Qual o objetivo do demente?
Muitos amigos não gostam quando eu me refiro ao
ex-capitão como “demente” e alegam que ele tem consciência do mal que está
causando. Mas eu insisto em chamá-lo assim não porque pense que ele não tem
conhecimento do que está fazendo, mas porque uso o termo em seu sentido
completo: “demência não é uma doença específica e sim um grupo de sintomas
caracterizado pela disfunção de pelo menos duas funções do cérebro, como a
memória e o discernimento”. Entre os sintomas da demência os alfarrábios
relacionam as “habilidades sociais limitadas” e “habilidades cognitivas
prejudicadas a ponto de interferir no funcionamento diário”.
Particularmente, vejo o ex-capitão exatamente com essas
características. Aliás, suas “habilidades sociais” não são limitadas, são
inexistentes!
Agora sabemos que o demente e alguns dos seus cupinchas
militares parecem estar apostando no caos e na turbulência. Parecem querer
legitimar a intervenção e tutela das Forças Armadas para “garantir a ordem”
perante a confusão que eles próprios causam deliberadamente.
E esses estranhos senhores, fardados e engalanados,
foram expulsos da vida nacional pela história e pelo que causaram, mas agora
saem das sobras, como os vampiros saem das sepulturas, para voltar a assombrar a
nação com seus projetos. Eles, os fardados e o comandante demente, estão agindo
para incendiar o clima político nacional diante do eminente fracasso de seus
projetos.
O povo voltou para as ruas e a força do movimento está
mostrando o quanto eles são indesejados.
Na manifestação política firmada com o ministro-geral
da Defesa, Braga Netto, os comandantes se assumiram como líderes partidários do
governo que está causando múltiplas e terríveis catástrofes no Brasil. Em uma
democracia com um mínimo de Estado de direito, esses comandantes e o
ministro-geral que conspiram contra a democracia já teriam sido destituídos de
seus cargos.
Sim ou não? A matéria está no site
Sputnik Brasil e diz que a jornalista do Estadão, Eliane Cantanhêde, afirma que
dez entre dez oficiais da ativa descartam qualquer possibilidade das Forças
Armadas participarem de algum tipo de golpe.
Os militares da ativa rebatem qualquer tipo de
participação das Forças Armadas em algum tipo de golpe ou impedimento de
realização das eleições. “Isso é coisa do B...., não tem nada a ver conosco”,
seria a frase dita pelos militares segundo a coluna do Estadão.
Recentes falas do demente, apoiado pelo general Walter
Braga Netto, geraram uma espécie de medo de um possível golpe de Estado. De
acordo com Cantanhêde, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Oliveira,
estaria em uma “situação delicada”. Mas diz que os generais do Alto Comando não
apoiam os recentes ataques à democracia - acusações de fraude nas eleições e
ameaça de não realização das mesmas em 2022 caso o voto impresso não seja
aprovado - e posturas do presidente contra as vacinas, distanciamento e uso
máscaras, por exemplo.
Negacionismo ou apenas “negócios”. Que o
governo do demente estava pedindo propina para a compra de vacinas já é fato
conhecido e espalhado pela imprensa. Mas parece que há muito mais e que não
temos conhecimento completo sobre o restante da “festança” com o dinheiro do
povo enquanto milhares morrem diariamente.
A Hidroxicloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina
e vitamina D, remédios ineficazes no combate à Covid-19, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), mas defendidos pelo demente corrupto, estão
enriquecendo ainda mais as farmacêuticas. Sete grandes farmacêuticas
registraram um lucro bilionário, com a ajuda do ex-capitão, árduo defensor do
uso dessas substâncias inúteis para o que ele chama de tratamento precoce para
a doença.
Um levantamento do jornal Folha de São Paulo, publicado
na terça-feira (13) com base em documentos sigilosos enviados à CPI da Covid,
mostra as farmacêuticas EMS, Farmoquímica, Momenta Farmacêutica, Abbott,
Sandoz, Cristália e Supera Farma mais do que dobraram seus faturamentos com a
venda desses remédios. De janeiro de 2020 (ano em que começou a pandemia) a
maio de 2021, o lucro chegou a R$ 482 milhões contra R$ 180 milhões, em 2019.
Segundo o jornal, as farmacêuticas, Apsen, Vitamedic e
Brainfarma, não enviaram dados fechados de seu faturamento para a comissão,
então o valor total pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão.
