Não
é por inocência!
Mesmo sendo um materialista “de carteirinha”, não deu
para não lembrar de uma frase bíblica: “perdoai, porque eles não sabem o que
estão fazendo”. Não é assim? Ou algo parecido! Mas não podemos usar a mesma
expressão quando analisamos as ações do governo comandado por um demente e
secundado por um sacripanta.
O chamado “estado-maior” do governo do ex-militar
parece viver em outra dimensão no espaço e no tempo. Talvez vivam na
“alucinosfera” pois, quando não estão dizendo besteiras sobre “cultura”,
“goiabeiras”, “pum de palhaço” e outras doideiras, estão simplesmente
desconhecendo uma realidade que todo o planeta já constatou. E, por falar em
alucinosfera e planetas, por onde anda o ministro-astronauta que deveria cuidar
da ciência e tecnologia? Pegou carona “no rabo de um cometa”?
Bem, sendo mais sério no assunto, o fato é que nosso
ministro da Economia, Paulo Guedes, insiste em agenda de cortes, quando momento
exige mais investimentos públicos para combater pandemia de coronavírus. O
mundo inteiro está fazendo isso, mas aqui vivemos em outro mundo.
Segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto
Junior, o ministro da Economia, Paulo Guedes, parece não ter a real dimensão da
crise econômica internacional que se anuncia na esteira da pandemia do coronavírus.
Na quarta-feira (11), Guedes enviou ofício ao Congresso Nacional em que pede a
“aceleração da agenda de reformas” e aprovação de 19 propostas que serviriam
para “blindar” o Brasil. E até poderia ter alguma lógica se trouxesse algo de
novo, mas é, como dizem popularmente, “mais do mesmo”.
O alucinado e sua equipe encaminham para o Congresso
exatamente o que já haviam proposto quando ainda não vivíamos essa crise toda.
Ou talvez seja ainda pior porque entre as medidas agora propostas, uma delas
tem a ver com o fim da vinculação orçamentária, inclusive para a saúde. Outra
tem a ver com a possibilidade de reduzir jornada e salário de servidores
públicos em até 25%, inclusive servidores da área da saúde. O que coloca em
dúvida até que ponto o governo tem a dimensão da crise.
O
quadro brasileiro (1). A nova rodada
de pânico no mercado, intensificada agora pela deterioração nas perspectivas
fiscais do país, forçou uma reação sem precedentes para um dia só do Tesouro
Nacional e do BC em uma tentativa de trazer alguma normalidade para os
negócios. Para se ter uma ideia da turbulência no pregão de ontem, o dólar
superou a marca de R$ 5 logo nos primeiros minutos da sessão, enquanto os juros
futuros saltaram na abertura para seus limites de alta. Foi só depois de quatro
intervenções do BC, com venda de dólares no mercado à vista, e de um certo
alívio lá fora com uma injeção gigantesca de capital pelo Federal Reserve nos
EUA que os investidores encontram espaço para tirar parte da pressão do câmbio.
(Valor Econômico)
O
quadro brasileiro (2). Os “economistas
amestrados” e a nossa imprensa diziam que economia só voltaria a subir com
reformas como a da Previdência. A mudança nas regras foi aprovada, muitos
perderam o direito à aposentadoria e a economia continua patinando.
Projeção das instituições financeiras consultadas pelo
Banco Central (BC) sobre crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este
ano jogam uma pá de cal nas análises de especialistas e colunistas. No mundo
real, apesar de milhares de trabalhadores e trabalhadoras terem perdido o
direito à aposentadoria, o Boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda-feira
(9), derrubou pela quarta vez a projeção do PIB em 2020 - de 2,17% para 1,99%.
A estimativa para a inflação, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 3,19% para 3,20%.
O
quadro brasileiro (3). Depois de
aprovado o tal “teto dos gastos públicos”, que salvaria o país, o investimento
público permaneceu comprimido, em torno 2% do PIB, metade do verificado em
2014. A redução dos gastos com educação foi ainda maior: 16%. Até mesmo a
segurança pública perdeu recursos (4,1%)
O teto de gastos, aprovado em outubro de 2016, impôs um
severo ajuste nos gastos do governo na esperança de reequilibrar as contas
públicas, fazer o governo gastar melhor e convencer empresários que vale a pena
investir no Brasil, um passo fundamental para recuperar uma economia em queda
livre. Três anos depois, o teto se tornou um dos principais freios da economia
brasileira e ainda piorou a distribuição dos gastos públicos que prometia
melhorar.
