segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 

 

 

 


“Ele” vai continuar impune?

Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil ordenou na quinta-feira (27) que o ex-capitão insano compareça perante a Polícia Federal em meio à investigação por suposta divulgação de documentos confidenciais para questionar a confiabilidade do sistema eleitoral.

Ao redigir a convocação, Moraes estipulou que o demente deveria comparecer na sexta-feira (28), às duas da tarde, para prestar depoimento na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília.

“A decisão foi proferida na Instrução (INQ) 4878, que investiga o vazamento, pelo presidente, de dados sigilosos relacionados a investigações envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral”, informou o STF em nota.

A investigação para a qual ele foi intimado a testemunhar vem de agosto de 2021, depois que publicou em suas redes sociais um boletim de ocorrência sobre um ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.

O insano exibiu os documentos em suas redes sociais para supostamente provar que o sistema de votação eletrônica utilizado desde 1996 no Brasil não é confiável, porém a teoria nunca foi corroborada por nenhuma autoridade eleitoral, inquérito judicial ou outro órgão competente.

Em mais uma jogada de quem está acostumado com o poder das ditaduras, ele não compareceu à Polícia Federal no dia e horário marcados. Para fugir ao depoimento, colocou a Advocacia Geral da União (AGU) para tentar um golpe sobre o STF, mas não conseguiu. Alexandre de Moraes recusou a petição da AGU e reiterou que ele tem que prestar o depoimento.

O ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Dutra, declarou ao site Poder 360 que as notícias falsas são o principal inimigo das eleições marcadas para outubro.

Dutra, que trabalhou no TSE por 15 anos, considera que as notícias falsas respondem a uma indústria que visa desqualificar o sistema eleitoral do país, especialmente o voto eletrônico. E lembrou que ao longo de 25 anos de história de transformação do processo eleitoral brasileiro, nenhum caso de fraude foi comprovado.

Independentemente das suspeitas ou denúncias, autoridades competentes e independentes investigaram cada uma sem encontrar indícios de fraude, assegurou.

Dutra afirmou que o combate às informações falsas é tarefa de todos os atores políticos e sociais, principalmente da mídia, e apoiou o trabalho da Comissão de Transparência Eleitoral.

Os ataques mais importantes ao voto eletrônico e ao sistema em geral vieram do ex-capitão que nos governa (governa?).

O PIB do Guedes. O Fundo Monetário Nacional (FMI) revisou sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022 para 0,3%, segundo nova estimativa divulgada nesta terça-feira (25).

A projeção consta no relatório "World Economic Outlook", feito com base nas expectativas do mercado financeiro. Três meses atrás, o fundo estipulava um crescimento da economia brasileira de 1,5%.

A redução, de acordo com o FMI, está relacionada à alta da inflação e ao aumento substancial na taxa de juros. Segundo o órgão, estes dois fatores "vão pesar sobre a demanda doméstica".

Foi o terceiro corte seguido do fundo nas estimativas para o desempenho do PIB brasileiro. Há um ano, no início de 2021, a previsão para este ano era de uma alta de 2,6%.

A projeção do país é a pior entre as principais economias do mundo. EUA e México sofrerem o mesmo corte do Brasil, de 1,2 ponto percentual, mas ainda devem crescer 4% e 2,8%, respectivamente, segundo o FMI.

Para a América Latina e o Caribe, a previsão é de alta de 2,4%. Já na zona do euro, o crescimento esperado para este ano é de 3,9%. Na Ásia, o FMI projeta uma expansão de 4,8% para a China e de 9% para a Índia.

Sem razão para comemorar. Com o aumento dos empregos sem carteira assinada e do trabalho por conta própria, portanto sem direitos como férias, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a taxa de desemprego no trimestre móvel de setembro a novembro de 2021 caiu para 11,6%, atingindo 12,4 milhões de brasileiros.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O arrocho salarial – em 2021, quase metade das negociações salariais ficou abaixo da inflação - e as novas vagas com salários mais baixos, contribuíram para a queda do rendimento real dos trabalhadores (-4,5%) em relação ao trimestre anterior, para R$ 2.444. É o menor rendimento da série histórica do IBGE iniciada em 2012, revela a pesquisa.

