Fugindo como um rato que é!
O demente brasileiro, como o rato de sarjeta que sempre
foi, divulgou na tarde de quinta-feira (09) uma declaração à nação em que
ameniza o tom de seu discurso e recua da radicalização. No texto, o bandido diz
que “nunca teve a intenção de agredir quaisquer dos poderes”.
“A harmonia entre eles [Poderes] não é vontade minha,
mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar. Sei
que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das
decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das
fake news”, afirmou o presidente.
“Por isso”, continua Bolsonaro, “quero declarar que
minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos
embates que sempre visaram o bem comum. Em que pesem suas qualidades como
jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do
Ministro Alexandre de Moraes.”
Com uma ratazana assessorando! A nota divulgada na quinta-feira pelo insano presidente
foi redigida pelo ex-presidente Michel Temer e seu ex-marqueteiro Elsinho
Mouco, segundo informa o jornalista Lauro Jardim. A articulação que envolveu
Temer e levou Bolsonaro a atribuir ao “calor do momento” as falas golpistas em
7 de setembro provocou reações diversas.
O governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB),
ironizou: “Leão virou rato. Grande dia.” O presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), afirmou que “é disso que o Brasil precisa”. Caminhoneiros
chamaram Bolsonaro de “frouxo”. “O presidente jamais respeitou as leis e as instituições.
O que ele sente é medo, porque ficou totalmente isolado após os atos de 7 de
Setembro. Os crimes de responsabilidade são muitos, e não será uma nota que vai
salvá-lo do impeachment” tuitou o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da
Minoria.
O recuo, que muitos avaliam desmoralizante, veio após a
manutenção de bloqueios nas estradas provocados, em sua maioria, por
caminhoneiros ligados a grandes transportadoras do agronegócio. No fim da
tarde, a Polícia Rodoviária afirmou ter liberado 35 pontos de bloqueio.
E as surpresas não param! Durante seu discurso na 13ª Cúpula do Brics (bloco
composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na mesma quinta-feira
(09), por videoconferência, o presidente insano mudou o teor do seu discurso
geralmente hostil contra a China e disse que a parceria com o gigante asiático “tem
se mostrado essencial para a gestão adequada da pandemia no Brasil”.
“Essa parceria tem se mostrado essencial para a gestão
adequada da pandemia no Brasil, tendo em vista que que parcela expressiva das
vacinas oferecidas à população brasileira são produzidas com insumos originários
da China”, declarou.
O ex-capitão, em um dos seus arroubos, chegou a atacar
a vacina produzida na China Coronavac, em circunstâncias anteriores, e também
chegou a chamar a covid-19 de “vírus chines”, insinuando que o coronavírus
teria sido criado propositalmente pela China.
Em maio deste ano, Bolsonaro declarou: “É um vírus
novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano
ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra
química, bacteriológica e radiológica. Será que estamos enfrentando uma nova
guerra? Qual país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”.
Motivos para o recuo. No fundo do palco, como parte de um cenário complexo,
vão se acumulando vários indícios de que o governo do insano está totalmente
sem controle.
E um dos primeiros que podemos ver, como pano de fundo
da tragédia, mostra que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), explode no Brasil, puxada pelas altas nos preços da gasolina,
contas de luz e carnes, e alcança 9,68% no acumulado de 12 meses até agosto. O
índice se aproxima dos dois dígitos, que só havia sido registrado em 2002
(12,53%) e 2015 (10,4%), desde que o país adotou o regime de metas de inflação,
em 1999.
Em 16 capitais, onde os preços da gasolina, energia
elétrica e carnes ficaram ainda mais altos, o índice já chegou aos dois dígitos
no acumulado de 12 meses até agosto deste ano, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira
(9). Curitiba é a campeã de preços altos, com 12,08%. Confira abaixo todas as
capitais com índices de dois dígitos.
A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2003,
quando a inflação nas capitais chegou a 15,07% em 12 meses, ou seja, de agosto
de 2002 a agosto de 2003.
Seu principal “guru” está perdido! Paulo Guedes, vulgo “posto ipiranga”, não sabe com se
safar da chave de braços que ele mesmo criou: falta renda para mover a economia!
A renda individual média do brasileiro incluindo
informais, desempregados e inativos se encontra hoje -9,4% abaixo do nível do
final de 2019. Na metade mais pobre esta perda de renda é de -21,5%, configurando
aumento da desigualdade entre a base e a totalidade da distribuição. Neste
ínterim pandêmico, a queda de renda entre os 10% mais ricos foi de -7,16%,
menos de 1/3 da queda de renda observada na metade mais pobre. O grupo do meio
entre os 50% menos e os 10%, uma espécie de classe média no sentido
estatístico, teve queda de renda de 8,96%, cerca de 2,8 pontos de porcentagem
de perda acima do extremo superior.
