Deputado bolsonarista em cana Daniel Silveira se arrepende dos ataques a ministros do STF, mas colegas parlamentares ratificam a sua detenção |
FOTO: REILA MARIA/AGÊNCIA CÂMARA
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O deputado Daniel Silveira (SL-RJ) até tentou. Durante a sessão que decidiu o seu futuro na Câmara, ele se disse arrependido pelos ataques feitos a ministros do Supremo Tribunal Federal. “Peço desculpas a todo o Brasil. Me excedi de fato na fala, num momento passional. Precisei perceber, com calma e cautela, que as minhas palavras foram duras o suficiente até para mim mesmo”, afirmou em sua defesa. Os apelos de nada adiantaram. Por 364 a 130, os deputados decidiram, na sexta-feira 19, manter o parlamentar preso, em regime fechado. A decisão é consequência da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que na noite de terça-feira 16 decretou a detenção do deputado bolsonarista. O motivo do mandado foi um vídeo que o parlamentar divulgou com discurso de ódio contra integrantes da Corte. Em sua decisão, Moraes argumentou que "a Constituição Federal não permite a propagação de ideias contrárias a ordem constitucional e ao Estado Democrático". Na quarta-feira 17, o plenário do STF referendou, por 11 x 0, a prisão de Silveira. “Além de atacar frontalmente os ministros do Supremo Tribunal Federal por meio de ameaças e ofensas à honra, propagava a adoção de medidas antidemocráticas, defendendo o AI-5, inclusive pleiteando a cassação imediata dos ministros do STF, além de medidas violentas contra os ministros da Corte”, afirmou Moraes em seu voto. Ativo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro não se manifestou. Já apoiadores do chefe do executivo e deputados da base parlamentar saíram em defesa de Silveira. Nas redes sociais, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) chegou a chamar Moraes de "vagabundo". Informalmente, a aposta é que Silveira passará o fim de semana na cadeia e, depois, deve sair com a condição de usar uma tornozeleira eletrônica. Da cadeia, Daniel Silveira não conseguiu se safar. Resta saber se escapará da cassação.
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Lula se coloca à disposição para 2022 Ex-presidente disse que, se não for candidato, será cabo eleitoral |
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Parece longe, mas as eleições nacionais de 2022 já movimentam os bastidores dos partidos políticos. No PT, após Fernando Haddad afirmar que "colocará o bloco na rua", o ex-presidente Lula disse que, “se for necessário para derrotar o bolsonarismo”, ele se colocará “à disposição”. “Vai depender das circunstâncias políticas e em que momento for decidido. Vai depender do PT, das candidaturas, das alianças políticas que a gente for fazer, se vai ser necessário ou não eu ser candidato”, declarou Lula em entrevista ao UOL. “Eu já fui presidente, não necessariamente preciso novamente ser presidente.” Segundo ele, é necessário haver “uma razão maior” para que sua participação na corrida eleitoral. “Eu tenho certeza de que, se for necessário para derrotar o tal bolsonarismo, não tenha dúvida nenhuma de que me colocarei à disposição”. Para concorrer, Lula dependerá de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que restabeleça seus direitos políticos. Sobre a indefinição petista de quem será o candidato, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que o PT aposta em um filme antigo. “Isso é filme antigo. A gente já viu esse filme na eleição passada. Lula se apresenta, fica de stand by o Haddad e depois o Haddad se transforma em candidato. A gente primeiro tem que ter projeto″, afirmou em entrevista a CartaCapital. Na conversa, Lupi reforçou a candidatura de Ciro Gomes, que, segundo ele, "andou pelo Brasil e tem um projeto nacional".
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Vacinas? Eu só ouço falar... Ministro da Saúde fica na berlinda e toma bronca pública de diretor do Butantan |
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O ministro Eduardo Pazuello bem que queria, mas o só desejo de ter mais doses de vacinas contra a Covid-19 não é suficiente para suprir as campanhas paralisadas. Nesta semana, diversos estados e municípios viram-se de seringas vazias - e não pela intenção de funcionários de saúde que tentam burlar a imunização propositalmente, como tem sido registrado. A Confederação Nacional dos Prefeitos entendeu, enfim, as habilidades de gestão do ministro e pediu por sua saída: “o movimento municipalista entende necessária, urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros.”, declararam em nota. Mesmo sob pressão, Pazuello endossou um plano que projeta toda a população brasileira vacinada até dezembro. Há menção até mesmo a imunizantes que sequer foram autorizados pela Anvisa, como a Sputnik V, da Rússia. Os números foram chamados de “ficção” pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que, em tom irritadiço, mostrou como o governo federal ignorou cinco ofícios do órgão desde julho de 2020. "Vacinas que não existem, que estão no papel. Precisamos olhar a realidade e não o que imaginamos que possa ser a realidade", declarou Covas ao criticar o plano divulgado pelo Ministério da Saúde.
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Vaza Jato: Assessor do STF fez parte do jogo Mensagens mostram que o juiz Márcio Schiefler, assim como Moro, era parceiro da força-tarefa contra os acusados |
Novos trechos de diálogos da Vaza Jato mostram que um assessor do Supremo Tribunal Federal orientou procuradores sobre despachos enviados à Corte e forneceu informações interessantes à Força Tarefa de Curitiba. Em resumo, o assessor Márcio Schiefler, que serviu a Teori Zavascki, relator dos inquéritos, e Edson Fachin, foi uma espécie de braço da acusação contra os interesses dos investigados. Os diálogos foram publicados com exclusividade por CartaCapital e evidenciam a vasta colaboração entre poderes em benefício das teses da Operação. |
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