Em meados de 2011, eu estava no Twitter acompanhando uma conversa entre jornalistas. Eles debochavam de um perfil muito comum na imprensa brasileira: o jornalista isentão, que tenta manter uma falsa pose de imparcialidade. Nessa conversa, um dos jornalistas cunhou o apelido desse perfil: “esse tipo de jornalismo é o Jornalismo Wando”. A conversa se alastrou e virou um dos assuntos mais comentados do Twitter. Eu decidi então criar o @JornalismoWando. Em poucos dias o perfil se tornou um sucesso e ganhou milhares de seguidores. Nos anos seguintes o personagem mudaria muito, assim como mudou o Brasil. As Jornadas de Junho, a derrubada de Dilma por pedaladas fiscais e o breve governo entreguista de Temer reviraram o país do avesso. O humor deu lugar ao combate, e as minhas críticas passaram a ficar mais frequentes que as piadas.
Quem assina o parágrafo acima é o nosso colunista João Filho, para o prefácio de Jornalismo Wando: Os personagens bizarros que explicam a nova política. O livro, que o Intercept publica com o maior orgulho em parceria com a editora Mórula, entra em pré-venda hoje (no fim do e-mail tem um presentinho para você). Ele traz uma seleção cuidadosa a partir de mais de 200 textos de João que cobriram nos últimos cinco anos tempos sombrios da nossa história, período em que assistimos à escalada da extrema direita.
A coletânea reúne 20 pequenas biografias de personagens bizarros que ajudam a explicar como viemos parar aqui. Aqueles que emergiram com uma onda reacionária que colocou o governo Bolsonaro no poder. Entre eles estão Eduardo Cunha, raposa da velha política que pavimentou o caminho para a nova política; Ney Santos, prefeito ligado ao PCC; Luis Miranda, acusado por estelionatos que virou deputado e ganhou destaque na CPI da covid; Sergio Moro, o juiz fora da lei; Carla Zambelli, ex-integrante do Femen que virou monarquista e Samy Dana, o office boy do mercado financeiro. Também preparamos dois textos inéditos, especialmente para o livro, para fazer uma surpresa aos nossos leitores.
Ao contar esse capítulo da história do país, o livro ganha valor histórico, especialmente às vésperas de um ano eleitoral. Em 183 páginas, a leitura evidencia como personagens folclóricos saíram do submundo da política para ganhar protagonismo.
É importante dizer que esse livro só foi possível graças ao apoio dos nossos leitores. Ele foi feito de forma totalmente independente, em parceria com a editora Mórula. Graças às doações da nossa comunidade de mais de 11 mil apoiadores, pudemos pagar os profissionais envolvidos nesse projeto e tirar esse projeto da gaveta. Muito obrigada!
Além disso, toda a renda gerada com a venda dos livros será investida no financiamento do nosso jornalismo combativo, sem amarras, com capacidade de causar impacto e transformar a realidade. Como você sabe, jornalismo investigativo custa caro e para manter nossa independência não aceitamos dinheiro de anunciantes. Os livros são mais uma fonte de receita que ajuda a viabilizar nosso trabalho.
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