“Lá
vai o Brasil descendo a ladeira!”
A frase é de um amigo e grande humorista (além de um
ator muito bom), Benvindo Sequeira, em suas críticas nas redes sociais. E, cada
vez mais, ele tem razão em criar esse bordão que retrata a “insanosfera” onde
estamos vivendo. É, o Brasil vai descendo a ladeira aceleradamente, sem freios
e sem consciência do que está acontecendo.
Fato
01. A indústria siderúrgica, em
qualquer nação desde o final da Idade do Bronze, sempre foi uma das formas de
se medir o grau de desenvolvimento de uma nação. No nosso caso, começamos a
crescer de fato e a ter uma visão nacionalista e desenvolvimentista com o surgimento
da indústria siderúrgica.
Mais tarde, no governo neoliberal de FHC, o Brasil se
desfez de todas as suas empresas estatais e permitiu uma farra com a produção
de aço que é tão importante para qualquer país. Agora vivemos a “insanosfera”.
E o que sobrou?
A produção de aço bruto caiu 32,7% no mês de abril na
comparação com o mês de março deste ano e as vendas internas 34,4%. Os dados
são do Instituto Aço Brasil. De acordo com o presidente executivo da entidade,
Marco Polo de Mello Lopes, o consumo aparente de aço sofreu queda de 31% e as
exportações de 36,5%, em função das condições adversas do mercado
internacional. “Esses dados demonstram a gravidade da crise de demanda que a
indústria de aço está enfrentando, o que a levou a operar com apenas 42,2% de
sua capacidade instalada, quando deveria estar operando acima de 80%”, diz
Marco Polo.
Fato
02. É sabido por qualquer economista
do planeta que as pequenas e médias empresas são as que mais oferecem empregos
em um país. Em geral, pelo que sabemos, são empresas de vidas curtas, mas que
movem uma parcela considerável no mercado de trabalho.
Mas nós vivemos na “insanosfera”, não é? E temos um
ministro terraplanista que dirige a economia que não dá a mínima para essas
empresas. Em quase duas horas de gravação da reunião ministerial, disponibilizada
pelo STF, na sexta-feira (22), em um verdadeiro show de horrores contra pobres,
indígenas e trabalhadores.
Em escandalosa declaração, Paulo Guedes, sem pudor
algum, afirma que continuará aprofundando as reformas para seguir com sua
política que é voltada para as grandes empresas e, para isso, usando dinheiro
público para salvá-las. “Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos
para salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando
empresas pequenininhas”, disse o ministro, deixando explícito que não tem
interesse em ajudar os pequenos empresários que, inclusive, estão quebrando
diante da pandemia do novo coronavírus.
Associações ligadas aos bancos privados elogiaram as
declarações de Guedes, assim como empresários, mostrando que o discurso está
alinhado com ricos, que seguirão com o apoio do governo para explorar ainda
mais os trabalhadores.
Fato
03. O resultado de tanta insanidade
para a classe trabalhadora pode ser medido nos números apresentados nas
pesquisas durante a semana. A taxa de desemprego subiu para 12,6% em abril e
atinge 12,8 milhões de trabalhadores. O desalento e subutilização bateram
recordes. Outro recorde negativo foi o de trabalhadores com carteira assinada
no setor privado, que caiu para 32,2 milhões de pessoas, menor nível da série
histórica da PNAD
De acordo com os dados do IBGE, foi um trimestre de
recordes negativos. Bateram recordes da série histórica a queda de 5,2% da
população ocupada (89,2 milhões) em relação ao trimestre anterior (4,9 milhões
de pessoas a menos); o percentual de desalentados, trabalhadores que desistiram
de procurar emprego depois de muito tentar e não conseguir (4,7%), que subiu
0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior; e o da subutilização
(25,6%), o que equivale a 28,7 milhões de pessoas – se comparado ao mesmo período
de 2019, o crescimento foi ainda maior (8,7%) e 2,3 milhões de pessoas a mais.
