domingo, 18 de julho de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Qual o objetivo do demente?

Muitos amigos não gostam quando eu me refiro ao ex-capitão como “demente” e alegam que ele tem consciência do mal que está causando. Mas eu insisto em chamá-lo assim não porque pense que ele não tem conhecimento do que está fazendo, mas porque uso o termo em seu sentido completo: “demência não é uma doença específica e sim um grupo de sintomas caracterizado pela disfunção de pelo menos duas funções do cérebro, como a memória e o discernimento”. Entre os sintomas da demência os alfarrábios relacionam as “habilidades sociais limitadas” e “habilidades cognitivas prejudicadas a ponto de interferir no funcionamento diário”.

Particularmente, vejo o ex-capitão exatamente com essas características. Aliás, suas “habilidades sociais” não são limitadas, são inexistentes!

Agora sabemos que o demente e alguns dos seus cupinchas militares parecem estar apostando no caos e na turbulência. Parecem querer legitimar a intervenção e tutela das Forças Armadas para “garantir a ordem” perante a confusão que eles próprios causam deliberadamente.

E esses estranhos senhores, fardados e engalanados, foram expulsos da vida nacional pela história e pelo que causaram, mas agora saem das sobras, como os vampiros saem das sepulturas, para voltar a assombrar a nação com seus projetos. Eles, os fardados e o comandante demente, estão agindo para incendiar o clima político nacional diante do eminente fracasso de seus projetos.

O povo voltou para as ruas e a força do movimento está mostrando o quanto eles são indesejados.

Na manifestação política firmada com o ministro-geral da Defesa, Braga Netto, os comandantes se assumiram como líderes partidários do governo que está causando múltiplas e terríveis catástrofes no Brasil. Em uma democracia com um mínimo de Estado de direito, esses comandantes e o ministro-geral que conspiram contra a democracia já teriam sido destituídos de seus cargos.

Sim ou não? A matéria está no site Sputnik Brasil e diz que a jornalista do Estadão, Eliane Cantanhêde, afirma que dez entre dez oficiais da ativa descartam qualquer possibilidade das Forças Armadas participarem de algum tipo de golpe.

Os militares da ativa rebatem qualquer tipo de participação das Forças Armadas em algum tipo de golpe ou impedimento de realização das eleições. “Isso é coisa do B...., não tem nada a ver conosco”, seria a frase dita pelos militares segundo a coluna do Estadão.

Recentes falas do demente, apoiado pelo general Walter Braga Netto, geraram uma espécie de medo de um possível golpe de Estado. De acordo com Cantanhêde, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Oliveira, estaria em uma “situação delicada”. Mas diz que os generais do Alto Comando não apoiam os recentes ataques à democracia - acusações de fraude nas eleições e ameaça de não realização das mesmas em 2022 caso o voto impresso não seja aprovado - e posturas do presidente contra as vacinas, distanciamento e uso máscaras, por exemplo.

Negacionismo ou apenas “negócios”. Que o governo do demente estava pedindo propina para a compra de vacinas já é fato conhecido e espalhado pela imprensa. Mas parece que há muito mais e que não temos conhecimento completo sobre o restante da “festança” com o dinheiro do povo enquanto milhares morrem diariamente.

A Hidroxicloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e vitamina D, remédios ineficazes no combate à Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas defendidos pelo demente corrupto, estão enriquecendo ainda mais as farmacêuticas. Sete grandes farmacêuticas registraram um lucro bilionário, com a ajuda do ex-capitão, árduo defensor do uso dessas substâncias inúteis para o que ele chama de tratamento precoce para a doença.

Um levantamento do jornal Folha de São Paulo, publicado na terça-feira (13) com base em documentos sigilosos enviados à CPI da Covid, mostra as farmacêuticas EMS, Farmoquímica, Momenta Farmacêutica, Abbott, Sandoz, Cristália e Supera Farma mais do que dobraram seus faturamentos com a venda desses remédios. De janeiro de 2020 (ano em que começou a pandemia) a maio de 2021, o lucro chegou a R$ 482 milhões contra R$ 180 milhões, em 2019.

Segundo o jornal, as farmacêuticas, Apsen, Vitamedic e Brainfarma, não enviaram dados fechados de seu faturamento para a comissão, então o valor total pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão.

