Explicando o insano.
Na mitologia grega, segundo Hesíodo, Nix, a Noite, é a
filha do Caos e a segunda pessoa a ter surgido do vazio! Ainda segundo Hesíodo,
Nix teria gerado Tânato, que é a personificação da morte.
Hesíodo foi um poeta oral grego da Antiguidade. Não
existe uma data exata de seu nascimento ou morte, mas os registros escritos dizem
que ele atuou entre 750 e 650 a.C. E sua principal obra é Teogonia onde ele faz
a história de cada um dos deuses gregos da antiguidade. É o relato mais conhecido
e fiel, usado pelos que estudam a mitologia grega.
Por que dissemos tudo isso? Porque o insano que governa
o país nos parece a personificação de Tânato, trazendo a morte, a sombra sobre cada
ser que habita o seu mundo (no caso, nosso país). O insano é também o filho de
Nix (a noite, a escuridão) que, por sua vez, é filha do Caos.
Podemos achar uma definição melhor para o insano? Ele é
Tânato, deus da morte, filho de Nix, as trevas, e neto do Caos!
É obra de Tânato. O
relatório Conflitos no Campo Brasil 2021, divulgado na segunda-feira (18) pela
Comissão Pastoral da Terra, consolida a percepção de que o garimpo ilegal se
tornou um dos principais indutores da violência no campo. A atividade foi responsável
por 92% das mortes por conflitos registradas pela CPT.
No decorrer de 2020, a entidade identificou nove mortes
por conflitos no campo em todo o território nacional. Em 2021, o número saltou
para 109, um aumento de 1.110%. Desse total, 101 mortes foram de indígenas
Yanomami provocadas por ações de garimpeiros.
O que sabemos é que o demente visitou a Terra Indígena
(TI) Yanomami em 2021. Ele esteve lá e fez a defesa do garimpo dentro do
território, contra a representação das próprias lideranças da associação
indígena que estava presente durante o encontro”, lembra Silvério.
Em uma década, os conflitos relacionados ao garimpo
cresceram 80.000%. Em 2011, foi registrado um episódio violento em decorrência
da atividade. No ano passado, o número saltou para 81, com alta vertiginosa a
partir de 2019 (veja na tabela abaixo).
A TI Yanomami (RR) é palco de um tragédia social provocada
pela mineração ilegal. Um relatório da Hutukara Associação Yanomami descreveu o
aumento drástico da malária, da subnutrição e de abusos sexuais de mulheres e
crianças em troca de comida.
Em fevereiro deste ano, a operação conjunta “Caribe
Amazônico”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no entorno da Terra Indígena
Munduruku, no oeste do Pará, provocou protestos de garimpeiros na cidade de
Itaituba, um dos polos da mineração ilegal no país e conhecida como “cidade
pepita”. A operação recebeu este nome porque a lama dos garimpos escureceu as
águas do balneário turístico de Alter do Chão (PA).
Outra obra dele. A renda
média do brasileiro atingiu o menor nível da série histórica no final de 2021,
terceiro ano do governo do ex-capitão, segundo levantamento da LCA Consultores,
realizado com base nos indicadores trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílio (Pnad).
A análise mostra que a remuneração mensal de cerca de
33 milhões de trabalhadores não chega sequer ao valor do salário mínimo (SM),
que passou de R$ 1.100 em 2021 para R$ 1.212 neste ano.
Para o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal para atender as
necessidades básicas de uma família de quatro pessoas - alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência - deveria
ter sido de R$ 6.394,76, valor 5,28 vezes maior que o piso nacional, em março.
De acordo com o levantamento da LCA Consultores
publicados pelo G1, os brasileiros com uma renda mensal de no máximo 1 salário
mínimo passaram a representar desde o ano passado a maior fatia da população
ocupada na divisão por faixas de renda. Os mais atingidos pela baixa
remuneração costumam ser os trabalhadores com baixa escolaridade e que
trabalham na informalidade, fazendo os chamados "bicos" ou "corres".
No final de 2021 o Brasil registrava 33,8 milhões de
trabalhadores (36% do total de ocupados) ganhando uma renda mensal de até 1
salário mínimo, “o maior contingente já registrado na série histórica iniciada
em 2012. Em um ano, o salto foi de 12,2%, ou 4,4 milhões de pessoas a mais.
Indígenas denunciam. As lideranças indígenas alertaram que os atos
violentos desencadeados pioram a situação de saúde na aldeia Jarinal.
