segunda-feira, 1 de junho de 2020

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares





“Lá vai o Brasil descendo a ladeira!”
A frase é de um amigo e grande humorista (além de um ator muito bom), Benvindo Sequeira, em suas críticas nas redes sociais. E, cada vez mais, ele tem razão em criar esse bordão que retrata a “insanosfera” onde estamos vivendo. É, o Brasil vai descendo a ladeira aceleradamente, sem freios e sem consciência do que está acontecendo.
Fato 01. A indústria siderúrgica, em qualquer nação desde o final da Idade do Bronze, sempre foi uma das formas de se medir o grau de desenvolvimento de uma nação. No nosso caso, começamos a crescer de fato e a ter uma visão nacionalista e desenvolvimentista com o surgimento da indústria siderúrgica.
Mais tarde, no governo neoliberal de FHC, o Brasil se desfez de todas as suas empresas estatais e permitiu uma farra com a produção de aço que é tão importante para qualquer país. Agora vivemos a “insanosfera”. E o que sobrou?
A produção de aço bruto caiu 32,7% no mês de abril na comparação com o mês de março deste ano e as vendas internas 34,4%. Os dados são do Instituto Aço Brasil. De acordo com o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, o consumo aparente de aço sofreu queda de 31% e as exportações de 36,5%, em função das condições adversas do mercado internacional. “Esses dados demonstram a gravidade da crise de demanda que a indústria de aço está enfrentando, o que a levou a operar com apenas 42,2% de sua capacidade instalada, quando deveria estar operando acima de 80%”, diz Marco Polo.
Fato 02. É sabido por qualquer economista do planeta que as pequenas e médias empresas são as que mais oferecem empregos em um país. Em geral, pelo que sabemos, são empresas de vidas curtas, mas que movem uma parcela considerável no mercado de trabalho.
Mas nós vivemos na “insanosfera”, não é? E temos um ministro terraplanista que dirige a economia que não dá a mínima para essas empresas. Em quase duas horas de gravação da reunião ministerial, disponibilizada pelo STF, na sexta-feira (22), em um verdadeiro show de horrores contra pobres, indígenas e trabalhadores.
Em escandalosa declaração, Paulo Guedes, sem pudor algum, afirma que continuará aprofundando as reformas para seguir com sua política que é voltada para as grandes empresas e, para isso, usando dinheiro público para salvá-las. “Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos para salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”, disse o ministro, deixando explícito que não tem interesse em ajudar os pequenos empresários que, inclusive, estão quebrando diante da pandemia do novo coronavírus.
Associações ligadas aos bancos privados elogiaram as declarações de Guedes, assim como empresários, mostrando que o discurso está alinhado com ricos, que seguirão com o apoio do governo para explorar ainda mais os trabalhadores.
Fato 03. O resultado de tanta insanidade para a classe trabalhadora pode ser medido nos números apresentados nas pesquisas durante a semana. A taxa de desemprego subiu para 12,6% em abril e atinge 12,8 milhões de trabalhadores. O desalento e subutilização bateram recordes. Outro recorde negativo foi o de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que caiu para 32,2 milhões de pessoas, menor nível da série histórica da PNAD
De acordo com os dados do IBGE, foi um trimestre de recordes negativos. Bateram recordes da série histórica a queda de 5,2% da população ocupada (89,2 milhões) em relação ao trimestre anterior (4,9 milhões de pessoas a menos); o percentual de desalentados, trabalhadores que desistiram de procurar emprego depois de muito tentar e não conseguir (4,7%), que subiu 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior; e o da subutilização (25,6%), o que equivale a 28,7 milhões de pessoas – se comparado ao mesmo período de 2019, o crescimento foi ainda maior (8,7%) e 2,3 milhões de pessoas a mais.
