Há
limites para a insanidade?
Os vários personagens dentro desse governo parecem
estar disputando um torneio para definir o mais demente.
Em 1511, em Paris, é publicado um livro que, até hoje,
brinca com as reflexões dos filósofos e dos que se interessam pela razão
humana. O título é “O Elogio da Loucura”, escrito por Erasmo de Roterdã. No
livro, muito satírico, a Loucura se transforma em uma entidade viva, faz o seu
próprio enaltecimento e se diz “imperatriz da humanidade”. E quem estiver vendo
aqui alguma semelhança com o insano que governa o país não está delirando, uma
vez que ele também se considera “a mola oculta da vida”, o ser que brinca com a
vida dos demais seres.
Mas, aos poucos, vamos percebendo que não é só ele! Uma
análise mais desapaixonada pode mostrar que seus auxiliares diretos parecem ter
sido escolhidos “a dedo” para ver qual supera o outro em sandices. Desde o
“jesus na goiabeira”, passando pelo massacre de nosso idioma partindo daquele
que deveria cuidar da educação, até chegar a verdadeiros absurdos como o atual.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo,
publicou na quarta-feira (22) em seu Twitter um texto onde diz que a pandemia
do coronavírus, que já atingiu mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo,
está sendo utilizada para a implementação de um plano comunista, que batizou de
“comunavírus”.
O alucinado ministro também criticou a atuação da
Organização Mundial da Saúde. Para Araújo, essa e outras organizações são
responsáveis por difundirem os ideais comunistas em forma de solidariedade.
“Transferir poderes nacionais à OMS, sob o pretexto
(jamais comprovado!) de que um organismo internacional centralizado é mais
eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente,
é apenas o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária”,
disse.
Vejamos um pouco de sua “diarreia mental” quando ele
diz que “o globalismo é o novo caminho do comunismo” ou que “o inimigo do
comunismo é o espírito humano" e "o nazista é um comunista que não se
deu ao trabalho de enganar as suas vítimas". E ainda tem uma “cereja” no
bolo: ele afirma que “A pretexto da pandemia, o novo comunismo trata de
construir um mundo sem nações, sem liberdade, sem espírito, dirigido por uma
agência central de 'solidariedade' encarregada de vigiar e punir. Um estado de
exceção global permanente, transformando o mundo num grande campo de
concentração”.
Como
se não bastasse... O governo do
ex-capitão reformado não assinou uma proposta de resolução da ONU que circulou
nos últimos dias e foi aprovada na segunda-feira (20) com o apoio de 179
países. Trata-se de uma proposta do governo mexicano à ONU para que haja
regulação e verificação da distribuição equitativa dos insumos médicos e
hospitalares para atender os povos vítimas da pandemia do coronavírus, evitando
reserva de mercado e elevação dos preços. López Obrador, o presidente do
México, já havia pautado esta questão na última reunião do G20. A preocupação é
que os países mais ricos não concentrem os materiais e dificultem sua
distribuição. A resolução trata também do caso em que uma vez descoberta uma
vacina para a covid-19, a mesma seja distribuída igualmente para todas as
nações. Ao defender sua resolução, AMLO disse que “a ONU atrasou muito em
procurar garantir igualdade, equidade e preços justos para a aquisição desses
materiais”. O Brasil, assim como os EUA, está entre os poucos países que não se
manifestaram pela resolução.
A
saída de Moro tem algum efeito? (01)
Acreditamos que a saída do “Marreco de Maringá” do governo do insano possa ter
alguns efeitos, mas não muito violentos. O chamado “núcleo duro” de sua base
social poderá entrar em parafuso, mas ele conta com um bem montado sistema de
Fake News e robôs que são controlados por seu filho através de escritório
próprio que funciona dentro do Palácio do Planalto.
Mas não duvidamos que o governo tende a ter maiores
dificuldades para recompor seu jogo parlamentar e para lidar com desconfiança
crescente do empresariado sobre a estabilidade de sua administração.
O ex-capitão não está morto, mas foi ferido. Ainda
possui repertório para reagir e tentar reunificar suas tropas, além de contar
com instrumentos de poder e o apoio do partido militar. Mas suas dificuldades
serão crescentes, também estimuladas pela progressão do coronavírus e a crise
econômico-social.
