Sociedade de Moro devolve direitos a Lula
Se faltava algo para provar ao STF que moro era suspeito para julgar Lula, a associação dele com empresa que serve a empreiteiras com as quais fez acordos é a prova final.
O filme de Sergio Moro está se queimando rapidamente. A escandalização com a desfaçatez da associação do ex-juiz com a consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela administração judicial da Odebrecht e da OAS, fez a OAB mandar a ele um recado para não advogar para o novo sócio
A OAB alertou Moro de que não pode praticar atividade privativa da advocacia para clientes da A&M, sob pena de adoção de medidas administrativas e judiciais pertinentes, porque empresas de consultoria são expressamente proibidas de prestar serviços jurídicos a seus clientes, incluindo assessoria e consultoria jurídica.
Por conta do escândalo dessa associação, a oposição, na Câmara dos Deputados, pediu ao procurador-geral da República que investigue o ex-juiz por estar, no fim das contas, trabalhando para a Odebrecht, com quem fechou acordo de leniência quando era juiz, ajudando a empresa.
Só para entenderem a gravidade do caso, a empresa que deu sociedade a Moro receberá quase R$ 35 milhões da Odebrecht e da OAS graças à atuação do ex-juiz.
O mais interessante em tudo isso é que esse escândalo que tanto choca deve estar sendo até comemorado pela defesa do ex-presidente Lula porque o ajuda muito no pedido de suspeição do ex-juiz para julgá-lo e que está pendente no STF
O que ocorre é o seguinte: em uma petição enviada ao então juiz Sergio Moro no dia 19 de abril de 2017, a defesa de Lula exibia dois documentos demonstrando que o tal tríplex de Guarujá não pertencia ao ex-presidente. Era, na verdade, propriedade da OAS
Moro, porém, desprezou prova favorável a Lula oferecida por empresa da qual agora é sócio.
Já se fala em quebra de sigilos de Moro e investigação aprofundada dessa relação dele com a empresa que administra judicialmente a Odebrecht porque o ex-juiz tomou decisões que renderam dezenas de milhões de reais de lucro a ela.
A decisão do STF sobre a suspeiçao de Moro para julgar Lula, que pode anular todas as condenações do ex-presidente e lhe devolver seus direitos políticos, está prevista para o fim do recesso de fim de ano do Judiciário, conforme Gilmar Mendes, que retém o processo, já avisou
Tudo isso, claro, soma-se ao muito que o Intercept divulgou sobre o complô do ex-juiz com a força-tarefa da Lava Jato de forma a inviabilizar a defesa do ex-presidente Lula no processo
É imensurável o escândalo que seria o STF dizer, ante tudo isso, que Moro não era suspeito para julgar Lula. Especialistas dizem que o STF não fará isso nem com uma faca no pescoço
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