Já o desembolso dos brasileiros somente com a cloroquina cresceu 358%, durante a pandemia, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

Entre as empresas que faturaram com o chamado Kit Covid, somente a EMS obteve lucro de R$ 142 milhões com a venda desses medicamentos - um crescimento de 709%, em 2020 em relação a 2019. Tanto a EMS como a Aspen foram favorecidas por Bolsonaro que chegou a pedir num telefonema, em abril do ano passado, ao primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, que ele ajudasse a enviar ao Brasil, a matéria-prima da hidroxicloroquina para o uso no tratamento da Covid.

O empresário e amigo do insano, Carlos Sanchez, dono da EMS e do laboratório Germed, também autorizado a vender a cloroquina no Brasil, tem uma fortuna avaliada, segundo a revista Forbes em US$ 2,5 bilhões e é o 16º homem mais rico do país.

Já o empresário Renato Spallicci, dono do laboratório Aspen, triplicou em abril a produção de Reuquinol, à base da cloroquina. O ex-militar chegou a mostrar em uma live a caixinha do produto da farmacêutica. O empresário costuma compartilhar nas redes as ações do “mito” e aproveitou para divulgar as imagens dele exibindo o seu remédio.

50 milhões de brasileiros passam fome ou não comem o suficiente. O combate à fome sempre foi uma obsessão dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Em seu discurso de posse, em 2003, Lula afirmou: “se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”. Prova disso é o fato de o Programa Bolsa Família e seus desdobramentos haverem tirado, pela primeira vez, o Brasil do Mapa da Fome, em 2014.

No Brasil do demente, no entanto, a realidade é outra: entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar (insegurança alimentar grave) e quase um quarto dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos – não faz as 3 refeições por dia) entre 2018 e 2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas. O número de pessoas em insegurança alimentar grave (7,5 milhões) é quase o dobro do que se verificava entre 2014 e 2016, quando 3,9 milhões de brasileiros passavam por essa situação.

Os dados são do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo”. O relatório que foi elaborado por 5 agências da ONU: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante da inação do governo, a fome e a insegurança alimentar deixam a população brasileira ainda mais vulnerável à Covid-19. Diversas pesquisas publicadas em revistas científicas apontam que a subnutrição afeta diretamente o sistema imunológico – o que não apenas facilita a contaminação pela Covid, como também propicia seu agravamento.

Viva o povo uruguaio! O povo uruguaio organizado, em ato classificado de “heroico”, mais do que alcançou o número de assinaturas necessárias para promover o referendo contra a Lei da Urgência (LUC), e o festejou nas ruas, cantando, entoando slogans, apesar da pandemia.

650.000 assinaturas eram exigidas, 25% dos cadernos eleitorais elegíveis. A meta fixada pela Comissão Nacional Pró-Referendo era de 700 mil e na quinta-feira, dia 8, ao meio-dia, foi comunicada na sede unitária dos trabalhadores do PIT-CNT a cifra de 763.443 assinaturas obtidas em um país de pouco mais de três milhões de habitantes.

Nas eleições de 2010, o presidente de direita Luis Lacalle Pou obteve menos votos do que você assina no referendo. O próximo passo será a consulta em dezembro deste ano.

A LUC é o carro-chefe do governo de direita liderado por Luis Lacalle Pou. Toda a lei abrange cerca de 476 artigos. As organizações sociais, estudantis e sindicais e a Frente Ampla embarcaram na revogação de 135 artigos dela, por considerá-los os mais regressivos.

Na noite de 7 de julho, quando houve o boato de que o número necessário de assinaturas havia sido alcançado, o ministro do Trabalho, Pablo Mieres, anunciou um aumento salarial de 2,5% como corretivo para 1º de julho e outro aumento de 3,5% para 1º de julho. Janeiro de 2022.

Publicação que só se entende pela vitória das assinaturas, pois 48 horas antes de toda a mídia oficial ter publicado, (vejam as acrobacias semânticas) um aumento negativo de 1,5%, ou seja, prejuízo. Some-se a isso que a inflação está acima da meta estabelecida pelo próprio governo e que o desemprego atingiu dois dígitos.

