domingo, 13 de fevereiro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


“Ele não!”

Parece que o insano não é muito querido nos locais por onde passa e tenta fazer sua propaganda pessoal.

Habitantes da cidade de Anguillara Veneta, na Itália, além de eurodeputados ambientalistas, querem reverter a decisão da prefeitura local de dar a cidadania honorária ao presidente do Brasil. Os moradores da cidade e o Partido Europa Verde local recorreram à Justiça em protesto contra a atribuição de cidadania honorária ao ex-capitão, relatou no sábado (5) o portal UOL.

O UOL revela que teve acesso a um documento de 23 páginas de uma ação popular dos advogados Donato Lettieri, Lucia Colangelo e Giovanni Colangelo, ligados ao partido Europa Verde.

Eles solicitaram que a prefeita Alessandra Buoso e oito vereadores de seu governo a anular a cidadania honorária ao presidente do Brasil, “pois a identidade e imagem da prefeitura foram lesados após terem sido associadas a expressão de valores conflitantes com os valores históricos, tradicionais e culturais do município de Anguillara Veneta”.

Em 1º de novembro de 2021, durante a Cúpula da ONU sobre Mudanças Climáticas em Glasgow, Escócia, Reino Unido, “ele” esteve em Anguillara Veneta, onde participou de um evento para receber o Título de Cidadão Honorário da prefeita da cidade. A concessão foi aprovada uma semana antes, levando a protestos ambientalistas em seguida, que picharam com “Fora Bolsonaro” e esterco a sede da prefeitura local.

Antonio Spada, que assinou a ação popular, se manifesta contra a atribuição de cidadania honorária com base em origens, defendendo que assim ditadores podem receber a honra de forma semelhante, enquanto Angelo Bonelli, eurodeputado do partido Europa Verde, foi mais direto. “Ele causou a morte de 600.000 pessoas, muitos deles índios, o que levou o Senado brasileiro a votar a favor de indiciar o presidente por crimes contra a humanidade”, segundo ele.

Provas contra o insano serão compartilhadas. Polícia Federal afirma que conduta do presidente ao divulgar inquérito sigiloso do TSE em live no ano passado vai ao encontro de outra investigação que corre no Supremo: a da atuação de milícias digitais.

Na terça-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da Polícia Federal, autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos pelo presidente com a investigação sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia e as instituições, segundo o G1.

“Verifico a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas”, escreveu o ministro no texto de autorização.

Ao concluir a investigação, a PF apontou que o presidente cometeu crime de violação de sigilo por divulgar documentos, durante uma live no dia 4 de agosto de 2021, referentes à apuração sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme noticiado.

Agora, a PF afirmou que a conduta dele se assemelhava à atuação das milícias digitais que divulgam informações falsas para atacar a democracia, e por isso pediu, o compartilhamento de dados com o outro inquérito, de acordo com a mídia.

Ao mesmo tempo, Moraes também autorizou o envio da quebra de sigilo telemático do ajudante de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, com um inquérito sobre a divulgação de informações falsas por parte do chefe do Executivo relacionando a vacina contra a COVID-19 com a Aids.

Centrão quer a vice-presidência! Os parlamentares do chamado “centrão” acreditam que a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, traria mais eleitorado para o insano do que ter um militar como vice. Mas o ex-capitão considera ter um membro do Exército consigo mais seguro, uma vez que tentativas de impeachment seriam abafadas.

Após se aliar definitivamente ao centrão com sua filiação ao Partido Liberal (PL), ele agora recebe a forte influência de membros do grupo para conduzir sua campanha de reeleição. Mas ele ainda não divulgou quem será seu vice. Entre uma palavra ou outra, já até declarou que poderia ser novamente o general Hamilton Mourão, mas esse não é o caminho que mais se aponta dentro de seu contexto político.

O machismo é uma das barreiras do demente diante do eleitorado feminino. Desde que entrou para vida política, ele já deu diversas declarações consideradas preconceituosas e misóginas. O centrão, com a escolha de Tereza Cristina, tentaria trazer esse público mais próximo do presidente.

Outro eleitorado que poderia vir com a ministra é o setor do agronegócio, que em 2018 apoiava totalmente o presidente, e agora se encontra dividido em relação ao seu mandato.

