Desgoverno total!
Realmente, o insano está demonstrando que não é um
administrador, ou governante e nem sequer um cidadão sóbrio em suas decisões.
Podemos caracterizar os últimos três anos e meio no
Brasil de um completo desgoverno ou de uma gestão catastrófica de quem nada
entende de política ou de Brasil. Completamente incompetente para enfrentar as
muitas necessidades nacionais, o ex-capitão vai sair da cena política nacional
como um completo fracasso. Nunca antes um presidente causou danos tão devastadores
e um desmantelamento tão feroz das políticas públicas e das estruturas do
Estado brasileiro.
E um dos exemplos, lamentavelmente, é a situação da educação
em nosso país. Os danos causados em um setor tão sensível e fundamental como a
educação são incalculáveis. Até o momento, quatro ministros já foram
rotacionados no cargo e o atual secretário Milton Ribeiro, pastor evangélico,
está ameaçado de exoneração, justamente por ter favorecido outros dois pastores
com recursos para aumentar sua influência local. Esses dois padres atuaram como
assessores informais do ministro e intermediaram reuniões com gestores municipais
para obter recursos em troca de “dicas” para cada projeto premiado. Em gravação
veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro também destina os recursos
de seu ministério para a construção de igrejas em alguns municípios onde há
pastores pertencentes à sua igreja, a presbiteriana.
A verdade, na realidade brasileira, é que o insano,
pode pressionar a classe política por meio de favores para o financiamento de
projetos e emendas parlamentares. Mas, internamente, suas opiniões são consideradas
bizarras, grosseiras ou anedóticas, recebendo em diversas ocasiões o apelido de
“bobo da corte”. Ou seja, muitos “mamam” nas tetas de um governo que deseja se
manter no poder, mas todos sabem que se trata de um governo demente, senil e
sem propostas.
Dízimo é coisa do passado. O Ministério da Educação é um celeiro de falcatruas e
vasão de recursos públicos para alimentar pastores e seguidores da crença do insano
que nos governa. Movido pela atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura
como mediadores para a liberação de recursos da pasta, o prefeito do município
de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga, explicou como era o trâmite exigido
pela dupla para conquistar a preferência. De acordo com ele, eram cobrados R$
15 mil apenas para protocolar as demandas da cidade no MEC. Braga afirma que, a
ele, foi solicitado um quilo de ouro, que custa o equivalente a R$ 304 mil.
O prefeito conta que a negociação ocorreu em abril de
2021, durante um almoço em um restaurante em Brasília, logo após uma reunião
com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, na sede do MEC. Outros prefeitos
estavam na mesa e as informações foram passadas sem sigilo ou segredo.
Agora, na segunda-feira (21), um áudio, obtido pelo
jornal Folha de S. Paulo, revelou uma fala polêmica do ministro da Educação,
Milton Ribeiro. Ele afirma que prioriza liberação de recursos da pasta para
prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não possuem cargos
no MEC. Ribeiro ainda diz que a prioridade dada por ele atende a um pedido do
presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com a revelação do caso, Milton Ribeiro agora é alvo de
pedidos de investigação protocolados por parlamentares no Supremo Tribunal
Federal (STF), na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Tribunal de Contas
da União (TCU). Até mesmo o Centrão pressiona pela saída do ministro. Cadeia
nele!
Em um governo
das milícias vale tudo. O
vereador de Porto Alegre e policial civil Leonel Radde (PT-RS) foi alvo de
novas ameaças de morte feitas por neonazistas através de mensagens enviadas no número
de WhatsApp de seu mandato.
Radde coordena a
Operação Bastardos Inglórios, um canal de denúncias, em parceria com a polícia,
que visa identificar e combater a atuação de grupos neonazistas no Rio Grande
do Sul.
Nas novas mensagens recebidas,
os extremistas chegaram a dar uma data para a morte do vereador: dia 31 de
outubro deste ano. "Sua morte está planejada, será dia 31 de outubro de
2022, 21h, no Rio Grande do Sul", diz uma das mensagens.
“Vamos te matar, seu
lixo. Sua cara vai ficar cheia de balas”, dizem os detratores, que prometem
ainda matar o ex-presidente Lula (PT), a deputada federal Maria do Rosário
(PT-RS) e também o ativista do movimento negro Antonio Isupério, que já vou
alvo de ameaças de grupos neonazistas em outras ocasiões.
“Se prepara, você, Lula
e o Isupério estão ferrados, vamos acabar contigo, seus vermes, lixo, macacos
de merda (...) Lula vai morrer”, dizem, em meio a inúmeras mensagens do tipo.