Já o desembolso dos brasileiros somente com a
cloroquina cresceu 358%, durante a pandemia, de acordo com o Sindicato da
Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).
Entre as empresas que faturaram com o chamado Kit
Covid, somente a EMS obteve lucro de R$ 142 milhões com a venda desses
medicamentos - um crescimento de 709%, em 2020 em relação a 2019. Tanto a EMS
como a Aspen foram favorecidas por Bolsonaro que chegou a pedir num telefonema,
em abril do ano passado, ao primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, que ele
ajudasse a enviar ao Brasil, a matéria-prima da hidroxicloroquina para o uso no
tratamento da Covid.
O empresário e amigo do insano, Carlos Sanchez, dono da
EMS e do laboratório Germed, também autorizado a vender a cloroquina no Brasil,
tem uma fortuna avaliada, segundo a revista Forbes em US$ 2,5 bilhões e é o 16º
homem mais rico do país.
Já o empresário Renato Spallicci, dono do laboratório Aspen,
triplicou em abril a produção de Reuquinol, à base da cloroquina. O ex-militar chegou
a mostrar em uma live a caixinha do produto da farmacêutica. O empresário costuma
compartilhar nas redes as ações do “mito” e aproveitou para divulgar as imagens
dele exibindo o seu remédio.
50 milhões de brasileiros passam fome ou não
comem o suficiente. O combate à fome sempre
foi uma obsessão dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do
PT. Em seu discurso de posse, em 2003, Lula afirmou: “se, ao final do meu
mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã,
almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”. Prova disso é o fato
de o Programa Bolsa Família e seus desdobramentos haverem tirado, pela primeira
vez, o Brasil do Mapa da Fome, em 2014.
No Brasil do demente, no entanto, a realidade é outra:
entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro
sem se alimentar (insegurança alimentar grave) e quase um quarto dos brasileiros
(23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no
acesso a alimentos – não faz as 3 refeições por dia) entre 2018 e 2020, o que
significa ao todo 49,6 milhões de pessoas. O número de pessoas em insegurança
alimentar grave (7,5 milhões) é quase o dobro do que se verificava entre 2014 e
2016, quando 3,9 milhões de brasileiros passavam por essa situação.
Os dados são do relatório “O Estado da Segurança
Alimentar e Nutricional no Mundo”. O relatório que foi elaborado por 5 agências
da ONU: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO),
pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), pelo Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo Programa Mundial de Alimentos das
Nações Unidas (PMA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante da inação do governo, a fome e a insegurança
alimentar deixam a população brasileira ainda mais vulnerável à Covid-19.
Diversas pesquisas publicadas em revistas científicas apontam que a subnutrição
afeta diretamente o sistema imunológico – o que não apenas facilita a
contaminação pela Covid, como também propicia seu agravamento.
Viva o povo uruguaio! O povo uruguaio organizado, em ato classificado de “heroico”,
mais do que alcançou o número de assinaturas necessárias para promover o
referendo contra a Lei da Urgência (LUC), e o festejou nas ruas, cantando,
entoando slogans, apesar da pandemia.
650.000 assinaturas eram exigidas, 25% dos cadernos
eleitorais elegíveis. A meta fixada pela Comissão Nacional Pró-Referendo era de
700 mil e na quinta-feira, dia 8, ao meio-dia, foi comunicada na sede unitária
dos trabalhadores do PIT-CNT a cifra de 763.443 assinaturas obtidas em um país
de pouco mais de três milhões de habitantes.
Nas eleições de 2010, o presidente de direita Luis
Lacalle Pou obteve menos votos do que você assina no referendo. O próximo passo
será a consulta em dezembro deste ano.
A LUC é o carro-chefe do governo de direita liderado
por Luis Lacalle Pou. Toda a lei abrange cerca de 476 artigos. As organizações
sociais, estudantis e sindicais e a Frente Ampla embarcaram na revogação de 135
artigos dela, por considerá-los os mais regressivos.
Na noite de 7 de julho, quando houve o boato de que o
número necessário de assinaturas havia sido alcançado, o ministro do Trabalho,
Pablo Mieres, anunciou um aumento salarial de 2,5% como corretivo para 1º de
julho e outro aumento de 3,5% para 1º de julho. Janeiro de 2022.
Publicação que só se entende pela vitória das assinaturas,
pois 48 horas antes de toda a mídia oficial ter publicado, (vejam as acrobacias
semânticas) um aumento negativo de 1,5%, ou seja, prejuízo. Some-se a isso que
a inflação está acima da meta estabelecida pelo próprio governo e que o
desemprego atingiu dois dígitos.