Segundo a mídia, ele confia em Tereza Cristina, mas prefere fazer dobradinha com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com quem se sente mais à vontade e com quem acredita ter menores chances de pedidos de impeachment prosperarem.

Afinal, quem manda no governo? Grosseria e desconforto marcaram a visita dos ministros do STF, Edson Fachin e Alexandre Moraes, que visitaram o demente no Planalto para convidá-lo para a posse no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fachin foi eleito Presidente e Moraes é o Vice-presidente.

Mas não era necessária a visita. O convite poderia ter sido formalmente processado entre as equipes cerimoniais do Planalto e do TSE. Mas preferiram a entrega pessoal, mesmo sabendo que a estratégia do anfitrião é criar turbulência e caos permanentes, intimidando o STF e ameaçando desafiar a derrota nas eleições de outubro.

Fachin e Moraes sabiam que encontrariam alguém que, muito recentemente, e em total impunidade, chamou Moraes de canalha e idiota. Sobre Moraes, aliás, há pouco o ex-capitão chegou a ameaçar: “ou esse ministro se encaixa ou pede para sair”.

Durante a visita de cortesia dos ministros do STF, o demente cometeu a descortesia de estar acompanhado da “junta militar” do governo. Mais precisamente, do Comitê Central do Partido Militar.

Nos aproximadamente 9 minutos da audiência, além de alguns bajuladores persistentes, “ele” foi acompanhado da liderança das Forças Armadas e do ministro da Defesa general Braga Neto, que ameaçou que “se não houver votação impressa e auditável em 2022, não haverá eleições”.

Braga Neto, como demonstra a liberdade pornográfica de que ainda goza este conspirador, apesar dos atentados perpetrados contra o Estado de Direito, é beneficiário deste ambiente em que “as instituições funcionam normalmente”.

Sem “farra do boi”! O governo do insano estava acostumado a fazer viagens internacionais com “comitivas” gigantescas. Com o presidente iam os filhos, mulheres dos filhos, cachorros e papagaios, etc. Uma festa com o nosso dinheiro. Mas a coisa é diferente quando se trata da Rússia e de Putin.Sputnik Brasil

A pedido do governo russo, o inominável tem que enxugar a comitiva para diminuir risco de contágio pela Covid. Os ministros da Economia e da Justiça deveriam seguir com o presidente, mas foram desconsiderados para reduzir a comitiva. Autoridades brasileiras serão submetidas a teste quando chegarem a Moscou.

Por solicitação do governo russo, a comitiva do ex-capitão – que embarcará para Moscou na segunda-feira (14) – foi reduzida com o objetivo de diminuir os riscos de contaminação do presidente, Vladmir Putin. É o que está noticiado na coluna de Bela Megale em O Globo.

O demente brasileiro, então, decidiu cortar ministros que viajariam consigo, como o chefe da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Anderson Torres. Entretanto, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deverá ser mantida.

Quem seguirá com o presidente com forte representação é a ala militar, que anteriormente já havia sido confirmada, através dos ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional e Walter Braga Netto, da Defesa.

Mais veneno em nossas mesas! Por 301 a 150, a Câmara dos Deputados aprovou o Pacote do Veneno (PL 6299/2002), na noite de quarta-feira (09), em menos de 4 horas de debate entre a aprovação do pedido de urgência e a votação do projeto de lei. Sem participação popular, o projeto agora segue para apreciação pelo Senado.

O projeto flexibiliza ainda mais o uso de agrotóxicos no país e substitui o atual marco legal (Lei 7.802), vigente desde 1989. Com violação a diversos artigos da Constituição e acordos e tratados que o Brasil ratificou, o projeto prevê a liberação de agrotóxicos cancerígenos; maior poder ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e desautorização da Anvisa e Ibama; e abre espaço para uma “indústria” de Registros Temporários.

A aprovação do PL na Câmara marca um retrocesso histórico, diante do contexto de crise econômica e de crescimento da fome pelo qual o Brasil atravessa. Mais de 116,8 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, organizado pela Rede PENSSAN.

Para Alan Tygel, integrante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, a aprovação do Pacote do Veneno é “uma verdadeira derrota civilizatória”. E completa: “Num momento em que o mundo está buscando menos poluição, menor uso de recursos naturais, menos contaminação e emissões de produtos poluentes e tóxicos, o que fazemos aqui? O oposto: libera geral para os agrotóxicos. Vemos um grupo de supostos representantes da população decidindo algo completamente oposto ao verdadeiro desejo da sociedade. Além disso, vence o discurso de que vale tudo para produzir mais soja, enquanto o povo passa fome na fila do osso. Somos os campeões da soja e da fome. A quem interessa isso?”, questiona Tygel.