Cadeia para Macri! Governo da Argentina acusa o ex-presidente Mauricio Macri, que comandou o país entre 2015 e 2019, de contrabando agravado de armas para fornecimento de material bélico à Bolívia no golpe de Estado em novembro de 2019.

O procurador federal argentino, Claudio Navas Rial, solicitou nesta sexta-feira (16) a abertura de uma investigação criminal em decorrência da denúncia do governo que acusa o ex-presidente Mauricio Macri de contrabando agravado de armas, entre outros crimes, para fornecimento de material de guerra à Bolívia durante o golpe em novembro de 2019.

Junto de Macri, a ministra da Segurança do governo anterior, Patricia Bullrich, e seu homólogo da Defesa, Oscar Aguad, também foram acusados. A investigação judicial também aponta contra o ex-embaixador argentino na Bolívia, Normando Álvarez García, o ex-diretor da Gendarmaria (força militar civil), Gerardo José Otero, o ex-diretor de Logística da força, Rubén Carlos Yavorski e o ex-diretor de Operações também da Gendarmaria, Carlos Miguel Recalde.

Os funcionários do atual governo solicitam que sejam investigados os crimes de “contrabando agravado pelo número de pessoas envolvidas, pela qualidade dos funcionários públicos, pela participação de um funcionário da alfândega e pelo trato com armas e munições de guerra”.

O presidente argentino, Alberto Fernández, pediu desculpas ao governo boliviano depois de verificar o despacho do governo anterior às forças que obrigaram a renúncia de Morales em 10 de novembro de 2019, um dia antes de o ex-presidente ser exilado e recebido como refugiado no México e depois na Argentina.

Finalmente! Aconteceu o tão esperado pronunciamento oficial da vitória de Pedro Castillo, no Peru. A posse do eleito foi marcada para o próximo dia 28 de julho!

A direitista filha do ditador Fujimori, por sua vez, está sendo investigada por fraude e crime eleitoral. Keiko deverá responder ao Ministério Público, que iniciou uma ação contra a ex-candidata por suposta perturbação ou impedimento do processo eleitoral ao apresentar 760 pedidos de anulação das urnas.

A candidata do Força Popular é acusada de “atentados contra o direito de voto, contra a função jurisdicional por declaração falsa em processo administrativo e na forma de fraude processual, e crime contra a fé pública na forma de falsidade genérica”, com base em uma denúncia interposta pelo advogado José Luis Saavedra Barrantes e Pavel Gabriel Tapia Romero, este último membro do partido Peru Livre.

Especialistas que forneceram pareceres aos recursos interpelados pela Força Popular na tentativa de adiar e reverter os resultados eleitorais também estão sendo investigados.

A filha do ex-ditador também está sendo investigada por financiamento irregular em suas campanhas presidenciais em 2011 e 2016.

Enquanto isso, Castillo avança com a formação do seu primeiro gabinete ministerial a portas fechadas no distrito de Breña, em Lima. Alguns nomes já estão sendo cotados, mas que só devem ser confirmados com o anúncio oficial do resultado.

Cinco mercenários ainda fugitivos. As autoridades haitianas continuam a busca de cinco fugitivos, acusados ​​de fazer parte do comando que matou o presidente Jovenel Moïse em sua residência.

As autoridades não descartam que os suspeitos possam cruzar a fronteira com a vizinha República Dominicana, embora na véspera o presidente desse país Luis Abinader negue ter informações sobre supostos mercenários em seu território.

Até o momento, a polícia prendeu 21 supostamente implicados, incluindo um médico haitiano, Enmanuel Sanon, que poderia ser um dos autores intelectuais, denunciou o diretor do órgão, León Charles.

Charles garantiu que quando os acessos de saída para os membros do grupo armado foram bloqueados, eles se comunicaram com o médico.

Dois eram informantes dos EUA. Nenhuma novidade! Na semana passada, a polícia haitiana prendeu dois cidadãos norte-americanos por suspeitas de seu envolvimento no assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, na quarta-feira (07) passada.

As autoridades acreditam que Joseph Vincent e James Solages estivessem trabalhando enquanto informantes para agências estadunidenses, tais como a Agência Antidrogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês), contaram fontes à CNN na segunda-feira (12).

