sábado, 5 de março de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Ministra foi dizer besteiras na ONU.

E, o que é pior, com o nosso dinheiro! Quanto custou a viagem, hospedagem e alimentação da ministra Damares Alves e sua equipe para participação na 49ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas? Isso saiu do nosso bolso, ou seja, dos nossos impostos!

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) repudiou o discurso do Brasil durante o Segmento de Alto Nível da ONU. Segundo a denúncia, a ministra usou “dados distorcidos e descolados do real quadro de violações de direitos dos povos indígenas”. O pronunciamento do Estado brasileiro foi realizado pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, na última segunda-feira. A ministra afirmou que 85% da população indígena foi vacinada, refere-se a uma contagem limitada, sob o critério equivocado de “indígenas aldeados, ou seja, aqueles que vivem nos territórios demarcados, ignorando que seu próprio governo paralisou o processo de demarcações e os indígenas em contextos urbanos”.

Segundo o Cimi, “na verdade, o governo vem promovendo um apagão de dados sobre a Covid-19 e não pode dar certeza da porcentagem apontada. O vírus que chegou às aldeias e provocou inúmeras mortes foi levado para dentro dos territórios indígenas, em sua grande maioria, por invasores que seguem atuando ilegalmente nestas áreas em plena pandemia, livres das ações de fiscalização e proteção do governo. Em muitas aldeias, a pandemia levou as vidas de anciões e anciãs que eram verdadeiros guardiões da cultura, da história e dos saberes de seus povos, representando uma perda cultural inestimável – não só para os povos indígenas diretamente afetados, mas para toda a humanidade. Segundo dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), mais de 68 mil indígenas foram contaminados pela Covid-19 e pelo menos 1.283 morreram por complicações da doença até 28 de fevereiro de 2022.”

Ainda de acordo com o Cimi, “a chamada ‘regularização fundiária’ trata-se na verdade de titulação privada de invasores de terras protegidas e de territórios indígenas, o que vem estimulando ainda mais o desmatamento na Amazônia e demais biomas. Em 2020 proliferaram os casos de ‘invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio’ aumentaram, em relação ao já alarmante número que havia sido registrado no primeiro ano do governo Bolsonaro. Foram 263 casos do tipo registrados em 2020 – um aumento em relação a 2019, quando foram contabilizados 256 casos, e um acréscimo de 137% em relação a 2018, quando haviam sido identificados 111 casos. Este foi o quinto aumento consecutivo registrado nos casos do tipo, que em 2020 atingiram pelo menos 201 terras indígenas, de 145 povos, em 19 estados.”

Ciência e educação não interessam para eles. O Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB) analisou a evolução das despesas (valores aprovados – dotação inicial) do Orçamento da União e investimentos do governo nas áreas de Educação, Ciência e Tecnologia de 2000 a 2022. Os valores foram corrigidos pela inflação acumulada (IPCA).

Apesar de o orçamento aprovado para 2022, ano eleitoral, ser o maior da série analisada, Educação, Ciência e Tecnologia não são prioridades do governo. Após 8 anos em ritmo de crescimento, o orçamento destinado para investimentos, melhorias e criação de novas políticas públicas vem caindo expressivamente desde 2014.

Em 2022, a rubrica atingiu uma das suas piores marcas, com valores semelhantes aos observados no país entre 2000 e 2007, mostra o trabalho “O orçamento da Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil: 22 anos de avanços e retrocessos”, de Joyce Luz, João Feres Júnior e Debora Gershon.

Os valores de investimentos, não apenas nas duas áreas, vêm caindo vertiginosamente no Brasil. Após 8 anos de valores crescentes, durante os governos do PT, com pico de R$ 139 bilhões em 2013, o montante aprovado para caiu para um patamar de aproximadamente R$ 40 bilhões durante o Governo Bolsonaro, ou seja, foi reduzido a menos de um terço do maior valor da série.

O Ministério da Educação receberá em 2022 apenas R$ 3,45 bilhões para investimentos em todo o país. A porcentagem de investimentos no orçamento da Pasta vem caindo após o pico de 17% em 2015. O Governo Temer reduz os investimentos para 10%, e, no Governo Bolsonaro, essa parcela é reduzida a 8%.