Leonel Radde denunciou
loja que vende produtos nazistas, que agora é investigada pela polícia
A loja Toca dos Bordados,
de Gravataí (RS), além de ter sido banida da plataforma de vendas online Mercado
Livre, é alvo de uma denúncia registrada na Delegacia de Polícia Civil de
Combate à Intolerância (DPCI), de Porto Alegre (RS), e deve ser investigada por
apologia ao nazismo.
Agricultura familiar
é fundamental. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e
Agricultoras Familiares (Contag) denuncia os impactos negativos causados pela
alta dos preços dos combustíveis na produção da agricultura familiar. E o
Portal CTB foi ouvir representantes das trabalhadoras e trabalhadores do campo.
Marcos Brambilla, presidente
da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do
Paraná (Fetaep) explica: de acordo com ele, o aumento no preço dos combustíveis
faz “encarecer toda a logística dos produtos” como “o custo de plantio, de toda
a parte mecanizada do trabalho”, seja “com grãos, com hortaliças ou com
frutas”.
Para Thaisa Daiane
Silva, secretária-geral da Contag, a política econômica do atual governo,
atrelada aos interesses do mercado externo, “afeta a vida de todo mundo, em
especial os mais pobres”.
Pelo Censo Agropecuário
2017, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
existem no país 5.072.152 estabelecimentos de produção agropecuária, em
350.253.329 hectares. A agricultura familiar abrange somente 23% dessa área e,
mesmo assim, produz mais alimentos.
O mesmo Censo
Agropecuário mostrou a existência de cerca de 17,3 milhões de trabalhadoras e
trabalhadores no campo. E “nós precisamos de subsídios, especialmente após a
pandemia, porque aumentaram as dificuldades de comercialização dos produtos”,
revela Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Agrícolas da Contag.
Salários continuam
em queda.
Os acordos salariais têm mantido a tendência de ficar abaixo da inflação, que
por sua vez segue sua trajetória de alta. De 119 reajustes com data-base em
fevereiro analisados pelo Dieese, 60,5% ficaram abaixo da variação acumulada do
INPC-IBGE. Segundo os dados, preliminares, outros 15,1% tiveram índice
equivalente ao da inflação e 24,4% conseguiram aumento real.
Já a variação real (média
dos reajustes após descontada a inflação) segue negativa. Em fevereiro, ficou
em -0,98%.
O Dieese aponta um
“agravamento do quadro” após ligeira melhora em janeiro. O reajuste necessário
para acordos com data-base em março subiu para 10,80%, ante 10,60% no mês anterior
e 10,16% no primeiro mês de 2022. “A situação tende a piorar nos próximos
meses, em função do impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço dos combustíveis
e da alimentação”, alerta o instituto.
Fevereiro foi muito ruim
para as negociações salariais. Boletim do Dieese indica que 60,5% dos acordos
de reajustes ficaram abaixo da inflação. Índice pior que o de fevereiro de
2021, com 56,3%. No geral, a situação piorou. Mesmo assim, houve uma pequena
elevação nos ganhos acima da inflação neste ano, mas queda no item paridade com
o INPC.
Janeiro e fevereiro são
períodos de baixa atividade sindical, até porque as negociações de maior porte
começam em março. O pico do primeiro semestre costuma ser maio. O Dieese analisou
119 reajustes no segundo mês do ano.
Informalidade,
desemprego e renda. A taxa de desemprego no país foi a 11,2% no trimestre encerrado em
janeiro, menos do que em outubro (12,1%) e do que há um ano (14,5%). Segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, divulgada
nesta sexta-feira (18), o número de desempregados é estimado em 12,048 milhões,
queda de 6,6% no trimestre e de 18,3% em um ano. Mas, em boa medida, isso se
deve ao crescimento das ocupações informais e, em consequência, à queda
expressiva da renda: o trabalhador perde quase 10% em um ano.
De acordo com a pesquisa,
o total de ocupados agora chega a 95,428 milhões. O crescimento é de 1,6% no
trimestre e de 9,4% em 12 meses, com 8,2 milhões de pessoas a mais no mercado.
O nível de ocupação (pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar)
subiu para 55,3%.
As diferenças se notam
pelo tipo de ocupação. Estimado em 34,556 milhões, o número de empregados com
carteira no setor privado sobe 2% no trimestre e 9,3% em um ano (acréscimo de 2,9
milhões). Mas o total de empregados sem carteira assinada (12,383 milhões)
cresce duas vezes mais: 3,6% e 19,8% (mais 2 milhões), respectivamente. Isso acontece
também os trabalhadores por conta própria (25,576 milhões): estabilidade no
trimestre e alta de 10,3% (2,4 milhões) em 12 meses. Também em um ano, o número
de trabalhadores domésticos (estimado em 5,621 milhões), setor com mais
informalidade e menos renda, sobe 19,9%.