Fato 04. A pandemia, o isolamento social e os efeitos sobre a economia já afetam a renda de mais da metade dos consumidores entrevistados pela ESPM. O estudo mostra que 52% dos 1.200 pesquisados em 12 unidades da federação tiveram redução de renda, enquanto para 31% das pessoas esse recuo nos rendimentos foi de 50% ou mais. “A gente sabe que fazendo pesquisa on-line pega um público que puxa um pouco mais para cima. Se você imagina que nesse grupo tem esse impacto, imagina o resto”, diz Karine Karam, pesquisadora do cRio ESPM. O levantamento foi encerrado no dia 15 de maio e incluiu as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Manaus, Fortaleza, São Luís, Salvador, Rio Branco e Belém.
Fato 05. Se já era ruim para o trabalhador, por perdas de direitos e garantias, o trabalho informal, que vinha batendo recorde atrás de recorde e garantindo a redução da taxa de desemprego, sofreu um forte desgaste no trimestre encerrado em abril, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (28).
Das 4,9 milhões de vagas fechadas no período, 3,7 milhões eram informais. A taxa de informalidade caiu para 38,8% da população ocupada –um contingente de 34,6 milhões de brasileiros, o menor número da série iniciada em 2016. No trimestre anterior, até janeiro, o percentual havia sido de 40,7%.
Para especialistas ouvidos pela Folha de São Paulo, a queda indica tanto o caráter regressivo desta crise, como a falta de perspectiva para quem perde uma vaga com carteira assinada.
Um “governo em chamas”! A expressão não é nossa, do nosso Informativo. Está em um excelente artigo no site da TeleSur que analisa o governo do insano desde o conhecido incêndio da Amazônia até a pandemia que nos assola e vai ceifando vidas. Sim, vivemos em um “governo em chamas” e que já coloca, também, o país na lista dos mais desacreditados em política externa e relações internacionais.
Segundo analistas da nossa política externa, em primeiro lugar o Brasil renunciou completamente a formular qualquer política externa independente ao aderir dogmaticamente aos discursos do presidente estadunidense, os quais já vulgarizam, por necessidade de torná-la inteligível a seu eleitorado, a estratégia exterior daquele país.
Em seguida, o ex-capitão vê-se obrigado, invariavelmente, a voltar atrás em decisões ou, mais humilhante ainda, desculpar-se com os líderes estrangeiros que ele, sua família ou seu ministério, ofenderam. O caso mais recente da recusa do presidente chinês em atender a ligação do insano é o mais didático exemplo desta política, ainda que equivalente tenha sido o caso da mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.
Nossa política exterior é uma vergonha. O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que o governo do demente terá que pedir perdão ao povo “pela forma como estão pisoteando a diplomacia do Brasil”.
Em entrevista exclusiva ao site Opera Mundi, Arreaza falou sobre a relação com o governo brasileiro e disse que a diplomacia do Brasil “já não é o Itamaraty de poucos anos atrás, quando era uma grande escola diplomática para a América Latina e para o mundo”".
O ministro também se mostrou preocupado com a situação dos 11,8 mil brasileiros que vivem na Venezuela, que ficaram sem serviços consulares depois que o governo Bolsonaro retirou de Caracas o corpo diplomático no início do mês.
No verão de 2019, a maior reserva biológica do mundo queimou, causando um alarme global. O desastre da Amazônia, cuja origem foi inicialmente justificada pela propensão a incêndios no verão, mais uma vez colocou as políticas ambientais do ex-militar brasileiro em destaque.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontou que o aumento de queimadas não se deveu apenas à época do ano ou à seca, mas também se originou da queima ilegal de terras para criação de gado.
Junte-se a esses fatos mais gerais e complexos dados mais específicos e atuais: estamos batendo recordes em número de feminicídios no país; a violência policial contra negros, pobres e jovens superou todas as marcas conhecidas e; em pouco tempo o Brasil passou a figurar entre os líderes mundiais em mortes por coronavírus!
Sim, o Brasil está em chamas e o incendiário mor está promovendo manifestações pelo fim do isolamento social!
Tentativa de golpe? Não estou falando do golpe contra as instituições que todos comentam como possível, estou falando de um golpe contra a justiça e as leis apenas para “salvar a pele” dos filhos.