Karen Friedrich, pesquisadora da Fiocruz e membro GT Saúde e Ambiente da Abrasco, afirma que as modificações previstas no PL permitirão a liberação de agrotóxicos ainda mais danosos sejam autorizados no Brasil. “Agrotóxicos com maior risco de câncer, de problemas reprodutivos e hormonais e malformações em bebês terão mais facilidade para serem registrados. Os danos são imprevisíveis, para quem mora próximo das lavouras ou de indústrias fabricantes e principalmente para quem trabalha nesses locais”.

O pedido de urgência para a votação do PL pelo plenário da Câmara partiu dos parlamentares Luiz Nishimori (PL/PR), Wellington Roberto (PL/PB), Pedro Lupion (DEM/PR), Isnaldo Bulhões Jr. (MDB/AL), Aline Sleutjes (PSL/PR), Nivaldo Albuquerque (PTB/AL), Cacá Leão (PP/BA), Efraim Filho (DEM/PB), Antonio Brito (PSD/BA), Alê Silva (PSL/MG), Vitor Hugo (PSL/GO) e Paulo Ganime (NOVO/RJ).

A democracia caminha em Honduras. O Diário Oficial de Honduras divulgou no domingo (06) a promulgação da Lei de Anistia para Presos Políticos, destinada a funcionários do governo do ex-presidente Manuel Zelaya que foram presos por se oporem ao golpe militar que depôs o mandatário em 2009.

A legislação, denominada “Lei para a reconstrução do Estado constitucional de direito e para que os fatos não se repitam”, foi aprovada em 2 de fevereiro pelo Congresso Nacional, liderado pelo deputado Luis Redondo, e pela presidente recém-eleita, Xiomara Castro, que assumiu o governo em 27 de janeiro.

A norma concede “anistia geral, ampla e incondicional” a funcionários ou autoridades eleitas durante o governo de Zelaya que foram “vítimas do golpe de estado, requeridas, acusadas ou processadas criminalmente por se oporem e protestarem contra o golpe de estado e por atos inerentes ao exercício de sua função pública, processos que foram descritos como politicamente motivados”.

Também favorece aqueles que se manifestaram e foram “reprimidos por ações policiais e militares, e criminalizados pelo Ministério Público e pelo Judiciário por motivações obviamente políticas”, e condena o golpe militar.

Uruguai busca o caminho. Fernando Pereira, ex-líder do sindicato uruguaio PIT-CNT, assumiu a presidência da oposição Frente Ampla (FA), com apelos para reconectar a coalizão de esquerda com a militância no terreno.

Um mês e meio depois de vencer a FA interna, Pereira assumiu oficialmente o cargo neste sábado em um ato realizado no teatro El Galpón, em Montevidéu.

O ex-sindicalista apresentou sua equipe de liderança e garantiu que “os votos do Sim (no referendo de março) não serão dentro de nossas dependências, serão fora, nos bairros, na comunidade”.

Em seu discurso, ele disse que a coalizão do governo de direita não está preparada para governar, e assegurou que “os ventos da mudança estão soprando, porque quando o neoliberalismo reaparece, ele volta a concentrar a riqueza e esquece os mais pobres, e o povo acorda e muda novamente”.

Pereira afirmou que até 27 de março, a principal tarefa é construir uma maioria modesta, mas atrás das organizações sociais, dos uruguaios que lideraram a campanha para revogar 135 artigos da Lei de Consideração Urgente (LUC).

Argentina assina acordo com a China. No domingo (06) terminou a visita oficial do presidente Alberto Fernández à China. O objetivo dessa viagem era expandir o swap de US$ 3 bilhões que o BCRA mantém em moedas chinesas para tornar as reservas dessa entidade menos voláteis.