Cadeia para Macri! Governo
da Argentina acusa o ex-presidente Mauricio Macri, que comandou o país entre
2015 e 2019, de contrabando agravado de armas para fornecimento de material
bélico à Bolívia no golpe de Estado em novembro de 2019.
O procurador federal argentino, Claudio Navas Rial,
solicitou nesta sexta-feira (16) a abertura de uma investigação criminal em
decorrência da denúncia do governo que acusa o ex-presidente Mauricio Macri de
contrabando agravado de armas, entre outros crimes, para fornecimento de
material de guerra à Bolívia durante o golpe em novembro de 2019.
Junto de Macri, a ministra da Segurança do governo anterior,
Patricia Bullrich, e seu homólogo da Defesa, Oscar Aguad, também foram
acusados. A investigação judicial também aponta contra o ex-embaixador argentino
na Bolívia, Normando Álvarez García, o ex-diretor da Gendarmaria (força militar
civil), Gerardo José Otero, o ex-diretor de Logística da força, Rubén Carlos
Yavorski e o ex-diretor de Operações também da Gendarmaria, Carlos Miguel
Recalde.
Os funcionários do atual governo solicitam que sejam
investigados os crimes de “contrabando agravado pelo número de pessoas
envolvidas, pela qualidade dos funcionários públicos, pela participação de um
funcionário da alfândega e pelo trato com armas e munições de guerra”.
O presidente argentino, Alberto Fernández, pediu
desculpas ao governo boliviano depois de verificar o despacho do governo
anterior às forças que obrigaram a renúncia de Morales em 10 de novembro de
2019, um dia antes de o ex-presidente ser exilado e recebido como refugiado no
México e depois na Argentina.
Finalmente! Aconteceu o tão esperado pronunciamento oficial da vitória de Pedro
Castillo, no Peru. A posse do eleito foi marcada para o próximo dia 28 de
julho!
A direitista filha do ditador Fujimori, por sua vez,
está sendo investigada por fraude e crime eleitoral. Keiko deverá responder ao
Ministério Público, que iniciou uma ação contra a ex-candidata por suposta
perturbação ou impedimento do processo eleitoral ao apresentar 760 pedidos de
anulação das urnas.
A candidata do Força Popular é acusada de “atentados
contra o direito de voto, contra a função jurisdicional por declaração falsa em
processo administrativo e na forma de fraude processual, e crime contra a fé pública
na forma de falsidade genérica”, com base em uma denúncia interposta pelo
advogado José Luis Saavedra Barrantes e Pavel Gabriel Tapia Romero, este último
membro do partido Peru Livre.
Especialistas que forneceram pareceres aos recursos
interpelados pela Força Popular na tentativa de adiar e reverter os resultados
eleitorais também estão sendo investigados.
A filha do ex-ditador também está sendo investigada por
financiamento irregular em suas campanhas presidenciais em 2011 e 2016.
Enquanto isso, Castillo avança com a formação do seu
primeiro gabinete ministerial a portas fechadas no distrito de Breña, em Lima.
Alguns nomes já estão sendo cotados, mas que só devem ser confirmados com o
anúncio oficial do resultado.
Cinco mercenários ainda fugitivos. As autoridades haitianas continuam a busca de cinco
fugitivos, acusados de fazer parte do comando que matou o presidente
Jovenel Moïse em sua residência.
As autoridades não descartam que os suspeitos possam
cruzar a fronteira com a vizinha República Dominicana, embora na véspera o
presidente desse país Luis Abinader negue ter informações sobre supostos mercenários
em seu território.
Até o momento, a polícia prendeu 21 supostamente
implicados, incluindo um médico haitiano, Enmanuel Sanon, que poderia ser um
dos autores intelectuais, denunciou o diretor do órgão, León Charles.
Charles garantiu que quando os acessos de saída para os
membros do grupo armado foram bloqueados, eles se comunicaram com o médico.
Dois eram informantes dos EUA. Nenhuma novidade! Na semana passada, a polícia
haitiana prendeu dois cidadãos norte-americanos por suspeitas de seu
envolvimento no assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, na
quarta-feira (07) passada.
As autoridades acreditam que Joseph Vincent e James
Solages estivessem trabalhando enquanto informantes para agências
estadunidenses, tais como a Agência Antidrogas dos EUA (DEA, na sigla em
inglês), contaram fontes à CNN na segunda-feira (12).