O Centro de Trabalho Indígena (CTI) informou nesta
quarta-feira que a Terra Indígena Valle de Javari, oeste do estado do Amazonas,
está invadida por garimpeiros ilegais, que submeteram os moradores a alcoolização
forçada e crimes sexuais contra mulheres.
Nesse sentido, a entidade especificou que os recentes
acontecimentos ocorreram na aldeia do povo Jarinal, para o qual as organizações
e lideranças indígenas solicitaram providências urgentes da Fundação Nacional
do Índio (Funai) e demais órgãos responsáveis.
Assim, as denúncias foram feitas pelo Conselho Indígena
Kanamari de Juruá e Jutaí e pela Associação Kanamari do Vale do Javari, que
especificaram que os eventos fazem parte de uma invasão não autorizada na área
brasileira.
Em 2019, a aldeia Jarinal foi vítima de uma invasão de
garimpeiros ilegais, que foi denunciada pelas autoridades da aldeia ao Ministério
Público Federal no Amazonas, que desencadeou uma operação conjunta da Funai,
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia
Federal, destruindo 60 lagoas de mineração.
Vale destacar que no Vale do Javari, formado por 26
municípios, 19 deles isolados, reside o maior número de indígenas sem contato
regular com não indígenas em nível internacional.
Brasil tem 17 milhões de pessoas em favelas! Nós, do
Informativo Semanal, achamos que esse número é otimista, mas vamos seguir as
notícias que temos e que dizem que as favelas são realidade para mais de 17
milhões de brasileiros, de acordo com levantamento do Instituto Locomotiva, em
parceria com o Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa). Para o
Students for Liberty Brasil (SFLB), a marginalização e consequente empobrecimento
da população é resultado de projetos governamentais e a visibilidade pode mudar
esse cenário.
“Não existe uma política progressiva que pense a
garantia do direito à propriedade, à saúde, à educação, à formalização da mão
de obra, ao trabalho e ao bem-estar das pessoas moradoras das favelas. Pelo
contrário, o que vemos são estratégias de afastamento e segregação”, afirma Nycollas
Liberato, diretor-executivo da entidade.
“Quem está de fora pode pensar que aqueles que estão na
favela continuam ali porque querem. Isso não é verdade. Durante as gravações,
conhecemos histórias de pessoas empreendedoras que buscam, a todo custo,
conquistar melhores condições de vida, mas que se deparam continuamente com
obstáculos. A própria formalização do trabalhador autônomo, que envolve mais
burocracia do que esclarecimentos, afeta grande parcela dessa população”,
explica Liberato, ressaltando que o trabalho autônomo e empreendedor é o principal
recurso de sustento das famílias.
Trabalho escravo cresce. O
trabalho análogo à escravidão é uma realidade que persiste no Brasil e só
aumenta. A fiscalização do trabalho resgatou no ano passado, 1.726 pessoas em
169 casos de trabalho escravo. É o maior número já registrado desde 2013, quando
foram contabilizados 170 casos.
Segundo dados do levantamento Conflitos no Campo,
Brasil 2021, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), houve um aumento de 113% em
relação a 2020. No meio rural, o índice é 76% maior do que em 2020, e nas áreas
urbanas, houve resgate de 197 trabalhadores, com 214 pessoas envolvidas.
Minas Gerais é o estado que mais concentrou denúncias,
totalizando 763 ocorrências e 757 resgates. Na sequência, aparecem Goiás, com
330 denúncias e 302 trabalhadores resgatados. O estado do Pará com 275
registros de denúncia e 109 resgates.
O número de casos que envolvem crianças e adolescentes
também aumentaram. Foram 64 resgatados no ano passado, o que representa aumento
de 121% em relação a 2020.
Nossa América caminha! “A Argentina
quer recuperar plenamente seus laços diplomáticos com a Venezuela”, disse o presidente
da Argentina, Alberto Fernández, na sede do Executivo, a Casa Rosada, durante
entrevista coletiva conjunta com seu homólogo equatoriano, Guillermo Lasso.
Como presidente interino da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), cargo em que cumprirá 100 dias em 18 de
abril, Fernández convocou todos os países da região a “revisar” seus laços
diplomáticos com o país caribenho “porque Venezuela tem estado em um momento
difícil”.
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos
Humanos, Michelle Bachelet, “tomou medidas sobre o assunto e interveio”
trabalhando com o governo de Nicolás Maduro, lembrou o chefe de Estado
argentino.
O governo argentino havia rompido os laços diplomáticos
com a Venezuela em 2017, durante a gestão do canalha Mauricio Macri. Na época,
o então presidente integrou a Argentina no Grupo de Lima, que reconhecia uma
crise no país governado por Nicolás Maduro e buscava uma solução para tal.
