Comunidade 247, saudações democráticas! É com muita alegria que comunico a vocês minha volta ao Brasil 247, agora como colunista, apresentador e integrante do casting de comentaristas. A alegria é decorrente, em parte, do que representa o 247 nesse turbilhão de interesses que estrutura o jornalismo brasileiro. No meio de tantas vozes tradicionais cantando em uníssono neoliberal - a mídia empresarial -, integrar um meio que reverbera a aflição real por informação e opinião de qualidade conectadas à realidade brasileira já é, em si, motivo de orgulho e satisfação. Mas mais do que isso, o 247 se tornou imprescindível. É impossível ficar indiferente a ele. Lembro-me do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, dizendo, na live do Prerrogativas, que acessa o site 10, 15 vezes por dia. Esse é o tamanho do 247: parte da rotina de parcela significativa da sociedade brasileira, do trabalhador ao profissional liberal, do sindicalista ao magistrado, do estudante ao ativista, do empresário de tecnologia ao produtor rural - haja vista o perfil dos assinantes e membros. Se por um lado, o 247 é um “organizador” de notícias, um compilador que otimiza o trabalho do leitor da internet, fazendo uma curadoria cuidadosa, ele é também um núcleo intenso de opinião, conjugando os maiores intelectuais brasileiros a vozes de todos os setores da sociedade de maneira democrática, contemplando gênero e raça. Tudo isso sob o comando singular de Leonardo Attuch, um capítulo à parte no jornalismo brasileiro. Attuch valoriza todas as vozes democráticas, sabe administrar conflitos, descobrir talentos, resgatar grandes jornalistas e, sobretudo, articular tudo isso em um padrão editorial sem personalismos, sem cancelamentos e sem idiossincrasias. Assume esse risco com a frontalidade serena de um editor que respeita o leitor e o ofício de seus colaboradores. Diante de tudo isso, é importante que eu diga: por que, afinal, eu ‘saí’ do 247 há um ano atrás. É simples: eu me considero uma criatura inquieta, tensa, corrosiva, um agitador que gosta de tumultuar todos os ambientes, inclusive o ambiente de trabalho. Eu abro mão do “poder” facilmente para figurar na revolta chão de fábrica. Para ser direto: eu queria testar novos horizontes, costurar mais articulações políticas de bastidor, testar territórios, linguagens, formatos. Seria difícil conciliar o trabalho intenso de um editor com essas aspirações, daí minha decisão. Fato é que realizei minha empreitada e acumulei um protocolo de produção de conteúdo que voltou a interessar ao portal. Nada mais natural que um retorno com novas atribuições e responsabilidades. A rigor, poder-se-ia dizer que eu, na realidade, não saí do 247 (só fui dar uma volta), assim como é possível dizer: o 247 não saiu de mim. 2022 será uma jornada difícil, mas com o potencial de nos proporcionar a maior alegria de nossas vidas: a superação definitiva do golpe de 2016 e do morticínio causado por Bolsonaro. É o momento mais importante da história brasileira. É claramente o momento de unir forças, de costurar também uma frente ampla na dimensão do jornalismo profissional e democrático. É o momento de reencontrar velhos amigos e afunilar o processo de construção do futuro em todas as instâncias, política, jornalística, cultural e social. É assim que me sinto neste retorno a uma casa que me acolheu tão bem tempos atrás e que soube respeitar minhas buscas pessoais, antevendo, quem sabe, que a realização dessas buscas e desafios fazem necessariamente crescer o profissional que ama o que faz. Estamos juntos, mais uma vez! Saúdo toda a comunidade 247 e lanço o chamamento: vamos com tudo. Sem hesitação, sem medo e sem pessimismo. E quem puder: torne-se assinante e nos ajude nesta batalha. Vamos à luta! |
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