A precariedade dos empregos também aparece nos dados relacionados ao número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que subiu 7,4% e atinge 12,2 milhões de pessoas em relação ao trimestre anterior.

O mesmo acontece em relação ao número de trabalhadores por conta própria, que cresceu 2,3% (mais 588 mil pessoas) e atinge 25,8 milhões de brasileiros. A comparação anual revela um aumento ainda maior dos sem direito que tiveram de se virar para conseguir renda, 14,3% (3,2 milhões de pessoas trabalham por conta própria.

Já a população subutilizada, pessoas que gostariam de trabalhar mais horas e não conseguem, de 29,1 milhões de trabalhadores, diminuiu 7,1% (menos 2,2 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior (31,3 milhões de pessoas) e 11% (menos 3,6 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2020 (32,7 milhões de pessoas subutilizadas).

A taxa de informalidade foi de 40,6% da população ocupada, ou 38,6 milhões de trabalhadores informais. No trimestre de julho a agosto, a taxa havia sido 40,6% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,7%.

O insano vai à Rússia! Em conversa com apoiadores na saída do Palácio do Planalto, na quinta-feira (27), sua viagem à Rússia entre os dias 14 e 17 de fevereiro. Segundo ele, pretende aprimorar a comunicação e o estreitamento de negociações comerciais com Moscou.

Ao ser questionado por um apoiador se Putin era “conservador” ou “gente da gente”, o ex-capitão disse que “Ele é conservador, sim. [...] Vou estar o mês que vem lá. Melhores entendimentos, melhores relações comerciais”.

Na agenda, além da viagem à Rússia, está marcada uma visita à Hungria. Segundo a mídia, os roteiros internacionais fazem parte de uma tentativa sua de reforçar uma imagem de líder conservador junto a seus apoiadores.

Rússia fortaleceu laços com América Latina. O chanceler russo, Sergey Lavrov, destacou em um discurso, na quinta-feira (27), as tradicionais e estreitas relações deste país com a América Latina e garantiu que o número de nações amigas nessa região tem crescido nos últimos tempos.

Falando no plenário da Duma do Estado (Câmara Baixa do Parlamento), Lavrov enfatizou que Moscou mantém “laços muito próximos, amigáveis ​​e de longo prazo com os países latino-americanos, não apenas com Cuba, Nicarágua e Venezuela, embora sejam provavelmente nossos parceiros e amigos mais próximos”.

A esse respeito, lembrou que nos últimos dias o presidente Vladimir Putin conversou por telefone com seus homólogos cubanos, Miguel Díaz-Canel; da Nicarágua, Daniel Ortega; e da Venezuela, Nicolás Maduro, para tratar do fortalecimento da cooperação estratégica conjunta.

O chefe da diplomacia russa destacou que Moscou mantém contatos muito próximos com Argentina, Bolívia e com o Brasil, como país membro do grupo BRICS, informou a agência de notícias TASS.

O ministro das Relações Exteriores lembrou que esta nação eurasiana sempre foi amiga e estabeleceu uma cooperação benéfica para ambas as partes com todos os países latino-americanos, “independentemente de quem e como fazem política neles”.

Maduro não demonstra insegurança. O governo de Nicolás Maduro está determinado a fazer de 2022 um ano sem eleições e a consolidação de uma decolagem econômica e está jogando suas cartas. A maioria do Conselho Nacional Eleitoral apressou os tempos de um possível referendo revogatório e fixou uma data para a coleta de assinaturas necessárias.

Quando a oposição tentou aproveitar a vitória nas eleições no estado de Barinas e começou a flertar com a possibilidade de um referendo revogatório para o mandato do presidente Maduro, o partido no poder na Venezuela mais uma vez demonstrou que consegue com facilidade os tempos da política interna. Três dos cinco principais reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) decidiram em tempo recorde vários pedidos simultâneos de grupos de oposição para ativar o processo de revogação do mandato presidencial, previsto na Constituição da República Bolivariana da Venezuela.