Para os que pensam que a esquerda pode sair fortalecida
nesse episódio, acreditamos que não dá para ter muita esperança. Sim, pode
haver alguma vantagem inicial, dependendo de como agir, mas as forças da
direita já estão reorganizadas e, possivelmente, tentará jogar a oposição para
fora do cenário. Afinal de contas, essa é uma das práticas centenárias do
bonapartismo (vide “O 18 Brumário”, de K. Marx).
A
saída de Moro tem algum efeito? (02)
As acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública contra o
demente, durante seu pronunciamento de renúncia, causaram preocupação e pedidos
de investigação sobre supostos crimes que poderiam ter sido cometidos pelo
ex-capitão.
Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir na Polícia
Federal (PF) para ter acesso a informações sobre inquéritos. Segundo o jornal
Folha de S.Paulo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) viram indícios de
crimes nos atos do presidente, entre eles, o de falsidade de ideológica.
Em sua fala, Moro afirmou que apesar de a exoneração do
diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, ser publicada com a sua assinatura como
ministro, ele não estava ciente disso e teria ficando sabendo por meio do
Diário Oficial, o que, se confirmado, pode configurar falsidade ideológica.
Moro também disse que a demissão de Valeixo não ocorreu a pedido do próprio diretor,
como alegou Bolsonaro.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que as
acusações são graves e já solicitou um estudo para analisar se houve crime de
responsabilidade por parte de Bolsonaro. "Foram muito graves as
declarações do ministro Sergio Moro ao comunicar sua demissão, indicando
possíveis crimes por parte do presidente da República", afirmou o
presidente da entidade, Felipe Santa Cruz.
À GloboNews, Santa Cruz afirmou que tal inferência não
ocorreu “nem no auge da Lava Jato”, durante o governo de Dilma Rousseff.
“Claramente, por negar ao presidente acesso à informação de investigações em
que o próprio Bolsonaro tinha interesse, o diretor-geral foi substituído”,
acrescentou.
O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe),
Fernando Mendes, afirmou que a saída de Moro causou surpresa e preocupação
devido às alegações de pressão política na autonomia da Polícia Federal.
O
insano no TPI. O ex-capitão brasileiro
foi mais uma vez denunciado no Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem sede
em Haia, nos Países Baixos, por genocídio e crimes contra a humanidade em meio
à pandemia do coronavírus.
Esta é a segunda ação movida contra ele durante o surto
da doença. Desta vez, quem o acusa é José Manoel Pereira Gonçalves, coordenador
do grupo Engenheiros pela Democracia.
Na ação, Gonçalves diz que o demente tem negligenciado
as principais recomendações contra o Covid-19, como o isolamento social, algo
que é defendido por autoridades de saúde do país e do mundo.
No início de abril a Associação Brasileira de Juristas
pela Democracia (ABJD) também protocolou uma representação no Tribunal Penal
Internacional contra, acusando-o de cometer crime contra a humanidade ao expor
a população ao contágio do vírus.
MST
01. Na sexta-feira (17), em
memória dos mártires do massacre de Eldorado dos Carajás, o MST de Santa
Catarina doou 7,3 toneladas de alimentos e sete mil litros de leite para
moradores da cidade.
Frutos da produção e cooperação de famílias assentadas,
os produtos compuseram cestas entregues às famílias que vivem nas periferias
dos municípios de Campos Novos, Dionísio Cerqueira, Lages, Lebon Régis. Doações
também foram feitas para hospitais públicos de São Miguel do Oeste e
Guaraciaba.
A ação integra a campanha Periferia Viva, que reafirma
o princípio de solidariedade entre a classe trabalhadora e a necessidade de uma
Reforma Agrária Popular no Brasil.
A atual conjuntura evidencia “as contradições da
sociedade capitalista e mostra que a proposta do MST de produção de alimentos
saudáveis é atual e urgente”, afirmou Vilson Santin, da direção estadual do
MST.
Feijão, milho, biscoitos, fitoterápicos, entre outros
produtos, foram destinados para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE), para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), além de
bairros em situação de vulnerabilidade do município.