Com a entrada da Argentina na organização, o país
passou a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela, estremecendo as
relações com Maduro.
Quando Fernández assumiu a presidência, o país saiu do
Grupo de Lima. No entanto, continuou a apoiar relatórios da Alta Comissária das
Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, em relação a
supostas violações de direitos humanos cometidas pelo governo venezuelano.
Porém, além da declaração de restabelecimento de laços
diplomáticos, o presidente argentino elogiou o trabalho conjunto entre a
Venezuela e Bachelet, que chegaram a acordos sobre os supostos abusos no país.
“Muitos desses problemas foram se dissipando com o tempo", acrescentou o
governante argentino.
Dividir para fortalecer? A
coalizão do governo argentino presidida por Alberto Fernández foi dividida em
duas forças diferentes no Senado, o que dá ao partido no poder mais uma
representação no Conselho da Magistratura, órgão que avalia o desempenho dos
juízes, conforme confirmado pela principal oposição bloco.
O primeiro bloco denominado Frente Nacional e Popular
(FNP), com 21 senadores, está alinhado com os governadores e o presidente,
Alberto Fernández.
O segundo dos 15 legisladores, chamado Unidad
Ciudadana, responde à vice-presidente e chefe do Senado, Cristina Fernández de
Kirchner. E isso foi relatado em duas cartas enviadas à liderança do Senado
pelos senadores José Mayans, até agora presidente da coalizão Frente de Todos e
agora chefe da FNP, e Juliana Di Tullio, que dirige a Unidad Ciudadana.
Com esta partilha, a Unidad Ciudadana arrebata ao bloco
PRO, pertencente à principal aliança da oposição, o lugar como segunda minoria
a que corresponde nomear um representante no Conselho da Magistratura, órgão
encarregado de nomear e destituir magistrados.
México: derrota e vitória! O
presidente Andrés Manuel López Obrador passou por uma semana de disputas onde
sofreu uma derrota no seu Parlamento, mas, no dia seguinte, comemorou uma
vitória importante.
O primeiro fato é que a oposição ao governo conseguiu
barrar a proposta de López Obrador para rever as leis do Setor Elétrico
nacional. Quatro partidos da oposição formaram um bloco que se opôs à coalizão
governista e votou contra o projeto de lei que buscava reverter a Reforma
Energética constitucional de 2013, capacitar a Comissão Federal de Eletricidade
(CFE) e elevar a participação da estatal no mercado de energia elétrica, dos
atuais 38 % a 54%, entre outras medidas.
No dia seguinte, a Câmara dos Deputados do México
aprovou, por ampla maioria, o projeto de decreto que reforma e agrega diversos
preceitos da Lei de Mineração promovida pelo governo federal.
Horas depois que sua reforma elétrica foi rejeitada, o
presidente Andrés Manuel López Obrador vence uma nova batalha legislativa, que
tem a ver com suas intenções de que o lítio seja propriedade única e exclusiva
da nação.
Com 298 votos a favor dos partidos Morena, Partido
Trabalhista (PT), Partido Ecologista Verde do México (PVEM) e Movimento Cidadão
(MC), os legisladores aprovaram, em geral, a reforma da lei de mineração. Houve
197 abstenções dos deputados do Partido da Ação Nacional (PAN), do Partido
Revolucionário Institucional (PRI) e do Partido da Revolução Democrática (PRD),
que ontem se opuseram à reforma elétrica de López Obrador.
A aprovação da chamada Lei de Mineração aconteceu em
duas horas e ignorando todos os trâmites parlamentares, já que Morena afirmou
sua maioria no Congresso e a discussão começou instantaneamente.
Conflito na Ucrânia: América Latina começa a
se posicionar. Nos últimos dias, Argentina e Brasil deram uma mensagem
clara e concisa aos EUA ao rejeitar a expulsão da Rússia do G20 e como observador
na Organização dos Estados Americanos (OEA): mostraram a Washington que sua
hegemonia é limitada apesar de suas pressões.
Essa decisão dos dois maiores países da América Latina,
embora por razões diferentes, mostra que, apesar do condicionamento dos EUA,
eles buscam defender sua própria soberania e poderão ter uma maior aliança com
a Rússia e a Ásia em geral no futuro.
O governo da Argentina não considera a expulsão da
Rússia da OEA ou do G20 uma solução, disse a porta-voz presidencial Gabriela
Cerruti nesta sexta-feira.