Para conseguir realizar o Referendo Revogatório a oposição precisaria montar mesas para colher as assinaturas e, quando realizado o pleito, alcançar 20% do eleitorado em cada um dos 23 estados e na Capital. Cerca de 4 milhões 185 mil testamentos. Uma tarefa gigantesca, para uma oposição fragmentada, repetidamente derrotada e em um panorama de desmotivação política massiva, desmobilização e tédio, que afeta estritamente os dois polos da política venezuelana. E muito mais difícil em tão pouco tempo: apenas cinco dias até 26 de janeiro.

A tentativa naufragou. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) declarou improcedente o pedido de início do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. De acordo com o CNE, foram coletadas apenas 42.241 assinaturas apoiando a abertura do processo, o que representa menos de 1% do eleitorado, quando o mínimo requerido era 20%, equivalente a 4,2 milhões de assinaturas. O país possui cerca de 21 milhões de eleitores.

A consulta foi realizada na quarta-feira (26) com 1.200 mesas eleitorais instaladas em todo o país numa jornada de 12 horas. Para assinar, cada eleitor deveria registrar sua biometria, confirmando estar inscrito no registro eleitoral.

Dessa forma, a oposição fica impossibilitada de tentar abrir um novo processo de referendo contra Maduro e o presidente poderá finalizar seu mandato em 2024.

Nas redes sociais, alguns eleitores criticaram a falta de divulgação sobre os locais de coletas de assinatura. Outros indicam que a falta de apoio ao referendo reflete a divisão interna da oposição. Mas José Francisco Contreras, da Direita Democrática, afirma que a principal causa foi a “sabotagem da cúpula que gira ao redor do interinato de Juan Guaidó”. A direita venezuelana está se comendo...

Rússia admite cooperação militar com Venezuela. O embaixador da Rússia na Venezuela, Sergei Melik-Bagdasarov, considerou possível que os dois países intensifiquem sua cooperação militar ante um eventual aumento das pressões por parte dos EUA.

“Sem dúvida”, disse o diplomata no sábado (22) em declarações ao canal de YouTube Soloviev Live quando perguntado se Caracas poderia, em caso de uma deterioração abrupta nas relações entre Rússia e EUA, encontrar não só uma forma política de apoio a Moscou, mas também uma forma técnico-militar.

Respondendo à pergunta sobre formas concretas de cooperação militar, o embaixador observou que poderiam ser múltiplas. “A Venezuela tem uma infraestrutura portuária bastante desenvolvida. Aqui também há portos de águas profundas, há portos civis, há diversas bases da Marinha venezuelana. Aqui há tudo o que possa ser necessário”, afirmou.

Ao mesmo tempo, o diplomata russo destacou que a Constituição da Venezuela proíbe a implantação de bases militares estrangeiras em território nacional.

“Quanto a bases militares russas, a resposta é óbvia. Basta dar uma olhada na Constituição venezuelana, que diz explicitamente que no seu território não deve nem pode haver bases militares”, explicou.

México: mulheres contra o assédio e a violência. Os números oficiais dizem que 20 por cento das mulheres mexicanas com mais de 18 anos relataram ofensas sexuais e insinuações, assédio nas redes sociais e em espaços recreativos, até mesmo toque direto e manifestações ofensivas com o corpo, descobriu o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) no último semestre de 2021.

Essa organização informou que, durante o segundo semestre de 2021, 13,5 por cento da população com 18 anos ou mais foi vítima de assédio pessoal e/ou violência sexual, na rua, transportes públicos, cinema, teatro e através das redes sociais. No caso das mulheres, esse percentual foi de 20%, enquanto nos homens foi de 5,5%, revelado em seu quarto relatório de 2021 sobre a percepção de insegurança da população.

Desta vez o INEGI, no caso da violência e assédio sexual, não se restringiu às percepções, mas às experiências vividas e incluiu um inquérito direto, com perguntas específicas aos inquiridos que se declararam vítimas de assédio pessoal e violência sexual.