Em uma manobra sórdida, o ex-capitão havia “mexido seus pauzinhos” secretamente para que o processo que investiga o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes fosse tirado das mãos do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro para ser investigado pela Polícia Federal, a mesma que ele mudou toda para salvar a pele da família, como confessou na tal reunião de ministros que já causou tanta revolta e se tornou um escândalo internacional.
Pelo que sabemos, até agora, a manobra não deu certo e o STJ está segurando a medida sem passar para a Polícia Federal, mas todos conhecemos os “estranhos poderes” do demente que está no governo do país.
O outro escândalo que pode aflorar. Por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu durante a semana 29 mandatos de busca e apreensão em residências de pessoas que estão envolvidas na investigação sobre fake news.
Um dos alvos é o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e novo aliado do insano. Jefferson preside um dos partidos do centrão e passou a defender efusivamente o presidente nos últimos tempos.
Mas outros aliados do ex-militar também são alvos da investigação. Os deputados estaduais de São Paulo Douglas Garcia (PSL) e Gil Diniz (PSL), o blogueiro Allan Santos, do canal Terça Livre, e a militante Sara Winter estão entre os nomes que são alvos de busca e apreensão da PF.
Em Brasília, os deputados federais Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Silveira, Filipe Barros, Cabo Junior do Amaral e Luiz Philippe de Orleans e Bragança estão na lista. Empresários também farão parte da investigação. É o caso de Luciano Hang, proprietário da Havan e apoiador do demente.
O 03 odeia democracia! O deputado federal Eduardo, chamado pelo pai de “filho 03, criticou, na quarta-feira (27), o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga “bolsuínos” sobre fake news. O filho do presidente defendeu reagir energeticamente contra a corte. “Temos de pontuar, diagnosticar o problema e depois começar a tomar algumas atitudes”, afirmou o deputado.
A fala foi feita em uma live no canal Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos, um dos investigados no inquérito, Ao lado deles estavam também a deputada federal Bia Kices, também investigada no caso, o guru do governo, Olavo de Carvalho e o médico de direita, Italo Marsili.
“Até entendo quem tem uma postura moderada para não chegar num momento de ruptura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas falando abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer. Essas reuniões aqui que o Allan está falando de altas autoridades, até mesmo de dentro de setores políticos, a gente discute esse tipo de coisa”, afirmou.
O deputado criticou a posição ‘democrática’ dos ministros palacianos, ou seja, os generais que estão em volta do presidente. “Falaram que conduziriam os generais ministros debaixo de vara. Qual foi a agressão que os generais fizeram ao STF? Bem, até agora não está adiantando nada uma postura, vamos dizer assim, democrática, vamos ser eufemista”, disse. Ele afirmou também que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica ele é que será taxado como ditador”.
Navios iranianos chegam à Venezuela. Durante toda a semana anterior acompanhamos a longa polêmica e as ameaças feitas do Donald Trump contra a compra de gasolina feita pelo governo de Nicolás Maduro no Irã.
Mantendo sua inflexível posição de sanções contra a Venezuela, em uma tentativa desesperada de sufocar o país e levar a um novo golpe comandado pela direita, o “todo poderoso” da Casa Branca ameaçou com todas as formas conhecidas de bloquear a chegada dos barcos aos portos venezuelanos.
Um dos fatos que poucos conhecem é que, as sanções impostas pelos estadunidenses durante anos levaram a Venezuela a uma situação paradoxal: apesar de ter a maior reserva reconhecida de petróleo, não produz gasolina suficiente para o consumo interno. E isso se deve porque, a verba que estava destinada à construção de novas refinarias no país está sendo usada para atender a necessidades mais imediatas como saúde, educação, saneamento, etc. Esse é um dos efeitos do bloqueio imposto pelos EUA.
Mas agora, com os cinco navios carregados de gasolina do Irã, a Venezuela poderá “respirar” por um tempo sem passar por um colapso nos transportes.
O que representa o rompimento da barreira? A chegada dos navios iranianos às águas venezuelanas foi seguida ao vivo e diretamente por grande parte do país. A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) havia anunciado que esperaria na sua zona econômica exclusiva para acompanhá-lo até o ponto de chegada. Finalmente, a Marinha Bolivariana, com o navio Yekuana, entrou 60 milhas náuticas em águas internacionais para receber os navios carregados de gasolina.