A queda de juros não tem sido suficiente para
incentivar os empresários a investir. Com a demanda por bens e serviços tão
baixa, poucos estão fazendo essa aposta. A taxa de investimento no país caiu de
21% em 2014 para em torno de 15% em 2017 e 2018, e o crescimento médio ficou em
apenas 1,3%. Em 2019, o crescimento do PIB foi ainda menor, ficando em míseros
1,1%: um pibinho.
A Constituição de 1988 vinculou parte das receitas do
governo à saúde e à educação por prever que, sem essa vinculação, parte da
elite política e econômica do país tentaria relegar esses gastos ao segundo (ou
a terceiro) plano. Mas a aprovação do teto de gastos mudou a Constituição
exatamente para fazer com que os gastos com saúde e educação deixassem de
acompanhar o crescimento da receita. De 2017 em diante, com o teto de gastos, a
receita do governo aumenta à medida que o país cresce, mas os gastos com saúde
e educação não precisam mais crescer junto. É o que está acontecendo.
O
quadro brasileiro (4). E o povo vai
pagando cada vez mais impostos e tributos. A carga tributária brasileira
alcançou o patamar recorde de 35,17% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019, de
acordo com estudo elaborado pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber
Pacheco de Castro. O percentual supera o pico anterior, registrado em 2008
(34,76% do PIB). Em 2018, estava em 34,64% do PIB.
Uma curiosidade que passou despercebida de muita gente:
o Imposto de Renda das empresas (IRPJ) se destacou e respondeu por 40% do
crescimento da carga tributária. E as pessoas pensam que “é bom que as empresas
estejam pagando mais imposto”, mas, em cima de quem eles jogam esse aumento?
Veja bem, é o imposto da “pessoa jurídica” da empresa, não do empresário!
O volume de recursos extraídos da economia
compulsoriamente pelo setor público chegou a R$ 2,6 trilhões, aproximadamente
R$ 12 mil por habitante, cerca de quatro meses de trabalho para pagar tributos.
Vamos
comprar armas velhas? É a primeira
coisa que nos vem à mente ao ler que o demente brasileiro e o almirante do
Comando Militar do Sul, Craig Faller, assinaram no domingo (08), na Flórida, um
acordo que facilita uma cooperação militar entres os países. O Acordo de
Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação vai, segundo o Ministério da
Defesa brasileiro, abrir caminho para aperfeiçoar ou prover novas capacidades
militares. Mas bem pode ser para comprarmos navios velhos e encalhados, tanques
obsoletos, etc.
Mas a preocupação maior vem na segunda parte da
entrevista quando o almirante declarou que a reunião que teve com ex-capitão
discutiu “oportunidades e ameaças” que “minam a democracia e a estabilidade”
nos países. Em nota, o Ministério brasileiro afirmou que o acordo é um passo
para que os países “desenvolvam projetos conjuntos na área de defesa”. E a
primeira coisa que nos ocorre é: um acordo para intervir na Venezuela?
Um
instante de reflexão! Melhor dizendo,
de importante reflexão. Venho conversando com alguns companheiros e com
companheiras sobre o instante seguinte que podemos viver no Brasil. Indiferente
ao fato de ele estar ou não contaminado pelo coronavírus (o exame disse que
sim, ele diz que não), a verdade é que precisamos nos perguntar se o demente
teria condições de fechar o Congresso agora. Ele seguiria adiante com seu plano
de fazer intervenção militar na Venezuela?
Depois de conversas com pessoas mais próximas,
começamos a acreditar que, mais uma vez, o futuro do Brasil estará em jogo não
em nosso território, mas nas eleições estadunidenses de novembro próximo. Uma
vitória de Trump daria ao insano brasileiro suporte para todas as suas aventuras
militaristas.