E apesar do descaso oficial com essa prática, da falta de campanhas educativas e da redução do orçamento para projetos de prevenção, o assédio existe, se repete e a metodologia do INEGI implantou questões específicas sobre alguma situação de violência sexual como:

A pesquisa perguntava também: “Alguém te obrigou a fazer sexo contra sua vontade”, “Alguém te mostrou suas partes íntimas ou tocou suas partes íntimas na sua frente, e você se sentiu chateado, ofendido ou assustado”, “Eles tatearam, tocaram, beijaram ou abordaram, recarregaram ou subiram nele para fins sexuais sem seu consentimento", "Enviaram-lhe mensagens, fotos, vídeos ou publicações com insinuações, insultos ou ofensas sexuais ofensivas ou ameaçadoras via celular, e-mail ou redes sociais ( Facebook , Twitter , WhatsApp , etc.)” e “Obrigaram-no a assistir a cenas ou atos sexuais ou pornográficos (fotos, revistas, vídeos ou filmes)”.

No Uruguai, mulheres se mobilizam. Milhares de mulheres realizaram uma nova manifestação contra a violência sexual no Uruguai na sexta-feira (28) e exigiram medidas urgentes para acabar com a violência sexista no país sul-americano.

As manifestantes concentraram suas demandas no fim “da cultura do estupro e entoaram slogans como: “Não é não”, “Não é presunção, é estupro” e “Deixa queimar”, entre outros.

A marcha realizada em Montevidéu, capital do país, foi para rechaçar vários casos de abuso sexual ocorridos nas últimas semanas, especialmente um registrado no último fim de semana, quando uma mulher foi estuprada por um grupo de homens.

Durante o protesto, os participantes leram uma declaração denunciando que “a cultura do estupro continua a sustentar que os homens têm 'necessidades' ou 'impulsos' sexuais que não podem controlar”. “Todos os dias nos deparamos com discursos que apontam para o medo, o silêncio, a dúvida”, afirmaram.

A tática nem é nova! Realmente, os estrategistas da Casa Branca não conseguem nem ser originais. Poucos meses depois de um belo discurso de Biden, conclamando todos a aceitarem os resultados das urnas em Honduras, mostram as garras e que não digeriram bem a vitória de Xiomara Castro.

O método é nosso conhecido e foi usado na Venezuela, criando a ridícula imagem de Juan Guaidó. Em pouco tempo, com muitos dólares, criam uma divisão no parlamento eleito para colocar em dúvidas o governo democraticamente eleito.

O Congresso hondurenho nomeou neste domingo em duas sessões paralelas os deputados Luis Redondo e Jorge Cálix à frente de seu Conselho de Administração para o período 2022-2026.

No prédio do Legislativo, que amanheceu sem eletricidade (sabotagem) e que esta manhã ainda estava guardado por seguidores do Partido Libertad y Refundación (Libre) após a vigília popular matutina em defesa da democracia, 48 deputados elegeram Luis Redondo, que foi a proposta dos partidos Libre, Salvador de Honduras e Democracia Cristã.

Simultaneamente, em sessão perante 82 parlamentares que se reuniram no clube Bosques de Zambrano, nos arredores de Tegucigalpa (capital), tomou posse o deputado Jorge Cálix. O pulha, aprendiz de Guaidó, teve o apoio das bancadas do Partido Nacional, Liberal e Anticorrupção, além dos deputados expulsos do Libre, acusados ​​de traição e descumprimento do acordo assinado com Salvador Nasralla.

Só para lembrar, a vice-presidente estadunidense Kamala Harris, está em Honduras com a desculpa de que está indo para a posse de Xiomara Castro.

Xiomara Castro toma posse. A primeira mulher eleita presidente de Honduras, Xiomara Castro tomou posse na quinta-feira (27) em uma cerimônia no Estádio Nacional de Tegucigalpa, capital do país da América Central, apresentando os nomes dos ministros que farão parte de seu governo.

Pelo partido Liberdade e Refundação (Libre), Castro venceu as eleições contra seu adversário Nasry Asfura, do Partido Nacional (PN), em novembro de 2021. A vitória não foi histórica apenas pela eleição da primeira mulher como chefe de Estado na história do país, mas também pela maior votação democrática que Honduras vivenciou desde o golpe em 2009.

“A Presidência da República nunca tinha sido assumida por uma mulher em Honduras. Passados 200 anos da Independência, estamos rompendo correntes e tradições. Este feito histórico só pode surgir pela vontade da maioria do povo. Obrigada, povo hondurenho. Obrigada por esta honra e confiança”, disse Castro em seu primeiro discurso de posse.