O Brasil, por outro lado, tem razões diferentes e o que
está tentando fazer ao rejeitar a expulsão da Rússia é priorizar seus
interesses nacionais, especialmente tentando manter sua trajetória que o levou
a se posicionar como uma das economias emergentes do BRICS e os atuais acordos
de cereais e fertilizantes.
Em 20 de abril, o ministro da Economia brasileiro,
Paulo Guedes, disse que seu país é contra as sanções econômicas impostas à
Rússia e contra a saída deste país do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na Venezuela, o chanceler Félix Plasencia rejeitou a
suspensão da Rússia como observadora da Organização dos Estados Americanos
(OEA) e disse, perante a imprensa nicaraguense, que faz parte da perseguição do
governo dos Estados Unidos a Moscou nas organizações multilaterais.
“O que esse grupo (OEA) fez lá ultimamente, sob os
esforços daquele homem (Luis Almagro), que deveria estar na folha de pagamento
do governo dos EUA, é simplesmente repetir a vergonha, nós rejeitamos, é um
abuso, porque também faz parte de todo esse esforço de Washington para
perseguir a Rússia, perseguir o povo russo em organizações multilaterais nesta
desgraça chamada OEA”, afirmou Plasencia.
A direita contra Gustavo Petro. O
ultradireitista colombiano, Álvaro Uribe, é um mestre na prática da guerra suja
contra o povo. Desde o assassinato de Jorge Eliecer Gaitán, esta tem sido sua
metodologia de subordinação e subjugação do povo colombiano.
É uma guerra suja com mentiras, manipulação e uso
desenfreado da violência para destruir qualquer alternativa democrática e
progressista que permita garantir os direitos fundamentais dos cidadãos. Hoje
eles designam isso como guerra híbrida, que é uma forma multidimensional de
guerra para decifrar o adversário.
Durante a atual campanha eleitoral de 2022 para
escolher o próximo presidente da Colômbia (2022-2026), diante do formidável
potencial do Pacto Histórico construído com muito talento e cuidado pela
liderança do senador Gustavo Petro já montaram um cenário para promover golpes,
acusando Gustavo Petro e sua campanha presidencial com uma suposta aliança com
conhecidos criminosos detidos em diferentes centros penitenciários do estado.
Petro, aquele que descobriu o Carrossel de Contratação
e colocou na cadeia os irmãos Moreno Rojas, aquele que denunciou os criminosos
da Costa Atlântica, aquele que desmascarou Álvaro Uribe e sua política
genocida, aquele que enfrentou o narco-paramilitarismo sob risco de sua própria
vida, ele é hoje vítima de uma campanha infame, vil e covarde.
“Jogada de mestre” ou golpe. Vendo o
crescimento da oposição para as eleições na Colômbia, tradicional aliado, a
Casa Branca parece estar tentando uma cartada importante. Na quinta-feira (21),
o presidente Biden confirmou a designação da Colômbia como aliado externo da
OTAN, que é formada por 30 países.
“Notifico minha intenção de designar a Colômbia como
aliado importante fora da OTAN. Faço esta designação em reconhecimento da
importância da relação entre os EUA e a Colômbia e das contribuições cruciais
da Colômbia à segurança regional e internacional”, escreveu Biden em carta
enviada ao Capitólio.
Desta forma, os colombianos terão acesso ao material
bélico estadunidense e receber empréstimos para obter equipamento militar e de
pesquisa, bem como tecnologia espacial e participação em operações conjuntas com
o Pentágono.
Os EUA já vinham apoiando a Colômbia há tempos, inclusive
tentando usar o país em suas ações contra a Venezuela e, recentemente, enviaram
40 blindados à Colômbia, para “fortalecer suas capacidades operacionais” e “reforçar
os laços de cooperação” entre os dois países.
Os novos escravos! Mais de
40 milhões de pessoas vivem em condições de escravidão em nosso planeta. Uma parte
significativa são meninas e meninos. Três semanas antes do início da V
Conferência Mundial sobre a Erradicação do Trabalho Infantil, em Durban, África
do Sul, a escravidão moderna está mais uma vez na mira da sociedade civil
global.
A estação de rádio internacional alemã Deutsche Welle
publicou um relatório abrangente sobre o assunto em novembro do ano passado.
Nele, ele retoma a cifra de 15 milhões de pessoas presas em casamentos forçados
e cerca de 25 milhões em trabalhos forçados.
Mulheres e meninas são particularmente afetadas por
este flagelo, representando 71% das vítimas de trabalho forçado. Mais de 150
milhões de meninos e meninas (quase um em cada dez) estão sujeitos ao trabalho
infantil em todo o mundo.