Mas uma derrota de Trump seria um desastre muito
grande, não só para o ex-militar. No mundo inteiro veríamos governos muito
ameaçados, como o da Índia, da Colômbia, da Itália e muitos outros que seguem
os passos e as ordens do “grande comandante” da Casa Branca.
A nossa imprensa repetiu exaustivamente e todos vimos a
imagem do capacho brasileiro em Washington, lambendo os pés do chefe e dizendo
que “que num futuro próximo é muito bom contar com um bom relacionamento de
direita”. O que teria tentado dizer com isso?
Bem, está na hora de começarmos a pensar nas eleições
estadunidenses e o que significaria uma derrota dos republicanos. Vejam
notícias sobre os EUA neste Informativo.
E
chegamos ao fim de nosso conceito de humanidade. Há anos, mesmo no futebol, brigo e discuto com amigos
sobre o ódio de classe. Gozações no futebol são comuns, mas se entra pelo
caminho do ódio de classe é inaceitável!
Por que estou falando isso? Porque agora, exatamente em
um momento de crise como a pandemia do coronavírus, vimos uma demonstração
criminosa do que vem a ser o ódio de classe, o sentimento de “sou mais que você
porque ocupo uma posição melhor na sociedade”, um total desrespeito a um
trabalhador ou, no caso, uma trabalhadora, por ser de outra classe.
O caso foi relatado em uma coluna de jornal, aqui no
Rio de Janeiro, por Lauro Jardim. Ele nos conta a situação mais repulsiva que
poderíamos ver, o ponto mais baixo da desumanidade que vai avançando em nossa
sociedade.
Relatando sobre o primeiro caso conhecido no país de
transmissão local do vírus. Segundo ele, o empresário e sua esposa foram
infectados e ficaram de quarentena no luxuoso apartamento em São Conrado,
bairro de classe alta da zona sul. Mas é aqui que vemos o ódio de classe. O
casal exigiu que a empregada arrisque a vida dela e de sua família para
continuar trabalhando em um ambiente infectado, usando medidas de prevenção que
não impedem a transmissão (luvas e máscaras).
Essa doméstica tem família e filhos. Será que o nobre
“empresário”, caso não fosse empresário, mas empregado, aceitaria continuar
trabalhando em um ambiente infectado? Mas o ódio de classe fala mais alto, não
é?
??????. Quer dizer, então, que o ex-secretário de Governo e
chefe da campanha do insano morreu de “infarto fulminante” na sexta-feira (13),
em Teresópolis? Mas não era ele quem estava prestando depoimentos sobre a
campanha do Bosta e havia gravado um programa de televisão? Estranho, muito
estranho...
Força
policial contra manifestantes. Na
sexta-feira (13), a força policial no Chile disparou gás lacrimogêneo
diretamente no corpo dos manifestantes que estão no parque florestal, exigindo
seus direitos sob as políticas neoliberais do presidente do Chile, Sebastian
Piñera.
Os manifestantes estão muito perto da Plaza Dignidad, à
qual eles puderam acessar após a passagem dos Carabineiros. Nos próximos dias,
o Governo leiloará vários recursos naturais aos quais os chilenos não têm
acesso livre e aberto e, ao mesmo tempo, constituem direitos fundamentais para
os cidadãos do país.
O presidente Piñera declarou publicamente na
quinta-feira (12) a um canal de empresários que contribuem para suas políticas
neoliberais que eles conheciam anteriormente sobre os incêndios nas 136
estações de metrô, declarações que causaram distúrbios na população devido à
inação das forças militares do governo.
A ONU criticou duramente a repressão contra os
manifestantes e a evidente violação de seus direitos humanos, ignorando as
recomendações feitas pela entidade internacional.
Denúncia
de repressão contra mulheres. “Há queixas
de observadores de direitos humanos e da Associação de Imprensa Estrangeira por
ataques da polícia no contexto de manifestações”, disse o presidente do
Instituto Nacional de Direitos Humanos, Sergio Micco.
Em continuidade ao movimento “Greve Feminista Geral no
Chile”, houve uma convocação feita para a segunda-feira (09). As organizadoras
destacam que é “uma mobilização totalmente diferente, não é politizada, é outra
coisa que tem a ver com a igualdade de gênero”.