Fato
04. A pandemia, o isolamento social e
os efeitos sobre a economia já afetam a renda de mais da metade dos
consumidores entrevistados pela ESPM. O estudo mostra que 52% dos 1.200
pesquisados em 12 unidades da federação tiveram redução de renda, enquanto para
31% das pessoas esse recuo nos rendimentos foi de 50% ou mais. “A gente sabe
que fazendo pesquisa on-line pega um público que puxa um pouco mais para cima.
Se você imagina que nesse grupo tem esse impacto, imagina o resto”, diz Karine
Karam, pesquisadora do cRio ESPM. O levantamento foi encerrado no dia 15 de
maio e incluiu as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre,
Brasília, Goiânia, Manaus, Fortaleza, São Luís, Salvador, Rio Branco e Belém.
Fato
05. Se já era ruim para o trabalhador,
por perdas de direitos e garantias, o trabalho informal, que vinha batendo
recorde atrás de recorde e garantindo a redução da taxa de desemprego, sofreu
um forte desgaste no trimestre encerrado em abril, segundo dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira
(28).
Das 4,9 milhões de vagas fechadas no período, 3,7
milhões eram informais. A taxa de informalidade caiu para 38,8% da população
ocupada –um contingente de 34,6 milhões de brasileiros, o menor número da série
iniciada em 2016. No trimestre anterior, até janeiro, o percentual havia sido
de 40,7%.
Para especialistas ouvidos pela Folha de São Paulo, a
queda indica tanto o caráter regressivo desta crise, como a falta de
perspectiva para quem perde uma vaga com carteira assinada.
Um
“governo em chamas”! A expressão não é
nossa, do nosso Informativo. Está em um excelente artigo no site da TeleSur que
analisa o governo do insano desde o conhecido incêndio da Amazônia até a pandemia
que nos assola e vai ceifando vidas. Sim, vivemos em um “governo em chamas” e
que já coloca, também, o país na lista dos mais desacreditados em política
externa e relações internacionais.
Segundo analistas da nossa política externa, em
primeiro lugar o Brasil renunciou completamente a formular qualquer política
externa independente ao aderir dogmaticamente aos discursos do presidente estadunidense,
os quais já vulgarizam, por necessidade de torná-la inteligível a seu
eleitorado, a estratégia exterior daquele país.
Em seguida, o ex-capitão vê-se obrigado,
invariavelmente, a voltar atrás em decisões ou, mais humilhante ainda,
desculpar-se com os líderes estrangeiros que ele, sua família ou seu
ministério, ofenderam. O caso mais recente da recusa do presidente chinês em
atender a ligação do insano é o mais didático exemplo desta política, ainda que
equivalente tenha sido o caso da mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv
para Jerusalém.
Nossa política exterior é uma vergonha. O ministro de
Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que o governo do
demente terá que pedir perdão ao povo “pela forma como estão pisoteando a diplomacia
do Brasil”.
Em entrevista exclusiva ao site Opera Mundi, Arreaza
falou sobre a relação com o governo brasileiro e disse que a diplomacia do
Brasil “já não é o Itamaraty de poucos anos atrás, quando era uma grande escola
diplomática para a América Latina e para o mundo”".
O ministro também se mostrou preocupado com a situação
dos 11,8 mil brasileiros que vivem na Venezuela, que ficaram sem serviços
consulares depois que o governo Bolsonaro retirou de Caracas o corpo diplomático
no início do mês.
No verão de 2019, a maior reserva biológica do mundo queimou, causando
um alarme global. O desastre da Amazônia, cuja origem foi inicialmente
justificada pela propensão a incêndios no verão, mais uma vez colocou as
políticas ambientais do ex-militar brasileiro em destaque.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontou que o aumento
de queimadas não se deveu apenas à época do ano ou à seca, mas também se
originou da queima ilegal de terras para criação de gado.