O evento em Tegucigalpa contou com a presença de importantes figuras políticas como a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris (o que foi fazer lá?)

Em seu primeiro discurso como mandatária, Castro abordou pontos importantes vividos pelo país, como a questão das mulheres, crise política e econômica, pobreza e migração em massa. De acordo com ela, Honduras precisa “restaurar” o sistema de justiça social, a fim de melhorar a “distribuição da riqueza”.

“A pobreza se incrementou a 74%, nos tornando o país mais pobre da América Latina. Esse número explica as milhares de pessoas de todas as cidades que vão para o norte, México e Estados Unidos buscando um lugar. O Estado foi constituído para assegurar a seus habitantes a justiça, a liberdade, a cultura, o bem estar econômico e social. Como consequência, temos o dever de restaurar o sistema econômico sobre a base da transparência, eficiência, produção e justiça social na distribuição da riqueza e ingresso nacional”, afirmou.

O terrorismo da direita colombiana! A explosão de um carro-bomba em um edifício sede de entidades populares na cidade de Saravena, em Arauca, na Colômbia, deixou pelo menos uma pessoa morta e outras nove feridas na quarta-feira (19). No local funcionava uma escola de Direitos Humanos bastante criticada pelo governo do presidente Iván Duque. Os terroristas fugiram ao serem flagrados disparando contra os que estavam no local.

Em nota oficial, a CUT-SP condenou energicamente o ataque terrorista sofrido pela CUT Colômbia quando um carro-bomba explodiu dentro do edifício onde funciona a sede da entidade. Os terroristas, que após a explosão seguiram disparando contra os que estavam no local, fugiram e não há informações sobre a autoria do ataque.

O ataque a uma entidade sindical representa uma grave violação, pois o direito de organização da classe trabalhadora é pilar fundamental dos países democráticos.

Nosso Informativo tem noticiado, semanalmente, a atuação de grupos conservadores e da extrema-direita que insistem em atuar contra os movimentos sindical, sociais e suas lideranças. Um dia antes do ataque, por exemplo, o partido do governo pediu a cassação da personalidade jurídica da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode).

Trabalhadores franceses em luta. Organizações sindicais e juvenis realizaram manifestações por toda a França na quinta-feira (27) para exigir aumentos salariais, num contexto marcado por um debate nacional em torno do poder de compra e medidas de contenção contra a pandemia de Covid-19, tudo poucas semanas antes das eleições presidenciais.

De acordo com a convocatória da Central Geral de Trabalhadores (CGT), foram realizados cerca de 170 comícios e desfiles. Paris voltará a ser o centro da mobilização com um ato nos jardins da antiga Bastilha.

Os sindicatos aspiram aumentar a convocação em relação ao dia anterior da greve geral, vivida em outubro do ano passado, quando cerca de 160 mil pessoas se reuniram.

Entre os manifestantes estão os funcionários mobilizados nas últimas semanas, em particular dos setores da indústria, agroalimentar, comércio, serviço público e, particularmente, os professores, que já saíram às ruas nos dias 13 e 20 de janeiro para protestar contra a gestão do a crise de saúde Covid-19 na escola.

Os organizadores pedem o aumento do salário-mínimo e dos funcionários e, em geral, de todos os salários, subsídios e pensões de reforma, num contexto de inflação elevada calculada em mais de 2,8 por cento em dezembro passado.

Festinhas na pandemia? A Polícia Metropolitana de Londres anunciou na terça-feira (25) que vai investigar as várias festas realizadas na residência oficial de Boris Johnson, em Downing Street, que violaram as regras de lockdown em vigor. O inquérito aumenta a pressão sobre o premiê, que tenta manter seu cargo.

A chefe de polícia Cressida Dick afirmou que serão investigadas todas as infrações às regras de restrição de circulação nas dependências do governo britânico nos últimos dois anos.

O anúncio da investigação policial acontece no dia seguinte da revelação de uma nova festa clandestina – e de um novo escândalo envolvendo o nome do premiê.