Privatiza e entrega o país. Com o fechamento de uma unidade da Petrobras e da venda de três das fábricas de fertilizantes que existiam no país e que fazem parte do processo de desmonte e privatização da estatal em curso desde setembro de 2016, o Brasil se tornou dependente da importação de fertilizantes, cujo um dos maiores fornecedores é a Rússia.

Dessa forma, o Brasil se encontra em uma situação delicada em relação à intervenção da Rússia na Ucrânia. Em reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho reafirmou o voto do Brasil condenando o conflito, mas alertou que sanções econômicas de Europa e Estados Unidos mais o envio de armas para a Ucrânia podem piorar a situação. Bolsonaro, defende que o Brasil adote uma posição neutra em relação ao conflito.

O Brasil é o quarto maior produtor de grãos do planeta e o segundo maior exportador e precisa dos fertilizantes da Rússia.

Segundo o coordenador Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, nesses momentos de crise, como uma guerra, fica mais evidente o alto nível de dependência do Brasil de outros mercados. “Dependemos da importação de fertilizantes principalmente da Rússia, que antes a Petrobras produzia em Sergipe, Bahia e Paraná. Da mesma forma, a política de preços dos combustíveis, a privatização e subutilização de nossas refinarias, vêm tornando o país dependente da importação de derivados do petróleo. Há alguns anos, chegamos à autossuficiência em extração e quase nos tornamos autossuficientes no refino. Cada vez mais, o consumidor e o próprio mercado interno vêm percebendo que privatizar setores estratégicos do Estado tem impacto direto na soberania nacional”.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras no Paraná (Fafen-PR), em Araucária, está fechada desde março de 2020. Esta era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.

A Fafen-BA – cujo principal produto são amônia, ureia, gás carbônico e Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32) –, foi hibernada em 2018 e arrendada à Proquigel, subsidiária da Unigel, em 2020, bem como a Fafen-SE, produtora de ureia fertilizante, ureia para uso industrial, amônia, gás carbônico e sulfato de amônio (também usado como fertilizante). No último dia 4 de fevereiro, o grupo russo Acron comprou a fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, que está com mais de 80% das obras concluídas. Essa última, quando começar a operar, terá capacidade de produzir 3.600 toneladas de ureia e 2.200 de amônia por dia.

“Com a corda no pescoço”. A expressão é antiga, mas simboliza muito bem a família brasileira durante o governo do insano.

Pesquisa realizada em janeiro de 2022 pela fintech Acordo Certo revelou que 88% dos consumidores possuem dívidas e, desses, 57% afirmaram que está difícil suprir todas as necessidades básicas com a renda mensal. O estudo mostrou, ainda, que 32% dos consumidores entrevistados estão mais endividados neste ano do que no início de 2021. O que significa 4% de crescimento em relação ao ano passado.

O mês de janeiro registrou uma inflação acumulada em 12 meses de 10,38% e o salário mínimo não cresceu na mesma proporção.

Já de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas e/ou contas em atraso apresentou, em fevereiro, o maior patamar desde março de 2010.

“Alcançando 27% dos lares, o indicador de inadimplência apresentou, em fevereiro, aumento de 0,6 ponto percentual (pp) em relação a janeiro e de 2,5 pp na comparação com fevereiro de 2021. Já a parcela que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente, ela também acirrou na passagem mensal, com aumento de 0,4 pp, a proporção chegou a 10,5%, mesmo percentual de fevereiro do ano passado”, disse a CNC.

Segundo a pesquisa, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) atingiu 76,6% em fevereiro, retomando o nível apurado em dezembro de 2021. Há um ano, a proporção de endividados era de 66,7%, 9,9 pp abaixo do número atual.

O endividamento e a inadimplência cresceram entre os dois grupos de renda pesquisados. Nas famílias com ganhos até 10 salários mínimos, o percentual de endividados aumentou 0,4 pp, chegando a 77,8%. Já na parcela com renda acima de 10 salários mínimos, a proporção de endividados alcançou maior patamar histórico, 72,2%, com incremento anual de 10,1 pontos. Entre os indicadores de inadimplência, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até 10 salários mínimos atingiu o maior nível da série histórica para meses de fevereiro, 30,3%. Um ano antes, essa proporção era de 27,4%. Na parcela com maiores ganhos, o número também aumentou, chegando a 12,6%, o maior percentual desde abril de 2018.