É o que aponta a pesquisa “Desigualdade de Impactos
Trabalhistas na Pandemia”, da Fundação Getulio Vargas, sob coordenação de
Marcelo Neri, da FGV Social. Segundo o estudo, pouco mais da metade da queda de
renda de -21,5% dos mais pobres, -11,5% foram devidos ao aumento de desemprego.
Além disso, ainda pelo canal da ocupação contingente expressivo de
trabalhadores se retirou do mercado sem perspectiva de encontrar ou exercer
trabalho durante a pandemia. O efeito-desalento explicou queda de renda 8,2
pontos de porcentagem na metade mais pobre contra perda de 4,7 pontos na média
geral sendo a segunda causa mais importante para a deterioração do binômio
média e desigualdade trabalhista. Outros canais de impacto da maior queda de
renda na metade mais pobre foram a redução de renda dos ocupados por hora fruto
da aceleração da inflação e do próprio desemprego e a redução da jornada de
trabalho.
E os problemas se acumulam. A produção industrial brasileira apresentou queda em
sete dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional),
na passagem de junho para julho. O Amazonas teve o maior recuo: -14,4%. A
retração em São Paulo (-2,9%) foi a segunda maior, mas a primeira em influência
no resultado, por conta do peso da indústria paulista na produção nacional. Os
resultados foram divulgados hoje, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção industrial nacional caiu 1,3%, como
divulgado pelo IBGE na semana passada. Para o analista da pesquisa, Bernardo
Almeida, o mês de julho demonstra, em primeiro plano, o retrato da indústria regional
que já era visto antes da pandemia. “Com o avanço da vacinação e uma maior
circulação de pessoas, a indústria começa a mostrar sua realidade pré-pandemia,
mas com condições que se acentuaram, como o desemprego e a inflação”, afirmou,
em nota.
E este é o lado mais triste! Em números
absolutos, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking internacional de casos de
casamento infantil e está entre os cinco países da América Latina e Caribe com
maior incidência de casos. Os dados constam na pesquisa ‘Tirando o Véu: estudo
sobre casamento infantil no Brasil’, realizada pela Plan Internacional Brasil.
O casamento infantil é definido pela Organização das
Nações Unidas (ONU) como “uma união formal ou informal antes dos 18 anos”, e
essa prática é uma violação de direitos humanos que afeta principalmente as
meninas.
“Temos um problema com o termo casamento infantil no Brasil,
pois, no imaginário da população, depois da menstruação as meninas já são vistas
como adultas. Quando submetidas ao casamento infantil, elas passam por muitas
transformações, tanto no psicológico, quanto no corpo”, explica Viviana
Santiago, gerente de gênero e incidência política da Plan Internacional Brasil.
Apesar do casamento infantil ser tratado como um tema
distante da nossa realidade, os números afirmam o oposto: de acordo com um
relatório produzido pelo Banco Mundial, essa realidade atinge mais de 554 mil
meninas de 10 a 17 anos no Brasil, sendo que mais de 65 mil delas se casam
entre 10 e 14 anos de idade.
Emprego informal na América Latina. A Organização Internacional do Trabalho, OIT, revela
que o trabalho informal representa 70% dos empregos criados desde o segundo
semestre de 2020 em vários países da América Latina. No Brasil, por exemplo, a
taxa é de 68%.
A recuperação econômica na região não é suficiente para
trazer de volta os postos de empregos perdidos durante a pandemia. Com isso, o
mercado de trabalho está marcado por uma alta taxa de desemprego e por uma
forte prevalência do trabalho informal.
O diretor da OIT para América Latina e Caribe, Vinícius
Pinheiro, declarou que a região não está criando empregos “com a qualidade e a
quantidade” necessárias. Pinheiro avalia que a situação é “complexa, com
desafios de grande magnitude.”
O representante lembra que os postos de trabalho
informais geralmente “são instáveis, com salários baixos e sem direitos ou
proteção social.” Vinícios Pinheiro destaca que a ligação entre emprego
informal e desigualdades ficou ainda mais evidente.
A análise da agência da ONU revela ainda que medidas para
combater a crise de saúde tiveram um forte impacto na renda das pessoas que já
trabalhavam de forma informal. Os que ficaram sem trabalho não tiveram acesso à
proteção social nem a possibilidade de realizar as funções de forma
remota.
Reflexões sobre o problema. A pandemia foi um choque profundo e generalizado que
levou a uma contração do PIB mundial equivalente a 3,2% em 2020. Mas será suficiente
dizer que o problema do emprego foi causado pela pandemia, apenas?