Mas o que o presidente Fernández levou para o seu país foi a entrada do país no projeto da Rota da Seda (fizemos uma série de artigos sobre o tema), estratégico para a potência asiática, a prorrogação de um crédito suspenso em 2018 para obras de infraestrutura também de interesse chinês e a promessa de um novo crédito substituto para a moeda do FMI (SDR) atrelada ao acordo do governo da Frente de Todos com o Fundo. Ou seja, o que foi assinado é em benefício da China e a promessa é sobre o que Alberto foi buscar, mas ao contrário do que o presidente anunciou, depende do acordo com o Fundo. A aceitação de Fernández do convite para participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim é mais um passo em sua dedicação, desta vez ao imperialismo chinês, ainda que seja anunciado o contrário.

A Argentina receberá mais de US$ 23,7 bilhões (R$ 126,2 bilhões) para financiar obras e investimentos. O financiamento será recebido em duas áreas: uma já aprovada no valor de US$ 14 bilhões (R$ 74,6 bilhões) sob o mecanismo do Diálogo Estratégico para a Cooperação e Coordenação Econômica; e o outro de, aproximadamente US$ 9,7 bilhões (R$ 51,6 bilhões) que o país apresentará no Grupo de Trabalho Ad Hoc, criado por ambas as nações para iniciar a colaboração.

Paralelamente, no marco da visita à China de Alberto Fernández, Buenos Aires e Pequim firmaram três documentos de cooperação nas áreas de desenvolvimento sustentável, economia digital, área espacial, tecnologia e inovação, educação e cooperação universitária, agricultura, ciências da terra, mídias públicas de comunicação e energia nuclear.

Insônia na Casa Branca. A Argentina se junta assim ao grupo de países latino-americanos que hoje têm a China como principal parceiro comercial, como Chile, Peru, Bolívia e Venezuela. O chanceler Santiago Cafiero afirmou que a incorporação do país à Rota da Seda é “uma decisão estratégica” e “um novo marco na relação bilateral” com a China.

Os acordos alcançados estão relacionados ao desenvolvimento verde, economia digital, desenvolvimento espacial, tecnologia e inovação, educação universitária e cooperação, agricultura, ciências da terra, mídia pública e energia nuclear.

Segundo comunicado da presidência, a Argentina receberá financiamento em duas parcelas, uma inicial de 14 bilhões de dólares divididos em dez projetos de infraestrutura – infraestrutura entre os quais uma quarta Usina Nuclear, linhas de transmissão, gasodutos, barragens e ferrovias.

O documento indica que serão promovidos investimentos estrangeiros da China na Argentina em setores estratégicos como energia e eletromobilidade e exportações do país sul-americano. Será feito um trabalho para ampliar a participação de fornecedores argentinos em obras de infraestrutura e serão aceleradas as negociações e autorizações sanitárias e fitossanitárias para estimular as exportações argentinas para a China, acrescentou.

Julgamento da golpista! O Comitê de Julgamento dos Líderes do Golpe de 2019 pediu, na quarta-feira (09) para acelerar os procedimentos legais contra a golpista Jeanine Áñez por sedição. O primeiro julgamento oral contra ela começou na quinta-feira (10) na capital do país sul-americano.

Este é o julgamento batizado de Golpe de Estado II, e Jeanine Áñez é acusada de violação de deveres e resoluções contrárias à Constituição por ter assumido a presidência em 12 de novembro de 2019 sem cumprir os requisitos institucionais necessários.

Segundo o Ministério Público, a ex-senadora cometeu várias violações da Carta Magna e do regulamento da Assembleia Legislativa Plurinacional antes de se proclamar presidente de fato em 12 de novembro de 2019.

Após o golpe contra Evo Morales, a presidência interina do país deveria caber a um parlamentar do governista Movimento pelo Socialismo (MAS), já que tinha a maioria das cadeiras, e não ao bloco de oposição do qual Áñez fazia parte. O Ministério Público está pedindo pena máxima!

Durante o julgamento também será analisada a participação de políticos, policiais, militares e pessoas da sociedade civil que colaboraram na sucessão irregular de Jeanine Áñez.

O líder do Movimento ao Socialismo (MAS) na Câmara dos Deputados, Gualberto Arispe, logo descreveu a greve de fome iniciada por Áñes como uma ação política de vitimização, cujo objetivo é evitar o processo judicial.

Greve geral na Colômbia. O Comitê Nacional de Greve da Colômbia e a Unidade Central de Trabalhadores (CUT) convocaram na quarta-feira um novo dia de mobilizações pacíficas que ocorrerão em 3 de março de 2022, contra as políticas do governo de Iván Duque.

