“Reconhecimento tardio e parcial”, diz Haddad sobre prêmio de corrupto do ano conquistado por Bolsonaro
Petista fez postagem irônica e se somou a milhares de internautas, que vêm "parabenizando" o presidente brasileiro por ter sido escolhido a "Pessoa do Ano do Crime Organizado e da Corrupção" por órgão internacional
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Adversário de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, o petista Fernando Haddad usou sua conta do Twitter, na noite desta quarta-feira (30), para comentar o prêmio recebido pelo presidente de “Pessoa do Ano do Crime Organizado e da Corrupção”.
“Muito injusto o prêmio ‘corrupto do ano’ para Bolsonaro. Por que ‘do ano’? A família passou 28 anos desviando recursos públicos. Reconhecimento tardio e parcial”, ironizou o ex-prefeito de São Paulo.
E não foi só Haddad que ironizou. A frase “Parabéns Presidente” segue, desde o início da tarde, na lista dos assuntos mais comentados do Twitter devido ao alto volume de postagens debochando da “honraria” conquistada pelo presidente brasileiro.
Corrupto do ano
O Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCPRP), Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção, elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem Partido) como a personalidade do ano de 2020 por seu papel na promoção do crime organizado e da corrupção.
O OCCPRP é um consórcio de centros de investigação, mídia e jornalistas fundado em 2006, que operam na Europa Oriental, Cáucaso, Ásia Central e América Central. De acordo com o relatório deste ano, Bolsonaro foi “eleito após o escândalo Lava Jato (Lava Jato) como candidato anticorrupção, mas se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a Amazônia região que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”.
O relatório diz ainda que “Bolsonaro venceu por pouco o duvidoso prêmio de dois outros líderes populistas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente turco, Recep Erdogan”. O documento dia ainda que “os finalistas também lucraram com a propaganda, minaram as instituições democráticas em seus países, politizaram seus sistemas de Justiça, rejeitaram acordos multilaterais, recompensaram círculos internos corruptos e tiraram seus países da lei e da ordem democráticas para a autocracia. O oligarca ucraniano Ihor Kolomoisky completou a lista dos finalistas”.
Leia o relatório completo aqui.
Ivan Longo
Jornalista e repórter especial da Revista Fórum.
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