Na última semana, recebemos uma notícia sensacional: em 2021, o Intercept foi o 7º veículo de imprensa mais premiado do Brasil! O ranking é do Portal dos Jornalistas e avalia 159 títulos. Estar entre os 10 veículos mais premiados do país já seria surpreendente e empolgante, mas isso fica ainda melhor se analisarmos quem são os outros no topo da lista com o TIB.
A maioria dos veículos no top 10 pertence ao Grupo Globo, da família Marinho: Rede Globo (liderando a lista), RBS TV, afiliada gaúcha da rede, Valor Econômico e jornal O Globo. Em seguida vem o grupo Folha, da família Frias, com Folha de S. Paulo e UOL. Metrópoles, de Luiz Estêvão, um dos empresários mais ricos do Brasil; BandNews FM, da família Saad; e o Estado de S. Paulo, da família Mesquita, completam o topo do ranking. Além de a maioria ser empresa familiar, todos têm em comum algo que o Intercept não tem: anunciantes. Muitos anunciantes.
Estamos falando de jornalismo, serviço que fiscaliza, investiga e denuncia questões de interesse público, financiado com dinheiro de banqueiros, do agronegócio, de megaempresários, de montadoras de carros, indústria do tabaco, planos de saúde… muitas vezes, quem deveria estar sendo investigado deixa de ser porque não existe almoço de graça. É mais que urgente questionar esse modelo de negócio.
Mas o financiamento não é o único dado que torna surpreendente o TIB estar entre esses nomes: esses veículos, bem como muitos outros presentes no ranking, têm redações robustas, com muitos profissionais e forte infraestrutura. No Intercept, somos cerca de 30 pessoas, e trabalhamos com alguns dos melhores repórteres espalhados por todo o território nacional.
Essa breve comparação, que poderia render um estudo bem mais aprofundado — vários estudantes de comunicação nos procuram ao longo do ano para isso, aliás — nos leva a uma conclusão: se concorrendo com mais de 100 veículos de imprensa, incluindo empresas familiares endinheiradas, tradicionais e gigantes, conquistamos o 7º lugar, nosso modelo de negócio, ainda muito novo no Brasil, só pode estar dando certo: jornalismo destemido, transformador e de impacto financiado não por marcas, mas por vocês, nossos leitores. Se você acredita na revolução que o financiamento coletivo pode fazer já está fazendo no jornalismo, te convidamos: venha hoje fazer parte dessa mudança histórica que coloca leitores no lugar dos patrocinadores e garante a independência da informação. QUERO FAZER PARTE DA MUDANÇA →
Vou te revelar uma coisa: aqui no TIB não temos muito pudor, não. No dia em que a lista saiu, alguém brincou no grupo do trabalho: "Já sabe, né, galera? a meta agora é passar o Estadão", para o riso geral. Essa é a redação do TIB: pequena, barulhenta e cara de pau. Olhamos para aquelas empresas conservadoras e comerciais acima da gente na lista e só pensamos em como vamos fazer para deixá-las para trás. Nossa ambição é fazer jornalismo que muda o mundo movido por pessoas. E a gente acha que se o nosso público quiser isso também, ninguém segura a gente!
Em tempo, no nosso 5º ano, celebramos cinco prêmios: Vladimir Herzog com a reportagem "Café com pólvora"; Abmes de Jornalismo, com a videorreportagem "O Enem, a favela e o coronavírus"; Latam, com a série de vídeos "Cartas a quem não pude salvar"; Troféu Mulher Imprensa na categoria diversidade para nossa repórter e apresentadora Nathalia Braga e Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, com a reportagem "É quase escravo".
Foram nossos leitores que nos permitiram chegar tão longe em 2021. Obrigada! Em 2022, ano crucial para nossa democracia, queremos fazer ainda mais barulho, mas precisamos de você para isso. Se puder apoiar, com qualquer valor, esta é a hora.
SIM, QUERO O TIB MAIOR EM 2022 →
Abraço, | 
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