Com isso, a taxa de
informalidade segue elevada – e corresponde a 40,4% dos ocupados, ou 38,5
milhões. Perto do registrado no trimestre anterior (40,7%) e bem acima de igual
período de um ano atrás (39,2%).
Os chamados
subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais, são 27,758 milhões, com
queda de 15,5% em um ano. A taxa de subutilização caiu para 23,9%. Já os
desalentados somam agora 4,754 milhões, -18,7% na comparação anual.
Estimado em R$ 2.489, o
rendimento médio caiu 1,1% no trimestre e 9,7% em um ano. Ainda no acumulado em
12 meses, queda tanto para o com carteira (-7,1%) como para o sem (-9,1%).
Assim como ocupações de menor renda, como trabalhador doméstico (-3,1%) e por
conta própria (-2,7%). Mas cai fortemente também no setor industrial (-14,5%) e
no comércio (-6%), um dos principais responsáveis pela recuperação de empregos.
A massa de rendimentos (R$ 232,594 bilhões) ficou estável.
Desigualdade na Nossa América. “A
desigualdade conspira contra a recuperação, contra o desenvolvimento, nutrição,
saúde, educação, emprego, pobreza, contra tudo. É por isso que devemos enfrentá-lo
de todos os lados", enfatizou Alicia Bárcena, secretária executiva da
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), durante uma
palestra proferida no Escritório Regional das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) para a América Latina e Caribe, em Santiago do Chile.
A máxima autoridade da CEPAL fez uma apresentação
intitulada “Contexto socioeconômico e desafios na América Latina e no Caribe”,
onde apresentou um panorama da situação econômica, social e ambiental da região
após a crise derivada da pandemia de covid-19 e suas perspectivas de
recuperação.
Em seu discurso de abertura, Alicia Bárcena ressaltou
que não basta crescer para igualar, mas primeiro é preciso igualar para
crescer. «Não se pode crescer sem igualdade, porque a desigualdade é
ineficiente. A pandemia aumentou a pobreza, o desemprego e a informalidade,
afetando especialmente as mulheres", frisou.
Na nossa região, a fábrica da desigualdade é a
heterogeneidade produtiva, lacunas estruturais, baixa inovação, investimento e
produtividade. A desigualdade define a região, é injusta, ineficiente e conspira
contra o desenvolvimento sustentável”, enfatizou.
Exemplificou as importantes lacunas que aparecem na área
econômica, na saúde, no combate às mudanças climáticas e na resposta à crise:
atualmente, 1% da população detém 50% da riqueza mundial; Com 8% da população,
a América Latina e o Caribe acumulam 32% das mortes causadas pela pandemia; a
região acumula apenas oito por cento das emissões, mas é uma das mais afetadas
por eventos climáticos extremos; e os países desenvolvidos gastaram 14,9
trilhões de dólares para enfrentar os efeitos da crise, enquanto os países emergentes
investiram apenas 2,7 trilhões (de janeiro de 2020 a setembro de 2021).
Projeto do BRICS para a Nossa América. O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS aprovou dois
projetos na América Latina no valor total de US$ 140 milhões (R$ 686 milhões),
segundo informa o site do banco.
Nota-se que US$ 50 milhões (R$ 254 milhões) serão
alocados ao Fundo Financeiro de Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA).
O empréstimo de US$ 90 milhões (R$ 440 milhões) será
concedido ao estado de São Paulo para o desenvolvimento da infraestrutura,
energia verde e irrigação, entre outros.
A tarefa principal do banco é financiar projetos de
infraestrutura e de desenvolvimento sustentável dos Estados-membros do BRICS e
de países emergentes. Além do Brasil, o BRICS inclui a Rússia, Índia, China e
África do Sul.
Colômbia: mais um lutador assassinado. O Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) denunciou na segunda-feira (21)
o assassinato de Domingo Mancilla Cundumi, que era signatário do Acordo de Paz,
o décimo assassinado em 2022 e o 309º desde a assinatura do documento em 2016.
Mancilla Cundumi, 37 anos, foi atingido na noite de
domingo no povoado de Temuey, setor Bonanza do município de Guapi, no
departamento de Cauca. Ele morreu baleado no hospital Guapi, para onde foi
levado devido à gravidade de seus ferimentos.