“Temos direitos à liberdade de comércio, à cooperação bilateral com qualquer governo do mundo”, disse Tareck El Aissami, recentemente nomeado Ministro do Petróleo, durante a recepção do primeiro navio, o Fortune, ao país. O combustível total estimado é de quase 1.500.000 de barris de gasolina, e a “relação de cooperação energética”, disse El Aissami, surgiu “no momento em que se pretende continuar sufocando o povo venezuelano, continuar a nos bloquear e nos sancionar”.
Na cerimônia foi lembrado que, em 2008, a Venezuela enviou combustível ao Irã, que também estava - e continua estando - sob sanções dos EUA, principalmente sua indústria petrolífera. O objetivo, explicou o ministro, é unir “esforços comuns para objetivos de desenvolvimento compartilhado que afetem os dois países”.
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, o almirante em chefe Remigio Ceballos e o embaixador iraniano na Venezuela, Hojjatollah Soltani, também participaram do ato.
Outros golpes em andamento! Quem acredita que o arsenal de maldade da Casa Branca se limita a bloqueios e imposição de sanções comerciais?
O vice-presidente executivo da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na terça-feira (26) uma rede de oposição para roubar 31 toneladas de ouro da Venezuela retidas no Banco da Inglaterra.
Em uma entrevista coletiva, Rodríguez denunciou as intenções do grupo político liderado pelo deputado Juan Guaidó de tentar contra a democracia venezuelana, desestabilizar o país e manter os recursos da nação.
Da mesma forma, o funcionário informou que na próxima quinta-feira será realizada uma audiência nos tribunais ingleses para definir a situação dos ativos venezuelanos mantidos no Banco da Inglaterra.
“O governo dos EUA e todos os que participaram do contrato” criminoso “para intervir no país pretendiam tirar o ouro da Venezuela”, explicou.
“O Banco da Inglaterra, em conluio com criminosos de colarinho branco como Guaidó, decidiu fazer uma conspiração para manter o ouro da Venezuela, a herança pública do país”, denunciou o vice-presidente executivo.
Promotor argentino abre investigação contra Macri. O promotor federal argentino Jorge Di Lello exigiu a abertura da investigação iniciada por uma denúncia da Agência Federal de Inteligência (AFI) por espionagem ilegal contra o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e contra aqueles que lideraram o órgão durante sua gestão, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani.
“O promotor Di Lello segue a acusação da AFI contra Macri e outras autoridades”, disseram fontes judiciais às quais a agência concordou.
O representante do Ministério Público solicitou uma série de medidas, incluindo uma solicitação à AFI para informar sobre o organograma que estruturou a instituição durante o governo anterior e a lista daqueles que serviram nesse órgão até dezembro de 2019.
Entre os supostos espiões está a ministra da Mulher, Gênero e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, que anunciou que aparecerá como reclamante no caso.
A denúncia pede a investigação não apenas de Macri, Arribas e Majdalani, que eram diretores da AFI, mas também dos agentes Omar Daniel Solis e Patricio Correa, e do ex-chefe de gabinete da organização Darío Biorci, que também é cunhado Majdalani.
PIB da OCDE cai 1,8%. O PIB de 37 entre as maiores economias do mundo, reunidas na OCDE, caiu 1,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre de 2019, divulgou na terça-feira (26) a organização.
O impacto da pandemia de coronavírus sobre os países foi irregular, com o PIB francês recuando quase 6%, enquanto o do Japão teve redução de menos de 1%. O país asiático encerrou na segunda-feira o estado de emergência em cinco regiões.
Entre os sete principais países, França e Itália foram as mais atingidas tanto pelo coronavírus quanto pelo impacto de medidas rigorosas de confinamento. A economia recuou 5,8% e 4,7%, respectivamente, em comparação com menos 0,1% e menos 0,3% no trimestre anterior.
Houve queda acentuada também no Canadá (-2,6%), na Alemanha (-2,2%) e no Reino Unido (-2%). No trimestre anterior, o PIB dos três países havia oscilado em 0,1%, -0,1% e 0%, respectivamente.