Contudo, quando questionada relativamente ao fato de
alguns dos assassinos terem gritado "DEA" no decorrer do ataque, a
agência estadunidense afirmou que nenhum deles agiu em seu nome.
Até agora, a polícia do Haiti identificou 28 pessoas
estrangeiras relacionadas com o assassinato do presidente, das quais 20 já foram
presas – 18 colombianos e dois norte-americanos.
Planejamento longo! Pouco
menos de uma semana após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, novas
evidências revelaram que o planejamento do ataque estava em formação desde o
final de janeiro de 2021.
Em dois áudios que vazaram, datados de 26 de janeiro de
2021, você pode ouvir como foi o recrutamento de alguns dos militares
colombianos detidos pela Polícia Haitiana após o assassinato.
Entre os mercenários colombianos está Neil Cáceres
Durán, recrutado como segurança. Em seu país, ele trabalhou como jardineiro
residencial.
Em um dos áudios comenta-se que para candidatar-se ao
posto de segurança era necessário ter pelo menos um curso de fundamentos de
vigilância.
Outro áudio revela que, de acordo com a patente militar
dos candidatos, seria a cor da pasta que conteria o perfil profissional de quem
se candidataria às ofertas de emprego.
Treinamento nos EUA. Um
grupo de colombianos acusado de participar do assassinato do presidente
haitiano Jovenel Moïse, que aconteceu em 7 de julho, recebeu treinamento
militar nos EUA, disse o Pentágono.
“Uma análise de nossos bancos de dados de treinamento
indica que um pequeno número de colombianos detidos nesta investigação havia
participado de programas anteriores de treinamento e educação militar dos EUA,
enquanto serviam como membros ativos das Forças Militares colombianas”,
declarou o porta-voz do Pentágono, Ken Hoffman, à emissora Al Jazeera nesta
quinta-feira (15/07).
Hoffman afirmou que o país rotineiramente treina
militares da região, mas se defendeu dizendo que o treinamento “promove
respeito pelos direitos humanos, cumprimento do Estado de Direito e
subordinação militar a lideranças civis democraticamente eleitas”. O porta-voz
não especificou quantos homens teriam recebido esse tipo de treinamento.
Mais um golpe contra Cuba! Depois
de manter um bloqueio econômico contra Cuba, desde março de 1958, e ser, mais
uma vez derrotado na Assembleia Geral das Nações Unidas que exige o fim do
embargo, o governo estadunidense partiu para novo ataque frontal à Ilha!
No domingo, dia 11, entre 200 e 400 pessoas, segundo os
próprios manifestantes, ocuparam o centro de San Antonio de los Baños, a partir
de uma concentração na praça da Matriz, “com apoio importante de grupos
opositores ao governo cubano”.
Os manifestantes não tinham pauta definida de
reivindicações, mas gritavam diversos slogans de contrariedade com as
dificuldades econômicas e sociais e tinham um propósito bem traçado:
desestabilizar o governo e provocar uma intervenção estadunidense!
As imagens do pequeno grupo rapidamente se espalharam
pelas redes sociais, estimulando outros grupos a atuarem do mesmo modo.
Organizações da oposição cubana, sediadas em Miami, afirmam que as mobilizações
alcançaram mais de 15 cidades. Os registros do governo cubano apontam para 8
municípios, incluindo Havana.
Mas agora sabemos, com provas e testes de
autenticidade, que muitas das imagens mostradas pela “grande imprensa
internacional” eram forjadas, montadas com fotoshop ou reproduziam antigas manifestações.
Sem perder tempo, o presidente Miguel Díaz-Canel, rapidamente
se moveu para o olho do furacão, visitando San Antonio de los Baños e
dialogando com os manifestantes.
Ação de mercenários. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno
Rodríguez, disse que os EUA fomentaram agitação antes dos protestos na Ilha,
que ocorreram neste fim de semana, com estratégia midiática disfarçada de campanha
de mídia social pedindo ajuda humanitária.
O ministro também declarou que se o governo Biden quer
ajudar Havana, deve levantar as sanções impostas pelos EUA, e que por conta das
sanções, Washington “não tem direito de se pronunciar sobre as manifestações no
país”. Mas o governo estadunidense, como seria de se esperar, negou
envolvimento nos protestos e respondeu afirmando que as manifestações "são
espontâneas e estimuladas pela dura realidade cubana”.