A vítima realizou o seu processo de reincorporação nos
Espaços Territoriais de Formação e Reincorporação (ECTR) Aldemar. Da mesma
forma, ele fazia parte da Associação de Balsiteños pela Paz (Asobalsitas),
disse o Indepaz em uma mensagem postada em sua conta na rede social Twitter.
O partido de Comunes também denunciou o assassinato por
meio de uma publicação em sua conta oficial no Twitter.
Mas há esperanças na Colômbia! A coalizão de esquerda Pacto Histórico confirmou sua
chapa presidencial com os candidatos Gustavo Petro e Francia Márquez na quarta-feira
(23) na Colômbia. A dupla obteve a maior votação nas primárias realizadas no
dia 13 de março.
Segundo as últimas pesquisas de opinião, a chapa de
unidade do campo progressista é favorita para vencer as eleições presidenciais
no dia 29 de maio, obtendo cerca de 47% das intenções de voto.
“Hoje chegamos num momento definitivo. Conquistamos um
triunfo inegável. Milhões de colombianos e colombianas querem que o país mude e
hoje são maioria”, declarou Petro durante evento de anúncio da candidatura.
Além do anúncio da chapa presidencial, a dupla também
ofereceu uma coletiva de imprensa a meios de comunicação locais. "Tomamos
essa decisão de forma coletiva, sabendo que representa a mudança que queremos
para a Colômbia. Da exclusão à democracia, da violência à paz", afirmou
Petro.
Após rumores sobre a possibilidade de que a chapa fosse
formada por um nome de fora do Pacto Histórico, buscando ampliar a coalizão,
Petro respondeu dizendo que Francia "é a melhor candidata que tivemos nos
últimos tempos na Colômbia".
Francia Márquez é advogada e líder ambiental, natural
de Cauca, região do pacífico colombiano. Com mais de 786 mil votos, foi a
terceira pré-candidata mais votada entre as opções de todas as chapas que
realizaram primárias no dia 13 de março.
Pesquisas mostram Petro como favorito. O principal adversário de Petro é o direitista
Federico Gutiérrez, que está atrás nas pesquisas.
O líder da coalizão de forças progressistas e de
esquerda colombianas, Gustavo Petro, continua liderando como favorito nas pesquisas
para as eleições presidenciais do país em maio próximo, confirmou a pesquisa da
empresa YanHass.
De acordo com o estudo, o Petro está no topo da lista
com 37 por cento da intenção de voto, o que representa um aumento de 10 pontos
percentuais face a uma investigação semelhante realizada em janeiro passado
pela empresa.
O candidato da Seleção da Colômbia, Federico Gutiérrez,
tem 19% da preferência eleitoral, enquanto o voto em branco somou 16 pontos.
Mais adiante na lista está o ex-prefeito de Bucaramanga,
Rodolfo Hernández, com 11%; ele é seguido pelo candidato da aliança Centro
Esperança, Sergio Fajardo, com dez por cento; atrás continua a candidata do
Partido do Oxigênio Verde, Ingrid Betancourt, com apenas 2,0 por cento.
Outro dos dados produzidos pela pesquisa é o da
preferência eleitoral por região e a tendência continua favorável ao Petro, com
exceção de Antioquia, chamada Região do Café, onde seu rival mais forte o
supera.
Por outro lado, em Bogotá, região do Caribe, no
Centro-Leste e no Pacífico, o líder de esquerda lidera a intenção de votos com ampla
margem para se firmar como o provável vencedor nas eleições de 29 de maio próximo.
Os resultados desta pesquisa foram publicados esta
segunda-feira em meio a uma forte polêmica após o anúncio pelo secretário
nacional Alexander Vega de uma recontagem dos votos das últimas eleições
legislativas.
Petro escolher mulher negra para vice. A jovem
advogada afro-colombiana Francia Márquez foi indicada como candidata a
vice-presidente colombiana pelo Pacto Histórico de centro-esquerda liderado por
Gustavo Petro, que tem ampla vantagem antes das eleições presidenciais de 29 de
maio, embora os grupos de direita e poder, negócios e mídia, tente descarrilar
a locomotiva de centro-esquerda.
Afrodescendente, advogada, feminista, ativista pela paz
e pelos direitos humanos, reconhecida ativista ambiental e ainda sem
experiência como funcionária pública, Márquez havia prevalecido com mais de 780
mil votos não apenas como o segundo candidato mais votado do Pacto Histórico,
mas como o terceiro nas consultas interpartidárias de 13 de março, acima até do
candidato do centro, Sergio Fajardo.
Golpe da direita no Peru. Por duas semanas o nosso Informativo denunciou as
tentativas da direita peruana para se livrar de um presidente, professor rural,
que não reza pela cartilha de Washington. Mas, enquanto todas as atenções
estavam voltadas para o presidente eleito, a direita se aproveitou para um novo
e surpreendente golpe.