Esses grupos convocam um grande protesto nacional “diante da gravidade dos acontecimentos econômicos, políticos e sociais que nosso país vive, diante de ameaças e chantagens sistemáticas, estigmatização, assassinato de dirigentes sociais e sindicais e na diante de graves atos de fome que são patrocinados e promovidos pelo governo nacional”.

O governo, destacou a Comissão, tem autorizado aumentos nos serviços públicos domésticos de mais de 10 por cento, também na gasolina de cerca de 11 por cento e na taxa de juro de cerca de 28 por cento.

Outro dos argumentos para a chamada greve se baseia na incapacidade do governo de manter o preço do dólar estável, o que afeta o consumo e a importação de alimentos, que são cerca de 14 milhões de toneladas de alimentos importados.

Com relação à comemoração do Dia Internacional da Mulher em 8 de março, como um dia de luta, o Comitê propõe seminários e oficinas para reivindicar os direitos das mulheres colombianas.

Por outro lado, várias organizações colombianas denunciaram a violência policial durante a Greve Nacional. A plataforma Tremors, que fez um acompanhamento durante os dias de mobilização, estimou que o surto social colombiano deixou um saldo de 5.048 casos de violência policial.

No Mexico, mulheres seguem na luta! Organizações e grupos feministas no México divulgaram nesta terça-feira uma convocação para realizar o que chamam de “um varal maciço para denúncias” de perseguidores e estupradores, no preâmbulo das atividades em torno do Dia Internacional da Mulher, dentro de um mês.

Dentro das organizações convocadas, Mujeres de la Sal especificou em um comunicado que “não importa em que parte do país você mora, você pode se juntar ao varal de reclamações em massa, coletivamente ou com seu grupo de amigos”, com o qual abriram as portas da convocação.

A convocação acontece quando falta um mês para a comemoração do Dia Internacional da Mulher, antes do qual as organizações feministas convocaram suas congêneres a realizarem uma atividade conjunta.

Nesse sentido, a Justicieras Radicales anunciou que além do varal presencial, tem um varal virtual, e convidou a acrescentar reclamações também. Ressaltaram, nesse sentido, que para o dia 8 de março criaram uma campanha para receber as denúncias e esperam continuar preenchendo o espaço virtual.

No já existente varal virtual das Justiças Radicais há casos de assédio a professoras, instrutoras de ginástica, policiais e militares, entre outros. Também denunciam estupradores, cujas ações ficaram impunes, e homens que cometem violência sexual nas redes sociais.

Naquele Estado genocida... O Movimento dos Prisioneiros Palestinos declarou a próxima segunda-feira como Dia de Fúria em todas as prisões israelenses em protesto contra as medidas repressivas que estão sendo adotadas contra eles nos centros de detenção da nação hebraica.

Em comunicado, a organização convocou o povo palestino nos territórios ocupados e no exterior a realizar atividades de solidariedade com os prisioneiros durante esses dois dias.

O Movimento Cativo também anunciou que os prisioneiros palestinos nas prisões israelenses se recusarão a passar pela verificação diária de segurança como parte das medidas de protesto que serão tomadas gradualmente nos próximos dias.

Depois que seis palestinos conseguiram escapar da prisão de Gilboa na parte norte dos territórios ocupados através de um túnel subterrâneo em 6 de setembro de 2021, o regime de Tel Aviv implementou uma campanha repressiva contra mais de 4.500 presos políticos palestinos em prisões israelenses.

Ataque contra a Síria. Um ataque com foguetes de Israel contra posições militares perto de Damasco, a capital síria, deixou um soldado morto e mais cinco feridos, informou uma fonte militar síria na quarta-feira.

A agência de notícias estatal síria SANA disse que, segundo a fonte, os mísseis israelenses foram lançados “da direção sudeste de Beirute” e “da direção das Colinas de Golã” contra posições próximas à capital síria.

O informante especificou que o sistema de defesa antiaérea sírio conseguiu interceptar alguns foguetes.

O Exército israelense, por sua vez, afirmou que seus militares responderam a um lançamento de míssil de Damasco em direção ao seu território.

Um porta-voz militar israelense mencionou que suas forças atacaram baterias de mísseis sírios.

