandante Qasem Soleimani pode ser a escalada mais dramática nas relações
entre EUA e Irã desde o início da Guerra do Iraque (2003-2011), afirmou na
quinta-feira (02) o site da revista Foreign Police.
Segundo Seth Jones, um especialista em Oriente Médio e
guerra não convencional do Center for Strategic and International Studies
ouvido pela publicação, até agora o Irã e os EUA se confrontavam de maneira
indireta, em territórios de países terceiros, como o Iraque, Síria e Líbano.
O ataque dos EUA representa uma mudança significativa
na política de Donald Trump para o Oriente Médio, uma vez que o presidente dos
EUA havia manifestado o desejo de retirar as tropas dos EUA da região.
Trump
e a reeleição (03). Donald Trump
afirmou na sexta-feira (03) que o general iraniano Qasem Soleimani, morto
durante um bombardeio ordenado por ele “deveria ter sido eliminado há muitos
anos”.
Segundo Trump, “Soleimani era odiado e temido dentro do
país” e que a população iraniana não está triste com a morte do militar.
Ele ainda acusou o general de ser responsável pela
morte de “milhares de cidadãos dos EUA” e de estar “conspirando para matar
muitos mais”.
Trump
e a reeleição (04). Donald Trump
faz uma declaração de guerra contra o Irã porque “se sente encurralado” pelo
julgamento político contra ele, disse ao site Sputnik News o analista uruguaio
Sebastian Hagobian.
“Muitas vezes, quando os presidentes se sentem
encurralados, o manual dos EUA indica que está sendo feita uma guerra para
distrair e melhorar a imagem do forte líder do presidente ... Nesse caso, Trump
se sente encurralado pelo impeachment e por que sua reeleição não é tão certa”,
disse Hagobian, que faz parte da Comissão de Relações Internacionais da Frente
Amplio (FA, centro-esquerda).
Hagobian disse que Trump se sente encurralado pelo
julgamento político que existe contra ele, já que o Partido Democrata da
oposição, com maioria na Câmara dos Deputados, também pode obtê-lo no Senado
devido ao apoio de alguns republicanos.
Trump é acusado de violar a Constituição quando pediu ao
presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, por meio de um telefonema, que
investigasse o filho de Joe Biden, ex-vice-presidente e candidato à presidência
do Partido Democrata.
O analista uruguaio disse ainda que a tensão entre os
EUA e o Irã deve ser analisada como uma escalada gerada por vários eventos,
incluindo a retirada do pacto nuclear pelos EUA, conhecido como Plano de Ação
Integral Conjunto (PAIC), as sucessivas sanções de Washington e os Estados
Unidos. Protestos na embaixada dos EUA no Iraque.
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Trump e a reeleição (05). Certamente que não é a primeira vez e nem será a última. Na história
dos EUA conhecemos dezenas de casos onde candidatos à presidência buscam
guerras como alternativas para manter o eleitorado anestesiado.
Uma das primeiras lições que
eles ensinam em todos os cursos sobre o sistema político de lá é que as guerras
frequentemente revertem a popularidade em declínio dos presidentes. Com uma
taxa de aprovação de Donald Trump de 45% em dezembro de 2019, os “déficits
duplos” (comerciais e fiscais) crescem constantemente, bem como a dívida
pública e uma ameaça de julgamento político era de se esperar uma ação parecida
de Trump que precisa reconstruir sua popularidade e colocá-lo em uma posição
melhor para enfrentar as eleições de novembro.
Vale lembrar que, dias antes
do assassinato de Soleimani, Rússia, China e Irã iniciaram manobras militares
marítimas conjuntas no Golfo de Omã. E, reparem bem no mapa que o golfo tem de
um lado aliados tradicionais dos EUA e ricos em petróleo. Do outro lado o Irã, também
produtor de petróleo!
E o
preço do petróleo disparou! Os preços
do petróleo subiram mais de 4% depois do assassinato do chefe militar iraniano,
Soleimani, pelas forças estadunidenses.
Vale lembrar que o Irã é membro permanente da OPEP (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) e o sexto maior exportador do mundo. Seria
um grave desastre se respondesse ao ataque fechando o estreito de Ormuz.
Haverá
guerra entre os EUA e o Irã? O
assassinato do general iraniano Qasem Soleimani pelas forças estadunidenses
pode levar a uma crise global. O site Sputnik News conversou com especialistas
em geopolítica sobre as possíveis consequências do ataque.
Nikolai Kozhánov, professor assistente do Centro de
Estudos dos Países do Golfo Pérsico da Universidade do Catar, disse que é muito
cedo para falar sobre o risco de uma guerra global ou um confronto direto entre
o Irã e os Estados Unidos.
“Esse ato corresponde à ideia discutida há muito tempo
em Washington, que consistia em 'acalmar' Teerã e mostrar a ele que ele estava
se comportando com muita confiança e que superestimou suas habilidades”,
explicou.
Por seu lado, o professor de economia política Alexandr
Azadgan está convencido de que o assassinato de Soleimani poderia ter
“consequências devastadoras”. “Tecnicamente, poderíamos estar em processo de
guerra entre o Irã e os EUA”, disse o especialista, que enfatizou que “os
próprios iranianos entendem que podem acabar envolvidos em uma guerra se derem
uma resposta muito severa às ações de Washington”.
No entanto, o Irã não pode deixar o assassinato de
Soleimani, uma importante personalidade política e militar e considerado um
herói nacional em seu país de origem, disse Kozhánov.
Mas como poderia ser? Enquanto Azadgan está convencido
de que o Irã agirá através de países intermediários como Iraque, Líbano ou
Iêmen - por exemplo, ele poderia lançar um míssil a partir do território iemenita
- Kozhánov sugere que a maneira como ele reagirá mostrará para toda a
comunidade internacional.
Por sua vez, Azadgan acrescentou que a estrutura
política do Iraque - onde Soleimani foi morto - está em um estado “muito
instável”. Isso serviu de pretexto para os planos dos EUA de mobilizar 4.000
militares no Oriente Médio, acrescentou, e comentou que “ele nunca viu uma
situação tão tensa” na região.
2019:
recordes de assassinados nos EUA. Se
uma pesquisa recente mostrou que há uma grande insegurança entre a população
brasileira, o que deveria aparecer se uma pesquisa semelhante fosse realizada
nos EUA?
Muito já falamos, aqui no Informativo, sobre toda a
violência e insanidade levada ao restante do mundo pelos governos
estadunidenses e sua política de intervenção nos países que lhe servem. Mas, e
internamente? Como é a situação do povo estadunidense?
Os números são claros: os EUA tiveram mais assassinatos
em massa em 2019 do que em qualquer outro ano, desde que temos registros. Entre
os mais mortais estão o assassinato de 12 pessoas em Virginia Beach em maio e
22 em El Paso em agosto.
De acordo com o banco de dados compilado pela
Associated Press, USA Today e University of the Northeast, em 2019 houve 41
incidentes e um total de 211 mortes.
O banco de dados rastreia assassinatos em massa nos
Estados Unidos desde 2006, mas mesmo quando pesquisava desde a década de 1970,
os investigadores não encontraram um ano com mais assassinatos em massa. O ano
com o segundo maior número de assassinatos foi 2006, com 38.
O direito de possuir armas é garantido na segunda
emenda da Constituição dos EUA e, apesar de um boom de ataques de armas de fogo,
nada foi feito ainda para alterar a legislação ou controlar a situação de
qualquer maneira.
Atenção:
os assassinatos em massa envolvem a morte de quatro ou mais pessoas, excluindo
os autores
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