segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

O Brasil do insano e o mundo!

Sim, esse é um tema que deve começar a estar presente em nossas conversas agora que entramos em ano eleitoral e temos muito em jogo. A questão que colocamos agora para todos os nossos leitores é: depois do governo desse demente, que papel sobrará para o Brasil no mundo.

Só para lembrar, durante os governos do PT, mais claramente enquanto tivemos Celso Amorin no comando do nosso Ministério de Relações Exteriores, o Brasil passou a se destacar com importante interlocutor internacional e chegou, mesmo, a liderar em alguns momentos críticos como na crise do acordo nuclear com o Irã. E o que nos resta?

Quando o troglodita Trump chegou ao poder nos EUA foi o momento em que vários capachos sem moral e sem escrúpulos começaram a seguir cegamente sua política contrária ao multilateralismo nas relações internacionais. Governantes fascistas ou populistas no mundo ocidental começaram a se afastar dos grandes organismos internacionais, seguindo os passos do casca-grossa estadunidense.

E o nosso ex-capitão insano não poderia seguir outra linha depois de declarar seu estrondoso “I love you” para líder máximo!

Desde 2019, seguindo as ordens do “Führer”, o Brasil deixou de contribuir com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO), perdendo o seu direito a voto na entidade.

A medida foi seguida pelo relaxamento das relações com a própria ONU, com o BRICS e com muitos outros organismos.

No dia 15 de janeiro de 2020, mais uma vez lambendo as botas estadunidenses, o governo do insano decidiu suspender a participação do Brasil na CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Com isso está perdendo um importante espaço na Conferência que está sendo realizada em Buenos Aires (matéria mais abaixo) e a Argentina aproveita a ausência do Brasil para liderar a comunidade nos novos acordos mundiais.

A política do ex-capitão. O Brasil é o segundo país com o menor salário mínimo na lista de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ficando somente à frente do México. É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de descontos CupomValido.com.br, que reuniu dados da OCDE e World Bank sobre a remuneração dos trabalhados no mundo.

As legislações referentes aos salários mínimos são relativamente novas em todos os países do globo. Em sua grande maioria foram lançadas somente no século 20.

A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a implementar a lei de salário mínimo, em 1894, enquanto os EUA aprovaram a lei somente em 1938. Atualmente os Estados Unidos não estão nem entre os 10 países com os maiores salários mínimos do mundo.

O salário mínimo médio no Brasil, foi de US$ 2,2 por hora. Ao considerar somente os países da América Latina, o Brasil fica atrás do Chile (US$ 3,3/hora) e Colômbia (US$ 2,9/hora). Na ponta oposta, a Austrália é o país com o maior salário mínimo do mundo, com o valor de US$ 12,9 por hora, quase seis vezes a mais que no Brasil. Apesar de um salário maior, a quantidade de horas trabalhadas é menor que no Brasil. Na média, os australianos trabalham 38 horas por semana.

“Foi ela!” Na terça-feira (4), em conversa com o estrategista de extrema direita, Steve Bannon, o ex-chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou que todo o sistema político no Brasil está sob a influência da China e do que ele chamou de "narcosocialismo", segundo a Folha de São Paulo. “Mesmo alguns partidos considerados de direita estão totalmente sob a influência de Pequim”, disse Araújo, citando nominalmente o partido Progressistas (PP). Legal, não é? Parece aquela história de criança: “não fui eu, não, foi ela”!

Em tom de alerta, Araújo citou os governos de México, Argentina, Bolívia, Peru e Chile, os quais, para ele, são sinais de que há uma onda de esquerda no continente. “A maior parte dos países está sucumbindo ao socialismo. Somos a única esperança contra a penetração do narcosocialismo na região”.

Segundo a mídia, o ex-chanceler afirmou que a infiltração chinesa no Brasil afeta os líderes políticos no Congresso, no Supremo Tribunal Federal (STF), a elite econômica e a imprensa.

As declarações de Araújo foram feitas no podcast de Bannon “War Room” (Sala da Guerra, na tradução), e o estrategista perguntou ao diplomata se o ex-presidente Lula estava ligado ao Partido Comunista da China: o ex-chanceler respondeu que provavelmente sim, de acordo com a Folha.