América Latina: mulheres são as mais afetadas. A economia do cuidado com as consequências da pandemia é fundamental para uma recuperação econômica sustentável na América Latina, já que deixou a pior contração econômica e crise social dos últimos anos, que impactou fortemente as mulheres com desemprego, perda de renda e aumento da carga de cuidados, disse o Dr. Ana Güezmes García, diretora da divisão de assuntos de gênero da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Ela especificou que as mulheres da Região trabalham mais e ganham menos, dedicam três vezes mais tempo do que os homens ao trabalho de cuidado e "a má notícia" é que a dinâmica não mudou, pois elas continuaram a ser responsáveis ​​pelas mulheres apesar de o confinamento era compartilhado com os homens, devido a essa cultura de privilégio patriarcal, machista e machista, que impacta sobremaneira a distribuição de recursos, tempo, poder e trabalho.

A Dra. Güezmes García fez a palestra remota "A Sociedade do Cuidado como horizonte para uma recuperação sustentável com igualdade de gênero", organizada pelo Instituto Nacional da Mulher (INMUJERES) e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no marco da XV Conferência Regional sobre a Mulher na América Latina e no Caribe.

Os governos, disse ela, estão tomando medidas para responder à crise de cuidados aprofundada pela pandemia, mas os desafios permanecem.

Seis em cada 10 mulheres na região estão concentradas em setores de alto risco afetados pela pandemia, como manufatura, comércio, trabalho doméstico remunerado e turismo.

De acordo com ela, os países devem tomar medidas como aumento do salário mínimo ou transferências contributivas que ajudem as mulheres a ter renda e não avancem na feminização da pobreza.

Também é necessário um novo pacto fiscal, que aumente progressivamente a arrecadação e oriente estrategicamente os gastos e investimentos para uma recuperação transformadora com igualdade entre homens e mulheres.

“A sociedade do cuidado deve ser o horizonte para uma recuperação transformadora e sustentável com igualdade de gênero. Precisamos de uma mudança urgente no estilo de desenvolvimento para avançar para uma sociedade solidária em que a interdependência entre as pessoas seja reconhecida; entre processos de produção e reprodução social; e isso coloca a sustentabilidade da vida humana e do planeta no centro”, explicou.

Um encontro para o futuro? Lula da Silva reuniu-se com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para articular uma política regional progressista. Isso não foi possível nos mandatos anteriores de Lula porque o México era governado por políticos de direita, que apoiou a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), o projeto mais importante dos Estados Unidos para toda a América Latina, excluindo Cuba.

O café da manhã da reunião, que durou cerca de quatro horas, foi sem uma agenda formal, “entre políticos amigos e líderes sociais que lutam pelo povo e por mudanças positivas na América Latina e no mundo”, disse o presidente mexicano. Lula, por sua vez, prometeu formar um corredor progressista na América Latina com os dois países como polos, caso vença as eleições presidenciais.

Lula chegou ao México na segunda-feira (28) e foi recebido pelo chanceler Marcelo Ebrard, que assegurou que ele era “um grande amigo do México e da causa da justiça”. “Você começa uma visita ao nosso país, onde é amado e respeitado. Muito feliz em vê-lo entre nós”, disse ele em suas redes sociais.

López Obrador recebeu seu “amigo” na quarta-feira – fora da agenda oficial – em um “encontro fraterno”, pois a relação que mantém com Lula não é “entre governos”. “Estamos unidos pela irmandade de nossos povos e pela luta por igualdade e justiça”, tuitou ele junto com uma foto em que eles apertam as mãos sorrindo. AMLO esclareceu que tem uma relação amistosa com Bolsonaro.

O chefe de Estado mexicano expressou sua simpatia e admiração pelo político que governou o Brasil entre 2003 e 2010. "É um líder reconhecido, muito importante no Brasil, na América Latina e, eu diria, no mundo, e também por receber com respeito, com admiração, porque foi vítima de um ato autoritário, repressivo, fabricaram-se crimes e ele foi preso injustamente", disse.

Por sua vez, Lula disse que López Obrador “conseguiu afirmar a autonomia do México sem criar antagonismos, contribuindo para uma relação mais equilibrada em nosso continente, essencial para o desenvolvimento latino-americano”. E afirmou que a partir de 2023 a relação entre Brasil e México será mais forte do que nunca e que voltará a visitar o Palácio Nacional, já como presidente.

