quarta-feira, 29 de abril de 2020

Casos de ansiedade e depressão duplicaram na quarentena

Casos de ansiedade e depressão duplicaram na quarentena

Pesquisa da UERJ aponta que a pandemia do novo coronavírus tem elevado os níveis de estresse da população
Uma pesquisa recente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) descobriu que os sintomas de depressãoansiedade e estresse duplicaram entre a população durante a primeira e a quarta semana de quarentena no Brasil, devido à atual pandemia do novo coronavírus.
Comandada pelo psicólogo Alberto Filgueiras, a triagem de participantes foi feita online e colheu dados de 1.460 brasileiros. Para chegar ao resultado, foram realizados dois estudos, com vinte dias de diferença entre si.
Na primeira análise, o índice de prevalência era de 4% a 5% para sintomas de depressão e ansiedade. Já no segundo estudo, os números cresceram para 7% a 8%, segundo informou Filgueiras ao jornal O Globo.
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Três grupos demonstraram um aumento mais alarmante desses sintomas: pessoas que vivem com idosos durante a quarentena; portadores de doenças que entram nos grupos de risco para a COVID-19; e trabalhadores que não puderam aderir ao isolamento.
Em entrevista, o pesquisador ressaltou ainda que essas pessoas precisam de ajuda o quanto antes, visto que já estão sofrendo com as consequências psicológicas do isolamento social - considerado como uma medida importante para a contenção da disseminação da COVID-19.

Pior que China e Irã

Outro estudo, feito pelo psicólogo Stephen Zhang, da Universidade de Adelaide, na Austrália, coletou dados sobre a prevalência de distúrbios mentais durante a pandemia em países mais afetados pela doença, como China, Irã e Brasil.
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Ao apurar as informações de 638 brasileiros, a pesquisa encontrou que 52% dos adultos tinham níveis de estresse leve a moderado, enquanto 18% sofre de estresse severo. Este patamar no Brasil, inclusive, está mais alto do que na China e Irã - onde a doença causou fortes impactos.

Pandemia e isolamento pioram quadro mental

Fatores associados à pandemia e ao isolamento, como instabilidade econômica, medo da doença, desinformação, prolongamento da quarentena e mudanças na rotina, afetam diretamente os níveis de estresse de forma coletiva.
Por isso, é importante cuidar da sua saúde mental e também de que está perto de você durante a pandemia. Preste atenção em como está seu sono, seu estado de ansiedade, pensamentos e motivação. Procure ajuda se você começar a sentir que alguns sentimentos estão atrapalhando sua rotina, como:
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  • Pensamentos negativos
  • Falta de vontade
  • Baixa energia
  • Choro frequente
  • Insônia e dificuldade para dormir
  • Medos constantes
  • Mudanças nos padrões alimentares
  • Dificuldade em se concentrar para tarefas normais
  • Sentimentos de desamparo, desesperança, tristeza prolongada ou preocupação avassaladora.
De acordo com a psicóloga Adriana de Araújo, "falar de saúde mental é olhar as demandas, as necessidades gerais e comuns da maioria das pessoas nesse momento, como ansiedade, dificuldade de adaptação, medo do futuro, medo de adoecer e medo de perder pessoas queridas".
Como dica para lidar com a situação, a especialista sugere que você acompanhe seus pensamentos e emoções neste período. Ela sugere que seja feita uma "checagem emocional" três vezes ao dia, pois "entender o que sente pode ajudar a compreender as razões que levaram a se sentir bem ou mal".
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Para apoiar quem precisa de uma ajuda profissional no momento, psicólogos estão oferecendo terapias online gratuitamente e a preços acessíveis. Portanto, não tenha medo nem vergonha de buscar suporte emocional, porque o momento exige cuidado e atenção.

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