Entupiu com o camarão e fala besteira! Ao sair do hospital em São Paulo na manhã de quarta-feira (5), o insano falou com a imprensa em um breve coletiva. E, após comentários sobre a sua saúde, ele aproveitou a oportunidade para criticar o seu principal adversário na próxima eleição: o ex-presidente Lula.

O demente insinuou que, para viabilizar sua candidatura, Lula está loteando seu futuro governo com a distribuição de cargos para seus potenciais aliados. “Sabe como o Lula está conseguindo apoio por aí? Com lideranças políticas? Negociando. Eu não vou falar aqui para não polemizar, mas para uma dessas pessoas [um líder político], ele ofereceu a Caixa Econômica e um ministério. Ele consegue adesão de alguns partidos, em troca de ministérios, de bancos oficiais e de estatais”, afirmou.

Caminho inverso. Enquanto o mundo se preocupa com o ambiente e com a emissão de gases perigosos para a vida no planeta, o insano que governa o Brasil anda no sentido contrário.

Agora ele sancionou um projeto de lei que garante a contratação até 2040 de energia gerada por termelétricas movidas a carvão mineral. E aqui temos duas questões a levantar.

Além da medida incentivar o uso da energia a carvão, muito mais poluente, no fundo serve também para beneficiar – e muito - o estado de Santa Catarina, reduto político do presidente.

A nova legislação determina a prorrogação dos contratos das usinas de Jorge Lacerda, em Santa Catarina, até 2040. Isso quer dizer que, até essa data, as usinas da região continuarão gerando energia para o sistema elétrico nacional.

Com a determinação, o Brasil segue na contramão dos esforços globais de descarbonização. Em novembro do ano passado, o país assumiu, ao lado de mais de 40 chefes de Estado, o compromisso de eliminar o uso da energia a carvão.

Filhos das classes mais baixas deixam de estudar. Diante da crise econômica, agravada pela pandemia da Covid-19, as famílias da classe C e D estão vendo seus jovens desistirem de estudar para ajudar em casa. É o que revela a 2ª Pesquisa Go2Mob/FirstCom Pós-Vacina Covid-19, realizada pela Go2Mob, empresa que oferece soluções integradas para o setor mobile com foco em mídia, dados, consultoria e pesquisa, e a FirstCom Comunicação, agência de relações públicas.

Entre as pessoas que participaram do levantamento, 42,9% disseram que seus filhos pararam ou pretendem parar de estudar para ajudar em casa. O número é maior em relação ao registrado na primeira edição da pesquisa, realizada em março de 2021. Na ocasião, 31% dos entrevistados fizeram esta afirmação.

Já o número de pessoas que perderam o emprego depois da pandemia se manteve praticamente o mesmo de março para outubro. Na primeira edição, 50,6% disseram ter sido dispensados. Já na segunda, esse índice passou para 50,7%, sendo que, dentro deste grupo, 73,3% ainda não conseguiram recolocação no mercado de trabalho.

A pesquisa também procurou saber sobre o acesso ao Auxílio Emergencial. Na primeira edição do levantamento, em março, 46,9% dos entrevistados declararam ter recebido o recurso do governo em 2020. Entretanto, na segunda rodada do benefício – paga no decorrer de 2021 -, esse número caiu para 37,9%.

Dos que receberam a extensão do auxílio este ano, a maior parte utilizou o dinheiro para comprar alimentos (31,1%) e pagar dívidas (11,4%). Os participantes também disseram ter comprado remédios (9,8%) e produtos de higiene e limpeza (9,5%). Apenas 2,7% gastaram com atividades de lazer e 2,3% conseguiram poupar os valores recebidos.

Argentina vai investigar espionagem contra sindicalistas. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na terça-feira (04) que ordenou uma investigação contra a gestão de Mauricio Macri, que governou o país entre 2015 e 2019, por espionagem ilegal e perseguição judicial contra sindicalistas e opositores.

“A Justiça Federal está investigando uma denúncia de que ordenei à Agência Federal de Inteligência [AFI] em relação às ações do governo anterior que promoveram a espionagem ilegal e vários processos judiciais contra sindicalistas e opositores”, disse Fernández em sua conta no Twitter.