Apesar do dia de paz, as organizações denunciaram a
repressão dos Carabineiros contra a população que saía às ruas para comemorar o
Dia da Mulher, além de exigir a renúncia do presidente Sebastián Piñera.
“Há queixas de observadores de direitos humanos e da
Associação da Imprensa Estrangeira por ataques policiais no contexto de
manifestações. Foi solicitado um relatório para o uso de spray de pimenta
direcionado diretamente aos olhos dos manifestantes”, afirmou o presidente do
Instituto Nacional de Direitos Humanos, Sergio Micco.
Organizações como a Coordenadora Feminista da 8M
destacaram a participação massiva de mulheres em Santiago e em outras regiões
do país: “Continuamos a nos ver nas ruas, camaradas. Ainda há muito a fazer,
até que eles parem de nos matar, até que que eles sejam livres, até que nossas
vidas parem de ser precárias”, acrescentaram.
As manifestantes lamentaram a presença de elementos da
polícia durante a mobilização e asseguraram que os homens uniformizados
expressavam uma atitude arrogante em relação aos manifestantes.
O
que se passa na Bolívia? Em um período
de normalidade democrática, a Bolívia deveria estar se preparando para a
nomeação eleitoral que não teria nada a ver com a presidencial. O plano, de
acordo a Constituição e com o cronograma do ano passado, era que as eleições
subnacionais (departamentos e municípios) fossem realizadas na segunda metade
de março deste ano. No entanto, o golpe promovido por Washington alterou
completamente o que havia sido planejado, e agora estamos a menos de dois meses
de decidir quem será o próximo presidente da Bolívia.
São eleições totalmente anômalas por vários motivos:
(1) estão sob a administração de um governo não eleito; (2) estão muito perto
da eleição anterior (20 de outubro de 2019); (3) quem foi o principal eleitor
do país nos últimos 15 anos não concorre (Evo Morales foi mesmo proibido de ser
candidato a senador); (4) muitas instituições (MIT, CEPR, CELAG) mostraram que
não houve fraude contra o que a OEA declarou sem nenhuma evidência; (5) existem
muito poucas garantias democráticas devido ao alto grau de perseguição judicial
contra líderes do governo anterior e; (6) A Bolívia está envolvida em uma grave
crise institucional e política.
Mas há algo que nenhum golpe de estado pode alcançar:
fazer desaparecer a principal força política do país! O candidato ao MAS, Luis
Arce, tem uma intenção de voto de 33,1%, e Jeanine Áñez fica muito atrás, com
20,5%; seguido por Carlos Mesa (17,4%) e Fernando Camacho (7,4%). Ainda é cedo
para saber se essa diferença permite ao Arce vencer no primeiro turno (exige
superar 40 pontos com diferença de 10 no segundo).
Mas o que se pode afirmar é que, por enquanto, é a
opção eleitoral com mais apoio no país, como tem sido nos últimos anos.
Arce ainda tem espaço para crescer em votos. Seu teto
eleitoral é próximo de 40%. Mas devemos ter em mente que o nível de ignorância
é muito alto (quase 25%) e, portanto, ainda há muita margem para aumentar na intenção
de votos. E ele leva a vantagem de ter uma avaliação muito positiva como
Ministro da Economia (54,8%) e também, em termos comparativos, a população
boliviana o vê com maior capacidade de governar e maior comprometimento com os
necessitados do que seus rivais.
Áñez está emergindo como a grande concorrente de Arce.
A atual presidente de fato não tem tanta intenção de voto (20,5%) quanto
potenciais eleitores (40%). Seu teto eleitoral dobra sua intenção de votar. E a
única razão é simples: ela se torna a provável canalizadora do voto útil contra
Evo. Esse foi o fenômeno político que marcou a eleição anterior e fez com que o
espírito do segundo turno se infiltrasse no primeiro. E desta vez o grande
desconhecido é saber se os eleitores de La Paz relacionados a Mesa estarão
dispostos a apoiar Áñez (o candidato do Oriente). No entanto, Áñez também tem
seus pontos fracos: por um lado, quase dois terços (64,6%) acreditam que ela
não deveria concorrer como candidata a presidente e, por outro lado, mais da
metade (54,4%).