Já em Campos Novos, o assentamento 30 de outubro, doou
500kg de alimentos, entre mandioca, batata doce, frutas cítricas, caqui, carne,
feijão, arroz. Os produtos foram recebidos pelos bairros Pedacinho do Céu e
Aparecida.
Assentamentos dos municípios de Correia Pinto e Ponte
Alta, reuniram 1500 quilos de alimentos frescos e processados, além de 700
litros de leite Terra Viva e achocolatado Terrinha. As doações foram feitas
para a paróquia Sagrada Família, em Lages. A ação foi fruto da parceria foi com
a Frente Brasil Popular, Cáritas e Centro de Direitos Humanos.
MST
02. Também na sexta-feira (17),
famílias do MST realizaram a doação de alimentos a trabalhadores urbanos da
ocupação Vitoria da Ilha, no Município da Barra dos Coqueiros.
A ação que fez parte da Jornada Nacional de Lutas do
MST, em memória aos Mártires de Eldorado dos Carajás foi realizada em um ato de
entrega simbólico junto ao Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por
direitos (MTD) e o Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU).
Diante das consequências causadas por causa da pandemia
do novo coronavírus (COVID-19), em Sergipe, aproximadamente oito toneladas de
alimentos produzidos por famílias acampadas e assentadas estão sendo
distribuídos em comunidades na grande Aracaju, para minimizar o sofrimento
desses grupos acometidos pela falta de insumos. Atualmente, o estado soma 53 casos
confirmados e quatro óbitos pela doença.
“Para nós do MOTU, que somos parceiros na luta, em
momento de crise como esse, é importante exercitarmos a solidariedade de
classe. Apoiamos a luta pela Reforma Agrária porque também queremos o direito a
ter uma alimentação saudável e sem veneno”, afirmou Dalva da Graça, da
coordenação do MTD/MOTU.
Aproximadamente 120 famílias receberam cestas com
alimentos para atravessar esse período de quarentena e isolamento social.
MST
03. O mês de abril sempre teve
atividade de luta realizada pelo Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST). Neste ano, para marcar o Abril Vermelho, assentados lembram os 24 anos
do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, e realizam diversas ações de
solidariedade em todo o país.
“Relembramos o legado dos mártires, e as suas
contribuições na luta pela Reforma Agrária. E assim nós continuamos com a nossa
missão histórica enquanto camponeses e camponesas, que é produzir alimentos
saudáveis para o campo e a cidade. Nós somos um movimento que luta pela vida”,
destaca Geronimo Pereira da Silva, da direção estadual do MST do Rio Grande do
Sul.
No RS, os Sem Terra também praticaram atos solidários.
No sábado (18), foram doadas cestas básicas às famílias quilombolas que vivem
no Quilombo dos Alpes, na zona Sul de Porto Alegre. Entre os produtos entregues
estavam o arroz orgânico, feijão, farinha, massa, azeite, ovos, frutas,
verduras, detergente e água sanitária.
Cerca de 130 famílias quilombolas vivem na área dos
Alpes, e a doação de alimentos ajuda as pessoas a não passarem fome no período
de isolamento social com a pandemia de coronavírus.
Os alimentos doados são produzidos em assentamentos da
região Metropolitana da capital gaúcha, e desde o início do período de
isolamento o MST já doou 12 toneladas de arroz orgânico e diversos outros produtos
para compor cestas básicas.
Médicos
cubanos estão em Honduras. Desde
segunda-feira (20), a brigada médica cubana está em Honduras para ajudar aquele
país a combater o Covid-19.
Os médicos foram recebidos no Aeroporto Internacional
Ramón Villeda Morales pelo vice-ministro hondurenho de Saúde, Roberto Cosenza,
e por membros da Embaixada de Cuba no país. Na ocasião, Cosenza disse aos
jornalistas presentes que os vinte profissionais cubanos são especialistas em
urologia, epidemiologia, cuidados intensivos e higiene. Alguns são médicos de
família com vasta experiência em visitas de residências.