De acordo com a Confederação Mundial dos Sindicatos, o trabalho
infantil envolve meninos e meninas menores de 18 anos que seja mentalmente,
fisicamente, socialmente e/ou moralmente perigoso ou prejudicial e que
interfira em sua escolarização.
Enquanto isso, o trabalho forçado é aquele realizado contra
a vontade e sob ameaça de punição. É implementado em proporções crescentes da
economia privada, em setores de mão-de-obra intensiva e mal regulamentados,
como construção, agricultura, pesca, trabalho doméstico e mineração, bem como a
prostituição.
Mas o fenômeno não afeta apenas o Sul do planeta, mas
também países com alto nível de desenvolvimento. De acordo com a campanha
internacional “50 for Freedom”, mais de um milhão e meio de pessoas na Europa,
América do Norte, Japão e Austrália também vivem em condições semelhantes de
escravidão.
A economia da China acelera. A economia
da China cresceu 4,8% ano a ano no primeiro trimestre de 2022, apesar dos
desafios do ambiente internacional cada vez mais complexo e do ressurgimento de
casos locais de Covid-19, cujos impactos devem aparecer com mais força no
segundo trimestre.
Os destaques da economia chinesa nos 3 primeiros meses
do ano foram: – O Produto Interno Bruto do país acelerou em relação a um aumento
de 4% no quarto trimestre do ano passado; – A produção industrial de valor
agregado da China subiu 6,5% ano a ano; – A produção do setor manufatureiro
aumentou 6,2%, enquanto a produção e fornecimento de eletricidade, aquecimento,
gás e água aumentaram 6,1%; – As vendas no varejo de bens de consumo aumentaram
3,3% ano a ano, totalizando cerca de 10,87 trilhões de iuans (cerca de US$ 1,7
trilhão); – As vendas no varejo nas áreas urbanas atingiram 9,43 trilhões de
iuans, um aumento de 3,2% ano a ano, enquanto as vendas nas áreas rurais
aumentaram 3,5% na mesma base de comparação; – O investimento em ativos fixos
saltou 9,3% em relação ao ano anterior, para 10,49 trilhões de iuans. O
investimento em ativos fixos do setor privado aumentou 8,4% em relação ao ano
anterior, para 5,96 trilhões de iuans, representando mais da metade do total; –
O investimento da China em desenvolvimento imobiliário aumentou 0,7% ano a ano
para cerca de 2,78 trilhões de iuans; – A taxa de desemprego urbano ficou em
5,5% no primeiro trimestre, e um total de 2,85 milhões de novos empregos urbanos
foram criados.
Nossa atenção na França. O
Informativo Semanal está sendo enviado antes de sabermos o resultado das
eleições francesas, neste domingo.
Pelas informações que temos, o atual presidente da
França, Emmanuel Macron, aparece como favorito para conquistar a reeleição no
segundo turno do pleito que vai escolher o novo ocupante do Palácio do Eliseu.
A diferença entre ele e a oponente, a extremista de direita Marine Le Pen, está
entre 10 e 14 pontos percentuais, a depender da pesquisa.
Se os números se confirmarem, no entanto, Macron terá
obtido menos votos do que da primeira vez em que disputou um segundo turno
contra Le Pen, em 2017. Na oportunidade, ele venceu a oponente por 66,1% contra
33,9%.
Farinha pouca... Na
segunda-feira (18), a Espanha informou a Comissão Europeia que um plano conjunto
de redução de preços com Portugal pode implicar na restrição das vendas de
energia para a França, de acordo com El País.
Madri é o maior fornecedor individual de eletricidade
importada de seu vizinho do norte, e a restrição potencial ocorre quando toda a
União Europeia (UE) enfrenta os crescentes custos de energia.
Espanha e Portugal concordaram no final de março em
limitar o preço do gás usado na geração de eletricidade ao equivalente a €
30,00 por megawatt/hora (cerca de R$ 150,73). Enquanto Bruxelas concedeu a
ambos os países uma exceção às suas regras normais e permitiu que esse acordo
fosse adiante, Madri e Lisboa deram más notícias aos eurocratas.
O Colégio de Comissários da UE vai discutir o assunto
em sua próxima reunião, que ocorre normalmente toda semana. O curioso é que, embora
a França seja um exportador líquido de eletricidade, ainda importa cerca de 34%
de sua energia, de acordo com os números de 2020. A Espanha, mais do que
qualquer outro país, fornece a maior parte disso.