A ação de Fernández ocorre após a denúncia da inspetora da AFI, Cristina Caamaño, contra funcionários da gestão anterior após encontrar um disco com a gravação de uma reunião feita em 15 de junho de 2017. Na gravação, funcionários do governo municipal de Buenos Aires comandado por María Eugenia Vidal, entre eles o secretário do Trabalho Marcelo Villegas e agentes de inteligência, orquestraram uma perseguição contra organizações sindicais.

No vídeo vazado, Villegas, assim como Vidal que é alinhado a Macri, aparece falando que “se pudesse", ele teria uma “Gestapo, uma força de ataque para acabar com todos os sindicatos”. A citação faz referência à Gestapo, abreviação para Geheime Staatspolizei, que foi a polícia secreta oficial da Alemanha Nazista que desempenhou um papel no extermínio dos "inimigos" do governo, sobretudo judeus.

Para o chefe de Estado da Argentina, essas questões exigem uma resposta, uma vez que “o uso do serviço de inteligência do Estado de Direito para realizar espionagem interna e promover processos criminais é definitivamente repugnante e, portanto, inadmissível”.

Começa a Celac, sem o Brasil. A XXII Cúpula de Ministros das Relações Exteriores da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), começou nesta sexta-feira (07) sua sessão plenária presencial e virtualmente, com a presença de cerca de 30 delegações.

Desde a madrugada, o Palácio de San Martín, sede da Chancelaria Argentina, recebeu os ministros que integram o mecanismo regional, fundado há 12 anos, com o objetivo de conseguir um espaço de consulta e integração entre os países do área.

De acordo com o programa, após a tradicional foto oficial, a sessão terá início às 10 horas locais com o discurso do chanceler anfitrião, Santiago Cafiero, seguido de seu homólogo mexicano, Marcelo Ebrard, que fará um relatório sobre a gestão que aquele país assumiu durante a presidência pro tempore.

Com a presença do presidente Alberto Fernández, o encontro tratará de diversos temas de interesse comum e também se decidirá por votação se a Argentina substituirá o México nessa função, para a qual já conta com o apoio de 31 dos 32 países da Celac.

A Argentina considera uma prioridade estratégica fortalecer a integração regional por meio de acordos políticos, com enfoque solidário e cooperativo. Para esta nação do Sul, ser a anfitriã pela primeira vez da cúpula do chanceler da Celac é um exemplo de seu compromisso com o fortalecimento dos laços entre os países da região e com a promoção de pontes de diálogo e inclusão.

Um encontro organizado em Buenos Aires na sexta-feira (07) reuniu diversos representantes da Celac para transferir a Presidência do bloco ao governo da Argentina, que substitui o México na liderança.

Durante a 22ª Cúpula de chanceleres composta por delegações de 32 países, de forma virtual e presencial, o presidente argentino Alberto Fernández agradeceu o apoio dos países membros do bloco, afirmando que o mecanismo regional “não nasceu para se opor a alguém, ou para interferir na a vida política ou econômica de qualquer país.

Chile: uma pesquisadora presidirá a Assembleia Constituinte. A Assembleia Constituinte do Chile elegeu na quarta-feira (05) a pesquisadora de saúde pública María Elisa Quinteros como a nova presidente do órgão, substituindo a acadêmica mapuche Elisa Loncón Antileo.

Quinteros, 39 anos, membro do Movimento Sociais Constituintes, recebeu 78 votos dos 155 deputados eleitos para redigir a nova Carta Magna chilena após 18 horas de debates e de oito sessões fracassadas, isso porque nenhum dos candidatos conseguia atingir maioria.

A nova presidente é doutora em Saúde Pública pela Universidade do Chile, integrante do diretório da Sociedade Chilena de Epidemiologia, atuando como pesquisadora do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Talca.

Já como presidente eleita, Quinteros agradeceu os votos, defendeu a união de “todos os setores” para formar um “novo acordo social para os povos do Chile”. “Quero agradecer de todo coração. Esperemos que saibamos conduzir esse processo com sabedoria, compreensão, força e que possamos unir todos os setores em prol do que precisamos para o país”, disse a presidente eleita.

Ela substituirá a professora universitária e indígena mapuche Elisa Loncón, que deixa o cargo após o mandato de seis meses da Mesa Diretora expirar, conforme estipulado. A acadêmica elogiou o que foi feito neste primeiro semestre pelo órgão constitucional e o que significa sua criação para a qualidade democrática do Chile.