Contudo, quando questionada relativamente ao fato de alguns dos assassinos terem gritado "DEA" no decorrer do ataque, a agência estadunidense afirmou que nenhum deles agiu em seu nome.

Até agora, a polícia do Haiti identificou 28 pessoas estrangeiras relacionadas com o assassinato do presidente, das quais 20 já foram presas – 18 colombianos e dois norte-americanos.

Planejamento longo! Pouco menos de uma semana após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, novas evidências revelaram que o planejamento do ataque estava em formação desde o final de janeiro de 2021.

Em dois áudios que vazaram, datados de 26 de janeiro de 2021, você pode ouvir como foi o recrutamento de alguns dos militares colombianos detidos pela Polícia Haitiana após o assassinato.

Entre os mercenários colombianos está Neil Cáceres Durán, recrutado como segurança. Em seu país, ele trabalhou como jardineiro residencial.

Em um dos áudios comenta-se que para candidatar-se ao posto de segurança era necessário ter pelo menos um curso de fundamentos de vigilância.

Outro áudio revela que, de acordo com a patente militar dos candidatos, seria a cor da pasta que conteria o perfil profissional de quem se candidataria às ofertas de emprego.

Treinamento nos EUA. Um grupo de colombianos acusado de participar do assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, que aconteceu em 7 de julho, recebeu treinamento militar nos EUA, disse o Pentágono.

“Uma análise de nossos bancos de dados de treinamento indica que um pequeno número de colombianos detidos nesta investigação havia participado de programas anteriores de treinamento e educação militar dos EUA, enquanto serviam como membros ativos das Forças Militares colombianas”, declarou o porta-voz do Pentágono, Ken Hoffman, à emissora Al Jazeera nesta quinta-feira (15/07).

Hoffman afirmou que o país rotineiramente treina militares da região, mas se defendeu dizendo que o treinamento “promove respeito pelos direitos humanos, cumprimento do Estado de Direito e subordinação militar a lideranças civis democraticamente eleitas”. O porta-voz não especificou quantos homens teriam recebido esse tipo de treinamento.

Mais um golpe contra Cuba! Depois de manter um bloqueio econômico contra Cuba, desde março de 1958, e ser, mais uma vez derrotado na Assembleia Geral das Nações Unidas que exige o fim do embargo, o governo estadunidense partiu para novo ataque frontal à Ilha!

No domingo, dia 11, entre 200 e 400 pessoas, segundo os próprios manifestantes, ocuparam o centro de San Antonio de los Baños, a partir de uma concentração na praça da Matriz, “com apoio importante de grupos opositores ao governo cubano”.

Os manifestantes não tinham pauta definida de reivindicações, mas gritavam diversos slogans de contrariedade com as dificuldades econômicas e sociais e tinham um propósito bem traçado: desestabilizar o governo e provocar uma intervenção estadunidense!

As imagens do pequeno grupo rapidamente se espalharam pelas redes sociais, estimulando outros grupos a atuarem do mesmo modo. Organizações da oposição cubana, sediadas em Miami, afirmam que as mobilizações alcançaram mais de 15 cidades. Os registros do governo cubano apontam para 8 municípios, incluindo Havana.

Mas agora sabemos, com provas e testes de autenticidade, que muitas das imagens mostradas pela “grande imprensa internacional” eram forjadas, montadas com fotoshop ou reproduziam antigas manifestações.

Sem perder tempo, o presidente Miguel Díaz-Canel, rapidamente se moveu para o olho do furacão, visitando San Antonio de los Baños e dialogando com os manifestantes.

Ação de mercenários. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que os EUA fomentaram agitação antes dos protestos na Ilha, que ocorreram neste fim de semana, com estratégia midiática disfarçada de campanha de mídia social pedindo ajuda humanitária.

O ministro também declarou que se o governo Biden quer ajudar Havana, deve levantar as sanções impostas pelos EUA, e que por conta das sanções, Washington “não tem direito de se pronunciar sobre as manifestações no país”. Mas o governo estadunidense, como seria de se esperar, negou envolvimento nos protestos e respondeu afirmando que as manifestações "são espontâneas e estimuladas pela dura realidade cubana”.

EUA partem para o “golpe final”? Washington acredita que chegou a hora de intensificar seus ataques a qualquer governo que não se submeta ao seu comando na América Latina.