Em uma decisão que é um atentado à legalidade, à
justiça e à memória, poucos dias antes do início do julgamento de 2.100 casos
de esterilizações forçadas realizadas em mulheres andinas, o Tribunal
Constitucional peruano decidiu na quinta-feira (24) anular a sentença que suspendeu
um perdão para o ex-ditador Alberto Fujimori, que agora será libertado após
três anos de prisão.
Os constitucionalistas peruanos apontaram que esta
resolução viola o direito internacional, já que Fujimori tem condenações por
crimes contra a humanidade. Espera-se que nos próximos dias o caso seja levado
à Corte Interamericana de Direitos Humanos para que a decisão da Corte
Constitucional possa ser anulada. Enquanto durar o processo, Fujimori, de 83
anos, aguardará em liberdade.
A Corte Interamericana já se pronunciou em 2018 sobre a
ilegalidade do indulto que o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski concedeu a
Fujimori e, na época, ordenou ao Estado peruano que revise essa decisão. Após
essa revisão, um juiz supremo anulou o perdão, considerando-o ilegal por estar
cercado de uma série de irregularidades e os argumentos apresentados para
justificar o perdão humanitário eram falsos . Espera-se que a CIDH ratifique
sua decisão anterior contra o perdão.
O presidente Pedro Castillo e o primeiro-ministro
Aníbal Torres criticaram a decisão. Castillo destacou que a decisão do TC
reflete a crise institucional a que se referiu na última segunda-feira em uma
mensagem ao Congresso em que se referiu à precariedade do sistema de justiça e
à necessidade de uma reforma do Estado. “Os órgãos de justiça internacional aos
quais o Peru está vinculado e o estado de direito devem salvaguardar o efetivo
exercício da justiça para o povo”, acrescentou.
Fujimori chegou ao governo por meio de eleições entre
1990 e 1992, depois deu um autogolpe e governou de fato até 1995, quando foi reeleito.
Em 2000, ele ganhou uma segunda reeleição, mas teve que renunciar após a
divulgação de uma série de vídeos mostrando Vladimir Montesinos, chefe de fato
da inteligência peruana, subornando membros de outros partidos para apoiar o
presidente.
Esquadrão da morte. Com o apoio de Fujimori, Montesinos, agora na prisão,
criou e liderou o esquadrão da morte Colina. Quando sua ditadura estava
entrando em colapso em meio a alegações de fraude na reeleição, escândalos de
corrupção e violações de direitos humanos, Fujimori fugiu em novembro de 2000
para o Japão, país de seus pais, onde encontrou proteção. Surpreendentemente,
em novembro de 2005, ele viajou para o Chile, onde foi preso e extraditado para
o Peru em setembro de 2007 para ser julgado.
O ex-ditador teve que cumprir pena de prisão de 25 anos
até 2032, por corrupção e violação de direitos humanos, entre os dois últimos
casos envolvendo o paramilitar Grupo Colina, que respondeu a Montesinos: o
massacre de Barrios Altos, em 1991, no qual 15 pessoas foram mortas e foi o
massacre de La Cantuta, em 1992, no qual morreram nove estudantes e um
professor da Universidade Nacional de Educação Enrique Guzmán y Valle.
Fujimori, cuja filha Keiko Fujimori perdeu a eleição
presidencial contra Castillo no ano passado, foi preso em uma base policial em
Lima, onde, segundo seus médicos, sofre de úlceras estomacais, hipertensão,
fibrose pulmonar e foi submetido a várias operações.
O Estado genocida e terrorista continua ocupando
território palestino. Um especialista
das Nações Unidas solicitou à comunidade internacional que aceite e adote as
conclusões de seu relatório [A/HRC/49/8, Relatório do Relator Especial sobre a
situação dos direitos humanos no Território Palestino Ocupado desde 1967 ], no
qual ecoa as recentes conclusões de organizações palestinas, israelenses e
internacionais de direitos humanos de que Israel pratica o apartheid no
território palestino ocupado.
“Hoje, no território palestino ocupado por Israel desde
1967, existe um sistema jurídico e político dual profundamente discriminatório
que privilegia os 700.000 colonos judeus israelenses que vivem nos 300 assentamentos
ilegais construídos por Israel em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia”, disse
ele. declarou Michael Lynk, relator especial das Nações Unidas para a situação
dos direitos humanos no território palestino ocupado desde 1967.