Todos estão atentos! Por ocasião de sua visita ao México, Lula respondeu a um questionário do jornal mexicano La Jornada, onde destacou que o México vive um momento importante com o governo progressista de Andrés Manuel López Obrador, e destacou que a relação entre Brasil e México é importante por vários motivos, começando por serem os dois maiores países da América Latina.

Lula acrescentou que López Obrador conseguiu afirmar a autonomia do México sem criar antagonismos, contribuindo para uma relação mais equilibrada no continente, essencial para o desenvolvimento latino-americano. Ele argumentou que é necessário ir além da troca comercial.

“Precisamos trabalhar em um mundo de cooperação, equilíbrio e paz, com instituições internacionais representativas e eficazes. Os problemas ambientais, especialmente o aquecimento global, a pandemia e as desigualdades brutais dentro e entre países, exigem uma profunda reforma da governança global. A América Latina deve estar unida neste esforço por um mundo que quer a paz e não pode mais suportar a guerra”, acrescentou o ex-presidente.

Lula também falou sobre seu país e afirmou que “o Brasil está sendo destruído. As pessoas estão empobrecidas... Temos 116 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar, o Brasil voltou ao mapa da fome. Temos um governo que não governa de verdade, que foca na mentira e não respeita absolutamente nada. Não respeita indígenas, negros, mulheres... e trata governadores e prefeitos como inimigos”

“Esse governo desastroso, que é resultado direto do sentimento antipolítico de que as elites, com a ajuda dos setores da mídia, plantadas no Brasil, serão superadas este ano nas urnas. A antipolítica foi a resposta das elites que nunca aceitaram governos que atuassem de forma independente e pelos mais pobres. A ideia de que os filhos dos pobres pudessem ingressar nas universidades, graças a programas de ação afirmativa e apoio financeiro, nunca foi aceita pelas elites”, completou.

Não conseguindo derrotar democraticamente os governos progressistas, as elites criaram uma espécie de antipolítica e, com o apoio da grande mídia, promoveram o afastamento de Dilma e o processo judicial contra o próprio Lula. O resultado disso foi a eleição de um insano que, em “três anos de governo já teve um impacto tão violento no aumento de mortes, que a expectativa de vida dos brasileiros foi reduzida em quatro anos. O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid, há fome e as armas estão espalhadas pela sociedade. Portanto, a rejeição do povo brasileiro é imensa, como mostram todas as pesquisas”, disse.

Colômbia: mais um líder social assassinado. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) da Colômbia registrou na quinta-feira (03) o assassinato do líder José Mauricio Sepúlveda Lozano no município de Convención, no departamento de Norte de Santander, localizado no nordeste do país sul-americano.

Sepúlveda era um conhecido ativista político em seu município, filiado ao partido Centro Democrático, e liderou diversas campanhas eleitorais para o Congresso, incluindo a de Paloma Valencia.

O líder, que tinha 27 anos, foi um dos denunciantes de atos de corrupção e irregularidades no mesmo município.

Seu assassinato ocorreu à tarde por homens armados na entrada da escola do Instituto Técnico Agropecuário da Convenção. A mídia local noticiou ameaças contra ele e até então ele não havia recebido proteção.

A Ouvidoria emitiu o Aviso Prévio 004/21 para os municípios de Convención, El Carmen e Teorama, onde afirma que os contínuos ataques contra lideranças e defensores causaram um sério enfraquecimento do tecido social.

Essas ações violentas têm impacto nas organizações sociais e seus processos históricos, circunstâncias que se aprofundaram durante o confronto entre atores armados, disse.

Segundo o Indepaz, há presença na área do Exército de Libertação Nacional (ELN), do Exército Popular de Libertação (EPL) e de ex-combatentes das desmobilizadas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP), da 33ª frente.

Sepúlveda seria o 34º líder entre os defensores de direitos humanos mortos em 2022 e o 1.320º desde a assinatura do acordo de paz em 2016.

Só para lembrar... A Colômbia é fantoche de Washington e permite a existência de cinco bases militares estadunidenses em seu território!

O Estado Genocida e Terrorista! Pelo menos quatro palestinos ficaram feridos, incluindo três menores, na sexta-feira (04), depois que um israelense disparou contra eles na rua Shuhada, localizada no centro de Hebron, ao sul da Cisjordânia ocupada.

A mídia local confirmou que o indivíduo usou munição real para abrir fogo contra os jovens palestinos, que estavam nos arredores do assentamento ilegal israelense de Bat Romano.