EUA partem para o “golpe final”? Washington
acredita que chegou a hora de intensificar seus ataques a qualquer governo que não
se submeta ao seu comando na América Latina.
Nos últimos dias, vimos o suspeito assassinato do
presidente do Haiti, com um modus operandi que leva a marca da CIA. Também o
brutal ataque de paramilitares e narcotraficantes colombianos, munidos de armas
de guerra, à Cota 905, nos arredores de Caracas, e atirando à queima-roupa
contra moradores surpreendidos pela inusitada e inesperada agressão. A ofensiva
contra a Nicarágua ganhava ímpeto à medida que as pesquisas de opinião
antecipavam uma retumbante vitória do sandinismo nas próximas eleições
presidenciais.
E agora Cuba, submetida há sessenta anos a uma campanha
de agressões de todos os tipos que, obviamente, não poderia deixar de ter
profundos impactos na vida econômica.
O que Washington tem feito se chama genocídio porque o
bloqueio, condenado quase que unanimemente pela comunidade internacional, causa
enorme sofrimento à população. Essas políticas matam, adoecem, causam fome e privações
indescritíveis. São, em suma, um crime contra a humanidade. Os EUA vêm
preparando o terreno para o atual assalto nos últimos anos, com um bombardeio
sistemático e multimilionário, comprando vontades débeis ou ambiciosas,
apelando para as redes sociais e seus ritmos fatídicos, as “notícias falsas” e
o coro formado por seu peão de políticos baratos e pérfidos agentes de
propaganda disfarçados de “jornalistas sérios e independentes”. Com um mal
incomensurável Washington intensificou as medidas de bloqueio quando estourou a
pandemia, gesto que basta para expor a infâmia moral do império, sua verdadeira
natureza.
Gusanos em ação! Em Cuba, os contrarrevolucionários são chamados de
vermes (gusanos). Essa qualificação depreciativa que, para a fina pureza
democrática dos ouvidos burgueses, é cruelmente degradante, no entanto, tem uma
certa base científica. É sabido de todos que os vermes rastejam e isso,
precisamente, é o que fazem a maioria dos chamados dissidentes.
É evidente que os instigadores dos últimos protestos
que estão ocorrendo em Cuba não estão defendendo os direitos humanos. Se esse
fosse seu objetivo, como disse o presidente do México, López Obrador, e como
todos os anos atrás, por esmagadora maioria, a Assembleia da Organização das
Nações Unidas, exigiriam que os EUA acabassem com o bloqueio a Cuba, o mais
longo da História deste Planeta.
Cuba enfrentou esta emergência global, a pandemia, com
recursos escassos e sob forte bloqueio. Perdeu sua principal fonte de
financiamento: o turismo. Compare os efeitos que teve na Espanha, um país
desenvolvido que teve o apoio da Europa. Mas, também, pense no que significou
para aquele pequeno país ter que alocar todos os seus recursos para criar suas
próprias vacinas, cinco em tempo recorde., porque o Governo cubano tinha plena
consciência de que, se não o fizesse, ninguém os venderia. Voltemos à
comparação: a Espanha ainda não tem vacina própria.
Tudo isso sem abandonar sua solidariedade internacional
com o envio de brigadas médicas a mais de 70 países para combater a pandemia.
Imagens falsas. Vídeos
da celebração em Buenos Aires da recente vitória da Argentina na Copa América,
uma foto dos protestos no Egito contra Hosni Mubarak, em 2011, e até uma
manifestação em Miami estão circulando esta semana nas redes sociais para
propagar farsas sobre a situação de Cuba.
A difusão de informações falsas aumento desde o último
domingo (11/07), quando se registraram protestos na ilha contra o desabastecimento
e a gestão da covid-19, que deixou, de domingo para esta quarta-feira (14/07),
o saldo de uma morte. Nesse contexto, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, acusou
os Estados Unidos de aplicarem “uma política de asfixia econômica”, com o
objetivo de provocar “desestabilizações sociais no país”.
A lista de notícias falsas também aumentou com a
informação de que o ex-presidente cubano Raúl Castro havia fugido para a
Venezuela em um avião privado e secreto, com tweets que vinham acompanhados da
imagem do líder político em uma cúpula realizada em 2017.
A resposta do povo cubano. A
maior, melhor e mais firme resposta do povo cubano foi dada na manhã deste sábado
(17). Cerca de 100 mil pessoas, participam, desde as primeiras hora, de uma
manifestação no Malecón de Havana em defesa da Revolução Cubana. Entre os
presentes, estão o presidente Miguel Díaz-Canel e o ex-mandatário Raúl Castro.