Junte-se a esses fatos mais gerais e complexos dados mais específicos e
atuais: estamos batendo recordes em número de feminicídios no país; a violência
policial contra negros, pobres e jovens superou todas as marcas conhecidas e;
em pouco tempo o Brasil passou a figurar entre os líderes mundiais em mortes
por coronavírus!
Sim, o Brasil está em chamas e o incendiário mor está promovendo manifestações
pelo fim do isolamento social!
Tentativa
de golpe? Não estou falando do golpe
contra as instituições que todos comentam como possível, estou falando de um
golpe contra a justiça e as leis apenas para “salvar a pele” dos filhos.
Em uma manobra sórdida, o ex-capitão havia “mexido seus
pauzinhos” secretamente para que o processo que investiga o assassinato de Marielle
Franco e de Anderson Gomes fosse tirado das mãos do Ministério Público e da
Polícia Civil do Rio de Janeiro para ser investigado pela Polícia Federal, a
mesma que ele mudou toda para salvar a pele da família, como confessou na tal
reunião de ministros que já causou tanta revolta e se tornou um escândalo
internacional.
Pelo que sabemos, até agora, a manobra não deu certo e
o STJ está segurando a medida sem passar para a Polícia Federal, mas todos
conhecemos os “estranhos poderes” do demente que está no governo do país.
O
outro escândalo que pode aflorar. Por
determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu
durante a semana 29 mandatos de busca e apreensão em residências de pessoas que
estão envolvidas na investigação sobre fake news.
Um dos alvos é o ex-deputado federal Roberto Jefferson,
presidente nacional do PTB e novo aliado do insano. Jefferson preside um dos
partidos do centrão e passou a defender efusivamente o presidente nos últimos
tempos.
Mas outros aliados do ex-militar também são alvos da
investigação. Os deputados estaduais de São Paulo Douglas Garcia (PSL) e Gil
Diniz (PSL), o blogueiro Allan Santos, do canal Terça Livre, e a militante Sara
Winter estão entre os nomes que são alvos de busca e apreensão da PF.
Em Brasília, os deputados federais Bia Kicis, Carla
Zambelli, Daniel Silveira, Filipe Barros, Cabo Junior do Amaral e Luiz Philippe
de Orleans e Bragança estão na lista. Empresários também farão parte da
investigação. É o caso de Luciano Hang, proprietário da Havan e apoiador do
demente.
O
03 odeia democracia! O deputado
federal Eduardo, chamado pelo pai de “filho 03, criticou, na quarta-feira (27),
o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga “bolsuínos” sobre
fake news. O filho do presidente defendeu reagir energeticamente contra a
corte. “Temos de pontuar, diagnosticar o problema e depois começar a tomar
algumas atitudes”, afirmou o deputado.
A fala foi feita em uma live no canal Terça Livre, do
blogueiro Allan dos Santos, um dos investigados no inquérito, Ao lado deles
estavam também a deputada federal Bia Kices, também investigada no caso, o guru
do governo, Olavo de Carvalho e o médico de direita, Italo Marsili.
“Até entendo quem tem uma postura moderada para não
chegar num momento de ruptura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior.
Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas falando
abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas de
quando isso vai ocorrer. Essas reuniões aqui que o Allan está falando de altas
autoridades, até mesmo de dentro de setores políticos, a gente discute esse
tipo de coisa”, afirmou.
O deputado criticou a posição ‘democrática’ dos
ministros palacianos, ou seja, os generais que estão em volta do presidente.
“Falaram que conduziriam os generais ministros debaixo de vara. Qual foi a
agressão que os generais fizeram ao STF? Bem, até agora não está adiantando
nada uma postura, vamos dizer assim, democrática, vamos ser eufemista”, disse.
Ele afirmou também que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais
saída e for necessária uma medida enérgica ele é que será taxado como ditador”.
Navios iranianos chegam
à Venezuela. Durante toda a semana anterior
acompanhamos a longa polêmica e as ameaças feitas do Donald Trump contra a
compra de gasolina feita pelo governo de Nicolás Maduro no Irã.
