Homem-bomba da Lava Jato que teria ligações com Marcelo Bretas pede ajuda à OAB
O advogado Nythalmar Filho, investigado por supostamente tentar cooptar clientes para defendê-los na Lava Jato do Rio, quer que seu caso continue no STJ
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Investigado por supostamente tentar cooptar clientes para defendê-los na Lava Jato do Rio de Janeiro, o advogado Nythalmar Filho acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que seu caso continue tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo apurações, ele agia argumentando que tinha livre acesso a procuradores e ao juiz Marcelo Bretas, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
O advogado estava sendo investigado no Rio de Janeiro. Porém, Humberto Martins, presidente do STJ, mandou que o inquérito fosse para a Corte, porque o caso envolve procuradores da República, que têm foro privilegiado.
Nythalmar é considerado o homem-bomba da Lava Jato, por conhecer informações de bastidores sobre procedimentos da operação no Rio. Ele, inclusive, já procurou a Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de contar sua história.
Reclamações
O advogado reclamou, na petição encaminhada à OAB, de que as investigações tiveram, até agora, “se restringido tão somente a esse causídico”. Ele afirma que o fato “presume a culpabilidade deste requerente e a inocência das citadas autoridades [procuradores e o juiz Bretas]”, o que “não atende aos anseios sociais de transparência e publicidade”. A restrição “apenas fomenta mais dúvidas acerca da atuação das ditas autoridades”.
Lucas Vasques
Jornalista e redator da Revista Fórum.
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