Bem no nariz do Tio Sam! Falamos no assunto na parte referente à Venezuela, mas há outras implicações. Os navios iranianos carregados com gasolina e aditivos químicos chegaram à Venezuela apesar das ameaças dos EUA. No total, o Irã enviou 1,53 milhão de barris de gasolina para a Venezuela em cinco navios.
Esse carregamento é um símbolo de que o Irã está violando as sanções dos EUA, acredita Seyyed Saeed Mirtorabi Hosseini, especialista em economia política e energia da Universidade Al Juarismi.
“Os EUA impuseram sanções [no setor de energia] a dois países: Irã e Venezuela. Mas eles foram capazes de se opor a essas proibições unilaterais dos EUA”, disse ele, afirmando que a entrega bem-sucedida dos navios-tanque à Venezuela confirma que o Irã encontrou uma maneira de lidar com as sanções dos EUA.
Esse suprimento é o primeiro golpe da nova frente de coalizão contra os Estados Unidos, diz Mohammad Sadegh Jokar, especialista em economia política e cientista do Instituto Internacional de Estudos Energéticos do Ministério do Petróleo do Irã.
“O Irã mostrou que não apenas o Oriente Médio não está sujeito ao ditado estadunidense, mas mesmo em seu 'quintal' está agindo de forma independente e decisiva”, enfatizou. “Rússia, Irã e Venezuela podem trabalhar juntos e sua cooperação pode chegar a um ponto em que até a política de sanções econômicas de Trump é impotente”, disse ele.
Os navios foram escoltados pela Marinha iraniana até entrarem em águas territoriais da Venezuela!
China e Índia transferem tropas para a fronteira. Segundo informações, Pequim já enviou 5.000 soldados e veículos blindados ao longo da fronteira na área de Ladakh, para a qual a Índia está respondendo com a transferência de um número semelhante de tropas.
Índia e China estão reforçando sua presença militar em áreas contestadas ao longo da fronteira não identificada de 3.488 quilômetros entre as duas nações.
A tensão está se intensificando desde 5 de maio, quando soldados das duas potências nucleares entraram em conflito nas margens do lago Pangong Tso, no planalto tibetano. A escaramuça, que deixou dezenas de soldados feridos de ambos os lados, desencadeou um aumento constante de tropas em meio a contínuos combates.
Apesar da escalada, Zhao Lijian, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, enfatizou que a situação na fronteira com a Índia é “em geral estável e controlável”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores enfatizou que os dois países são “capazes de resolver problemas adequadamente através do diálogo e da consulta”, enquanto enfatiza que a China continua comprometida em salvaguardar sua soberania e segurança territorial, bem como em paz e estabilidade nas zonas fronteiriças.
Europa depois do pesadelo. Entre a pressão para relançar a economia, um certo cansaço social devido ao confinamento e o impacto do lastro de saúde deixado pelos quase 2 milhões de infectados - e mortes em seis dígitos -, a Europa implementou uma abertura ousada desde meados de maio. O risco de uma segunda onda de pandemia não desaparece dos cálculos continentais e torna relativa qualquer previsão excessivamente otimista.
O Reino Unido continua sendo um dos países mais atingidos - até hoje - pela pandemia. É responsável por quase 270 mil casos verificados e 38.000 mortes, em 27 de maio. É o segundo país mais afetado do continente, atrás da Rússia, e o quarto do mundo, depois dos EUA e do Brasil.
Em 10 de maio, Londres antecipou apenas o roteiro para flexibilização futura, que começará em 1º de junho. Nessa data, crianças de 1 a 6 anos podem retornar às aulas. Hotéis e locais públicos não funcionarão antes de julho.
Na Espanha, também a partir de 11 de maio, começou a relaxar com base em “fases e regiões”. Espaços ao ar livre e bares foram reabertos, embora com capacidade limitada em algumas áreas. No entanto, Barcelona e Madri, locomotivas nacionais e centros urbanos mais atingidos, avançaram muito mais devagar. Desde 21 de maio, foi decretada a obrigação de usar máscaras em locais públicos onde a distância de dois metros não pode ser respeitada. Escolas, como na Itália, só serão reabertas em setembro.