De acordo com uma reportagem do canal televisivo iTV, Johnson participou de uma festa organizada por sua esposa Carrie para comemorar seu aniversário com cerca de 30 pessoas. A festa teria acontecido em junho de 2020, quando o Reino Unido passava por seu primeiro lockdown e reuniões como esta estavam proibidas.

Boris Johnson pediu desculpas pelo ocorrido à rainha Elisabeth, mas a polícia vinha sendo muito criticada por não investigar retroativamente supostas infrações das regras anticovid.

Rússia e China fazem exercícios militares. O exercício constitui uma ação de cooperação militar entre duas potências do espaço asiático.

As forças navais russas e chinesas estão realizando o exercício militar conjunto “Mar Pacífico 2022” no Mar da Arábia desde terça-feira, informou o Ministério da Defesa russo em comunicado.

De acordo com o comunicado, o lado russo envolveu um grupo de navios da Frota do Pacífico, incluindo o cruzador de mísseis Varyag e a canhoneira Admiral Tributs.

Por sua vez, a Marinha chinesa foi representada pelo destroier de mísseis Urumchi e pelo navio de suprimentos Taihu.

Como parte do exercício, a transferência de uma pessoa ferida foi ensaiada no helicóptero de convés Ka-27PS da Aviação Naval de Admiral Tributs para Urumqi.

Croácia condena ação dos EUA. O presidente da Croácia, Zoran Milanovic, falou na terça-feira (25) sobre a recente escalada de tensão na fronteira da Ucrânia com a Rússia, descrevendo o comportamento dos EUA como “perigoso” em relação à segurança internacional. As declarações foram citadas pela agência Tass.

Segundo o mandatário, as “tendências” nas políticas domésticas estadunidenses, “sendo conduzidas por Joe Biden e seu governo”, no que diz respeito às questões de segurança internacional, são “inconsistentes” e, representam “um comportamento perigoso”.

É esse contexto que motivou a decisão de Milanovic de retirar suas tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) caso haja conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Milanovic chegou a dizer ainda que não enviará tropas em caso de escala de conflito. E que, ao contrário, convocaria todas as tropas, “até o último soldado croata”.

Preocupação em Moscou. “Hoje, o processo de evolução político-militar na Europa e no mundo chegou a um ponto em que são necessários mais esforços para afastar o mundo deste ponto perigoso”, afirmou Aleksandr Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.

“Nossas propostas, formuladas pelo presidente da Rússia, abrem um caminho direto e claro para avançar na direção certa, não apenas para garantir os interesses nacionais da Rússia, que é uma tarefa fundamental para nós, diplomatas, bem como para a reconstrução de uma segurança global, considerando os interesses legítimos dos outros, o que resultará em recursos para a resolução pacífica dos problemas”, declarou.

Além disso, ele informou que a Rússia recebeu algumas respostas verbais sobre a suas propostas de segurança. “Já recebemos algumas respostas sobre nossas questões, por enquanto de maneira verbal. Mas, em primeiro lugar, queremos saber o motivo de nossas propostas serem inaceitáveis [...] Estudaremos atentamente e determinaremos nossos próximos passos”, indicou.

Provocação. Conforme informado pelo ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, os EUA enviaram a Kiev mísseis antitanque Javelin, lançadores e outros equipamentos militares.

O envio dos armamentos é o terceiro carregamento de um pacote de segurança de US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão) dos EUA para reforçar a Ucrânia enquanto se prepara para um suposto ataque russo, de acordo com a Reuters.

Washington tem sido até agora o principal apoiador de Kiev, tendo alocado mais de US$ 650 milhões (R$ 3,5 bilhões) em assistência de segurança no ano passado à Ucrânia e mais de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,7 bilhões) no total desde 2014, segundo a mídia.

No domingo (23), Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações em Viena, condenou a “campanha iniciada no Ocidente” que fala repetidamente da possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia.

Bielorrússia denuncia EUA! O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, denunciou na sexta-feira que o Ocidente utiliza medidas restritivas unilaterais contra o seu país como elemento de guerra híbrida, e sublinhou que a principal missão do seu Governo é proteger a população do impacto desta política de pressão.