“Uma mulher mapuche pode governar uma instituição que marca o destino deste país, este é um evento cultural e político sem precedentes na história”, disse Loncón.

O novo texto a ser aprovado irá substituir a atual Constituição que ainda vigora desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e será entregue no segundo semestre de 2022 ao presidente eleito Gabriel Boric, com data a definir.

Repressão na Colômbia. Membros do Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) da Polícia Nacional da Colômbia reprimiram dezenas de cidadãos que se manifestavam no sul de Bogotá na noite de quarta-feira contra o aumento da tarifa do sistema de transporte Transmilenio.

A organização não governamental (ONG) Assembleia Nacional do Povo 2021 publicou um vídeo nas redes sociais que mostra a forma como a polícia ataca os residentes.

“Neste momento em Molinos, no sul de Bogotá, a ESMAD reprime a manifestação de que a comunidade estava avançando contra o aumento do preço do TransMilenio”, escreveu a ONG em sua conta no Twitter.

“Denuncia-se o uso desproporcional da força contra a manifestação pacífica”, afirmou a Assembleia e responsabilizou a prefeita de Bogotá, Claudia López, pelos acontecimentos.

Ele denunciou que os agentes da Esmad chegaram à concentração com dois tanques, “lançando granadas de atordoamento e disparando gás lacrimogêneo em uma área residencial. Várias famílias estão claramente afetadas de forma desproporcional”.

No final de dezembro passado, a empresa TransMilenio informava que a partir de 11 de janeiro a tarifa do serviço aumentará em média 150 pesos (0,037 centavos de dólar), de forma que a passagem do componente tronco ficará em 2.600 pesos (0,64 centavos de dólar).

Colômbia: mais mortes no campo. A Procuradoria Geral da República da Colômbia confirmou que do último domingo até quinta-feira (06) encontrou 27 corpos em áreas rurais de Arauca onde ocorreram confrontos entre grupos armados.

“Os 27 corpos estão na sede do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses. Nesse momento, as autópsias são feitas com a maior rapidez”, disse o procurador-geral da Nação, Francisco Barbosa.

Ele acrescentou que até o momento os especialistas identificaram 20 pessoas, das quais duas são mulheres, dois menores e quatro cidadãos venezuelanos.

Ele lembrou que os corpos foram encontrados em Fortul, Saravena e Arauquita, no departamento de Arauca, e em Cubará, Boyacá.

A elite nunca perde! A renda das elites econômicas do Equador não para de crescer, nem a pandemia foi um impedimento para que isso acontecesse. É até provável que a emergência sanitária tenha sido implantada para beneficiá-los. Assim, enquanto a maior parte da população do país experimentou redução de renda, no caso das elites estas aumentaram, segundo informações da Receita Federal. Com esses resultados fica claro que a implementação das leis e ações pelo Executivo tem o objetivo de se antecipar ainda mais à população equatoriana para gerar ainda mais acúmulo para essas elites.

A propósito, o presidente Lasso faz parte dos 20 primeiros e sua renda aumenta em mais de US $ 4 milhões, colocando-o na 12ª posição dos que mais ganharam na pandemia. Aqui está o topo. melhores elites de negócios-2020Download

Apesar desse aumento considerável que as elites econômicas tiveram durante a pandemia, com rendas anuais chegando a US $ 32 milhões em 2020, o executivo decidiu enviar uma lei que atinge as classes médias para transferir o excedente econômico das primeiras para através do tributário rota. Com efeito, na esfera dos impostos pretende-se financiar o Estado, uma vez que a cobrança das elites será quase impossível devido aos mecanismos que irão implementar: paraísos fiscais, ações judiciais de não recolhimento, etc. Enquanto as pessoas que podem ser identificadas como classe média não podem pagar advogados ou empresas offshore. Portanto, seus recursos serão repassados ​​e a redistribuição não ocorrerá, pois quem tem menos paga menos.

Cresceu a diferença entre ricos e pobres. Pandemia? Não! Isso é o capitalismo canibal e sem escrúpulos que leva a sociedade humana ao seu fim.