Mohammad Iyad Jaabari, 13, foi identificado como um dos feridos e seu estado foi relatado como grave, enquanto dois dos feridos foram atingidos no fêmur e o último teve uma lesão na mão.

Neste dia também foi denunciado que as forças de ocupação israelenses atacaram palestinos no bairro de Sheikh Jarrah em Jerusalém.

Segundo fontes oficiais, em fevereiro passado, os ataques de colonos contra palestinos deixaram seis mortos, incluindo dois menores, e feriram 309 e prenderam 430 pessoas.

Da mesma forma, a plataforma de informações da WAFA enfatizou que Israel confiscou 137 dunams de terra (137.000 metros quadrados), demoliu 30 estruturas e casas palestinas e ameaçou realizar o mesmo procedimento com outras 200 instalações.

Só na Ucrânia? É assim que funciona a mídia vendida que só mostra o que interessa à Casa Branca. Toda a nossa imprensa só mostra o que acontece na Ucrânia, mente, divulga fakes contra os russos e faz o serviço de capacho de Washington. Mas, para quem não acompanha, outras guerras ocorrem pelo planeta e são escondidas do grande público.

01) Síria: O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou, na quinta-feira (24), que pelo menos seis combatentes pró-governo sírio morreram em ataques aéreos israelenses durante a madrugada na região de Damasco, capital do país. A notícia foi publicada no Brasil pelo UOL, com informações da AFP.

“Os bombardeios israelenses mataram seis pessoas, incluindo dois soldados sírios e quatro combatentes de milícias apoiadas pelo Irã, cujas nacionalidades são desconhecidas”, anunciou o OSDH. Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel realizou centenas de ataques contra o Exército de Bashar al-Assad.

02) Somália: O jornal The New York Times informou na quinta-feira (24) que os EUA realizaram um ataque de drones contra militantes do Al Shabab, na Somália, na última terça-feira (22/02). Foi a primeira ação militar desse tipo contra a afiliada da Al Qaeda na África Oriental desde agosto do ano passado.

O ataque ocorreu após um ataque do Shabab às forças aliadas somalis em Duduble, cerca de 64 quilômetros a noroeste da capital do país. Segundo o The New York Times, ainda não se sabe quantos somalianos foram mortos no ataque. As forças dos Estados Unidos disseram, no entanto, que nenhum civil foi ferido.

03) Iêmen: Na segunda-feira (21), a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou, em sua conta no Twitter, que “após um bombardeio” durante a noite na província de Hajjah, no Iêmen, sua equipe na sala de emergência do hospital geral da região “recebeu uma menina de 12 anos e uma mulher de 50 anos, ambos mortos na chegada”.

No final de janeiro, ataques aéreos em uma prisão no norte do Iêmen deixaram pelo menos 37 de mortos. O ataque foi uma vingança da coalizão liderada pela Arábia Saudita depois de um atentado que deixou 3 mortos e 6 feridos nos Emirados Árabes Unidos. As informações são da Al-Jazeera.

A guerra civil no Iêmen é tida pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) como “a maior crise humanitária do mundo” atual, com estimativas de mais de 377 mil mortes. O país tem cerca de 80% da população em situação de fragilidade, com 3,6 milhões de deslocados internos e 24 milhões de pessoas necessitando de suporte humanitário.

A vítima principal é a verdade! Quando olhamos para os nossos jornais, quando vemos as notícias sobre os acontecimentos na Ucrânia, temos certeza de que, com essa imprensa submissa que temos a principal vítima do conflito é a verdade!

Reparem bem que as principais plataformas globais, como as redes sociais, têm autoproclamados juízes da verdade global. Por que quatro ou cinco poderosos CEOs de megaempresas se autoproclamam guardiões da verdade?

Faz parte de uma estratégia que até as pessoas mais honestas caem: se você é contra o imperialismo da OTAN, você é a favor da guerra de Putin. Ou não mencione nosso imperialismo porque inocentes estão morrendo na Ucrânia. Pois bem, o imperialismo deve ser sempre lembrado, porque é tímido e não quer ser mencionado, porque, embora não absoluto, é o principal marco político e ideológico do mundo, e muito mais deve ser mencionado agora porque se apresenta como defensor altruísta das vítimas ucranianas, já que é protagonista direto dessa tragédia.