Os primeiros participantes começaram a chegar à região
por volta das 5h30 locais (6h30 em Brasília), e o ato começou às 7h (8h em
Brasília). Segundo o Cubadebate, atos similares acontecem em diversas outras
cidades do país.
Díaz-Canel discursou no início do evento e afirmou que
a reunião não acontecia ali “por capricho”. Ele pediu o fim do que chamou de
“mentiras, infâmias e ódio”.
“Cuba é profundamente alérgica ao ódio, e nunca será
terra de ódio. Não se constrói nada bom a partir do ódio. Experimentamos [o
ódio] nestes dias nas redes sociais, que acompanharam esta campanha [de desestabilização]
permanente”, disse.
O presidente cubano voltou a acusar grupos dos EUA de
envolvimento, nesta semana, nos episódios que considera serem de
desestabilização.
Gerardo Hernández, que fazia parte do grupo que ficou
conhecido como Cinco Cubanos (agentes da inteligência da ilha que foram presos
nos EUA no final dos anos 90 sob a acusação de conspiração para homicídio, mas
que, segundo Havana, estavam em Miami para investigar organizações
terroristas), também discursou no evento e falou em “orgulho nacional”.
Rússia critica ação dos EUA. O governo
russo exigiu o fim da interferência dos EUA nos assuntos internos de Cuba após
os distúrbios ocorridos em Havana e em outros locais da ilha.
“Só uma coisa é exigida dos Estados Unidos e seus
acólitos para não se intrometerem nos assuntos de países soberanos”, disse a
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajárova, em entrevista
à imprensa. Zajárova também alertou sobre as tentativas de Washington de
desencadear uma “revolução colorida” em Cuba.
O funcionário pediu que Washington seja objetivo e
ponha de lado sua hipocrisia e seus padrões duplos na política. “Deixe os
próprios cubanos, o governo e a população decidirem seu futuro”, enfatizou.
A porta-voz destacou que “se os estadunidenses estão
realmente preocupados com a situação humanitária em Cuba e querem ajudar os
cidadãos comuns, devem levantar o bloqueio, condenado por todo o mundo”.
Zajárova também alertou sobre as tentativas de
Washington de desencadear uma “revolução colorida” em Cuba. E repreendeu Washington
por seus padrões duplos e lembrou que as autoridades dos EUA desencadearam uma
caça aos manifestantes que participaram dos protestos de 6 de janeiro no
Capitólio, acusando-os de terrorismo por terem ideias políticas diferentes.
O que ocorre na África do Sul? Esta foi uma semana de muitas preocupações e notícias
divulgadas de forma banal ou propositalmente deturpada pela nossa imprensa. Os
acontecimentos em Cuba, o assassinato do presidente do Haiti e os levantes na
África do Sul foram algumas dessas matérias, tratadas de forma errada pelos jornalistas
amestrados.
Alguns jornais preferiram dar destaque ao fato de que
45 pessoas teriam morrido durante as revoltas populares ocorridas no país, mas
poucos “lembraram” de falar na situação de extrema pobreza em que vive o país e
a desigualdade social que vem se instalando em função das políticas
neoliberais.
A situação no país é complicada e merece realmente
nossa atenção, uma vez que pode atingir o já tão atacado BRICS. Mas, vejamos os
dados que temos: 1) o atual presidente, Jacob Zuma, havia se recusado a prestar
depoimento em um inquérito sobre corrupção no governo (não sei ainda de onde
surgiu a denúncia); 2) a Justiça decretou sua prisão e ele se entregou à
polícia; 3) começaram os protestos populares, com muitos saques; 4) o movimento
havia iniciado na capital, mas logo se espalhou pelo país; 5) o país está
mergulhado em uma crise de pobreza e desigualdade social parecida com a nossa
sob o governo do insano.
Na terça-feira (13), manifestantes entraram em confronto
com as forças de segurança e saquearam lojas em KwaZulu-Natal e em Gauteng,
província de Joanesburgo, e dezenas de pessoas levaram alimentos, eletrodomésticos,
bebidas e roupas de centros comerciais em meio aos ‘tumultos caóticos’, segundo
afirmou o premiê de ZwaZulu-Natal, Sihle Zikalala, em entrevista coletiva à
imprensa.