Um relatório do site da cidade de Oxford, no Reino Unido, Our World in Data, observa que a desigualdade atual “é cruel” e se estende por todo o mundo: “A vasta maioria do mundo é pobre” . A metade mais pobre do mundo, quase 4 bilhões de pessoas, vive com menos de US $ 6,70 por dia. Os dados mostram que, mesmo em países considerados “desenvolvidos”, existe injustiça social. Os EUA, um país de alta renda, são um excelente exemplo disso: a desigualdade é ‘extraordinária’. O estudo também afirma que “grande parte da desigualdade global é desigualdade entre países” e, nesse sentido, nega um dos eixos do discurso neoliberal, proprietário e pró-milionário: a meritocracia. “O mais importante para ser saudável, rico e educado não tem a ver com o que a pessoa é, mas onde ela mora”, diz a pesquisa. O conhecimento e o fato de trabalhar muito são importantes, apontam os dados, “mas afetam muito menos do que um fator totalmente fora do controle de qualquer pessoa: se você vai nascer em uma economia industrializada e produtiva ou não”.

“A grande desigualdade econômica é apenas uma dimensão da desigualdade global”, diz o estudo assinado por Max Roser e intitulado “Desigualdade econômica global: o que mais importa para suas condições de vida não tem a ver com quem você é, mas com onde você mora”.

(Trecho da matéria “La brecha entre los ricos y los pobres, cada vez más violenta”, de Por Pablo Bilsky, em El Eslabón)

Espanha dá o exemplo! A Espanha começa 2022 com nova legislação, que revoga os efeitos nocivos da reforma trabalhista de 2012. A mudança faz parte de negociação que envolveu empresas, sindicatos e partidos que compõem a coalização que dá suporte ao Partido Socialista Espanhol (Psoe).

Depois de aprovado pelo conselho de ministros na terça-feira (28), o projeto foi convertido em “real decreto-lei” – um espécie de medida provisória, que coloca as regras em vigor até que sejam ratificadas pelo Legislativo.

Essa nova reforma trabalhista na Espanha, agora com objetivo de resgatar direitos, é parte do acordo entre o partido do governo e o Podemos, partido mais à esquerda. O acordo ajudou a formar a maioria necessária ao Psoe para indicar o primeiro-ministro Pedro Sánchez, após a eleição de abril de 2019.

A reforma trabalhista da Espanha de uma década atrás foi uma das “inspiradoras” da “reforma” feita no Brasil em 2017, sob o governo de Michel Temer. Lá como aqui, o pretexto de baratear as contratações para se criarem mais empregos fracassou. Isso porque, a principal consequência foi a precarização do trabalho e a criação de vagas mal remuneradas, com menos direitos e condições ruins de trabalho.

Dez anos depois, a Espanha volta atrás. O decreto de 30 de dezembro atende ainda a um compromisso do primeiro-ministro Pedro Sánchez com a Comissão Europeia, para garantir a próxima parcela de fundos da União Europeia. Atualmente, o país conta com taxa de desemprego de 14,5%, uma das mais altas do bloco econômico.

O Estado Terrorista e Genocida ataca... Tanques do exército israelense bombardearam na quinta-feira (06) áreas no sudoeste da província síria de Quneitra, em um ataque considerado o primeiro deste ano.

De acordo com relatórios divulgados pela agência oficial síria SANA, projéteis disparados por essas máquinas posicionadas no Golã ocupado atacaram áreas florestais perto da cidade de Al-Hurriya, a poucas centenas de metros da cerca da fronteira.

O ataque, segundo a mídia, foi acompanhado por intenso uso de helicópteros e aviões de reconhecimento israelenses, sem confirmar se produziram vítimas ou perdas materiais.

Durante 2021, Israel realizou pelo menos 30 ataques aéreos contra posições em território sírio sob o pretexto de alvejar o Irã ou o Hezbollah, aliados de Damasco na luta contra grupos radicais.

O Governo sírio condenou essas ações e deplorou o silêncio das Nações Unidas perante elas, bem como ratificou o direito legítimo de defender a integridade e a soberania do território nacional por todos os meios legítimos.

... e invade! Autoridades israelenses aprovaram cinco projetos de construção de 3.557 casas para colonos na área ocupada de Jerusalém Oriental, denunciou hoje a ONG Paz Now.