Consequentemente, o efeito futebol funciona perfeitamente. E isso não é apenas uma metáfora: a velha máfia da FIFA suspendeu a seleção russa de futebol da Copa do Catar deste ano, uma Copa do Mundo onde os Direitos Humanos se destacam pela ausência. A FIFA conseguiu realizar copas do mundo em ditaduras fascistas, como a Argentina em 1978 ou na Itália fascista em 1934, manipuladas em favor do regime de Mussolini (Il Duce também participou na França 1938). Três casos que terminaram com a obtenção do troféu máximo, onde não apenas os jogadores de futebol foram vítimas, mas esses eventos serviram de legitimidade moral para a barbárie. A FIFA também conseguiu manter a "neutralidade esportiva" durante os massacres mais recentes. As grandes redes de televisão esportiva nunca haviam transmitido com a bandeira "Não à guerra" até agora.

Na mesma linha de falsa neutralidade, as principais plataformas mundiais, como as redes sociais (sempre, mas cada vez mais evidentes) têm autoproclamados juízes da verdade mundial e rotulam todas as notícias da mídia como a TV Rússia com o aviso “esta notícia vem de um meio de comunicação afiliado ao governo russo”. Os governos banana chegaram a censurar este canal de notícias, apesar de ninguém nunca ter ousado fazer algo semelhante com a CNN e a Fox News quando possibilitaram a desinformação que terminou com o massacre de um milhão de pessoas no Iraque.

Alguém acreditou? A mídia submissa mundial espalhou, em poucos minutos, que o exército russo tinha bombardeado uma usina nuclear e criado um estado de emergência. Mas qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico percebeu, no primeiro segundo que a matéria é absurda. Qual exército bombardearia um central nuclear?

Agora sabemos o que realmente aconteceu. Zaporizhia, a maior usina nuclear da Europa, tem seis reatores de água pressurizados do modelo VVER-1000.

O Ministério da Defesa russo informou na sexta-feira (04) que unidades de nacionalistas ucranianos tentaram incendiar a fábrica de Zaporizhia, conhecida como a maior da Europa, localizada na cidade de Energodar.

“À noite, o regime de Kiev tentou realizar uma provocação monstruosa no território adjacente à usina nuclear”, disse o porta-voz do ministério, igor Konassoénkov. Ele disse que soldados russos estavam patrulhando a área protegida adjacente à usina por volta das 2h, horário local, quando foram atacados por um grupo de sabotagem. Nacionalistas atiraram contra os russos do prédio de treinamento do lado de fora da fábrica.

Saindo do prédio, os sabotadores incendiaram a infraestrutura. “Atualmente, o pessoal do Zaporizhzhia NPP continua operando normalmente, mantenha as instalações da planta e monitore a situação radioativa. O fundo radioativo na área da planta é normal”, disse Konashénkov.

Provocação. Bombardeiros estratégicos dos EUA B-52H Stratofortress sobrevoaram o território central e sudeste da Europa, informou o comando da Força Aérea dos EUA na Europa.

De acordo com dados disponíveis, duas aeronaves B-52 capazes de transportar armas nucleares decolaram da base da Força Aérea Real britânica de Fairford, onde estão temporariamente implantados.

Nesta sexta-feira (4) os bombardeiros dos EUA realizaram voos sobre o flanco leste da OTAN treinando com forças da Alemanha e Romênia, em um sinal de união em meio a operação especial russa na Ucrânia, escreve CNN.

Segundo uma declaração da Força Aérea dos EUA na Europa, os bombardeiros conduziram uma missão de treinamento de integração e apoio aéreo próximo.

A missão no espaço aéreo romeno fez com que os bombardeiros voassem muito perto da fronteira dos países da OTAN adjacente ao espaço aéreo ucraniano.

Muito dinheiro envolvido. Desde 2014 os EUA incentivam o estado de beligerância na Ucrânia, como já mostramos em artigo específico. Agora, diante do agravamento da situação, cabe fazermos a pergunta: a quem interessa? Quem ganha com isso?

O que sabemos é que o início do conflito provocou uma clara escalada do apoio militar ocidental à Ucrânia, com a chegada de mísseis antitanque e antiaéreos, e com eles negócios multimilionários das 15 principais empresas de armas do mundo que, alimentando a guerra, continuam a lucrar desproporcionalmente com a tragédia.