É um aviso? A Europa poderá
prescindir do gás russo por não mais de seis meses, após os quais a economia
europeia sentirá as consequências negativas da rejeição do combustível russo,
declarou o chefe do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional
(FMI), Alfred Kammer.
“Nos próximos seis meses, a Europa pode viver com uma
renúncia completa [do gás russo]. Ao mesmo tempo, se a paralisação durasse até
o inverno ou até mais, isso teria consequências negativas consideráveis [para a Rússia].
economia]”, disse Kammer à Agence France Presse.
Segundo o representante do FMI, não existe uma forma
única de influenciar a situação, sendo necessário um conjunto de medidas. Por
isso, alertou, uma das medidas é procurar fontes alternativas de abastecimento,
algo que vários países já começaram.
É isso que Washington teme. De
acordo com o economista e especialista financeiro iraniano Jamshid Adalatian,
os esforços da China, Rússia e Irã para adotar uma moeda comum em suas
transações poderiam enfraquecer o dólar americano.
Para o especialista, os três países e mais os outros
países sancionados, podem criar uma aliança comercial e estabelecer uma moeda
comum para suas transações, o que enfraqueceria a moeda americana, além de
gerar uma diminuição em sua demanda.
Apesar da grande ameaça ao dólar, o especialista ressaltou
que os efeitos destas possíveis mudanças no cenário global apenas afetariam o
dólar daqui a 30 anos.
Profunda crise na Europa? Depois
que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exigiu que a OTAN não suspendesse
a ajuda militar ao seu país porque ele está disposto a perpetuar o conflito por
anos, a questão que se coloca é se a Europa está disposta a suportar uma crise
por uma década. Isso poderia gerar uma profunda divisão no velho continente. “É
exatamente devido ao fluxo contínuo de ajuda econômica e militar dos EUA e da
OTAN que o conflito militar se prolongou, incentivando a Ucrânia a travar uma
guerra de 10 anos”, analisa um artigo do Global Times.
Mas a mídia indica que isso é “uma ilusão” e que assim
que o Ocidente decidir interromper o fornecimento de armas, a Ucrânia ficará em
paz. Além disso, Shen Yi, professor da Universidade Fudan, adverte: “Esses
países nunca prometeram que a assistência seria gratuita. No longo prazo, como
a Ucrânia pagará isso?”
Se a Europa continuar com as políticas de sanções e
apoio à Ucrânia, “será mais prejudicada e os países europeus ficarão ainda mais
divididos”, disse Sun Keqin, pesquisador do Instituto de Relações
Internacionais Contemporâneas da China.
Moscou deseja a paz. O
porta-voz presidencial da Rússia disse que Moscou entregou à Ucrânia um documento
de esboço com precisas formulações relacionadas à resolução do conflito.
A Rússia entregou à Ucrânia um documento de esboço
detalhando formulações claras, disse nesta quarta-feira (20) Dmitry Peskov,
porta-voz presidencial russo.
Ele apontou que o lado ucraniano está constantemente
mudando e se afastando de suas sugestões de acordos anteriores, o que “tem
consequências muito más” no que toca à eficácia das negociações.
De acordo com o porta-voz, o trabalho dos negociadores
ucranianos deixa muito a desejar.
Bateu paúra? A
Embaixada da Rússia, comentando as novas sanções dos EUA contra a Rússia,
afirmou que as restrições são cada vez mais absurdas e mostram o desespero de
Washington pela incapacidade de subjugar Moscou.
O presidente dos EUA, Joe Biden, impôs restrições a
dezenas de instituições e cidadãos russos em 20 de abril por atividades que
supostamente ameaçam a Ucrânia.
As novas sanções ocorrem em meio a uma investigação
parlamentar russa contra o próprio Biden por sua possível conexão com uma rede
de laboratórios de armas bacteriológicas na Ucrânia que foi financiada por seu
filho Hunter, segundo vários documentos. Mas a Embaixada da Rússia já alertou a
liderança em Washington que suas sanções não terão o efeito desejado e, ao
contrário, prejudicarão os próprios EUA.
Vão continuar o conflito? Autoridades
ocidentais confirmam que seu planejamento para o conflito na Ucrânia é de longo
prazo. Na terça-feira (19), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu,
declarou que os países ocidentais têm interesse em prolongar o conflito na
Ucrânia “ao máximo” e exercem pressão para que as autoridades de Kiev evitem a
assinatura de um acordo de paz.
