Bolsonaro chama Genivaldo de “marginal”, mas diz que lamenta morte
Resumo da notícia
Presidente Jair Bolsonaro lamentou morte, mas chamou Genivaldo de "marginal"
Declaração foi feita durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30)
Segundo Bolsonaro, pressão da impresa em relação ao caso é forma de "apoiar a bandidagem"
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta segunda-feira (30) o assassinato de Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, morto por agentes da Polícia Rodoviária Federal na última quarta-feira (25).
Bolsonaro chamou Genivaldo de “marginal” e criticou a imprensa por pressionar autoridades e ficar “ao lado da bandidagem”. A vítima tinha 38 anos e tinha transtornos psicológicos.
Ao mesmo tempo, o presidente lamentou o ocorrido. A resposta sobre o caso foi dada após um questionamento em uma coletiva de imprensa, cujo objetivo era falar sobre as chuvas em Pernambuco. Bolsonaro comparou a morte de Genivaldo com outra abordagem, em que policiais rodoviários foram mortos.
“Há duas semanas, aproximadamente, com dois policiais rodoviários federais, que ao tentar tirar um elemento da pista, ele conseguiu sacar a arma de um deles e executou dois. A GloboNews chamou este homem de suspeito. E o outro policial de outra esfera, ao abater esse marginal, vocês realmente foram numa linha completamente diferente”, afirmou o presidente.
“Vai ser seguida a lei, lamento o ocorrido nos dois episódios, lamento muito, e vamos, de acordo com o órgão competente, no caso o Ministério Público, a Polícia Federal, que teria afastado os servidores da PRF. Não podemos generalizar tudo que acontece no nosso Brasil. A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós, em momentos difíceis, são os primeiros a chegar. Vamos respeitar a dor de todo mundo e volta tudo à normalidade rapidamente.”
Bolsonaro ainda atacou a imprensa pela cobertura do caso. “A Justiça vai decidir esse caso e será feito justiça, todos nós queremos isso aí. Sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado, o lado da bandidagem.”
Além de Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, também comentou o caso, mas preferiu se esquivar da resposta sobre uma possível prisão dos policiais rodoviários.
“Em relação aos fatos ocorridos em Sergipe, os processos, tanto o administrativo no âmbito da PRF, quando o inquérito policial, na Polícia Militar, foram instalados. Os procedimentos estão acontecendo, a apuração será o mais breve que possível e, enquanto não houve a finalização desses procedimentos, não há o que se dizer. Não há o que falar. O que tinha que ser feito pelo estado já foi feito, agora é aguardar a finalização”, declarou o ministro.
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