Nos últimos dias, vimos o suspeito assassinato do presidente do Haiti, com um modus operandi que leva a marca da CIA. Também o brutal ataque de paramilitares e narcotraficantes colombianos, munidos de armas de guerra, à Cota 905, nos arredores de Caracas, e atirando à queima-roupa contra moradores surpreendidos pela inusitada e inesperada agressão. A ofensiva contra a Nicarágua ganhava ímpeto à medida que as pesquisas de opinião antecipavam uma retumbante vitória do sandinismo nas próximas eleições presidenciais.

E agora Cuba, submetida há sessenta anos a uma campanha de agressões de todos os tipos que, obviamente, não poderia deixar de ter profundos impactos na vida econômica.

O que Washington tem feito se chama genocídio porque o bloqueio, condenado quase que unanimemente pela comunidade internacional, causa enorme sofrimento à população. Essas políticas matam, adoecem, causam fome e privações indescritíveis. São, em suma, um crime contra a humanidade. Os EUA vêm preparando o terreno para o atual assalto nos últimos anos, com um bombardeio sistemático e multimilionário, comprando vontades débeis ou ambiciosas, apelando para as redes sociais e seus ritmos fatídicos, as “notícias falsas” e o coro formado por seu peão de políticos baratos e pérfidos agentes de propaganda disfarçados de “jornalistas sérios e independentes”. Com um mal incomensurável Washington intensificou as medidas de bloqueio quando estourou a pandemia, gesto que basta para expor a infâmia moral do império, sua verdadeira natureza.

Gusanos em ação! Em Cuba, os contrarrevolucionários são chamados de vermes (gusanos). Essa qualificação depreciativa que, para a fina pureza democrática dos ouvidos burgueses, é cruelmente degradante, no entanto, tem uma certa base científica. É sabido de todos que os vermes rastejam e isso, precisamente, é o que fazem a maioria dos chamados dissidentes.

É evidente que os instigadores dos últimos protestos que estão ocorrendo em Cuba não estão defendendo os direitos humanos. Se esse fosse seu objetivo, como disse o presidente do México, López Obrador, e como todos os anos atrás, por esmagadora maioria, a Assembleia da Organização das Nações Unidas, exigiriam que os EUA acabassem com o bloqueio a Cuba, o mais longo da História deste Planeta.

Cuba enfrentou esta emergência global, a pandemia, com recursos escassos e sob forte bloqueio. Perdeu sua principal fonte de financiamento: o turismo. Compare os efeitos que teve na Espanha, um país desenvolvido que teve o apoio da Europa. Mas, também, pense no que significou para aquele pequeno país ter que alocar todos os seus recursos para criar suas próprias vacinas, cinco em tempo recorde., porque o Governo cubano tinha plena consciência de que, se não o fizesse, ninguém os venderia. Voltemos à comparação: a Espanha ainda não tem vacina própria.

Tudo isso sem abandonar sua solidariedade internacional com o envio de brigadas médicas a mais de 70 países para combater a pandemia.

Imagens falsas. Vídeos da celebração em Buenos Aires da recente vitória da Argentina na Copa América, uma foto dos protestos no Egito contra Hosni Mubarak, em 2011, e até uma manifestação em Miami estão circulando esta semana nas redes sociais para propagar farsas sobre a situação de Cuba.

A difusão de informações falsas aumento desde o último domingo (11/07), quando se registraram protestos na ilha contra o desabastecimento e a gestão da covid-19, que deixou, de domingo para esta quarta-feira (14/07), o saldo de uma morte. Nesse contexto, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, acusou os Estados Unidos de aplicarem “uma política de asfixia econômica”, com o objetivo de provocar “desestabilizações sociais no país”.

A lista de notícias falsas também aumentou com a informação de que o ex-presidente cubano Raúl Castro havia fugido para a Venezuela em um avião privado e secreto, com tweets que vinham acompanhados da imagem do líder político em uma cúpula realizada em 2017.

A resposta do povo cubano. A maior, melhor e mais firme resposta do povo cubano foi dada na manhã deste sábado (17). Cerca de 100 mil pessoas, participam, desde as primeiras hora, de uma manifestação no Malecón de Havana em defesa da Revolução Cubana. Entre os presentes, estão o presidente Miguel Díaz-Canel e o ex-mandatário Raúl Castro.