À eles se somarão 43 médicos hondurenhos que se
formaram na Faculdade de Medicina de Cuba e já conhecem a maneira de trabalhar
dos companheiros cubanos.
Os dez especialistas em tratamentos intensivos serão
destacados para os hospitais Mario Catarino Rivas e Leonardo Martínez, que são
estatais. Os epidemiologistas, preferentemente, vão atuar no campo. Um grupo de
estudantes voluntários vão fazer um período de quarentena e depois se unirem
aos médicos.
Cuba
já enviou médicos para 21 países. Em
levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde Pública de Cuba, na
segunda-feira (20), ficamos sabendo que os profissionais da pequena Ilha no
Caribe estão atuando em 21 países da Europa, América Latina, Caribe, África e
Oriente Médio.
Ao todo, 1.218 profissionais com experiência em combate
a epidemias que estão colaborando para evitar a propagação da doença.
Ainda assim, desde sua posse Donald Trump financia
campanhas para desacreditar os médicos cubanos, criticar seus programas de
saúde e tentar impedir o envio desses profissionais para outros países. Perante
organismos internacionais, o governo cubano tem demonstrado que essas brigadas
têm apenas um caráter humanitário, mesmo enfrentando todas as campanhas.
“É um gesto natural dos cubanos, expressa seu caráter
internacionalista, a maneira como entendem a vida, como disse Fidel muitas
vezes: Cuba não dá o que sobra, mas comparte o que tem”, disse o governador de
Luanda, Luther Rescova, ao receber em Angola uma brigada médica.
Petróleo
e Covid-19: o que preocupa mais? Os
analistas dos grandes centros financeiros internacionais estão desesperados
para encontrar essa resposta. Se, por um lado, a economia mundial está sendo afetada
pela pandemia e ninguém tem uma previsão clara de como pode se dar a tal
“recuperação” depois da crise, até porque os cientistas não sabem ao certo se
pode haver uma “volta” do vírus, por outro lado o desespero está aparecendo com
muita clareza na questão do preço do petróleo.
Na segunda-feira (20) uma notícia “arrepiou os cabelos”
de todos os grandes (eu disse grandes, não os insanos) chefes de Estado do
mundo: o preço do barril de petróleo nos EUA amarga queda de mais de 40%,
ficando abaixo de US$ 12. É o menor valor cobrado pelo barril desde 1999, após
a Crise da Rússia. O preço do petróleo estadunidense deverá influenciar o valor
do Brent, referência da Europa. No final de 2019, o barril de petróleo variava
entre US$ 60 e US$ 70 e, em 2011, chegou a custar US$ 114.
Na fase 1 do problema, já tivemos uma amostra da
complicação. Na segunda-feira, o petróleo WTI negociado em Nova Iorque ficou
absolutamente louco com o vencimento de abril. Sem muito espaço para rolagem e
sem espaço para estocagem, acabou sendo negociado a US$ 0. Pior que isso,
chegou a ser negociado bem negativo.
No mesmo dia, o preço do barril WTI estava a US$36,15
negativos. Os efeitos deste crash dos preços serão profundos em toda a
indústria do petróleo.
Só para lembrar, porque já postamos isso em outro
Informativo, o WTI (West Texas Intermediate) é o petróleo comercializado na
Bolsa de Nova York, e se refere ao produto extraído principalmente na região do
Golfo do México. Já o Brent é comercializado na Bolsa Londres, tendo como
referência tanto o petróleo extraído no Mar do Norte como no Oriente Médio.
Desdobramentos
do problema. As consequências da baixa
deverão ser extensas. Não temos dúvidas de que uma queda de dois terços no
valor do barril terá consequências de curto prazo em países exportadores que já
enfrentavam dificuldades econômicas, como a Venezuela e o Irã que sofrem com as
sanções impostas pelos EUA". No imediato irá certamente liquidar a
indústria do óleo de xisto (shale) e levará à cessação do investimento em
qualquer nova exploração de petróleo.
Mas não serão apenas iranianos e venezuelanos que irão
sofrer as consequências da queda brusca. A baixa nos preços é tão expressiva
que ainda não se têm claras as implicações dos efeitos na economia mundial. A
Arábia Saudita talvez seja a única entre os países exportadores com reservas
mais consistentes para resistir. Os demais estão ampliando o seu rombo fiscal a
uma velocidade recorde e a situação piora com o indicativo de uma crise mais
profunda nos EUA.