Só pode ser piada! Quem leu a nossa série de artigos sobre a crise na Ucrânia vai lembrar que falamos da enorme importância do gás russo para manter a economia e a vida na Europa. Agora vemos uma notícia que é pura propaganda estadunidense para espalhar mais “terror”. E a matéria nasce de uma declaração de um senador estadunidense.

Segundo Mitch McConnell, líder da minoria no Senado dos EUA, Mitch McConnell, o chanceler da Alemanha, Olaf Schol, teria dito que “se a invasão da Ucrânia pela Rússia acontecer, o Nord Stream 2 não seguirá em frente”! E estamos rindo de perder o fôlego ao ler essa matéria.

Acontece que, como já noticiamos em Informativos anteriores, o Nord Stream 2 já está pronto e só aguarda que a Rússia inicie o envio do gás para abastecer a Europa. Ou seja, não tem mais como parar a obra que já está concluída.

Como demonstramos nos nossos artigos, construído para levar gás da Rússia diretamente à Alemanha através do Mar Báltico, o Nord Stream 2 é um projeto milionário dos dois governos. Desde o mandato da ex-chanceler Angela Merkel, Berlim se negava a usar o gasoduto como meio de pressão contra Moscou. Tanto Ucrânia, como Polônia e Estados Unidos pressionam pelo fim do projeto.

No caso da Ucrânia, sabemos que a motivação é a perda de 2% do seu PIB se a nova linha entrar em funcionamento. E os EUA lutam contra o gasoduto porque vão perder milhões de dólares com a paralisação da compra de gás liquefeito que vem vendendo à Europa.

Então, a afirmação do tal “senador” é balela! O gasoduto já está pronto e aguardando para entrar em operação.

Ah! Então tá, então. Será que esses burocratas ou criadores de propaganda a favor dos EUA conseguem ter alguma noção da realidade? Ou escrevem apenas por escrever porque são mandados?

Vejo agora matéria hilária sobre a OTAN dizendo que “eles” já estão com um “plano” pronto para construir um gasoduto que conectaria a Espanha e a França a fim de reduzir a dependência da Europa do gás natural russo, informa jornal espanhol La Vanguardia citando fontes anônimas no governo do país.

AH! Então tá, então. Será que sabem quanto custa um investimento desses?           

A estrutura proposta poderia ser utilizada para transferir cerca de sete bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano a partir da Argélia e de fornecimentos estrangeiros de gás natural liquefeito (GNL). Este último poderia ser armazenado e processado em oito usinas de GNL localizadas em Espanha e Portugal, diz o jornal.

O preço havia ultrapassado pela primeira vez o limite de US$ 1.000 (cerca de R$ 5.326) por mil metros cúbicos, uma vez que os reservatórios da União Europeia (UE) estavam meio cheios após um inverno rigoroso, e acabaram por chegar a US$ 2.000 (em torno de R$ 10.653) no final do ano.

Vamos pensar melhor? Essa é a ideia que nos surge diante da posição de alguns países europeus que dependem do gás russo e temem que o projeto seja fechado.

Na terça-feira (8), o ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg, afirmou que as medidas punitivas contra a Rússia não deveriam incluir o gasoduto Nord Stream 2, o que já foi defendido por políticos nos Estados Unidos e na UE, incluindo o presidente norte-americano, Joe Biden.

Os comentários do ministro austríaco em relação à crise nas fronteiras russas e ucranianas ocorreram durante coletiva de imprensa ao lado dos chanceleres Ivan Korcok (República Tcheca), Ivan Korcok (Eslováquia) e Dmytro Kuleba (Ucrânia). Schallenberg ressaltou que a Áustria não quer apoiar sanções, mas que o fará caso seja necessário.

Exercícios militares. As forças armadas da Rússia e da Bielorrússia iniciaram na quinta-feira os exercícios conjuntos Allied Determination-2022, que estão sendo realizados em território bielorrusso, em meio a tensões entre o Ocidente e Moscou sobre a Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo anunciou que os exercícios militares durarão até 20 de fevereiro na Bielorrússia e consistem em repelir agressões estrangeiras e também ações antiterroristas.

Para esses exercícios, sistemas de defesa antiaérea de longo alcance S-400 foram implantados em uma base militar na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia e a Polônia.

A Rússia também relatou a participação de aeronaves de ataque ao solo Su-25SM, que geralmente são baseadas no Extremo Oriente, e uma dúzia de caças Su-35 de quarta geração.