Os primeiros participantes começaram a chegar à região por volta das 5h30 locais (6h30 em Brasília), e o ato começou às 7h (8h em Brasília). Segundo o Cubadebate, atos similares acontecem em diversas outras cidades do país.

Díaz-Canel discursou no início do evento e afirmou que a reunião não acontecia ali “por capricho”. Ele pediu o fim do que chamou de “mentiras, infâmias e ódio”.

“Cuba é profundamente alérgica ao ódio, e nunca será terra de ódio. Não se constrói nada bom a partir do ódio. Experimentamos [o ódio] nestes dias nas redes sociais, que acompanharam esta campanha [de desestabilização] permanente”, disse.

O presidente cubano voltou a acusar grupos dos EUA de envolvimento, nesta semana, nos episódios que considera serem de desestabilização.

Gerardo Hernández, que fazia parte do grupo que ficou conhecido como Cinco Cubanos (agentes da inteligência da ilha que foram presos nos EUA no final dos anos 90 sob a acusação de conspiração para homicídio, mas que, segundo Havana, estavam em Miami para investigar organizações terroristas), também discursou no evento e falou em “orgulho nacional”.

Rússia critica ação dos EUA. O governo russo exigiu o fim da interferência dos EUA nos assuntos internos de Cuba após os distúrbios ocorridos em Havana e em outros locais da ilha.

“Só uma coisa é exigida dos Estados Unidos e seus acólitos para não se intrometerem nos assuntos de países soberanos”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, em entrevista à imprensa. Zajárova também alertou sobre as tentativas de Washington de desencadear uma “revolução colorida” em Cuba.

O funcionário pediu que Washington seja objetivo e ponha de lado sua hipocrisia e seus padrões duplos na política. “Deixe os próprios cubanos, o governo e a população decidirem seu futuro”, enfatizou.

A porta-voz destacou que “se os estadunidenses estão realmente preocupados com a situação humanitária em Cuba e querem ajudar os cidadãos comuns, devem levantar o bloqueio, condenado por todo o mundo”.

Zajárova também alertou sobre as tentativas de Washington de desencadear uma “revolução colorida” em Cuba. E repreendeu Washington por seus padrões duplos e lembrou que as autoridades dos EUA desencadearam uma caça aos manifestantes que participaram dos protestos de 6 de janeiro no Capitólio, acusando-os de terrorismo por terem ideias políticas diferentes.

O que ocorre na África do Sul? Esta foi uma semana de muitas preocupações e notícias divulgadas de forma banal ou propositalmente deturpada pela nossa imprensa. Os acontecimentos em Cuba, o assassinato do presidente do Haiti e os levantes na África do Sul foram algumas dessas matérias, tratadas de forma errada pelos jornalistas amestrados.

Alguns jornais preferiram dar destaque ao fato de que 45 pessoas teriam morrido durante as revoltas populares ocorridas no país, mas poucos “lembraram” de falar na situação de extrema pobreza em que vive o país e a desigualdade social que vem se instalando em função das políticas neoliberais.

A situação no país é complicada e merece realmente nossa atenção, uma vez que pode atingir o já tão atacado BRICS. Mas, vejamos os dados que temos: 1) o atual presidente, Jacob Zuma, havia se recusado a prestar depoimento em um inquérito sobre corrupção no governo (não sei ainda de onde surgiu a denúncia); 2) a Justiça decretou sua prisão e ele se entregou à polícia; 3) começaram os protestos populares, com muitos saques; 4) o movimento havia iniciado na capital, mas logo se espalhou pelo país; 5) o país está mergulhado em uma crise de pobreza e desigualdade social parecida com a nossa sob o governo do insano.

Na terça-feira (13), manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança e saquearam lojas em KwaZulu-Natal e em Gauteng, província de Joanesburgo, e dezenas de pessoas levaram alimentos, eletrodomésticos, bebidas e roupas de centros comerciais em meio aos ‘tumultos caóticos’, segundo afirmou o premiê de ZwaZulu-Natal, Sihle Zikalala, em entrevista coletiva à imprensa.

A insatisfação popular, desencadeada pela prisão de Zuma, evoluiu para uma onda de violência com a persistente pobreza e desigualdade no país, 27 anos após o fim do apartheid.