No entanto, por trás desse número coexistem situações
muito diferentes. Nesse sentido, a América Latina e o Caribe foram de longe a
região mais atingida de todas. Em termos agregados, o PIB da região caiu 6,8%
em 2020, desencadeando a maior crise de trabalho em mais de 70 anos.
Diversos estudos acadêmicos mostram que a região
apresenta flutuações cíclicas comparativamente mais pronunciadas (fenômeno que
prejudica o crescimento no longo prazo) e que também apresenta dificuldades
para sustentar as fases expansionistas do ciclo econômico. Essa característica
distintiva, por sua vez, se transfere para o mercado de trabalho, cuja dinâmica
histórica também é caracterizada por uma instabilidade comparativamente maior.
O que queremos dizer é que a pandemia é apenas a face
visível de uma situação muito mais grave: o neoliberalismo já deu o que tinha
que dar e a economia mundial está em uma grande crise!
Pedro Castillo começa seu governo com medidas
populares. O presidente do Peru, Pedro
Castillo, apresentou suas primeiras declarações oficiais após o discurso de
posse, na noite de segunda-feira (06), anunciando uma série de medidas para
diminuir os efeitos da pandemia da covid-19.
Castillo criou o bônus Yanapay de 350 soles (cerca de
R$ 440), que será pago a partir de 13 de setembro, para cerca de 13 milhões de
pessoas em situação de vulnerabilidade social. Aproximadamente 70% da população
economicamente ativa do Peru está empregada no setor informal. Para diminuir os
gastos mensais dos trabalhadores, o presidente determinou a redução de 11 soles
(R$ 13) no preço do gás de cozinha.
Também assinou um decreto para a transferência de 299 milhões
de soles (cerca de R$ 375 milhões) a fim de criar 260 mil postos de empregos
temporários em todo o território nacional.
Da mesma forma, declarou que a prioridade é reativar a
economia nacional e, portanto, nesta semana iniciará um pacote de 52 obras
públicas com investimento de 114 bilhões de soles (aproximadamente R$ 143
bilhões), focados principalmente nas áreas de saúde e educação.
Para o combate da pandemia, Castillo afirmou que seu
governo já pode reativar 23 unidades de produção de oxigênio hospitalar. A
anunciou que o país irá instalar uma fábrica de produção da vacina russa Sputnik
V.
Venezuela enfrenta novas ameaças. O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela,
Jorge Rodríguez, repudiou na quinta-feira (09) as declarações do encarregado de
negócios do Gabinete de Relações Exteriores dos EUA para o país sul-americano,
James Story, que ameaçava impor novas sanções ao país.
O diplomata estadunidense garantiu que Canadá e União Europeia
estão analisando novas sanções e medidas coercitivas contra a Venezuela caso
não haja resultado na mesa de diálogo entre o Governo e a oposição no México.
Rodríguez destacou que “há eleições livres na
Venezuela: no próximo dia 21 de novembro. Se não, pergunte a seus amigos da
Plataforma Unitária (ex-MUD): 65 mil candidatos inscritos (todas as
oposições)”. “Não nos importamos com a opinião dos estrangeiros porque esse
diálogo é entre venezuelanos e venezuelanos”, disse Rodríguez.
O cenário político da Venezuela. Os avanços no calendário eleitoral para as eleições de
novembro são o centro do panorama político da Venezuela, em um cenário também
marcado pelo processo de diálogo entre o Governo e a oposição.
Neste sábado, as organizações políticas procedem à
escolha da sua posição na cédula de votação, procedimento realizado na
quinta-feira passada pelos 37 partidos nacionais que indicaram candidatos para
o próximo evento democrático.
Da mesma forma, durante a semana, o Conselho Nacional
Eleitoral (CNE) assinou um acordo com o Conselho de Peritos Eleitorais da América
Latina (Ceela) para formalizar os termos da missão de observação que o órgão
regional vai implantar nas eleições de 21 de novembro.
Este acordo habilitou a Ceela a presenciar cada uma das
etapas do calendário eleitoral, bem como a participar nas auditorias realizadas
nas diferentes componentes do sistema automatizado, a comparecer nos centros de
votação e a presenciar o exercício do voto para verificação da transparência e
confiabilidade do processo.
A Venezuela irá às urnas no dia 21 de novembro nas chamadas
megaeleições para eleger os 23 governadores e 335 prefeitos do país, além de
253 membros das assembleias legislativas e dois mil e dois mil 471 vereadores.