Durante um discurso perante o Parlamento e a mídia credenciada em Minsk (capital), o chefe de Estado explicou que essas restrições fazem parte de uma prática política tradicional no Ocidente.

Ele disse que “é assim que eles lutam contra a China, a Rússia, o Irã, a Venezuela, a Síria e agora a Bielorrússia. Hoje, metade do mundo é afetado por suas sanções”, ressaltou.

Apelou à mobilização de ideias e vislumbres de oportunidades de desenvolvimento para que o país continue a progredir e a população não sinta as consequências do que qualificou de "pressão externa" e "guerra autêntica".

Referindo-se ao perigo de um conflito diante da militarização da Ucrânia e da expansão para leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ele especificou que em uma guerra não haverá vencedores, pois todos perderão.

ATENÇÃO: escrevemos uma série de artigos especificamente analisando a situação da Ucrânia. Os interessados podem solicitar que enviarei diretamente para cada um.

Um ano de Biden! Muito interessante a análise feita por um colunista do jornal New York Times, Bret Stephens. Ele simplificou toda a sua matéria com uma expressão marcante: “a palavra mais gentil que pode ser dita sobre o primeiro ano de Biden como presidente é decepcionante”. Certamente é o mais gentil, porque há outras palavras muito mais duras que aparecem entre analistas e comentaristas.

O fato é que, na imprensa estadunidense, o primeiro ano de Biden é visto como um grande fiasco. E, na verdade, era absurdo esperar muito mais. Ele nunca foi um homem para “fazer política”, mas alguém que viveu “da política”. Como presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores do Senado, apoiou as políticas do presidente George W. Bush e sua missão - segundo ele ditada pessoalmente por Deus - de viajar pelo mundo para “tirar os terroristas de seus esconderijos em mais de sessenta países”. Impressionado com as vozes celestiais ouvidas por Bush, Biden o acompanhou em todas as suas aventuras imperiais, começando pelo Iraque, passando pelo Afeganistão e depois, como vice-presidente de Barack Obama, nas agressões que perpetrou na Líbia, na Síria e acompanhando a infame declaração de que a Venezuela representava um perigo excepcional e iminente à segurança e aos interesses dos EUA.

O fato é que sua gestão já começa pelos comprometedores e muito graves distúrbios ocorridos no Capitólio em 6 de janeiro. A luta contra a pandemia estava longe de ser tão eficaz quanto prometido e muitos dizem que está fora de controle; a inflação de 7% ao ano é de gravidade incomum quando os registros históricos dos Estados Unidos são tomados a esse respeito. Na verdade, é a maior dos últimos 39 anos, o que se soma ao aprofundamento da “rachadura”, ou polarização política, evidenciada nos últimos anos nos Estados Unidos. Vale lembrar que cerca de 75% dos membros do Partido Republicano duvidam, em pesquisa recente, da legitimidade da vitória de Biden nas eleições presidenciais. E por falar em pesquisas, o índice de aprovação de Biden é comparativamente muito baixo, 41% no final de seu primeiro ano no cargo, contra 54% que desaprovam.

Além disso, a pesquisa Gallup descobriu que 62% dos estadunidenses pensam que “as coisas nos Estados Unidos estão indo mal”; cerca de 60% acham que Biden não tem as prioridades mais adequadas para combater o crime violento, a inflação e a cadeia produtiva; apenas 46% acham que Biden está fazendo as coisas certas em relação ao Covid-19 e 54% desaprovam a maneira como Biden queria ajudar a classe média.

Na política externa há uma quase unanimidade. Os elementos de continuidade entre Trump e Biden foram destacados até pelos observadores mais sóbrios do establishment acadêmico e diplomático. Em nota publicada na edição de fim de ano da Foreign Affairs, Richard Haas, um de seus mais destacados analistas internacionais, afirma que apesar de algumas divergências “há muito mais continuidade entre a política externa de Joe Biden e Donald Trump do que costuma ser reconhecido”. Um lugar de destaque neste campo é a política belicista irresponsável implantada contra a China e a Rússia, à qual se deve somar a manutenção de políticas de sanções e bloqueios contra Cuba, Nicarágua, Venezuela e, no Oriente Médio

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