O presidente Ramaphosa anunciou na noite desta segunda-feira (12/07) que estava enviando tropas para ajudar a polícia a conter os distúrbios e “restaurar a ordem”. No Twitter, ele disse que “este momento trouxe à tona o que já sabíamos: que o nível de desemprego, pobreza e desigualdade em nossa sociedade é insustentável”.

Em Gauteng, ao menos 10 pessoas foram encontradas mortas depois de uma onda de saques em um shopping center de Soweto, segundo o primeiro-ministro David Makhura.

De acordo com informações da emissora Al Jazeera, autoridades de segurança disseram que o governo está trabalhando para garantir que a violência e os saques não se espalhem, mas não chegaram a declarar o estado de emergência.

Só para provocar! Mesmo sofrendo sucessivas derrotas, o governo de Washington não toma “vergonha na cara” e continua provocando o planeta.

Militares chineses afirmaram que o navio de guerra dos EUA entrou ilegalmente nas águas próximas das ilhas Paracel: “Instamos os EUA a pararem com as ações provocativas imediatamente”, comunicou o Comando do Teatro Sul do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.

No início de julho, o Ministro das Relações Exteriores da China exigiu que EUA e o Japão parassem de promover a chamada teoria da "ameaça chinesa" e, ao invés disso, trabalhassem para a paz e estabilidade na região.

Pequim disputa há décadas com outros países da Ásia-Pacífico o território de diversas ilhas no mar do Sul da China, que possuem significantes reservas de hidrocarbonetos, incluindo as ilhas Paracel e Spratly.

O mar do Sul da China e o mar da China Oriental, situados na região Ásia-Pacífico, são focos de tensão entre a China e seus vizinhos, incluindo o Japão, o Vietnã e as Filipinas.

Bandido e terrorista! O prefeito de Miami, Francis Suárez, pediu durante uma entrevista na quinta-feira (15) que os EUA considerem realizar ataques aéreos contra Cuba.

Para a emissora estadunidense Fox News, Suárez declarou ser necessário uma “coalizão de possíveis ações militares” contra a ilha, afirmando que seriam “similares” aos episódios de intervenções “durante governos republicanos e democratas”.

Questionado se estaria sugerindo realmente os ataques, o prefeito disse que sua sugestão tinha que ser uma “opção a ser explorada” e que não poderia ser “simplesmente descartada”.

Suárez afirmou que a intervenção seria semelhante à outras ações estadunidenses, como, por exemplo, no Panamá e na Iugoslávia sob o comando de presidentes de ambos os partidos.

De acordo com o jornal Cubadebate, após a entrevista à Fox News, Suárez declarou ao Miami Herald que estaria aguardando uma ligação do presidente Joe Biden e que iria planejar pedir-lhe que considere a intervenção.

Inflação nos EUA! O dólar se fortaleceu na terça-feira (13), após um relatório sobre avanço da inflação mais forte do que o esperado. O índice do dólar, que mede a moeda estadunidense contra seis principais pares, aumentou 0,54%, para 92,7538, segundo a agência de notícias Xinhua. No final das negociações de Nova York, o euro caiu para US$ 1,1782, e a libra esterlina caiu para US$ 1,3820.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 0,9% em junho, acima do 0,5% previsto pelos economistas. Foi o maior aumento desde 2008. A inflação anualizada ficou em 5,4%.

A cotação do ouro também subiu. Os contratos futuros na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York para entrega em agosto subiram 0,22%, para fechar em US$ 1.809,90 a onça.

Déficit no orçamento. O déficit orçamentário dos EUA disparou para US$ 2,24 trilhões durante os primeiros nove meses do ano fiscal de 2021, que termina em 30 de setembro, informou o Departamento do Tesouro dos EUA nesta terça-feira.

A receita federal para o período de nove meses encerrado em junho aumentou para US$ 3,05 trilhões, enquanto os gastos totais subiram para US$ 5,29 trilhões, impulsionados por pagamentos de benefícios de desemprego e programas de alívio da pandemia, de acordo com o Departamento.