Os riscos do aquecimento global. O British Medical Journal do Reino Unido publicou na
segunda-feira (06) um relatório baseado em pesquisas científicas que alerta sobre
o potencial catastrófico para a saúde humana que o aumento da temperatura
global em mais de 1,5 graus Celsius (° C) pode representar para a saúde humana.
O texto estabelece conexões entre a crise derivada das
mudanças climáticas e o aquecimento global e, consequentemente, diversos
impactos adversos à saúde que aumentaram nos últimos 20 anos, como mortes por
calor, desidratação e perda da função renal.
Além disso, o fenômeno desenvolve câncer de pele,
infecções tropicais, problemas de saúde mental, complicações na gravidez,
alergias, doenças cardíacas e pulmonares e as mortes associadas a essas doenças.
O relatório afirma que nos últimos 20 anos, a mortalidade
relacionada ao calor entre pessoas com mais de 65 anos de idade aumentou em
mais de 50 por cento, enquanto aponta para esta faixa etária, crianças,
minorias étnicas, comunidades mais pobres e pessoas com problemas de saúde
subjacentes são entre os mais vulneráveis a esse
fenômeno.
Com relação aos impactos do aquecimento global na
agricultura, o relatório indica que as safras das principais culturas
diminuíram entre 1,8 e 5,6 pontos percentuais de 1981 a 2021, isso acompanhado
por efeitos de clima extremo e esgotamento do solo; e em detrimento dos
esforços para reduzir a desnutrição, uma vez que ecossistemas prósperos são
essenciais para a saúde humana.
Restabelecer relações entre Irã e França! O presidente iraniano, Seyyed Ebrahim Raisi, manteve
um contato telefônico na segunda-feira (06) com seu homólogo francês, Emmanuel
Macron, no qual concordaram em fortalecer suas relações diplomáticas.
O chefe de estado comentou que Teerã está pronto para
incrementar a cooperação entre seu país e os povos europeus, especialmente a
França.
“Certamente, a independência política do Irã e da
França é um recurso valioso no estabelecimento de uma relação equilibrada,
forte e estável”, disse o presidente Raisi.
Durante sua troca telefônica com o presidente francês,
Raisi referiu-se à situação no Afeganistão, que descreveu como um retumbante
fracasso da Casa Branca e destacou a importância de promover uma solução
democrática para o conflito, buscando o melhor para o povo afegão.
Ao abordar o tema, o presidente francês mostrou-se
disposto a buscar maior cooperação entre seu país, o Irã, e o movimento
Hezbollah para estabelecer um governo efetivo no país árabe.
Os horrores do Estado Terrorista. Cerca de mil crianças e jovens palestinos, 73 deles
com menos de 14 anos, foram presos apenas neste ano por soldados israelenses, conforme
instituição especializada no assunto que fez a denúncia no início da semana.
Sob instruções diretas dos líderes políticos e de
segurança israelenses de mais alto escalão, as forças de ocupação visam sistematicamente
os menores para dissuadi-los de participar da resistência, negar-lhes o direito
à educação e destruir seu futuro, disse o Centro em um relatório.
O texto, assinado por seu diretor Riyad al Ashqar,
destaca que todos eles foram submetidos a diversas formas de tortura e
maus-tratos desde o primeiro momento de sua prisão. As tropas de Tel Aviv
também detiveram crianças e jovens depois de atirar e feri-los, às vezes
gravemente, e interrogar alguns deles no hospital, ele enfatizou.
O documento destaca que 230 ainda estão atrás das
grades, em violação às convenções internacionais de direitos humanos. Três
encontram-se em detenção administrativa sem acusações ou processos criminais,
102 foram condenados a várias penas de prisão e o testo aguarda julgamento,
adverte o relatório.
Por trás do golpe na Guiné. No início da semana, alguns amigos do Informativo nos
procuraram perguntando o que havia no golpe dado pelos militares na Guiné-Conacri.
Curiosamente, nossos jornais comentaram um pouco no dia e depois calaram.
Ainda não possuímos todos os dados, mas o analista
britânico Tom Fowdy, especializado em temas de política e relações
internacionais, sugeriu que o recente golpe de Estado na Guiné-Conacri, país
africano rico em recursos naturais, poderia ter algo a ver com uma disputa
entre os EUA e a China pelo domínio estratégico de algumas matérias-primas.
No domingo (5), o tenente-coronel Mamady Doumbouya
liderou um golpe de Estado na Guiné-Conacri, que provocou a dissolução do
governo, a suspensão da Constituição e a detenção do presidente Alpha Condé.
O analista mencionou uma foto, publicada nas redes
sociais, onde Doumbouya aparece reunido com o comandante das forças dos EUA na
África, o que “levou muitos a supor que este pode ter sido um golpe militar respaldado
pelo Ocidente” e apoiado por figuras da CIA.