Não vamos nos alongar neste Informativo, mas, durante a
semana, é nossa intenção divulgar um estudo mais amplo sobre o problema.
Estamos lendo alguns textos de analistas e especialistas no assunto.
Com
a palavra, os insanos. A Suécia, único
país da Escandinávia, região norte da Europa, que não adotou medidas de
isolamento social contra o novo coronavírus, assiste a uma rápida escalada nos
números de mortes em decorrência da covid-19.
Mantendo escolas, restaurantes, bares e academias em funcionamento,
o país alcançou na quinta-feira (23) um total de 1.937 vítimas da covid-19,
segundo os mapas e gráficos elaborados pelo site Our World in Data, um projeto
vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Além disso, a diferença entre o número de vítimas na
Suécia e nas vizinhas Dinamarca, Noruega e Finlândia, que adotaram ações de
isolamento e restrições de trânsito para combater a pandemia, é enorme!
Com uma postura divergente de seus vizinhos, a Suécia
adotou uma estratégia chamada de “baixa escala”, ou seja, não impôs medidas de
restrições para todos os cidadãos. A Agência de Saúde Pública do país pediu
somente que as pessoas ficassem distantes umas das outras e que os idosos
permanecessem em casa.
O epidemiologista chefe que comanda a agência de saúde
sueca, Anders Tegnell, chegou a defender que parte da população contraísse o
vírus para que adquirisse imunidade. “Em grande medida, a Suécia optou por
recomendar medidas voluntárias porque é assim que estamos acostumados a trabalhar”,
disse à emissora CNBC.
O governo dinamarquês, por sua vez, já havia adotado a
quarentena antes mesmo de registrar a primeira morte por covid-19. Até o
momento, a Dinamarca contabiliza 384 mortes e 8.073 casos confirmados do novo
coronavírus.
A Finlândia decretou em março um estado de emergência
para combater a covid-19 e atualmente o país tem a menor taxa de óbitos da
região da Escandinávia, com 149 mortes.
Covid-19
e fome! A pandemia do novo coronavírus
pode aumentar em duas vezes a fome mundial levando cerca de 265 milhões de
pessoas à situação de insegurança alimentar aguda, afirmaram a Organização das
Nações Unidas e a Organização para Alimentação e Agricultura em relatório
publicado na terça-feira (21).
Segundo os organismos multilaterais, a pandemia pode dobrar
o número de 130 milhões de pessoas registradas em situação de fome no ano
passado.
Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, o
relatório deve ser um chamado para agir contra a fome e a desnutrição. “Nesses
tempos de desafios globais, de conflitos e de choques na estabilidade econômica,
nós devemos redobrar nossos esforços para derrotar a fome e a desnutrição. Nós
temos as ferramentas e o conhecimento necessário. O que nós precisamos é de
vontade política e comprometimento dos líderes das nações”, afirmou.
O relatório estima que seriam necessários 350 milhões
de dólares de auxílio financeiro para evitar que a fome mundial atingisse esses
patamares durante a pandemia.
O estudo da ONU ainda critica cortes em direitos
trabalhistas e medidas protecionistas que atingiriam diretamente os
trabalhadores e os preços dos alimentos, contribuindo para um cenário de
insegurança alimentar.
A
China dá exemplos. A missão chinesa na
Organização das Nações Unidas (ONU) entregou a Nova York equipamentos médicos
para combater a pandemia. Em um tweet, a diplomacia do país comunicou a doação,
especificando a quantidade de itens doados.
“Missão permanente da China ante as Nações Unidas e o
Consulado-Geral da China em Nova York doaram 25.000 máscaras N95, 2.000
macacões de proteção e 75.000 luvas cirúrgicas para a cidade de Nova York.
Esperamos que os suplementos médicos ajudem a cidade a vencer a batalha contra
covid-19”, afirma o texto, divulgado nesta terça (21/04), acompanhado de um
vídeo com o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun.