A Rússia e a Bielorrússia defenderam a transparência dos exercícios militares, que não ultrapassariam os limites previstos nos acordos internacionais.

Moscou e Minsk acusaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de dobrar seus exercícios no ano passado e expandir sua presença perto das fronteiras de ambos os países.

Moscou garante que as unidades russas retornarão às suas localizações ao final dos exercícios.

Barbas se molho e muito medo. Não sabemos se todos os leitores do nosso Informativo estão acompanhando os detalhes da atual crise na Ucrânia e as pretensões da OTAN. Mas a matéria que recebemos é, realmente, muito séria! E estamos falando de uma “Declaração Conjunta” dos governos da Rússia e da China, divulgada no início da semana.

Para começar a nossa matéria devemos dizer que essa declaração da Rússia e da China é o pior pesadelo do imperialismo ocidental e só é agravado pelo fato de que não há nada que o Ocidente possa fazer para impedir, se opor ou mesmo pará-lo. o progresso da Rússia e da China em direção ao seu objetivo e futuro comuns.

Sim, sabemos que poucos tiveram a paciência para ler a íntegra da “Declaração”, com cerca de 5.300 palavras. Mas vamos destacar alguns pontos que consideramos muito importantes para o entendimento dessa Declaração.

Logo no início, o documento diz que “Alguns atores que representam uma minoria em escala internacional continuam a defender abordagens unilaterais aos problemas internacionais e recorrem à força; interferem nos assuntos internos de outros Estados, violando seus direitos e interesses legítimos, e incitam contradições, diferenças e confrontos, dificultando o desenvolvimento e o progresso da humanidade, diante da oposição da comunidade internacional”. Esse é um recado claro para a Casa Branca e seus fantoches pelo mundo.

E agora vem a parte que aterrorizou os analistas de Washington pois o documento diz que “As partes (Rússia e China) reafirmam seu foco na construção da Grande Parceria Eurasiática em paralelo e em coordenação com a construção do Cinturão e Rota para fomentar o desenvolvimento de associações regionais, bem como processos de integração bilateral e multilateral em benefício dos povos do continente Eurasiático. As partes concordaram em continuar a intensificar constantemente a cooperação prática para o desenvolvimento sustentável do Ártico”.

Isso fez tremer as estruturas do Pentágono e originou a série de novas acusações e notícias alarmistas partidas de Washington. A imprensa “domesticada” diz que Biden mandou os cidadãos estadunidenses saírem da Ucrânia porque a “guerra é iminente”. Pura propaganda, porque Putin já disse que não quer a guerra, mas responderá se for necessário.

De toda forma, recomendamos a leitura da Declaração, na íntegra, para podermos acompanhar os próximos lances dessa disputa.

EUA: campanha contra os livros! Para todos os que já esqueceram, em maio de 1933, no auge do surgimento do nazismo, aconteceu um capítulo triste e humilhante da história da humanidade quando estudantes nazistas queimaram em praça pública milhares de livros ditos como “decadência e corrupção moral”. Livros que eram ditos como contrários à filosofia nazista eram queimados em uma grande fogueira.

Mais de 80 anos depois dessa vergonha vemos que algumas cidades estadunidenses estão seguindo o exemplo e proibindo a leitura de alguns livros por parte de jovens e adolescentes.

Por exemplo, o conselho escolar do condado de McMinn, no estado do Tennessee, votou unanimemente a favor da proibição de um dos os livros autobiográficos mais conhecidos sobre Auschwitz, a graphic novel “Maus”, vencedora do Prêmio Pulitzer de Art Spiegelman. O romance descreve as experiências dos pais de Spiegelman, Vladek e Anja, antes, durante e depois de sua prisão em Auschwitz. A obra, em formato de quadrinhos, apresenta judeus como ratos e alemães como gatos, e o campo de extermínio de Auschwitz é chamado de “Mauschwitz”.

Mais do que McMinn County não está sozinho na censura de livros. A luta por justiça racial que se seguiu à morte de George Floyd às mãos da polícia na cidade de Minneapolis em maio de 2020 revitalizou o interesse em ensinar literatura sobre raça e racismo e em obras escritas por autores de comunidades marginalizadas ou relativas a eles. Isso liderou uma campanha contrária a para proibir tais livros, que havia sido coordenada por grupos conservadores como “Moms for Liberty”, “Parents Defending Education” e “Não à esquerda na educação”, que teve apoio financeiro de bilhões de dólares. Livros com temas relacionados à comunidade negra ou LGBTQ+ são os mais combatidos e visados por esses grupos.