O golpe de Estado na Guiné foi condenado pela União
Africana e diversos países, entre eles, a China, que exigiu a liberação do
presidente Alpha Condé. Esta
reação de Pequim é “muito incomum”, já que o país asiático geralmente defende o
princípio de não interferência em relação aos Estados africanos, e por isso
mesmo, indica que a Guiné “tem uma importância estratégica” para a China,
observou.
China fornecerá ajuda humanitária ao Afeganistão. A China fornecerá urgentemente alimentação,
suprimentos de inverno, vacinas e medicamentos no total de 200 milhões de yuan
(US$ 31 milhões ou R$ 161 milhões), segundo informou nesta quarta-feira (8) o
chanceler chinês, Wang Yi.
As declarações foram feitas após Wang Yi participar de
uma videoconferência com as chancelarias dos países vizinhos do Afeganistão,
incluindo Paquistão, Irã, Tajiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão.
Após as condições adequadas de segurança serem criadas,
a China está disposta a ajudar o Afeganistão na realização de projetos para
melhorar a vida do povo. Além disso, Pequim está pronta, no melhor de sua
capacidade, para apoiar a recuperação pacífica e desenvolvimento econômico do
Afeganistão.
Os EUA e seus aliados devem fornecer ajuda econômica e
humanitária ao Afeganistão mais do que os outros, dado que com a retirada de
seus militares sua responsabilidade não acabou, disse o ministro das Relações
Exteriores da China.
O Ministério das Relações Exteriores apela ao Talibã
(organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) para
tomar medidas para conter as forças terroristas no Afeganistão que pretendem
penetrar nos países vizinhos, afirmou Wang.
Apesar das sabotagens, sanções e ameaças. Por mais de 3
anos os EUA tentaram, de todas as formas, interromper a construção do gasoduto russo
e, para isso, ameaçaram muitos dos países participantes.
Agora, a empresa russa Gazprom anunciou na sexta-feira (10)
a conclusão da construção do gasoduto Nord Stream 2, cujo objetivo será
transportar gás natural mais limpo e mais barato da Rússia para a Alemanha
através do fundo do Mar Báltico.
De acordo com um post em sua conta no Twitter, a
empresa informou que o presidente do Comitê de Gestão, Alexey Miller, anunciou
que a construção da infraestrutura foi concluída às 08h45, horário de Moscou
(0545 GMT).
Na segunda-feira passada, o último duto da segunda
linha do gasoduto foi colocado nas águas alemãs do mar Báltico, deixando o
trecho que ligava com a Dinamarca quase pontiagudo, já que faltava apenas
ligá-lo.
O Nord Stream 2 foi construído pela empresa de gás
russa em conjunto com as empresas francesas Engie, as internacionais Uniper e
Wintershall, a austríaca OMV e a anglo-holandesa Shell.
Qual o resultado da ingerência estadunidense? O número publicado pela organização Airwars, baseado
no número de ataques aéreos dos EUA, destaca o custo humano de 20 anos da “guerra
ao terror” imposto pelos estadunidenses.
Ataques aéreos e drones mataram pelo menos 22.000 civis
- e talvez até 48.000 - desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001,
de acordo com um estudo publicado pela Airwars, um grupo de rastreamento de
danos civis Airwars.
O relatório, baseado na própria afirmação dos militares
dos EUA de que realizaram quase 100.000 ataques aéreos desde 2001, é uma
tentativa de estimar o número de civis mortos nos múltiplos conflitos que fazem
parte da “guerra ao terror”.
Os números, divulgados pouco antes do 20º aniversário
do 11 de setembro, chegam em um momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden,
prometeu acabar com as “guerras eternas” que marcaram as últimas duas décadas. Desde
o início de seu mandato, Biden reduziu a implantação de ataques aéreos em meio
a uma revisão formal da política de drones dos EUA e retirou-se de muitas das
intervenções no exterior que marcaram os mandatos de seus três antecessores,
George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump, desde os ataques de 2001.
Abrangendo ataques contra o ISIS na Síria, conflitos no
Iraque e Afeganistão, bem como contra grupos militantes e terroristas no Iêmen,
Somália, Paquistão e Líbia, os EUA disseram ter realizado pelo menos 91.340
ataques em 20 anos - incluindo 9.000 contra ISIS–, de acordo com o relatório
Airwars.
Com base nesse total, o Airwars calculou que "as
ações dos Estados Unidos provavelmente mataram pelo menos 22.679 civis, e esse
número poderia aumentar para 48.308".
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