segunda-feira, 14 de março de 2022

Você acredita no "já ganhou"?

 

Segunda-feira, 14 de março de 2022
Você acredita no "já ganhou"?

Olá, 

As últimas pesquisas eleitorais demonstram que o clima de "já ganhou" que se criou para algumas pessoas que querem ver Bolsonaro fora do Palácio do Planalto não tem qualquer sentido.

O governo militar detém uma máquina poderosa e não entregará os pontos sem batalhar arduamente — ainda que os meios para isso não sejam os mais republicanos. Bolsonaro já dá pequenos, mas importantes sinais de recuperação. Tanto nas pesquisas eleitorais como naquelas que avaliam seu governo. 

Além disso, um olhar atento aos passos de Sergio Moro é suficiente para percebermos que o jogo não está ganho. Moro tem muitas dificuldades para decolar, é verdade, mas tem rodado o Brasil fazendo aliança com velhos coronéis. Será que ele consegue construir uma rede de apoio forte até outubro? 

Desde o final do ano passado temos insistido que as eleições de 2022 são cruciais para o nosso futuro. Mas não apenas isso. Temos insistido no fato de que elas serão duríssimas, disputadas e muito, muito sujas. Por essa razão, aqui no Intercept o clima de "já ganhou" não tem vez.

Nós sabemos que uma eleição não se ganha só com campanha: se ganha também na disputa travada no debate público. E é nessa arena que o Intercept deve, precisa e deseja atuar. 

Não, o Intercept não tem candidata ou candidato. O que nós temos é um lado bem definido: estamos na trincheira da democracia, dos direitos humanos, do Estado que faz política contra as desigualdades. Em suma: daqueles que querem derrotar a extrema direita brasileira. Este é o lado oposto ao de Jair Bolsonaro e ao de Sergio Moro — essa dupla que agora se vende como inimiga, mas era aliada até o ano passado. 

Em 2022 não há espaço para jornalismo que se vende como isento e nós temos muito orgulho de poder assumir a posição que nos parece justa com independência e coragem. 

São esses princípios que pautam todo o trabalho que estamos desenvolvendo para este ano. Em breve iremos anunciar algumas das iniciativas que bolamos para essa cobertura especial. Você sabe do que o Intercept é capaz e como gostamos de mexer com os poderosos. 

Mas parte desse trabalho ainda não está rodando porque nos falta uma série de recursos. 

Quando planejamos a cobertura, pensamos nas doações que recebemos em 2021. Bom, não precisa ser muito esperto para notar que a crise econômica este ano está muito mais grave que no ano passado. O começo de 22 foi nosso pior começo de ano. Nem em 21 com a pandemia no auge encontramos tanta dificuldade: as perdas foram menores. 

Sabemos as razões disso: inflação nas alturas, caos institucional, desemprego, estafa emocional generalizada. Você não tem noção de como são dolorosos os e-mails que recebemos daqueles que precisam deixar de doar. A coisa está tão grave que, no e-mail em que antes só recebíamos pedido de orientações sobre como doar, nos últimos meses chegamos a receber mensagens de pessoas relatando passar necessidade e até fome. Isso me impactou muito.

Mas não é hora de entregar os pontos: escrevi esta mensagem com um objetivo bem simples: te dizer que não faz sentido algum acreditarmos num clima de "já ganhou". Pelo contrário, é hora de ir pra cima. O Intercept sabe disso e sabe exatamente o que é preciso fazer. Por isso, se você está entre aqueles que ainda podem nos ajudar, peço por favor que clique aqui hoje. 

Muita gente, infelizmente, precisou deixar de nos ajudar. É hora de uma nova galera assumir essa responsabilidade, afinal, esse trabalho não pode parar, certo?

É A MINHA VEZ DE AJUDAR →  

Um abraço,

Táia Rocha
Analista de Arrecadação
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