Após a eclosão do conflito em 2014, o apoio intensificou-se gradualmente, mas sobretudo com aconselhamento, treinamento, ajuda financeira -especialmente dos Estados Unidos e do Reino Unido- e entregas de armas muito limitadas. O contrato selado para o fornecimento de drones armados turcos foi, nesse período, o mais relevante. Essa dinâmica mudou completamente com a invasão russa.

Há um mês, o Departamento de Estado dos EUA aprovou pedidos da Estônia, Letônia e Lituânia para transferir armas fabricadas pelos EUA para a Ucrânia, refletindo uma crescente urgência na periferia oriental da OTAN para deter a agressão russa.

Washington forneceu mais de US$ 400 milhões em assistência de segurança à Ucrânia no ano passado, mais do que em qualquer outro momento desde 2014, quando os russos invadiram a Crimeia. O presidente Joe Biden também autorizou US$ 200 milhões adicionais em dezembro.

Nos primeiros sete dias da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o valor combinado das 15 empresas de armas mais vendidas no mundo e cotadas em algumas bolsas de valores subiu cerca de 81 mil 500 milhões dólares (nove dessas empresas são estadunidenses).

A lista, por maior volume de vendas, é composta por Lockheed Martin Corp (EUA), Raytheon Technologies (EUA), Boeing (EUA), Northrop Grumman (EUA), General Dynamics (EUA), BAE Systems (Reino Unido), Norinco (China), AVIC (China), L3Harris Technologies (EUA), Airbus (Holanda), Leonardo (Itália), Thales (França), Huntington Ingalls Industries (EUA), Leidos Holdings (EUA) e Honeywell International (EUA).

Na economia de mercado sempre haverá quem lucrar com as piores tragédias, esses dados mostram que para o Ocidente a guerra na Ucrânia é um grande negócio, mesmo quando parece excessivo dizer que os Estados Unidos e seus aliados europeus provocaram a guerra para favorecer suas armas da indústria.

Graves consequências? As empresas e os governos no mundo inteiro começam a se preocupar com a continuidade do conflito entre Ucrânia e Rússia, mas não é pelas vidas humanas que perdem o sono. Na verdade, o risco maior (para eles) é o que pode faltar se o conflito se prolongar. Então, vejamos:

01) Energia – a maior parte dos países europeus é altamente dependentes da energia russa, particularmente do gás através de vários oleodutos vitais, e isso pode ter influenciado sua abordagem à crise. A dependência do gás russo foi sugerida como a razão pela qual a Europa resistiu a retirar a Rússia do sistema de pagamentos internacionais SWIFT, por exemplo, embora deva-se notar que os alemães suspenderam o novo gasoduto Nord Stream 2 Baltic indefinidamente.

Embora uma suspensão completa dos fluxos de gás russo seja improvável no momento, mesmo pequenas interrupções terão um impacto significativo. As reservas globais de gás estão apertadas devido à pandemia e os preços da energia já estão subindo acentuadamente, impactando consumidores e indústria. E como o gás é um recurso essencial para muitas cadeias de suprimentos, interrupções em um suprimento tão crítico terão consequências econômicas de longo alcance.

02) Comida - os preços mundiais dos alimentos já aumentaram acentuadamente em 2021 devido a múltiplas causas, desde o aumento dos custos de energia até as mudanças climáticas. Os produtores de alimentos provavelmente sofrerão mais pressão, já que os preços dos principais recursos continuam subindo.

A Rússia e a Ucrânia juntas respondem por mais de um quarto das exportações mundiais de trigo, enquanto a Ucrânia sozinha responde por quase metade das exportações de óleo de girassol. Ambos são matérias-primas essenciais usadas em muitos produtos alimentícios. Se a colheita e o processamento forem prejudicados na Ucrânia devastada pela guerra, ou se as exportações forem bloqueadas, os importadores terão que lutar para repor os suprimentos.

Alguns países são especialmente dependentes de grãos da Rússia e da Ucrânia. Por exemplo, a Turquia e o Egito dependem deles para quase 70% de suas importações de trigo. A Ucrânia também é o principal fornecedor de milho da China.

03) Transporte - como o transporte global foi severamente interrompido pela pandemia, uma guerra pode criar mais problemas. Os meios susceptíveis de serem afetados são o transporte marítimo e ferroviário.