Na Suíça, o governo anunciou medidas substanciais de flexibilização na quarta-feira (27), apoiadas por estatísticas que falam de uma média de pouco mais de uma dúzia de infecções por dia nas últimas duas semanas. Serão autorizadas reuniões sociais e manifestações de todos os tipos, até 300 pessoas, a partir de 6 de junho. Enquanto isso, a extensão dos mesmos até 1000 participantes só será decidida na terceira semana de junho. Grande parte da atividade turística, hospitalidade, teleféricos, etc. será normalizado em junho.
Em uma ação ofensiva ousada na área rival, a Alemanha reiniciou o futebol profissional no terceiro fim de semana de maio. E na terça-feira (19) Angela Merkel confirmou que seu país promoverá um fundo para a reconstrução do continente.
Por iniciativa da Alemanha e da França, na terceira semana de maio, foi alcançada uma primeira fórmula consensual para o futuro para enfrentar a crise que se intensificará: a criação de um Fundo de Recuperação para os setores e países mais afetados. Na última quarta-feira de maio, a União Europeia (UE) confirmou que este Fundo será de 750 bilhões de euros. Meio trilhão em transferências e 250.000 milhões a mais em empréstimos. 172 bilhões vão para a Itália e 140 bilhões para a Espanha, os dois países da UE mais atingidos pela pandemia (nosso Informativo já trouxe essa notícia).
EUA: mais desempregados, mais mortos e mais super-ricos! Em meados de maio, os 600 bilionários estadunidenses aumentaram suas fortunas em US $ 434 bilhões durante a quarentena parcial da pandemia de Covid-19, enquanto quase 40 milhões de trabalhadores perderam seus empregos e a taxa de desemprego deve ultrapassar 16 % da massa laboral. Da mesma forma, o nível de insuficiência alimentar aumentou.
A matéria de capa do jornal The New York Times no domingo (24) abalou o público. Os EUA haviam acabado de atingir 100.000 mortes devido à pandemia, e o jornal publicou os nomes, idades e profissões de mil deles. “Os números por si só não podem medir o impacto”. Essas pessoas refletem apenas um por cento do total. Nenhum deles era um número ", diz o NYT. O número de infectados atinge 1.700.000 pessoas.
E entre a dor dos mortos, há figuras que se destacam e produzem rebelião: o patrimônio líquido de pouco mais desses bilionários - entre os quais estão os cinco bilionários mais ricos Jeff Bezos, da Amazônia; Bill Gates da Microsoft; Mark Zuckerberg, do Facebook; Warren Buffett e Larry Ellison - aumentaram 15% em relação a 15 de março, atingindo um total de US $ 3.382 trilhões, de acordo com o novo relatório do Institute for Policy Studies.
Um importante dado é que os nativos (povos nativos), latino-americanos e negros estão morrendo a taxas muito mais altas que os brancos, afirma o analista, acadêmico e ex-secretário do Trabalho Robert Reich.
Por que acordaram? Há dois anos nosso Informativo comenta que China e Rússia estão comprando e estocando ouro em suas reservas. Agora os estadunidenses acordaram? Por que?
Apesar do fato de a impressora de dólar do Federal Reserve dos EUA estar lutando contra a crise econômica, os grandes bancos estadunidenses, como JPMorgan e Goldman Sachs, recomendam que seus clientes invistam em ouro em vez de dólares.
No contexto de medidas sem precedentes para estimular a economia mundial após a pandemia, e diante de sérias turbulências geopolíticas, os banqueiros consideram o ouro menos vulnerável do que os dólares.
“Medidas monetárias e fiscais sem precedentes desencadeadas em todo o mundo podem levar a um crescimento mais fraco a longo prazo e à depreciação da moeda, apoiando os preços do ouro”, disse a agência da Bloomberg, segundo o relatório do JPMorgan Chase & Co.