Pois é... Livros esclarecedores não pode, mas armas são livres.

Recorde de mortes por armas de fogo! De acordo com o Pew Research Center, 2020 marcou o pico mais alto de assassinatos e suicídios desde 1968 nos EUA, um número mais alto do que qualquer outro país do mundo.

Ser assassinado em uma rua, casa ou escola por lá é uma ocorrência comum. Uma declaração de guerra não é necessária. Estatísticas recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – como é chamada a Agência Federal de Saúde Pública nos EUA – confirmam que 2020 foi o ano com mais mortes causadas por armas de fogo entre todas as registradas. Um estudo publicado em 3 de fevereiro pelo Pew Research Center, com base nessas fontes oficiais, indica que 45.222 pessoas foram mortas a tiros. De acordo com o think tank, "esse número inclui assassinatos e suicídios com armas de fogo, juntamente com três outros tipos menos comuns de mortes relacionadas a armas rastreadas pelo CDC: aquelas que não foram intencionais, aquelas que envolveram a polícia e aquelas cujas circunstâncias não eram conhecidas. " eles foram capazes de determinar. Do número recorde de dois anos atrás, surge outro de constatação assustadora: 54% de todas as mortes relacionadas a armas nos Estados Unidos foram por suicídio (24.292), enquanto 43% foram assassinatos (19.384), segundo o CDC. Uma porcentagem menor está contida em outros itens.

Mas não sabem onde fica a Ucrânia! “Quando solicitados a encontrar a Ucrânia em um mapa da Europa, apenas cerca de um em cada três eleitores localizou corretamente o país”, disse o relatório da Morning Consult publicada nesta quarta-feira (9).

Os dados da pesquisa também descobriram que os eleitores que podem identificar a Ucrânia em um mapa são mais propensos a apoiar respostas políticas mais fortes contra a Rússia. Quase três quartos dos que conseguiram encontrar a Ucrânia disseram que apoiariam a expulsão da Rússia do sistema bancário internacional SWIFT.

Cerca de 50% apoiaram o envio de mais armas para a Ucrânia, embora esperem que a diplomacia resolva o conflito.

A inflação mais alta em 40 anos. A Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (10) que o índice de preços ao consumidor estadunidense subiu 7,5% em 12 meses encerrados em janeiro, a maior taxa em quase 40 anos.

O índice foi o maior aumento anual desde fevereiro de 1982. Somente em janeiro, os preços subiram 0,6%, taxa maior do que os economistas do país previam, segundo a emissora CNN.

Para chegar a esse resultado, a inflação foi impulsionada pelas altas em diversos setores, como na alimentação, quando em janeiro o índice bateu 0,9%, ante apenas 0,5% em dezembro.

Os preços da energia também subiram. A eletricidade atingiu alta de 4,2%, sendo 0,9% maior em relação ao mês anterior.

No setor de moradia, os EUA viram aumentar em 0,3% os custos. No entanto, os preços de hotéis caíram, podendo indicar uma queda no turismo por conta da pandemia da covid-19, em especial do aumento da variante ômicron no final de 2021.

A dívida pode explodir! A dívida nacional dos EUA provavelmente é muito maior do que Washington admite, e o País não tem chance de sair de seu atual buraco, disse o investidor norte-americano Jim Rogers.

A dívida dos EUA ultrapassou US$ 30 trilhões pela primeira vez na história no mês passado, “mas há dezenas de trilhões a mais de dívida fora do balanço”, disse Rogers à emissora russa RT. O investidor disse que acha que a carga real da dívida é sete vezes o valor oficial.

Rogers disse acreditar que a estratégia dos EUA agora é sentar e esperar até que a próxima geração tenha que lidar com o problema da dívida. “Não é um bom momento para ser um jovem americano”, disse o investidor, que preside a Beeland Interests, Inc. Ele foi cofundador do Quantum Fund e do Soros Fund Management.

A dívida oficial bruta ultrapassou a marca de US$ 30 trilhões em 1º de fevereiro. O aumento de US$ 7 trilhões foi impulsionado pelo dinheiro gasto pelo Tesouro norte-americano para combater a pandemia.

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