Mantendo sua inflexível posição de sanções contra a Venezuela, em uma
tentativa desesperada de sufocar o país e levar a um novo golpe comandado pela
direita, o “todo poderoso” da Casa Branca ameaçou com todas as formas
conhecidas de bloquear a chegada dos barcos aos portos venezuelanos.
Um dos fatos que poucos conhecem é que, as sanções impostas pelos
estadunidenses durante anos levaram a Venezuela a uma situação paradoxal:
apesar de ter a maior reserva reconhecida de petróleo, não produz gasolina
suficiente para o consumo interno. E isso se deve porque, a verba que estava
destinada à construção de novas refinarias no país está sendo usada para
atender a necessidades mais imediatas como saúde, educação, saneamento, etc.
Esse é um dos efeitos do bloqueio imposto pelos EUA.
Mas agora, com os cinco navios carregados de gasolina do Irã, a
Venezuela poderá “respirar” por um tempo sem passar por um colapso nos
transportes.
O que representa o
rompimento da barreira? A chegada dos navios iranianos às águas
venezuelanas foi seguida ao vivo e diretamente por grande parte do país. A
Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) havia anunciado que esperaria na sua
zona econômica exclusiva para acompanhá-lo até o ponto de chegada. Finalmente,
a Marinha Bolivariana, com o navio Yekuana, entrou 60 milhas náuticas em águas
internacionais para receber os navios carregados de gasolina.
“Temos direitos à liberdade
de comércio, à cooperação bilateral com qualquer governo do mundo”, disse
Tareck El Aissami, recentemente nomeado Ministro do Petróleo, durante a
recepção do primeiro navio, o Fortune, ao país. O combustível total estimado é
de quase 1.500.000 de barris de gasolina, e a “relação de cooperação
energética”, disse El Aissami, surgiu “no momento em que se pretende continuar
sufocando o povo venezuelano, continuar a nos bloquear e nos sancionar”.
Na cerimônia foi lembrado
que, em 2008, a Venezuela enviou combustível ao Irã, que também estava - e
continua estando - sob sanções dos EUA, principalmente sua indústria
petrolífera. O objetivo, explicou o ministro, é unir “esforços comuns para
objetivos de desenvolvimento compartilhado que afetem os dois países”.
O ministro da Defesa,
Vladimir Padrino López, o almirante em chefe Remigio Ceballos e o embaixador iraniano
na Venezuela, Hojjatollah Soltani, também participaram do ato.
Outros golpes em andamento! Quem acredita que o
arsenal de maldade da Casa Branca se limita a bloqueios e imposição de sanções
comerciais?
O vice-presidente executivo da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na
terça-feira (26) uma rede de oposição para roubar 31 toneladas de ouro da
Venezuela retidas no Banco da Inglaterra.
Em uma entrevista coletiva, Rodríguez denunciou as intenções do grupo
político liderado pelo deputado Juan Guaidó de tentar contra a democracia
venezuelana, desestabilizar o país e manter os recursos da nação.
Da mesma forma, o funcionário informou que na próxima quinta-feira será
realizada uma audiência nos tribunais ingleses para definir a situação dos
ativos venezuelanos mantidos no Banco da Inglaterra.
“O governo dos EUA e todos os que participaram do contrato” criminoso
“para intervir no país pretendiam tirar o ouro da Venezuela”, explicou.
“O Banco da Inglaterra, em conluio com criminosos de colarinho branco
como Guaidó, decidiu fazer uma conspiração para manter o ouro da Venezuela, a
herança pública do país”, denunciou o vice-presidente executivo.
Promotor argentino abre
investigação contra Macri. O promotor federal argentino
Jorge Di Lello exigiu a abertura da investigação iniciada por uma denúncia da
Agência Federal de Inteligência (AFI) por espionagem ilegal contra o
ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e contra aqueles que lideraram o órgão
durante sua gestão, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani.
“O promotor Di Lello segue a acusação da AFI contra Macri e outras
autoridades”, disseram fontes judiciais às quais a agência concordou.