Se a China e a União Europeia conseguirem criar tecnologias digitais de yuan e euro, que funcionam praticamente fora do sistema bancário tradicional, há um enorme risco de que o dólar fique de fora do comércio internacional, analisa Iván Danílov, colunista da edição russa do Sputnik.
Segundo analistas do JPMorgan, o fato de essas moedas digitais não precisarem de um sistema SWIFT será um grande problema para o domínio financeiro da América no planeta. Os EUA usam a desconexão desse sistema como uma sanção contra seus oponentes geopolíticos.
Mais uma vez, polícia dos EUA mata um negro! As imagens de George Floyd pedindo ao agente de Minneapolis que levantasse o joelho do pescoço, porque ele não conseguia respirar, chocou o mundo. O homem era amigo de infância do jogador de basquete Stephen Jackson. A polícia reprimiu os protestos pedindo justiça, separando quatro policiais.
George Floyd tinha 46 anos, era amigo íntimo do ex-jogador de basquete Stephen Jackson, que brilhou nos San Antonio Spurs e Indiana Pacers entre 2002 e 2006. Eles eram como gêmeos, disse ele em um vídeo dramático que transmitiu em sua rede Instagram.
A história desses amigos, que cresceram juntos no bairro pobre de Cuney Homes, em Houston, Texas, é a do irmão de sucesso que triunfa no esporte favorito e o que o segue em todos os lugares, mas lutando contra um destino adverso.
Floyd, um grande homem fisicamente muito parecido com LeBron James, o ídolo do Los Angeles Lakers, foi preso pela polícia de Minneapolis, no estado norte de Minnesotta, sob acusação de falsificação. Um vídeo que circulou pelas redes mostra o momento em que um dos agentes o coloca com o joelho no pescoço, contra o chão, ao lado do patrulheiro. Floyd estava gritando desesperadamente: “Não consigo respirar, por favor”, enquanto o agente fingia estar distraído quando as pessoas se reuniam ao seu redor. “Ele não está respirando, verifique o pulso, levante o joelho” alguém é ouvido gritando entre os gemidos de Floyd.
“Ele não respira mais, ele não se mexe”, grita uma das testemunhas, talvez a que filmou tudo em um telefone celular e que agora é uma evidência incontestável de brutalidade policial contra um cidadão negro.
Floyd morreu no hospital, onde foi transferido por uma ambulância que finalmente chegou ao local. O primeiro relatório oficial dizia que Floyd parecia bêbado ou drogado e que resistiu ao mandado de prisão após a denúncia de que havia tentado comprar de um supermercado com uma nota falsa de US$ 20.
A delegacia foi ocupada! Os protestos que eclodiram em Minneapolis mudaram a cidade em apenas alguns dias. Os manifestantes se reuniram em torno da delegacia local para protestar contra a brutalidade policial cometida contra a comunidade afro-americana.
A morte de George Floyd, de 46 anos, nas mãos de um policial durante uma prisão, foi o gatilho dessa nova onda de protestos.
O governador de Minnesota, Tim Walz, enviou a Guarda Nacional para Minneapolis depois que o prefeito da cidade, Jacob Frey, declarou estado de emergência local.
Várias testemunhas afirmam que os manifestantes invadiram a delegacia da cidade, causando um incêndio e destruindo tudo ao seu redor. As imagens da cidade, classificadas por muitos como zona de guerra, foram publicadas nas redes sociais.
Neste sábado (30), os protestos se espalharam por todo o país. Em Nova York, cerca de 200 manifestantes foram presos no Condado de Brooklyn, depois de um grupo que protestava contra o assassinato de Floyd.
Na capital dos EUA, Washington, ocorreram manifestações que levaram à prisão de pessoas que participam da mobilização. Houve manifestação próxima da Casa Branca.
Na cidade de Atlanta, um grupo de pessoas foi atacado pela polícia quando protestavam perto dos escritórios da rede de televisão da CNN. Os policiais jogaram granadas de gás lacrimogêneo.
O governador do estado da Geórgia, Brian Kemp, decretou estado de emergência no território do condado de Fulton para autorizar o envio de 500 membros da Guarda Nacional do estado para protestos na cidade de Atlanta.

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