As declarações de Shoigu vêm após uma mudança na
retórica ocidental em relação ao conflito ucraniano. Se no início da operação
militar russa os EUA e seus aliados pediam a retirada das tropas de Moscou,
agora o foco é no fornecimento de armas e treinamento para que as Forças
Armadas ucranianas continuem lutando.
O prolongamento do conflito ucraniano exigirá resposta
das principais organizações internacionais, como a Organização das Nações
Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC), sob pena de comprovar sua
alegada ineficiência.
Mas a continuidade do conflito ucraniano terá
consequências diretas para a posição do presidente dos EUA, Joe Biden, perante
o eleitorado estadunidense.
Recente pesquisa realizada pelo canal NBC mostra que
sete em cada dez estadunidenses tem baixa confiança na capacidade de seu
presidente de conduzir bem o país durante o período de guerra.
A dívida está aumentando. Os
gastos da Alemanha com a importação de petróleo russo podem crescer neste ano
de 11,4 bilhões de euros (R$ 56,89 bilhões) para 14,3 bilhões (R$ 71,37
bilhões). Enquanto isso, o valor do gás importado pode dobrar: de 8,8 bilhões
de euros (R$ 43,92 bilhões) no ano passado para 17,6 bilhões (R$ 87,84 bilhões)
em 2022. Além do mais, segundo o levantamento, cerca de dois bilhões de euros
deverão ser pagos pelo carvão importado da Rússia.
A população alemã está preocupada com os planos das
autoridades de bloquear a importação do gás russo, escreve o Financial Times.
Conforme o artigo, os rumores sobre o embargo total
causam pânico entre os alemães, pois até o início da operação especial na
Ucrânia, a Rússia era responsável por 55% do gás importado. Qualquer corte abrupto do fornecimento
de gás pode paralisar uma parte significativa da indústria do país, conforme afirmam
diversos economistas e dirigentes de confederações industriais alemães.
O embargo aos recursos energéticos russos afetará de
forma altamente negativa não só os gigantes industriais, mas também as pequenas
empresas.
A Alemanha e outros países ocidentais enfrentam uma
forte alta nos preços dos combustíveis após terem imposto sanções de grande
escala em resposta à operação militar especial russa na Ucrânia. Ainda assim,
na Europa são feitos apelos a reduzir a dependência dos recursos energéticos
russos.
Quem está
ganhando? Nem mesmo 1% do equipamento
militar da OTAN será usado para ajudar a Ucrânia, mas a invasão russa forneceu
um pretexto para um aumento maciço nos gastos militares; grande notícia para os
lucros dos fabricantes de armas.
Complexos
militares-industriais em todos os lugares estão esfregando as mãos. Os chefes militares
da OTAN estão novamente recorrendo ao velho truque de superestimar as ameaças,
como costumavam fazer periodicamente com a União Soviética durante a Guerra
Fria, para promover o rearmamento. Este termo é totalmente inadequado, em
primeiro lugar porque os exércitos da OTAN nunca se desarmaram, mas estiveram
sempre armados até os dentes durante a guerra fria e têm mantido níveis
excessivos de armamento desde então. Além disso, qualquer entrega de armas
defensivas à resistência ucraniana representa não mais do que uma pequena parte
dos gastos militares atuais, nem mesmo 1% de todos os gastos da OTAN que o
presidente ucraniano vem solicitando.
Não contente
com os gigantescos gastos militares atuais dos Estados Unidos, que totalizaram
US$ 782 bilhões no ano passado – acima dos US$ 4 bilhões em 2020, que por sua
vez representaram, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a
Paz de Estocolmo (SIPRI), 39% dos gastos militares mundiais, mais que o triplo
da China (252.000 milhões) e mais de 12 vezes o da Rússia (61.700 milhões)‒ Joe
Biden está agora solicitando 813.000 milhões para o próximo ano financeiro
(773.000 milhões para o Pentágono e outros 40.000 milhões para programas de
defesa relacionados Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento de
Energia e outras agências). De acordo com o vice-secretário de Controladoria de
Defesa Michael J. McCord, “este orçamento foi finalizado antes da invasão da
Ucrânia por Putin,
Britânicos
também sustentam o conflito. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson,
confirmou que Londres segue treinando militares ucranianos na Polônia e no
Reino Unido.
Segundo ele, o
treinamento envolve o manuseio dos equipamentos militares fornecidos pelo Reino
Unido, como blindados e sistemas de defesa aérea. Ou seja, vão vender
equipamentos para a Ucrânia!