O representante do Ministério Público solicitou uma série de medidas,
incluindo uma solicitação à AFI para informar sobre o organograma que
estruturou a instituição durante o governo anterior e a lista daqueles que
serviram nesse órgão até dezembro de 2019.
Entre os supostos espiões está a ministra da Mulher, Gênero e
Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, que anunciou que aparecerá como
reclamante no caso.
A denúncia pede a investigação não apenas de Macri, Arribas e Majdalani,
que eram diretores da AFI, mas também dos agentes Omar Daniel Solis e Patricio
Correa, e do ex-chefe de gabinete da organização Darío Biorci, que também é
cunhado Majdalani.
PIB
da OCDE cai 1,8%. O PIB de 37 entre as
maiores economias do mundo, reunidas na OCDE, caiu 1,8% no primeiro trimestre
deste ano em relação ao último trimestre de 2019, divulgou na terça-feira (26)
a organização.
O impacto da pandemia de coronavírus sobre os países
foi irregular, com o PIB francês recuando quase 6%, enquanto o do Japão teve
redução de menos de 1%. O país asiático encerrou na segunda-feira o estado de
emergência em cinco regiões.
Entre os sete principais países, França e Itália foram
as mais atingidas tanto pelo coronavírus quanto pelo impacto de medidas
rigorosas de confinamento. A economia recuou 5,8% e 4,7%, respectivamente, em
comparação com menos 0,1% e menos 0,3% no trimestre anterior.
Houve queda acentuada também no Canadá (-2,6%), na
Alemanha (-2,2%) e no Reino Unido (-2%). No trimestre anterior, o PIB dos três
países havia oscilado em 0,1%, -0,1% e 0%, respectivamente.
Bem
no nariz do Tio Sam! Falamos no
assunto na parte referente à Venezuela, mas há outras implicações. Os navios iranianos carregados com gasolina e aditivos químicos chegaram
à Venezuela apesar das ameaças dos EUA. No total, o Irã enviou 1,53 milhão de
barris de gasolina para a Venezuela em cinco navios.
Esse carregamento é um símbolo de que o Irã está violando as sanções dos
EUA, acredita Seyyed Saeed Mirtorabi Hosseini, especialista em economia
política e energia da Universidade Al Juarismi.
“Os EUA impuseram sanções [no setor de energia] a dois países: Irã e
Venezuela. Mas eles foram capazes de se opor a essas proibições unilaterais dos
EUA”, disse ele, afirmando que a entrega bem-sucedida dos navios-tanque à
Venezuela confirma que o Irã encontrou uma maneira de lidar com as sanções dos
EUA.
Esse suprimento é o primeiro golpe da nova frente de coalizão contra os
Estados Unidos, diz Mohammad Sadegh Jokar, especialista em economia política e
cientista do Instituto Internacional de Estudos Energéticos do Ministério do
Petróleo do Irã.
“O Irã mostrou que não apenas o Oriente Médio não está sujeito ao ditado
estadunidense, mas mesmo em seu 'quintal' está agindo de forma independente e
decisiva”, enfatizou. “Rússia, Irã e Venezuela podem trabalhar juntos e sua
cooperação pode chegar a um ponto em que até a política de sanções econômicas
de Trump é impotente”, disse ele.
Os navios foram escoltados pela Marinha iraniana até entrarem em águas
territoriais da Venezuela!
China e Índia
transferem tropas para a fronteira. Segundo informações, Pequim já enviou 5.000 soldados e veículos
blindados ao longo da fronteira na área de Ladakh, para a qual a Índia está
respondendo com a transferência de um número semelhante de tropas.
Índia e China estão reforçando sua presença militar
em áreas contestadas ao longo da fronteira não identificada de 3.488
quilômetros entre as duas nações.
A tensão está se intensificando desde 5 de maio,
quando soldados das duas potências nucleares entraram em conflito nas margens
do lago Pangong Tso, no planalto tibetano. A escaramuça, que deixou dezenas de
soldados feridos de ambos os lados, desencadeou um aumento constante de tropas
em meio a contínuos combates.