No início deste mês, o Escritório de Orçamento do Congresso estimou que o déficit orçamentário dos EUA para o ano fiscal de 2021 atingiria US$ 3 trilhões, perto dos US$ 3,13 trilhões registrados no ano fiscal de 2020, que foi o maior em relação ao tamanho da economia desde a Guerra Mundial II.

“Quanto ao pacote de reconciliação maior, o gasto de US$ 3 trilhões, US$ 4 trilhões ou mesmo US$ 6 trilhões – sem ter visto aumentos de receita credíveis ou cortes de gastos suficientes para pagar por isso – é profundamente preocupante”, disse Maya MacGuineas, presidente da Comitê para um Orçamento Federal Responsável, em um comunicado recente.

“Com a dívida a caminho de atingir um novo recorde, e a economia mostrando sinais de recuperação, quaisquer investimentos em grande escala não devem aumentar a dívida e as instruções de reconciliação devem somar zero”, disse MacGuineas, acrescentando que os legisladores devem colocar o país em um bom caminho fiscal antes de debater como passar trilhões de dólares em novas políticas.

EUA têm cerca de 9,5 milhões de desempregados. O número de estadunidenses que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, à medida que o mercado de trabalho ganha força, mas a escassez de mão de obra está frustrando os esforços das empresas para aumentar as contratações a fim de atender a forte demanda por bens e serviços.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 26 mil, para um número com ajuste sazonal de 360 mil na semana encerrada em 10 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 360 mil novos pedidos para a última semana.

As solicitações têm mostrado dificuldade para melhorar desde que caíram para menos de 400 mil no final de maio, mesmo com pelo menos 20 estados norte-americanos administrados por governadores republicanos se retirando dos programas de auxílio-desemprego financiados pelo governo dos EUA.

O último relatório do Livro Bege, do Fed, uma compilação de relatos de empresas por todo o país, mostrou que a demanda por mão de obra é generalizada, mas “mais forte para cargos de baixa qualificação”, observando que “empresas em vários distritos esperam que a dificuldade em encontrar trabalhadores se estenda até o início do outono (do Hemisfério Norte).”

Os pedidos de auxílio caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil, que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.

Só resta “jogar a toalha”? Washington está procurando por todos os meios enfraquecer a República Popular da China, que, com um crescimento constante e imparável, ameaça se tornar a principal economia do mundo em alguns anos.

Nos últimos tempos, a hegemonia imperial estadunidense perdeu grandes espaços, não só na esfera econômica, mas também na militar, e não pode mais impor seus desígnios a vários países do mundo.

No caso da China, o governo anterior de Donald Trump aplicou inúmeras extorsões para tentar impedir o avanço do gigante asiático e o atual governo de Joe Biden deu continuidade e ampliou aquela política à qual conseguiu agregar países da União Europeia.

Na recente reunião do Grupo dos Sete (G-7) realizada em Carbis Bay, Reino Unido, os EUA fizeram lobby por críticas a supostas práticas anticompetitivas em Pequim e supostas violações dos direitos humanos naquele país. Os líderes do grupo defenderam “neutralizar e competir” com o gigante asiático em desafios que vão desde “salvaguardar a democracia” até a corrida tecnológica.

Biden dedicou um amplo esforço diplomático para construir uma oposição mais forte contra a China, que ele vê como um competidor pela hegemonia mundial.

A China respondeu imediatamente que os dias em que as decisões globais eram ditadas por um pequeno grupo de países já se foram e exortou Washington e outros membros do grupo a respeitar os fatos, parar de caluniar Pequim e não intervir em seus assuntos internos. desenvolvimento da cooperação internacional, não para a criação artificial de confrontos.

Para o próximo dia 2 de agosto, está prevista a entrada em vigor de um novo decreto-executivo assinado por Biden, ampliando um anterior da Trump, que afetará 59 empresas do país asiático, incluindo a gigante Huawei e as três maiores empresas de telecomunicações do país.

Para impulsionar a produção e desenvolver o país para não ficar atrás da China, Biden havia proposto um megaprojeto de infraestrutura de 2,3 bilhões de dólares, mas no dia 24 de junho sabia-se que apenas 1,2 bilhão será alocado em um período de oito anos.

A maior parte dos recursos será destinada à criação de novas infraestruturas, incluindo os 580 bilhões de dólares para investimentos em redes de energia elétrica, internet banda larga, transporte de passageiros e carga.

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