A insatisfação popular, desencadeada pela prisão de
Zuma, evoluiu para uma onda de violência com a persistente pobreza e
desigualdade no país, 27 anos após o fim do apartheid.
O presidente Ramaphosa anunciou na noite desta
segunda-feira (12/07) que estava enviando tropas para ajudar a polícia a conter
os distúrbios e “restaurar a ordem”. No Twitter, ele disse que “este momento
trouxe à tona o que já sabíamos: que o nível de desemprego, pobreza e desigualdade
em nossa sociedade é insustentável”.
Em Gauteng, ao menos 10 pessoas foram encontradas
mortas depois de uma onda de saques em um shopping center de Soweto, segundo o
primeiro-ministro David Makhura.
De acordo com informações da emissora Al Jazeera,
autoridades de segurança disseram que o governo está trabalhando para garantir
que a violência e os saques não se espalhem, mas não chegaram a declarar o
estado de emergência.
Só para provocar! Mesmo
sofrendo sucessivas derrotas, o governo de Washington não toma “vergonha na cara”
e continua provocando o planeta.
Militares chineses afirmaram que o navio de guerra dos
EUA entrou ilegalmente nas águas próximas das ilhas Paracel: “Instamos os EUA a
pararem com as ações provocativas imediatamente”, comunicou o Comando do Teatro
Sul do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.
No início de julho, o Ministro das Relações Exteriores
da China exigiu que EUA e o Japão parassem de promover a chamada teoria da
"ameaça chinesa" e, ao invés disso, trabalhassem para a paz e
estabilidade na região.
Pequim disputa há décadas com outros países da
Ásia-Pacífico o território de diversas ilhas no mar do Sul da China, que
possuem significantes reservas de hidrocarbonetos, incluindo as ilhas Paracel e
Spratly.
O mar do Sul da China e o mar da China Oriental,
situados na região Ásia-Pacífico, são focos de tensão entre a China e seus
vizinhos, incluindo o Japão, o Vietnã e as Filipinas.
Bandido e terrorista! O
prefeito de Miami, Francis Suárez, pediu durante uma entrevista na quinta-feira
(15) que os EUA considerem realizar ataques aéreos contra Cuba.
Para a emissora estadunidense Fox News, Suárez declarou
ser necessário uma “coalizão de possíveis ações militares” contra a ilha,
afirmando que seriam “similares” aos episódios de intervenções “durante governos
republicanos e democratas”.
Questionado se estaria sugerindo realmente os ataques,
o prefeito disse que sua sugestão tinha que ser uma “opção a ser explorada” e
que não poderia ser “simplesmente descartada”.
Suárez afirmou que a intervenção seria semelhante à
outras ações estadunidenses, como, por exemplo, no Panamá e na Iugoslávia sob o
comando de presidentes de ambos os partidos.
De acordo com o jornal Cubadebate, após a entrevista à
Fox News, Suárez declarou ao Miami Herald que estaria aguardando uma ligação do
presidente Joe Biden e que iria planejar pedir-lhe que considere a intervenção.
Inflação nos EUA! O dólar
se fortaleceu na terça-feira (13), após um relatório sobre avanço da inflação
mais forte do que o esperado. O índice do dólar, que mede a moeda estadunidense
contra seis principais pares, aumentou 0,54%, para 92,7538, segundo a agência
de notícias Xinhua. No final das negociações de Nova York, o euro caiu para US$
1,1782, e a libra esterlina caiu para US$ 1,3820.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o
índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 0,9% em junho, acima do 0,5%
previsto pelos economistas. Foi o maior aumento desde 2008. A inflação anualizada
ficou em 5,4%.
A cotação do ouro também subiu. Os contratos futuros na
divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York para entrega em agosto subiram
0,22%, para fechar em US$ 1.809,90 a onça.
Déficit no orçamento. O déficit orçamentário dos EUA disparou para US$ 2,24
trilhões durante os primeiros nove meses do ano fiscal de 2021, que termina em
30 de setembro, informou o Departamento do Tesouro dos EUA nesta terça-feira.
A receita federal para o período de nove meses
encerrado em junho aumentou para US$ 3,05 trilhões, enquanto os gastos totais
subiram para US$ 5,29 trilhões, impulsionados por pagamentos de benefícios de
desemprego e programas de alívio da pandemia, de acordo com o Departamento.
No início deste mês, o Escritório de Orçamento do
Congresso estimou que o déficit orçamentário dos EUA para o ano fiscal de 2021
atingiria US$ 3 trilhões, perto dos US$ 3,13 trilhões registrados no ano fiscal
de 2020, que foi o maior em relação ao tamanho da economia desde a Guerra
Mundial II.
