quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

50,4%, 78%, 100%: O que querem dizer os números da CoronaVac

 

50,4%, 78%, 100%: O que querem dizer os números da CoronaVac

Anita Efraim
·2 minuto de leitura
The governor of the state of São Paulo, João Doria holds a press conference on the beginning of tests with volunteers and health professionals with the Chinese vaccine CORONAVAC in the fight against the new coronavirus (Covid-19), at Hospital das Clínicas this Tuesday, on July 21, 2020 in Sao Paulo, Brazil. This morning, the CORONAVAC vaccine was applied to a Doctor at the HC and the forecast is that the 9,000 volunteers will be vaccinated by September 2020. The Government has announced that the forecast to make the vaccine available to the population should occur in early 2021.. In the photo Governor João Doria presents the new Chinese vaccine CORONAVAC. (Photo: Antonio Molina/Fotoarena/Sipa USA)(Sipa via AP Images)
Vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês SinoVac (Foto: Antonio Molina/Fotoarena/Sipa USA via AP Images)

Os números divulgados da CoronaVac ainda estão confusos após o anúncio feito na última terça-feira, 12. A eficácia global da vacina é de 50,38%, o que não quer dizer que o imunizante tem, igualmente, metade das chances de funcionar. Não é como “pular de um avião e o paraquedas ter apenas metade da chance de abrir”, como pregam alguns negacionistas e opositores do governador João Doria (PSDB).

O índice de 50,38% de eficácia mostra uma diferença em relação ao grupo de controle, ou seja, que recebeu o placebo. Entre os voluntários que não receberam a vacina, 3,6% contraíram a covid-19. Entre os voluntários que tomaram a CoronaVac, 1,8% contraíram a covid-19.

Resumidamente: quem toma a vacina tem metade da possibilidade de contrair o coronavírus em comparação a quem não é imunizado.

E onde entram os 78%, anunciados inicialmente pelo Instituto Butantan? O índice diz respeito à necessidade de atendimento de pessoas que receberam a vacina. Entre os voluntários que tomaram a CoronaVac, apenas 22% tiveram de receber algum tipo de atendimento médico após contraírem a covid-19. O que quer dizer que, quem tomar a vacina do Butantan até pode desenvolver a doença, mas tem menos chance de precisar ir ao hospital ou consultar um médico.

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Os 100% dizem respeito aos casos graves, que precisam ser internados e ir para uma UTI. Entre os voluntários que tomaram a CoronaVac, nenhum teve complicações mais sérias, que precisariam de maiores atendimentos.

Dessa forma, quem tomar a vacina tem 50,38% de chance de não desenvolver a covid-19, 78% de chance de não precisar sequer de atendimento médico. Além disso, quem se vacinar, não tem nenhuma possibilidade de ser internado ou entubado por complicações da covid-19.

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