Desde 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
qualificou como pandemia a doença covid-19 causada pelo coronavírus.
Globalmente, foram registrados mais de 2,5 milhões de
casos de infecções pelo novo coronavírus, incluindo mais de 178 mil óbitos. Em
um esforço para combater a proliferação do vírus, o governo e empresas chineses
têm ativamente realizado doações de materiais médicos para diversos países.
Donald Trump havia anunciado a suspensão de ajuda
econômica para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas agora o Governo da
China anunciou a doação de 30 milhões de dólares para a entidade, em uma
demonstração de apoio à luta contra o Covid-19.
Lá
também! A hidroxicloroquina, uma molécula utilizada contra a
malária e amplamente citada por seu potencial poder de cura da Covid-19, não se
mostrou eficaz em um estudo realizado com 368 veteranos estadunidenses que
contraíram a doença. Eles foram tratados na rede de hospitais para
ex-combatentes de guerra nos EUA. Um grupo que tomou a substância pura
apresentou taxa de mortalidade elevada em comparação com outros pacientes.
Uma avaliação preliminar do estudo foi publicada no
site do New England Journal of Medicine, mas ainda não foi revisada por
pesquisadores que integram o comitê científico da publicação. A pesquisa
enfrentou várias limitações importantes, mas amplia um conjunto crescente de
dúvidas sobre a eficácia da hidroxicloroquina, que tem o presidente Donald
Trump, o canal de TV Fox News e o demente brasileiro entre seus principais patrocinadores.
Os cientistas analisaram os registros médicos de 368
veteranos hospitalizados nos EUA que morreram em decorrência do novo
coronavírus ou receberam alta até 11 de abril. Os pacientes foram divididos em
três grupos, em função do tratamento que receberam. As taxas de mortalidade no
grupo que tomou apenas a hidroxicloroquina foi de 28%, em comparação aos 22%
tratados com a droga combinada com o antibiótico azitromicina – a terapia
recomendada pelo professor de microbiologia francês Didier Raoult. A taxa de
mortalidade para aqueles que receberam apenas um atendimento padrão foi de 11%.
Na Europa, a Suécia suspendeu o uso da substância em
seus hospitais, depois de notar um aumento dos efeitos colaterais nos doentes
da covid-19. A França também relata intoxicações e restringe o uso da droga
para pacientes hospitalizados, após uma avaliação do histórico de saúde do
doente. Os europeus iniciaram uma ampla pesquisa com a hidroxicloroquina, em um
estudo chamado “Discovery”, mas os resultados ainda não foram publicados.
Os Estados Unidos têm pressa em descobrir meios de
combater a covid-19. O país se tornou o epicentro global da pandemia de
coronavírus!
Grana
para salvar a economia! Afinal, é tudo
o que interessa para eles, não é? Já vimos esse filme em 2008, quando explodiu
a crise das bolsas estadunidenses e os governos no mundo inteiro “queimaram” trilhões
de dólares para salvar empresas e bancos que naufragavam.
Agora o Congresso estadunidense aprovou na noite de
quinta-feira (23) o novo plano de ajuda para lutar contra o impacto da epidemia
que já deixou quase 50.000 mortos no país. O pacote de US$ 483 bilhões (quase
R$ 2,7 trilhões) se soma ao plano de US$ 2,2 trilhões que foi aprovado no final
de março.
Após o Senado, os deputados da Câmara dos Representantes
aprovaram por 388 votos a favor, cinco contra e uma abstenção o novo pacote
econômico, em uma sessão marcada pelo distanciamento social e medidas de saúde
para impedir a propagação do vírus. O projeto deve ser sancionado,
provavelmente nesta sexta-feira (24/04), pelo presidente Donald Trump.
O primeiro plano de ajuda de US$ 2,2 trilhões foi muito
criticado pelo fato de beneficiar as grandes empresas. As novas medidas
aprovadas agora pelo Congresso garantem que desta vez as pequenas empresas
serão realmente auxiliadas. Assim, US$ 60 bilhões do total são destinados a
setores particularmente afetados pela crise, como a agricultura.
