Casos de ansiedade e depressão duplicaram na quarentena
Pesquisa da UERJ aponta que a pandemia do novo coronavírus tem elevado os níveis de estresse da população
Uma pesquisa recente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) descobriu que os sintomas de depressão, ansiedade e estresse duplicaram entre a população durante a primeira e a quarta semana de quarentena no Brasil, devido à atual pandemia do novo coronavírus.
Comandada pelo psicólogo Alberto Filgueiras, a triagem de participantes foi feita online e colheu dados de 1.460 brasileiros. Para chegar ao resultado, foram realizados dois estudos, com vinte dias de diferença entre si.
Na primeira análise, o índice de prevalência era de 4% a 5% para sintomas de depressão e ansiedade. Já no segundo estudo, os números cresceram para 7% a 8%, segundo informou Filgueiras ao jornal O Globo.
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Três grupos demonstraram um aumento mais alarmante desses sintomas: pessoas que vivem com idosos durante a quarentena; portadores de doenças que entram nos grupos de risco para a COVID-19; e trabalhadores que não puderam aderir ao isolamento.
Em entrevista, o pesquisador ressaltou ainda que essas pessoas precisam de ajuda o quanto antes, visto que já estão sofrendo com as consequências psicológicas do isolamento social - considerado como uma medida importante para a contenção da disseminação da COVID-19.
Pior que China e Irã
Outro estudo, feito pelo psicólogo Stephen Zhang, da Universidade de Adelaide, na Austrália, coletou dados sobre a prevalência de distúrbios mentais durante a pandemia em países mais afetados pela doença, como China, Irã e Brasil.
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Ao apurar as informações de 638 brasileiros, a pesquisa encontrou que 52% dos adultos tinham níveis de estresse leve a moderado, enquanto 18% sofre de estresse severo. Este patamar no Brasil, inclusive, está mais alto do que na China e Irã - onde a doença causou fortes impactos.
Pandemia e isolamento pioram quadro mental
Fatores associados à pandemia e ao isolamento, como instabilidade econômica, medo da doença, desinformação, prolongamento da quarentena e mudanças na rotina, afetam diretamente os níveis de estresse de forma coletiva.
Por isso, é importante cuidar da sua saúde mental e também de que está perto de você durante a pandemia. Preste atenção em como está seu sono, seu estado de ansiedade, pensamentos e motivação. Procure ajuda se você começar a sentir que alguns sentimentos estão atrapalhando sua rotina, como:
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- Pensamentos negativos
- Falta de vontade
- Baixa energia
- Choro frequente
- Insônia e dificuldade para dormir
- Medos constantes
- Mudanças nos padrões alimentares
- Dificuldade em se concentrar para tarefas normais
- Sentimentos de desamparo, desesperança, tristeza prolongada ou preocupação avassaladora.
De acordo com a psicóloga Adriana de Araújo, "falar de saúde mental é olhar as demandas, as necessidades gerais e comuns da maioria das pessoas nesse momento, como ansiedade, dificuldade de adaptação, medo do futuro, medo de adoecer e medo de perder pessoas queridas".
Como dica para lidar com a situação, a especialista sugere que você acompanhe seus pensamentos e emoções neste período. Ela sugere que seja feita uma "checagem emocional" três vezes ao dia, pois "entender o que sente pode ajudar a compreender as razões que levaram a se sentir bem ou mal".
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Para apoiar quem precisa de uma ajuda profissional no momento, psicólogos estão oferecendo terapias online gratuitamente e a preços acessíveis. Portanto, não tenha medo nem vergonha de buscar suporte emocional, porque o momento exige cuidado e atenção.
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