“Vivendo no mesmo espaço geográfico, mas separados por
muros, postos de controle, estradas e uma presença militar entrincheirada, há
mais de três milhões de palestinos que carecem de direitos, vivem sob um regime
opressivo de discriminação institucional e não têm como alcançar o direito. a
um verdadeiro Estado palestiniano, como a comunidade internacional há muito
lhes prometeu”.
“Outros dois milhões de palestinos vivem em Gaza,
muitas vezes descrita como uma 'prisão a céu aberto', sem acesso adequado à
eletricidade, água ou saneamento, com uma economia em colapso e sem autorização
para viajar livremente para o resto do mundo. Palestina ou o mundo lá fora”.
Esquerda tem chances na França. Tudo
indica que Jean-Luc Mélenchon pode ser a grande surpresa das eleições
presidenciais em 10 de abril, na França. Esta é a aposta da esquerda na França,
e que se viu reforçada pela última sondagem da Ifop, na qual Mélenchon aparece
em terceiro lugar, com 14% das intenções de voto. O antigo ministro socialista
e fundador do partido La France Insoumise aparece, assim, à frente do líder de
extrema direita Éric Zemmour (12,5%) e se aproxima da também ultradireitista
Marine Le Pen (18,5%), a segunda colocada. O atual presidente, o liberal
Emmanuel Macron, lidera a lista com ampla vantagem (28%).
Como é que o líder esquerdista conseguiu subir quase
cinco pontos percentuais em três meses? A primeira explicação se encontra em um
princípio de ‘desfragmentação’ da esquerda. Em dezembro, havia oito candidatos
neste campo. Em março, quando foram validadas as candidaturas, ficaram seis
nomes. Parte importante do eleitorado então disperso nas chapas que não
vingaram se concentrou em Mélenchon.
Mas não é apenas a esquerda que está dividida. Na
extrema direita, Zemmour, pela primeira vez candidato, despedaçou parte do
eleitorado de Le Pen. O ex-colunista do jornal Le Figaro é conhecido por suas
declarações de incitação ao ódio racial, e pautou grande parte do debate
político. Seus elogios ao presidente Vladimir Putin, contudo, acabariam lhe custando
votos após a eclosão da guerra contra a Ucrânia.
Loquaz e corajoso para os seus admiradores, debochado
ou utópico para os seus críticos, Mélenchon, de 70 anos, propõe ambiciosas
reformas: entre os pontos altos de seu programa, está a criação de uma nova República
Francesa para dar mais poder ao Parlamento – e menos ao presidente. Cético em
relação à União Europeia (ao contrário de Macron), ele critica a OTAN e o alinhamento
político com os Estados Unidos, mas também condenou a invasão da Ucrânia.
Jornalismo em crise. A imprensa escrita está encolhendo rapidamente em todo
o mundo. A pandemia, os conflitos armados, a insegurança dos jornalistas e a
censura ameaçam a informação independente e de qualidade.
Em muitos países, os clássicos vendedores ambulantes de
jornais já são uma vaga marca do passado. Enquanto isso, o quiosque que vende
jornais e revistas desaparece aos poucos das esquinas do bairro.
Não são poucos os lugares onde apenas as pequenas
bancas dos jornais gratuitos ativam a memória nostálgica do que até alguns anos
atrás era a era, quase exclusivamente, da informação impressa, radiofônica e
televisiva.
Nesse cenário específico, as vendas de jornais e revistas
caem acentuadamente enquanto a mídia compete pelos “cliques” que significam
lucros com a publicidade comercial.
Mas isso não é um fenômeno apenas da Europa. Aqui mesmo,
no Brasil, nosso Informativo acompanha assustado o desaparecimento das antigas
bancas de jornais, ponto constante de debates políticos de acordo com a opinião
do dono da banca!
A informação falsa acaba com o jornalismo. A
propaganda de guerra é tanto mais eficiente quando há uma relativa falta de
pensamento crítico. E a intervenção militar da Rússia na Ucrânia é um prólogo
da reconfiguração da ordem mundial. Qualquer cenário resultante da tragédia da
guerra reordenará as relações internacionais e essa situação preocupa aqueles
que se dedicam a instituir um senso comum homogêneo em nível global. A decisão
do Kremlin chutou a diretoria de uma hegemonia exclusiva em que um dos atores
estatais, os Estados Unidos, reivindicava a prerrogativa de intervenção,
interferência ou invasão de territórios fora de suas fronteiras. A quebra dessa
regra implícita por Vladimir Putin –e seu apoio apesar das ameaças e sanções– representa
um grave revés para aqueles que defendem a crença em uma única franquia com tom
imperial.