EUA
superam 50 mil mortos e 884 mil contaminados. A notícia é deste sábado (25) e todos esperam que poderemos ter muitos
mais.
Os EUA chegaram à marca de 50 mil vidas perdidas em
razão da pandemia da covid-19. O país concentra o maior número de vítimas
fatais e o maior contingente de pessoas infectadas em todo o mundo. Segundo a
Universidade Johns Hopkins, que compila dados da covid-19, os EUA tinham às
16h30 de sexta-feira (24) 50.360 mortos e 884.004 pessoas infectadas desde o
começo da crise.
Globalmente, ainda de acordo com a Johns Hopkins, o
total de mortos era de 194.664 e o de pessoas contaminadas de 2.780.094.
Na Itália, segundo país com mais óbitos pela covid-19,
a Defesa Civil confirmou outras 420 mortes, menor número em 24 horas desde 17
de março. O total de óbitos no país está agora em 25 969. O número de pessoas
contaminadas na Itália desde o começo da pandemia chegou a 192.994, um
crescimento de 3.021 casos em relação a ontem.
Desinfetante
para tratar coronavírus? Uma “injeção”
de “desinfetante” para combater o coronavírus? Foi o que sugeriu Donald Trump
na quinta-feira (23). Referindo-se à apresentação de um estudo do Departamento
de Saúde dos Estados Unidos, segundo o qual a COVID-19 resistiria mal ao calor,
à luz e à umidade, o chefe de Estado entendeu que um tratamento poderia ser
implementado após estas conclusões.
Como insanidade pouca é besteira, vejamos o que disse o
“amor” do nosso demente. “Eu vejo que o desinfetante nocauteia (o coronavírus)
em um minuto. Um minuto. Existe uma maneira de fazer algo assim com uma injeção
interna, ou quase como uma limpeza?”.
Trump na coletiva de imprensa diária sobre a pandemia
de coronavírus na Casa Branca afirmou que “Como vocês podem ver, isso entra nos
pulmões e tem um efeito enorme, por isso seria interessante verificar. Teríamos
que chamar médicos para isso, mas parece interessante para mim”, continuou ele.
O comentário provocou uma onda de protestos entre os
cientistas, que chamaram o presidente de “irresponsável”. “Pare de transmitir
essas coletivas de imprensa sobre o coronavírus. Elas ameaçam a vida. E, por
favor, não beba ou injete desinfetante”, tuitou Walter Shaub, ex-diretor do
escritório federal encarregado das questões éticas (EMB) sob a administração
democrata de Barack Obama.
Além do desinfetante, Donald Trump também falou de “luz
ultravioleta”, ou “uma luz muito poderosa”, que poderia ser projetada “dentro
do corpo” para combater o coronavírus.
Autópsias
realizadas nos EUA revelam outra verdade! Estudos sobre o genoma
do mortal Covid-19, que apareceu na China, sugerem que esse coronavírus poderia
ter se originado em outra parte do mundo. Houve muitas controvérsias sobre
alguns aspectos dessa doença, como natureza, características, sintomas e
tratamento, mas o que alertou todos os especialistas e a mídia foi o local de
aparecimento desse vírus que começou a se espalhar para o mundo inteiro a
partir de um mercado de frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan no final de
dezembro de 2019.
Na época não fizeram muita distinção entre o
significado de “distinguir” e de “criar”. O fato é que foi “detectado” pela
primeira vez na China não garante que foi necessariamente “criado” lá.
Autópsias realizadas no condado de Santa Clara,
Califórnia (EUA), revelaram que a primeira morte por coronavírus nos EUA teve
lugar três semanas antes do que dizem as autoridades estadunidenses. Segundo o
comunicado oficial do condado, depois de realizar as autópsias em duas pessoas
que morreram em suas casas nos dias 06 e 17 de fevereiro de 2020, foi
confirmado que ambas haviam falecido em consequência do Covid-19.
O comunicado diz ainda que essas pessoas morreram em
suas casas durante um período em que as provas eram muito limitadas e apenas
estavam disponíveis através do Centro de Controle de Doenças.
Os relatórios que temos em mãos são muito extensos para
detalhar aqui. Mas as informações parecem merecer toda a atenção.
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