Desde 2011, foram estabelecidas ligações ferroviárias regulares entre a China e a Europa. Recentemente, ocorreu a viagem do trem número 50.000. Embora o transporte ferroviário transporte apenas uma pequena proporção do total de carga entre a Ásia e a Europa, ele desempenhou um papel vital durante as recentes interrupções no transporte e está em constante crescimento.

Os trens estão sendo desviados para fora da Ucrânia, e os especialistas em frete ferroviário estão otimistas de que as interrupções serão reduzidas ao mínimo. No entanto, países como a Lituânia esperam ver seu tráfego ferroviário severamente afetado por sanções contra a Rússia.

O aumento dos preços do petróleo devido à guerra é uma preocupação para o transporte em geral. As taxas de frete já são extremamente altas e podem subir ainda mais.

04) Metais - Rússia e Ucrânia lideram a produção mundial de metais como níquel, cobre e ferro. Eles também estão fortemente envolvidos na exportação e fabricação de outras matérias-primas essenciais, como néon, paládio e platina.

O medo de sanções contra a Rússia aumentou o preço desses metais. No caso do paládio, por exemplo, o preço de negociação atual é de quase US$ 2.700 por onça, um aumento de mais de 80% desde meados de dezembro. O paládio é usado para tudo, desde sistemas de exaustão de carros até telefones celulares e obturações dentárias. Os preços do níquel e do cobre, que são usados ​​na fabricação e construção, respectivamente, também dispararam.

05) Microchip - a escassez de microchips foi um grande problema ao longo de 2021. Alguns analistas previram que esse problema diminuiria em 2022, mas os desenvolvimentos recentes podem diminuir esse otimismo.

Como parte das sanções, os EUA ameaçaram cortar o fornecimento de microchips para a Rússia. Mas parece um blefe, considerando que a Rússia e a Ucrânia são os principais exportadores de néon, paládio e platina, materiais críticos para a produção de microchips.

Cerca de 90% do néon usado para litografia de chip vem da Rússia e 60% é purificado por uma empresa em Odessa. Fontes alternativas exigirão investimentos de longo prazo antes que possam abastecer o mercado mundial.

SWIFT (01). Em meio ao conflito na Ucrânia, os “gênios” de Washington imaginaram um “plano genial”: excluir a Rússia da SWIFT! Mas o que é isso e quais os efeitos?

SWIFT, por sua sigla em inglês, é um sistema da Society for Worldwide Interbank and Financial Communications, que facilita as transações financeiras internacionais. Foi fundada em 1973, depois da chamada “crise do petróleo”, com 239 bancos de 15 países que se uniram para resolver um problema muito específico, para criar um sistema de pagamento que funcionasse além-fronteiras, por mais complicado que fosse na época reportar transações entre contas em diferentes países.

Com sede na Bélgica, a SWIFT começou a operar em 1977 com uma plataforma de mensagens, um sistema de computadores que validam e roteiam mensagens.

Diante da ameaça de ficar de fora da mais importante plataforma de transações financeiras internacionais, o ministro das Finanças russo, Antón Siluánov, afirmou que o país tem um plano de backup contra as sanções

SWIFT (02). A medida idealizada pela Casa Branca pode se tornar um “tiro no próprio pé”! A União Europeia, o Reino Unido, o Canadá e os EUA concordaram em excluir a Rússia da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) após a implementação da operação especial militar da Rússia para “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

Acontece que o Vnesheconombank (VEB – Banco Central) da Rússia afirmou que, tendo sido desconectado do SWIFT, o país vai mudar para o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em inglês) do Banco Central da Rússia e outros canais alternativos.

Em 2014, a Rússia já havia iniciado uma mudança para seu sistema de pagamento alternativo chamado SPFS. Na medida em que esses bancos são usados para pagamentos transfronteiriços, o impacto das sanções atuais não terá o efeito pretendido. De acordo com o site do Banco Central da Rússia, pelo menos 331 bancos, nacionais e estrangeiros, estão listados como usuários do sistema SPFS.

Ao mesmo tempo, a retirada da Rússia do SWIFT deve desacelerar as exportações, importações e fluxos de capital entre o país e seus parceiros. Segundo observadores internacionais, a situação é agravada pelo fato de a economia mundial ainda ser frágil devido aos efeitos negativos da pandemia de COVID-19 e das medidas restritivas que a acompanham. Enquanto isso, as economias dos EUA e da Europa estão sofrendo com a inflação crescente, com o aumento dos preços da energia ameaçando acelerá-la ainda mais.

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