A
guerra do petróleo! Mesmo a imprensa
mais amestrada, mesmo os fiéis cãezinhos de Donald Trump, não podem esconder a
embaraçosa realidade e alguns mostram, cuidadosamente, a atitude Arábia Saudita
como chantagista para forçar a Rússia a negociar um acordo de redução de
oferta. “Riad chantageia a Rússia, desencadeando a estratégia do caos”, diz El
Economista.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo havia
apresentado uma proposta de redução na produção para que os preços se
mantivessem equilibrados, mesmo diante da crise criada pelo coronavírus e o
medo de uma crise econômica se espalhasse pelas bolsas de valores. Mas a Rússia
recusou-se a aceitar o acordo e garantiu que manteria a sua produção.
A questão é que a Arábia Saudita e seu regime político
onde uma mesma família ocupa todos os postos de governo e se perpetua há
séculos no poder, mesmo sendo a principal aliada dos EUA no Oriente Médio, está
com sua imagem muito desgastada e isso vem se agravando nos últimos seis anos.
O regime de Riad vive em forte isolamento internacional, ampliado depois do
assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul em outubro de 2018 e pela
brutal intervenção na guerra no Iêmen, que causou uma tragédia humanitária sem
precedentes, na qual 16 milhões precisam cuidados de saúde urgentes.
E a Arábia Saudita resolve “ficar no caminho” da
Rússia. Achando que poderia disputar com o país de Putin, os sauditas
resolveram diminuir ainda mais os preços. O petróleo, que estava em torno de US
$ 60 em meados de fevereiro, caiu para 50 no início de março, devido
principalmente à previsão de uma contração na economia global e acabou caindo
para 35, na segunda-feira (09).
Quais
as consequências? Diante da guerra de
preços iniciada pela Arábia Saudita no final de semana passado, o futuro do
combustível fóssil começa a ser precificado no mercado, dominado por fortes
quedas no dia, sendo as ações do setor as mais atingidas.
Falando sobre o Brasil, representando aproximadamente
6% de participação do Ibovespa, as ações da Petrobras, por exemplo, abriram o
pregão com queda superior a 20%, chegando a -24%, cotadas a R$ 17,36 quando a
Bolsa de Valores de São Paulo acionou o circuit breaker (suspensão temporária
do pregão).
Nos últimos anos, a OPEP busca elevar e estabilizar o
preço do petróleo próximo a US$ 70, por meio da redução da produção mundial em
acordo com os principais países produtores. Mas o fato da Rússia, maior
produtora do mundo fora da Opep, se negar a seguir o acordo sugerido na reunião
da entidade na semana passada provocou a reação saudita, maior produtora do
mundo, de forma que o petróleo tipo brent acumula queda de 17% no dia,
negociado a US$ 34,12.
Paralelo
à guerra do petróleo... Queda das
Bolsas de Valores no mundo inteiro aponta para recessão global, avalia
especialista.
Neste cenário atual de incertezas com o preço do
petróleo, o coronavirus já tinha afetado as Bolsas mundialmente, mesmo com um
índice de mortalidade considerado baixo. Mas a situação vem piorando rapidamente.
No caso do Brasil, nossa Bolsa de Valores é muito
alinhada com as Bolsas ao redor do mundo, logo uma queda "lá fora"
também resulta em uma queda por aqui. A queda de 12,17% foi um alinhamento com
as Bolsas mundiais, e fez com que fosse acionado o circut break, uma
interrupção momentânea das negociações quando existem quedas superiores a 10%.
Tal paralisação é totalmente atípica, porém prevista pela Bolsa, sendo um fator
automático para "forçar" com que investidores entendam o motivo da
queda e revejam se a mesma não estaria sendo impulsionada por fatores
comportamentais e eufóricos.
Cala
a boca, Trump! Depois de receber o
demente brasileiro e seus secretários, todos testados positivamente para o
coronavírus quando voltaram ao Brasil, Donald Trump assumiu “urgência no
tratamento do assunto” e “exigiu” que os cientistas trabalhassem mais
rapidamente para encontrarem a cura da doença. Mas a resposta que recebeu foi
exemplar, edificante para um cientista e humilhante para um estadista.