O Reino Unido
é um dos países que segue colaborando com a manutenção do conflito, enviando
armas e ajuda financeira aos ucranianos, bem como equipamentos militares. Anteriormente,
os britânicos forneceram 120 veículos blindados e novos sistemas de mísseis
antinavio à Ucrânia.
França
também vende armas! A França continuará a enviar armas
para a Ucrânia, disse o porta-voz do Gabinete de Ministros francês, Gabriel
Attal.
“Continuaremos
a realizar todas as iniciativas úteis para tentar encerrar [a operação
especial]. Isso significa que, por um lado, continuaremos nossa ajuda a Kiev,
tanto suprimentos de armas humanitárias quanto de defesa”, disse ele no CNews.
canal.
Não
reclamem depois. As enormes quantidades de armas
que a União Europeia está entregando à Ucrânia contradizem seus compromissos e
essas armas são um alvo legítimo para as forças russas, afirmou hoje (19) em
entrevista à Sputnik o diretor do Departamento de Organizações Internacionais
do MRE russo, Pyotr Iliichev.
Ele ressaltou
que “as armas que cheguem à Ucrânia são um alvo legítimo, de meu ponto de vista,
isso é legal”.
Os
estadunidenses enviaram cinco aviões com “assistência militar” à Ucrânia,
quatro deles já estão em Kiev. Entre as armas enviadas estão drones kamikaze
Switchblade.
Todas essas
armas podem, a qualquer momento, cair nas mãos do exército russo ou de milícias!
Muito dinheiro! O Pentágono e a multinacional estadunidense da
indústria aeroespacial e militar Lockheed Martin estão discutindo o aumento da
produção de armas destinadas à Ucrânia enquanto a Rússia continua sua operação
militar, informou o jornal local ‘The Wall Street Journal”.
A maior empreiteira de defesa do mundo deve aumentar
sua produção para atender ao crescente número de pedidos de produção adicional
de governos estrangeiros, de acordo com a reportagem.
No início de 19 de abril, a Lockheed Martin divulgou
alto lucro trimestral, mas ao mesmo tempo deixou sua meta de vendas anual inalterada
em US$ 66 bilhões.
Joe Biden anunciou um adicional de US$ 800 milhões em
ajuda militar para a Ucrânia, incluindo 18 obuseiros de 155 mm, projéteis, 300
drones Switchblade, 500 mísseis antiblindagem Javelin, 200 veículos blindados
M113 e 16 helicópteros Mi-17, entre outros equipamentos.
Onde mora o perigo? Os EUA não
têm capacidade de monitorar de forma confiável as armas que estão sendo
enviadas pela administração Biden para a Ucrânia, escreve CNN, citando fontes
informadas pela inteligência dos EUA sobre o assunto.
“Nós temos constância por um curto período de tempo,
mas quando chega a névoa da guerra, a [constância] é quase nula”, disse uma
fonte. “Isso cai em um grande buraco negro, e você quase não tem senso disso
depois de um curto período de tempo”.
A administração Biden levou em consideração o risco de
fornecer armas à Ucrânia que podem acabar nas mãos de milícias e outros grupos
a quem os EUA não querem dar armas. No entanto, as autoridades consideram a
incapacidade de armar a Ucrânia adequadamente um risco maior, acrescenta
artigo.
Uma guerra interna. Enquanto
os EUA alimentam o conflito na Ucrânia, atrás de lucro para sua indústria armamentista,
seu próprio povo está enfrentando uma guerra muito mais séria. Seu povo, em
particular os mais jovens, estão morrendo “aos montes” por overdose de drogas!
A Casa Branca apresentou e enviou ao Congresso sua
primeira Estratégia Nacional de Controle de Drogas em meio ao que chama de uma “epidemia
de overdose de narcóticos” sem precedentes, proclamando que representa uma nova
virada sobre o assunto, embora seja difícil detectar o que há de novo em seu
foco na redução do consumo, tratamento da dependência e cooperação internacional
–com México e outros– no combate à transferência ilegal de drogas.
A estratégia enfatiza o objetivo de superar a epidemia
de opiáceos, pela qual houve 105.752 mortes -66% delas por opiáceos sintéticos,
incluindo fentanil- nos últimos 12 meses, um nível sem precedentes, e desde
1999 até o presente, as overdoses mataram quase um milhão de estadunidenses.
Os cuidados de saúde centram-se na prevenção, tratamento
e “redução de danos”. Ao mesmo tempo, intensifica-se o combate à produção
nacional de cultivo e produção de drogas sintéticas e seu comércio.
Mas, para variar, não admitem a própria culpa e jogam o
problema para o México alegando que o tráfico de drogas vem de lá!
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