Notas curtas sobre a Ucrânia. Sabemos que muitos já estão cansados de tantas
análises e informações sobre o que se passa na Ucrânia e aquilo que a grande
mídia resolveu chamar de “guerra”. Nossa primeira observação nessa situação,
depois de 30 dias de intervenção, é que o mundo está entrando em um novo tipo
de “guerra”, a guerra econômica com golpes e sanções de lado a lado. A
supremacia militar russa sobre as armas fornecidas pelos EUA e da OTAN é incontestável.
A alternativa do chamado “mundo livre” é fazer sanções econômicas, mas, quem
tem cacife para este jogo?
Nota curta 01. Sim, temos muitos amigos e conhecidos que criticam a
crise na Ucrânia e não se posicionam ou postam argumentos criticando os dois
lados. Mas não podemos defender uma “paz” na qual não acreditamos. Dizem que,
quando iniciou a Segunda Guerra, Winston Churchil, então premier inglês, teria
dito que “se Hitler invadisse o inferno eu apoiaria do demônio!”. Não sei se é
verdadeiro, mas estou analisando o que acontece na Ucrânia e deixo clara a
razão de me posicionar.
Fato 1: O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky,
suspendeu no domingo (20) o funcionamento de 11 partidos de oposição, inclusive
alguns de esquerda, sob alegação de que seriam pró-Rússia. Além disso, o mandatário
estendeu a lei marcial no país. Fato 2: O chefe do conselho de observação do
hospital de campanha ucraniano, Gennadi Druzenko, parece ter se inspirado em
Josef Mengele, mais conhecido como o “Anjo da Morte”. Em uma entrevista ele
confirmou uma declaração: “Dei uma ordem muito estrita para que todos os
feridos russos que caíssem em nossas mãos fossem castrados. São baratas, não
são humanos”, disse Druzenko. Fato 3: A mídia sempre fiel aos poderes
ocidentais não divulga, mas os fatos estão comprovados. O apresentador de uma
das principais redes de televisão ucranianas, o Canal 24, Fahrudin Sharafmal,
disse em rede aberta que é essencial “cortar as gargantas de todos os russos e
de seus filhos”. Durante seu discurso emocionado, o apresentador citou a
doutrina de um famoso ideólogo do Holocausto.
Nota curta 02. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, suspendeu
no domingo (20) o funcionamento de 11 partidos de oposição, inclusive alguns de
esquerda, sob alegação de que seriam pró-Rússia. Além disso, o mandatário
estendeu a lei marcial no país.
As siglas afetadas são Bloco de Oposição, Partido da
Sharia, Nosso, Oposição de Esquerda, União das Forças de Esquerda, Partido do
Estado, Partido Socialista-Progressista Ucraniano, Partido Socialista da
Ucrânia, Socialistas, Bloco Vladimir Saldo e Plataforma de Oposição Pela Vida.
Este último tem 44 das 450 cadeiras do Parlamento.
Nota curta 03. Nos dias 18 e 20 de março, durante a operação militar
especial, o exército russo usou mísseis hipersônicos Kinzhal pela primeira vez.
O presidente dos EUA, Joe Biden, comentou sobre o uso de tais projéteis na Ucrânia.
“A Rússia acaba de lançar seu míssil hipersônico porque
é a única coisa que pode alcançar com absoluta segurança”, disse o presidente
dos EUA durante um fórum de negócios realizado em Washington. E acrescentou que
o míssil hipersônico russo “tem a mesma ogiva que qualquer outro míssil”, mas “é
quase impossível detê-lo”.
Nota curta 04. A Marinha dos EUA implantou um grupo de ataque de
porta-aviões no Mediterrâneo para criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia,
caso Biden dê essa ordem.
Os EUA operam 11 grupos de ataque de porta-aviões, os
implantando frequentemente em todo o mundo ao longo de décadas em uma
demonstração de força contra nações menores e militarmente mais fracas.
O grupo de ataque do porta-aviões USS Truman foi
enviado ao Mediterrâneo, com o secretário da Marinha, Carlos Del Toro,
afirmando que sua missão inclui "dissuadir" a Rússia e implementar
uma potencial zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, caso o presidente americano,
Joe Biden, ordene seu estabelecimento.
Nota curta 05. O que está
acontecendo agora não se refere à Ucrânia, mas ao desejo dos EUA de dominar o
mundo, disse o chanceler russo Sergey Lavrov em uma reunião com estudantes e
professores do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou.
O envio de forças de paz da Otan para a Ucrânia pode
levar a um confronto direto entre a Rússia e a Aliança Atlântica, disse o
ministro das Relações Exteriores da Rússia.