A Organização Não Governamental, criada por ex-militares israelenses, especificou em seu site que o Município de Jerusalém sancionou os planos, incluindo um que planeja construir 1.465 unidades habitacionais em um novo assentamento que conectará as colônias Har Home e Givat HaMatos.

Este bairro tem como objetivo “completar o anel sul de Israel que bloqueará qualquer entroncamento entre os bairros palestinos de Jerusalém Oriental e a cidade de Belém”, frisou.

A organização frisou que a isso se somam quatro iniciativas para construir 2.292 unidades habitacionais na área conhecida como French Hill, próximo ao Monte Scopus.

Esses projetos "aumentam a tensão no terreno e destacam a discriminação flagrante" do governo de Tel Aviv porque só constrói para israelenses, criticou.

Diante da pressão internacional, Israel congelou a construção de cerca de 9.000 casas no antigo aeroporto de Qalandia no final do ano passado.

Coreia do Norte faz teste de míssil hipersônico. O governo da Coreia do Norte diz ter testado com sucesso um míssil hipersônico na quarta-feira (05), no segundo lançamento de um projétil desse tipo desde setembro.

De acordo com a imprensa estatal do país comunista, o disparo atingiu um alvo a 700 quilômetros de distância, comprovando a capacidade do sistema de combustível de funcionar “em condições meteorológicas de inverno”.

O ensaio demonstrou ainda uma maior capacidade do país em estabilizar e controlar o veículo planador hipersônico, “que combinou um voo planador em várias fases e um forte movimento lateral”.

Mísseis hipersônicos se movem mais rápido - acima da velocidade do som - e de forma mais ágil que modelos padrão, tornando mais difícil sua interceptação por sistemas de defesa antiaérea.

China continuará seu programa militar e nuclear. Biden está fazendo discursos e ameaças em vão, pois já perdeu o grande espaço econômico mundial e está perdendo o espaço do poderio militar para a China.

A China anunciou na terça-feira que continuará a modernizar seu arsenal nuclear por motivos de segurança nacional e convidou os Estados Unidos e a Rússia a reduzirem seus depósitos nucleares.

O anúncio foi feito pelo diretor de controle de armas do Itamaraty, Fu Cong, alertou que é falso que seu país esteja aumentando consideravelmente suas capacidades nucleares.

O Cong defendeu que a China segue a política de não ser a primeira a usar este tipo de arma e que “mantém a capacidade nuclear no nível mínimo necessário para garantir a segurança nacional”.

As declarações da autoridade chinesa vêm um dia depois de os chefes de Estado e de governo dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU declararem sua disposição de trabalhar “para criar um ambiente de segurança que permita maiores avanços. Em matéria de desarmamento”.

Uma “guerra terminal”. Após sua vergonhosa derrota no Afeganistão, os EUA não têm chance de uma nova aventura militar, em meio ao agravamento da pandemia, hiperinflação e as eleições de meio de mandato de novembro de 2022, onde o Partido Democrata não parece nem um pouco animado.

É preciso ter a atenção voltada para todos os indícios do nosso mundo, a política internacional tantas vezes escondida ou disfarçada pela grande imprensa. Mas o fato é que EUA, Rússia e China, armados com artefatos químicos e biológicos e ogivas nucleares e termonucleares suficientes, têm a capacidade destrutiva de transformar o planeta no campo de batalha da Terceira Guerra. (TGM), que seria o terminal, para o qual o diálogo com atenção aos nós geoestratégicos é fundamental, a partir da Ucrânia e de Taiwan.

Quando Washington usou bombas atômicas contra o Japão, a guerra acabou. O então presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, decidiu utilizar o monopólio atômico na colocação militar de seu país na sucessão hegemônica dos impérios britânico e francês, com a vantagem de ter uma indústria intacta e elevada capacidade econômica, bancária e financeira.

Desde 1945, muito sangue passou sob a ponte e os fracassos militares dos EUA na Coréia, Vietnã, Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria foram acrescentados, bem como uma longa e desumana série de massacres - batizados como guerras antiterroristas - desde os ataques ainda obscuros às Torres Gêmeas e ao Pentágono de 11 de setembro de 2001, com suas prisões clandestinas (Abu Ghrabi, Guantánamo) e a tortura desumana em nome da democracia.