Apesar da escalada, Zhao Lijian, porta-voz do
Ministério de Relações Exteriores da China, enfatizou que a situação na
fronteira com a Índia é “em geral estável e controlável”. O porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores enfatizou que os dois países são “capazes de
resolver problemas adequadamente através do diálogo e da consulta”, enquanto
enfatiza que a China continua comprometida em salvaguardar sua soberania e
segurança territorial, bem como em paz e estabilidade nas zonas fronteiriças.
Europa depois do
pesadelo. Entre a pressão para relançar a economia, um certo
cansaço social devido ao confinamento e o impacto do lastro de saúde deixado
pelos quase 2 milhões de infectados - e mortes em seis dígitos -, a Europa
implementou uma abertura ousada desde meados de maio. O risco de uma segunda
onda de pandemia não desaparece dos cálculos continentais e torna relativa
qualquer previsão excessivamente otimista.
O Reino Unido continua sendo um dos países mais atingidos - até hoje -
pela pandemia. É responsável por quase 270 mil casos verificados e 38.000
mortes, em 27 de maio. É o segundo país mais afetado do continente, atrás da
Rússia, e o quarto do mundo, depois dos EUA e do Brasil.
Em 10 de maio, Londres antecipou apenas o roteiro para flexibilização
futura, que começará em 1º de junho. Nessa data, crianças de 1 a 6 anos podem
retornar às aulas. Hotéis e locais públicos não funcionarão antes de julho.
Na Espanha, também a partir de 11 de maio, começou a relaxar com base em
“fases e regiões”. Espaços ao ar livre e bares foram reabertos, embora com
capacidade limitada em algumas áreas. No entanto, Barcelona e Madri,
locomotivas nacionais e centros urbanos mais atingidos, avançaram muito mais
devagar. Desde 21 de maio, foi decretada a obrigação de usar máscaras em locais
públicos onde a distância de dois metros não pode ser respeitada. Escolas, como
na Itália, só serão reabertas em setembro.
Na Suíça, o governo anunciou medidas substanciais de flexibilização na
quarta-feira (27), apoiadas por estatísticas que falam de uma média de pouco
mais de uma dúzia de infecções por dia nas últimas duas semanas. Serão
autorizadas reuniões sociais e manifestações de todos os tipos, até 300
pessoas, a partir de 6 de junho. Enquanto isso, a extensão dos mesmos até 1000
participantes só será decidida na terceira semana de junho. Grande parte da
atividade turística, hospitalidade, teleféricos, etc. será normalizado em
junho.
Em uma ação ofensiva ousada na área rival, a Alemanha reiniciou o
futebol profissional no terceiro fim de semana de maio. E na terça-feira (19)
Angela Merkel confirmou que seu país promoverá um fundo para a reconstrução do
continente.
Por iniciativa da Alemanha e da França, na terceira semana de maio, foi
alcançada uma primeira fórmula consensual para o futuro para enfrentar a crise
que se intensificará: a criação de um Fundo de Recuperação para os setores e
países mais afetados. Na última quarta-feira de maio, a União Europeia (UE)
confirmou que este Fundo será de 750 bilhões de euros. Meio trilhão em
transferências e 250.000 milhões a mais em empréstimos. 172 bilhões vão para a
Itália e 140 bilhões para a Espanha, os dois países da UE mais atingidos pela
pandemia (nosso Informativo já trouxe essa notícia).
EUA: mais
desempregados, mais mortos e mais super-ricos! Em meados de maio, os 600 bilionários estadunidenses aumentaram suas
fortunas em US $ 434 bilhões durante a quarentena parcial da pandemia de
Covid-19, enquanto quase 40 milhões de trabalhadores perderam seus empregos e a
taxa de desemprego deve ultrapassar 16 % da massa laboral. Da mesma forma, o
nível de insuficiência alimentar aumentou.