Nota curta 06. O possível envio de forças de paz da OTAN na Ucrânia
levaria a consequências terríveis, alertou o porta-voz do Kremlin, Dmitri
Peskov.
“Uma operação especial está em andamento na Ucrânia e
um confronto hipotético entre nossos militares e as tropas da Otan pode levar a
consequências terríveis”, disse o alto funcionário a repórteres.
Em meados deste mês, o vice-primeiro-ministro da
Polônia e líder do partido no poder Lei e Justiça (PiS), Jaroslaw Kaczynski,
sugeriu o envio de uma missão de paz da OTAN à Ucrânia com um contingente
armado.
Peskov enfatizou que seria uma decisão “precipitada e
muito perigosa” do bloco de guerra ocidental.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei
Lavrov, não descartou que, com essa iniciativa, a Polônia queira controlar o
oeste da Ucrânia.
Nota curta 07. O ministro
das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, declarou que Budapeste não
apoiará restrições e sanções contra o fornecimento de energia da Rússia, pois
isso se tornaria uma ameaça à segurança energética de seu país.
“Restrições ao fornecimento de energia da Rússia para a
Europa ou sanções nessa esfera afetariam negativamente o direito do povo
húngaro a um fornecimento seguro de energia, e é por isso que não apoiaremos
tais decisões”, disse Szijjarto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A manchete observou que não é culpa de seu estado que o
petróleo e o gás russos desempenhem um papel tão importante no fornecimento de
energia para “Hungria, Europa Central e todo o continente”.
Nota curta 08. A Rússia não vai mais aceitar pagamentos de seu gás ou
petróleo em dólares ou euros, informou o presidente do país, Vladimir Putin, na
quarta-feira (23). A partir de agora, as quitações devem ser feitas apenas em
rublos.
“Não faz sentido receber o pagamento em dólares e euros
pelo fornecimento de nossos produtos aos EUA e à EU”, afirmou Putin.
Ele disse que a Rússia, no entanto, irá continuar
cumprindo os contratos de venda de gás ao exterior, mantendo as mesmas entregas
e sob o mesmo preço.
Laboratórios biológicos militares dos EUA na Ucrânia. O Ministério da Defesa da Rússia revelou novas
informações sobre os laboratórios biológicos financiados pelos EUA no leste da
Ucrânia. A revelação tem ainda mais peso diante do fato de que uma companhia
ligada ao centro de pesquisa de alto risco foi fundada por Hunter Biden, filho
do presidente estadunidense, Joe Biden.
Uma operação de US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 9,96
bilhões) explorando vírus considerados perigosos em pelo menos 30 laboratórios
— patrocinada pelo Pentágono e três empresas privadas: esse é o programa de
laboratórios biológicos dos EUA. Operando em diversas regiões, o programa
emprega civis sem o escrutínio do Congresso norte-americano e que podem passar
ao largo das leis devido à falta de supervisão.
O programa teve a existência confirmada por ninguém
menos que a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria
Nuland, durante audiência em um Comitê do Senado norte-americano, em 8 de março
deste ano. Apesar disso, os principais órgãos de imprensa dos EUA trataram a
questão como “conspiração”.
Os laboratórios biológicos são operados pelo programa
militar dos EUA, da Agência de Defesa para a Redução de Ameaças (DTRA, na sigla
em inglês). Além disso, funcionários civis dessas companhias privadas podem
operar pelos EUA e pelo governo estadunidense sob disfarce diplomático —
prática utilizada pela CIA.
Só coincidência? Em janeiro de
2016 pelo menos 20 soldados ucranianos morreram de um vírus semelhante à gripe
em um período de duas semanas na Carcóvia, onde ficava um dos laboratórios
administrados pelos EUA. À época, mais de 200 pessoas foram hospitalizadas. Já
em março de 2016, 364 casos fatais foram reportados em toda a Ucrânia. A causa
de 81% das mortes foi o vírus influenza A (H1N1) pdm09 — o mesmo que gerou uma pandemia
em 2009.
Recentemente, outro surto repentino de uma doença
infecciosa, a Hepatite A, foi registrado na região sudeste da Ucrânia — região
onde ficam diversos laboratórios biológicos do Pentágono.
No último mês de janeiro, 37 residentes de Nikolaev
foram hospitalizados com icterícia, o que levou a polícia local a iniciar uma
investigação por suspeita de "infecção deliberada com vírus de
imunodeficiência humana e outras doenças incuráveis".
Três anos atrás, mais de 100 pessoas na mesma cidade
ficaram doentes com cólera. Em ambos os casos, foi assumido que a causa foi a
ingestão de água contaminada.
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