“Quanto ao pacote de reconciliação maior, o gasto de
US$ 3 trilhões, US$ 4 trilhões ou mesmo US$ 6 trilhões – sem ter visto aumentos
de receita credíveis ou cortes de gastos suficientes para pagar por isso – é profundamente
preocupante”, disse Maya MacGuineas, presidente da Comitê para um Orçamento
Federal Responsável, em um comunicado recente.
“Com a dívida a caminho de atingir um novo recorde, e a
economia mostrando sinais de recuperação, quaisquer investimentos em grande
escala não devem aumentar a dívida e as instruções de reconciliação devem somar
zero”, disse MacGuineas, acrescentando que os legisladores devem colocar o país
em um bom caminho fiscal antes de debater como passar trilhões de dólares em
novas políticas.
EUA têm cerca de 9,5 milhões de desempregados. O número
de estadunidenses que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na
semana passada, à medida que o mercado de trabalho ganha força, mas a escassez
de mão de obra está frustrando os esforços das empresas para aumentar as
contratações a fim de atender a forte demanda por bens e serviços.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 26 mil,
para um número com ajuste sazonal de 360 mil na semana encerrada em 10 de
julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas
consultados pela Reuters previam 360 mil novos pedidos para a última semana.
As solicitações têm mostrado dificuldade para melhorar
desde que caíram para menos de 400 mil no final de maio, mesmo com pelo menos
20 estados norte-americanos administrados por governadores republicanos se
retirando dos programas de auxílio-desemprego financiados pelo governo dos EUA.
O último relatório do Livro Bege, do Fed, uma
compilação de relatos de empresas por todo o país, mostrou que a demanda por
mão de obra é generalizada, mas “mais forte para cargos de baixa qualificação”,
observando que “empresas em vários distritos esperam que a dificuldade em
encontrar trabalhadores se estenda até o início do outono (do Hemisfério
Norte).”
Os pedidos de auxílio caíram de um recorde de 6,149
milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a
250 mil, que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de
trabalho.
Só resta “jogar a toalha”? Washington
está procurando por todos os meios enfraquecer a República Popular da China,
que, com um crescimento constante e imparável, ameaça se tornar a principal
economia do mundo em alguns anos.
Nos últimos tempos, a hegemonia imperial estadunidense
perdeu grandes espaços, não só na esfera econômica, mas também na militar, e
não pode mais impor seus desígnios a vários países do mundo.
No caso da China, o governo anterior de Donald Trump
aplicou inúmeras extorsões para tentar impedir o avanço do gigante asiático e o
atual governo de Joe Biden deu continuidade e ampliou aquela política à qual
conseguiu agregar países da União Europeia.
Na recente reunião do Grupo dos Sete (G-7) realizada em
Carbis Bay, Reino Unido, os EUA fizeram lobby por críticas a supostas práticas
anticompetitivas em Pequim e supostas violações dos direitos humanos naquele
país. Os líderes do grupo defenderam “neutralizar e competir” com o gigante
asiático em desafios que vão desde “salvaguardar a democracia” até a corrida
tecnológica.
Biden dedicou um amplo esforço diplomático para
construir uma oposição mais forte contra a China, que ele vê como um competidor
pela hegemonia mundial.
A China respondeu imediatamente que os dias em que as
decisões globais eram ditadas por um pequeno grupo de países já se foram e
exortou Washington e outros membros do grupo a respeitar os fatos, parar de
caluniar Pequim e não intervir em seus assuntos internos. desenvolvimento da
cooperação internacional, não para a criação artificial de confrontos.
Para o próximo dia 2 de agosto, está prevista a entrada
em vigor de um novo decreto-executivo assinado por Biden, ampliando um anterior
da Trump, que afetará 59 empresas do país asiático, incluindo a gigante Huawei
e as três maiores empresas de telecomunicações do país.
Para impulsionar a produção e desenvolver o país para
não ficar atrás da China, Biden havia proposto um megaprojeto de infraestrutura
de 2,3 bilhões de dólares, mas no dia 24 de junho sabia-se que apenas 1,2
bilhão será alocado em um período de oito anos.
A maior parte dos recursos será destinada à criação de
novas infraestruturas, incluindo os 580 bilhões de dólares para investimentos
em redes de energia elétrica, internet banda larga, transporte de passageiros e
carga.
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