A matéria de capa do jornal The New York Times no domingo (24) abalou o
público. Os EUA haviam acabado de atingir 100.000 mortes devido à pandemia, e o
jornal publicou os nomes, idades e profissões de mil deles. “Os números por si
só não podem medir o impacto”. Essas pessoas refletem apenas um por cento do
total. Nenhum deles era um número ", diz o NYT. O número de infectados
atinge 1.700.000 pessoas.
E entre a dor dos mortos, há figuras que se destacam e produzem
rebelião: o patrimônio líquido de pouco mais desses bilionários - entre os
quais estão os cinco bilionários mais ricos Jeff Bezos, da Amazônia; Bill Gates
da Microsoft; Mark Zuckerberg, do Facebook; Warren Buffett e Larry Ellison -
aumentaram 15% em relação a 15 de março, atingindo um total de US $ 3.382
trilhões, de acordo com o novo relatório do Institute for Policy Studies.
Um importante dado é que os nativos (povos nativos), latino-americanos e
negros estão morrendo a taxas muito mais altas que os brancos, afirma o
analista, acadêmico e ex-secretário do Trabalho Robert Reich.
Por que acordaram? Há dois anos nosso Informativo comenta que
China e Rússia estão comprando e estocando ouro em suas reservas. Agora os
estadunidenses acordaram? Por que?
Apesar do fato de a impressora de dólar do Federal Reserve dos EUA estar
lutando contra a crise econômica, os grandes bancos estadunidenses, como
JPMorgan e Goldman Sachs, recomendam que seus clientes invistam em ouro em vez
de dólares.
No contexto de medidas sem precedentes para estimular a economia mundial
após a pandemia, e diante de sérias turbulências geopolíticas, os banqueiros
consideram o ouro menos vulnerável do que os dólares.
“Medidas monetárias e fiscais sem precedentes desencadeadas em todo o
mundo podem levar a um crescimento mais fraco a longo prazo e à depreciação da
moeda, apoiando os preços do ouro”, disse a agência da Bloomberg, segundo o
relatório do JPMorgan Chase & Co.
Se a China e a União Europeia conseguirem criar tecnologias digitais de
yuan e euro, que funcionam praticamente fora do sistema bancário tradicional,
há um enorme risco de que o dólar fique de fora do comércio internacional,
analisa Iván Danílov, colunista da edição russa do Sputnik.
Segundo analistas do JPMorgan, o fato de essas moedas digitais não
precisarem de um sistema SWIFT será um grande problema para o domínio
financeiro da América no planeta. Os EUA usam a desconexão desse sistema como
uma sanção contra seus oponentes geopolíticos.
Mais uma vez, polícia
dos EUA mata um negro! As imagens de George Floyd
pedindo ao agente de Minneapolis que levantasse o joelho do pescoço, porque ele
não conseguia respirar, chocou o mundo. O homem era amigo de infância do
jogador de basquete Stephen Jackson. A polícia reprimiu os protestos pedindo
justiça, separando quatro policiais.
George Floyd tinha 46 anos, era amigo íntimo do ex-jogador de basquete
Stephen Jackson, que brilhou nos San Antonio Spurs e Indiana Pacers entre 2002
e 2006. Eles eram como gêmeos, disse ele em um vídeo dramático que transmitiu
em sua rede Instagram.
A história desses amigos, que cresceram juntos no bairro pobre de Cuney
Homes, em Houston, Texas, é a do irmão de sucesso que triunfa no esporte
favorito e o que o segue em todos os lugares, mas lutando contra um destino
adverso.
Floyd, um grande homem fisicamente muito parecido com LeBron James, o
ídolo do Los Angeles Lakers, foi preso pela polícia de Minneapolis, no estado
norte de Minnesotta, sob acusação de falsificação. Um vídeo que circulou pelas
redes mostra o momento em que um dos agentes o coloca com o joelho no pescoço,
contra o chão, ao lado do patrulheiro. Floyd estava gritando desesperadamente:
“Não consigo respirar, por favor”, enquanto o agente fingia estar distraído
quando as pessoas se reuniam ao seu redor. “Ele não está respirando, verifique
o pulso, levante o joelho” alguém é ouvido gritando entre os gemidos de Floyd.