Tudo isso acompanhado de formidáveis contratos com empresas mercenárias e fabricantes de armas, além de múltiplas crises e pânicos financeiros em meio a uma descabida extensão imperial, golpes e um 11 de setembro encobrindo uma diplomacia de força com efeitos que precipitam a deterioração hegemônica, como analisamos Emmanuel Wallerstein, que afirmou que foi a partir dos anos 1970 que o declínio gradual da hegemonia se tornou mais perceptível nos EUA.

Vale lembrar... Depois de organizar a cúpula “Pela Democracia”", Biden assinou o orçamento de defesa para 2022 de 768 bilhões de dólares na última semana de dezembro, que supera os maiores gastos militares de 2021 durante o governo de Donald Trump, que foi de US $ 740 bilhões.

Curiosamente, é ainda maior que os 752,9 bilhões que o Pentágono havia solicitado (Ministério da Defesa. O Senado aprovou a norma com 89 votos a favor e 10 contra, e no Parlamento, controlado pelos democratas, teve o apoio de 363 deputados contra a 70.

Este aumento do orçamento militar é interpretado como um claro aviso à China e evidencia a escalada das tensões, apesar de alguns analistas interpretarem que a retirada de Biden do Afeganistão foi um passo em direção ao fim das "guerras eternas". Foi apenas um passo fundamental em direção à China, que inclui tanto a diplomacia - como a cínica Cúpula da Democracia - quanto a ameaça dos militares estadunidenses, equipados com máquinas de guerra cada vez mais eficientes e destrutivas.

Os EUA gastam três vezes mais com defesa do que a China e dez vezes mais do que a Rússia, o terceiro maior gastador. Bill Hartung, diretor do Projeto de Armas e Segurança do Centro de Política Internacional, disse ao Democracy Now que os EUA têm 13 vezes mais ogivas nucleares ativas em seu arsenal do que a China. “Temos 11 porta-aviões de um tipo que a China não tem. Temos 800 bases militares estadunidenses em todo o mundo, enquanto a China tem três”, afirmou.

Os trabalhadores voltam à cena nos EUA? Parece que em 2021 os trabalhadores estadunidenses se cansaram de aguentar. Em um contexto em que alguns setores afirmam constantemente que há escassez de mão de obra à medida que a economia se recupera das paralisações causadas pela pandemia, os trabalhadores pressionaram os empregadores e as autoridades eleitas para aumentar os salários e melhorar as condições de trabalho e benefícios - como licenças por doença. A estratégia tem sido o uso de paralisações, protestos, comícios e greves.

Em 2021, milhares de trabalhadores entraram em greve na Frito-Lay, Nabisco, Kellogg's, John Deere, Volvo, Frontier Communications, na New York University, na University of Columbia e na Harvard University. Carpinteiros no noroeste do Pacífico, funcionários de hospitais, funcionários de aeroportos e minas de carvão do Alabama também entraram em greve. Por sua vez, funcionários de várias redes de fast food e varejo, como McDonald’s, Walmart, Wendy's, Burger King, Bojangles, Jack in the Box e Family Dollar fizeram paralisações ou greves de curto prazo.

Uma das maiores greves do ano está ocorrendo no Deep South, onde cerca de 1.100 trabalhadores da mina de carvão Warrior Met Coal em Brookwood, Alabama, estão em greve desde 1º de abril para exigir salários mais altos após aceitar concessões em seu sindicato anterior acordo.

Não foi a única greve a quebrar recordes. No Hospital Saint Vincent da Tenet Healthcare em Worcester, Massachusetts, cerca de 700 enfermeiras estão em greve desde 8 de março devido à falta de pessoal e cortes de hospitais antes e durante a pandemia. Esta é a greve mais longa da história de Massachusetts.

As taxas de sindicalização nos Estados Unidos diminuíram nas últimas décadas, mas vários esforços de organização foram lançados em 2021 em resposta às condições de trabalho durante a pandemia. Os líderes sindicais e sindicatos continuam a pressionar por reformas na legislação trabalhista para limitar o escopo de ação dos empregadores que se opõem à mobilização dos trabalhadores em torno de um sindicato e para permitir que os trabalhadores estadunidenses se organizem e se envolvam em negociações coletivas.

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