O pesquisador estadunidense H. Holden Thorp rebateu as
exigências feitas pelo presidente à comunidade científica para que uma vacina
contra o coronavírus fosse desenvolvida com rapidez. E, em artigo publicado na
revista Science na sexta-feira (13), lembrou os cortes e os ataques feitos por
Trump às instituições científicas estadunidenses e respondeu dizendo que
“ciência não se faz com exigências”.
“Você não pode insultar a ciência quando você não gosta
dela e de repente insistir em algo que a ciência não pode entregar sob
encomenda”, diz o pesquisador.
Thorp apoia as declarações do líder do Instituo
Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas, Anthony Fauci, que disse ao
presidente dos EUA que uma vacina contra o coronavírus poderia levar no mínimo
um ano e meio para ser desenvolvida. “Agora, o presidente de repente precisa da
ciência. [...] Uma vacina deve ter uma base científica fundamental. Tem que ser
fabricável. E tem que ser segura. Pedir por uma vacina e distorcer a ciência ao
mesmo tempo é chocantemente discrepante”, diz.
A
cavalaria agiu rapidamente. O Federal
Reserve (Fed), banco central dos EUA, anunciou uma injeção de US$ 1,5 trilhão
na economia como forma segurar as perdas nas bolsas de valores. O anúncio foi
feito no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
decidiu restringir viagens da Europa (com exceção do Reino Unido).
As medidas são vistas por analistas como uma forma de
os EUA diminuir os estragos da crise econômica em seu território, ao mesmo
tempo em que joga o problema no colo dos demais países. O petróleo tipo Brent
fechou a quinta-feira em queda de US$ 2,57 (7,2%), a US$ 33,22 dólares,
enquanto o petróleo nos EUA recuou US$ 1,48 (4,5%), para US$ 31,50 o barril.
Quem
será o adversário de Trump? O
ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden, venceu as primárias democratas em pelo
menos quatro dos seis estados que realizaram suas prévias na terça-feira (10),
ampliando sua vantagem na disputa pela candidatura que enfrentará Donald Trump
nas eleições gerais em novembro.
O senador Bernie Sanders venceu na Dakota do Norte e
lidera em Washington, onde a apuração ainda não terminou. Biden, por sua vez,
ganhou em Idaho, Missouri, Mississipi e Michigan, este último o que possuía o
maior número de delegados em disputa nas primárias desta terça.
Com esses resultados, Biden chega a um total de 823
delegados conquistados, ampliando a vantagem sobre o progressista Bernie
Sanders conquistada desde a Super Terça. O senador por Vermont, por sua vez,
chega a 663 delegados. De acordo com as regras das primárias, um pré-candidato
precisa conquistar pelo menos 1.990 delegados para se tornar o indicado do
partido para as eleições.
Bernie
Sanders: pesadelo para Netanyahu? Na
terça-feira, 25 de fevereiro, durante o segundo debate nas primárias do Partido
Democrata, Bernie Sanders não teve vergonha de mencionar Benjamin Netanyahu, de
Israel, que ele chamou de “racista reacionário”. Uma expressão correta que
logicamente não é bem vista em Israel, especialmente quando não foi a primeira
vez que Sanders disse isso.
“Acredito que, neste momento, lamentavelmente e
tragicamente, Israel seja liderado por um racista reacionário, Bibi Netanyahu.”
Foi assim que Sanders se expressou em 25 de fevereiro, acrescentando que, embora
ele defenda a “segurança de Israel”, “não podemos esquecer os sofrimentos do
povo palestino”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz,
respondeu no dia seguinte, chamando as declarações de Sanders de “chocantes”,
ao mesmo tempo em que afirmou, como Netanyahu havia feito algumas horas antes,
que Israel se abstém de “intervenção na vida interna dos EUA”. Ainda assim,
Katz não se absteve - uma vez que Sanders sugeriu que, se fosse eleito, mudaria
a embaixada dos EUA de Jerusalém para Tel Aviv novamente.
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