“Ele não respira mais, ele não se mexe”, grita uma das testemunhas,
talvez a que filmou tudo em um telefone celular e que agora é uma evidência
incontestável de brutalidade policial contra um cidadão negro.
Floyd morreu no hospital, onde foi transferido por uma ambulância que
finalmente chegou ao local. O primeiro relatório oficial dizia que Floyd
parecia bêbado ou drogado e que resistiu ao mandado de prisão após a denúncia
de que havia tentado comprar de um supermercado com uma nota falsa de US$ 20.
A delegacia foi ocupada! Os protestos que eclodiram em Minneapolis
mudaram a cidade em apenas alguns dias. Os manifestantes se reuniram em torno
da delegacia local para protestar contra a brutalidade policial cometida contra
a comunidade afro-americana.
A morte de George Floyd, de 46 anos, nas mãos
de um policial durante uma prisão, foi o gatilho dessa nova onda de protestos.
O governador de Minnesota, Tim Walz, enviou a
Guarda Nacional para Minneapolis depois que o prefeito da cidade, Jacob Frey,
declarou estado de emergência local.
Várias testemunhas afirmam que os
manifestantes invadiram a delegacia da cidade, causando um incêndio e
destruindo tudo ao seu redor. As imagens da cidade, classificadas por muitos
como zona de guerra, foram publicadas nas redes sociais.
Neste sábado (30), os protestos se espalharam por todo o país. Em Nova
York, cerca de 200 manifestantes foram presos no Condado de Brooklyn, depois de
um grupo que protestava contra o assassinato de Floyd.
Na capital dos EUA, Washington, ocorreram manifestações que levaram à
prisão de pessoas que participam da mobilização. Houve manifestação próxima da
Casa Branca.
Na cidade de Atlanta, um grupo de pessoas foi atacado pela polícia
quando protestavam perto dos escritórios da rede de televisão da CNN. Os
policiais jogaram granadas de gás lacrimogêneo.
O governador do estado da Geórgia, Brian Kemp, decretou estado de
emergência no território do condado de Fulton para autorizar o envio de 500
membros da Guarda Nacional do estado para protestos na cidade de Atlanta.
O deputado criticou a posição ‘democrática’ dos
ministros palacianos, ou seja, os generais que estão em volta do presidente.
“Falaram que conduziriam os generais ministros debaixo de vara. Qual foi a
agressão que os generais fizeram ao STF? Bem, até agora não está adiantando
nada uma postura, vamos dizer assim, democrática, vamos ser eufemista”, disse.
Ele afirmou também que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais
saída e for necessária uma medida enérgica ele é que será taxado como ditador”.
A denúncia pede a investigação não apenas de Macri, Arribas e Majdalani,
que eram diretores da AFI, mas também dos agentes Omar Daniel Solis e Patricio
Correa, e do ex-chefe de gabinete da organização Darío Biorci, que também é
cunhado Majdalani.
Por iniciativa da Alemanha e da França, na terceira semana de maio, foi
alcançada uma primeira fórmula consensual para o futuro para enfrentar a crise
que se intensificará: a criação de um Fundo de Recuperação para os setores e
países mais afetados. Na última quarta-feira de maio, a União Europeia (UE)
confirmou que este Fundo será de 750 bilhões de euros. Meio trilhão em
transferências e 250.000 milhões a mais em empréstimos. 172 bilhões vão para a
Itália e 140 bilhões para a Espanha, os dois países da UE mais atingidos pela
pandemia (nosso Informativo já trouxe essa notícia).
O governador do estado da Geórgia, Brian Kemp, decretou estado de
emergência no território do condado de Fulton para autorizar o envio de 500
membros da Guarda Nacional do estado para protestos na cidade de Atlanta.
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