De olho nas eleições.
Muito interessante a matéria de Antônio Augusto de
Queiroz, no site do Diap, sobre as próximas eleições.
Ele alerta que as diferenças em relação a 2018 são
muitas e significativas, pois, em 2018, havia grande apelo por renovação política;
existia sentimento antissistema muito forte; a Lava-Jato estava na moda, com
campanha moralista-justiceira e persecutória sobre as esquerdas em geral e
sobre o PT, em particular; a presidente Dilma Rousseff (PT) tinha sido vítima
de golpe, sob o fundamento de suposta pedalada fiscal, pois desde Getúlio
Vargas que o TCU (Tribunal de Contas da União) não rejeitava as contas do
governo; Lula não apenas tinha sido impedido de disputar a eleição como estava
preso sob a acusação de corrupção; a mídia, influenciada pela Lava-Jato, estava
100% contra o PT; e Bolsonaro não compareceu a debates e explorou ao máximo o ‘atentado’
que sofreu em Juiz de Fora (MG), sensibilizando muitos eleitores.
Em 2022, após 3 anos e meio de governo do inominável, não
existe mais o apelo antissistema nem anticorrupção como havia em 2018; houve o
reconhecimento por parte da mídia que foi erro o impeachment de Dilma; Lula não
apenas está solto, como todos os processos a ele imputados foram arquivados pelo
STF (Supremo Tribunal Federal), com o reconhecimento da ONU (Organização das
Nações Unidas) que o juiz que o condenou agiu de forma parcial e persecutória;
Lula (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto e o ambiente, na fotografia
do momento, é de renovação para a eleição presidencial.
E ele chama a atenção para as mudanças nas regras
eleitorais e partidárias (talvez seja o mais relevante para a eleição
proporcional, porque irá impactar muito fortemente no resultado da eleição para
a Câmara dos Deputados).
Houve o fim das coligações nas eleições proporcionais;
o aumento da cláusula de barreira (1,5% para 2% ou aumento de 9 para 11 do
número de deputados eleitos); a possibilidade de criação de federação de partidos;
a redução do número de candidatos por partido ou federação; e a alteração na
forma da conversão de votos em mandato, especialmente no sistema de sobras.
A estrutura de preferência dos eleitores — medida pelos
indicadores de popularidade do presidente, pelo nível de apoio ao seu governo e
pelo desempenho da economia — sinaliza renovação e não continuidade para a
eleição presidencial, o que favorece a candidatura Lula.
De acordo com as pesquisas de avaliação do governo,
algo como 51% da população desaprovam a gestão do inepto e, de acordo com as
pesquisas eleitorais, mais de 60% dos eleitores afirmam “não votar nele em
nenhuma hipótese”.
A trilha do demente é bem visível. Puxada
pela alta dos preços dos alimentos, bebidas e transportes, a inflação oficial
do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou em
1,06% em abril, a maior variação para um mês de abril desde 1996 (1,26%). A
alta acumulada este ano é de 4,29% e a dos últimos 12 meses – de abril do ano
passado a abril deste ano – é de 12,13%. E os dados foram divulgados na
quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, os grupos que mais impactaram no
maior índice em 26 anos foram: Alimentação e Bebidas, com variação (2,06%) e
impacto de 0,43 ponto percentual no índice; e o de Transportes, com alta de
1,91% e 0,42 ponto percentual. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de
80% do IPCA de abril.
No caso dos transportes, a alta foi puxada,
principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram
subindo (3,20% e 0,25 p.p.), assim como no mês anterior, com destaque para
gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 p.p.) no índice do
mês.
Além de aceleração nos grupos Alimentação e Bebidas e
no de Transportes, o IBGE registrou alta nos de Saúde e cuidados pessoais
(1,77%) e Artigos de residência (1,53%). O único grupo em queda foi Habitação
(-1,14%). Os demais ficaram entre 0,06% de Educação e 1,26% de Vestuário.
E o salário mínimo... O governo do insano é o primeiro desde o Plano Real, em
1994, em que o salário mínimo do Brasil perdeu o poder de compra. Quando
terminar o mandato, em dezembro de 2022, ele deixará o piso salarial valendo
menos do que quando entrou, segundo informações são do jornal O Globo.
Desde 1994, o país teve sete governos, dois de Fernando
Henrique Cardoso, do PSDB; dois de Lula, do PT; um de Dilma Rousseff, do PT; um
que começou com Dilma e terminou com o golpista Michel Temer, do MDB, que deu o
golpe para assumir a presidência da República; e agora o de Bolsonaro. Com
exceção do demente, todos os presidentes, até o ilegítimo Temer, conseguiram
reajustar o salário mínimo com valores acima da inflação, ou seja, garantiram o
poder de compra.
Desde que assumiu, o ex-capitão vem seguindo à risca o
abandono da política de valorização real do piso salarial, criada nos governos
de Lula e Dilma. Há três anos, não há aumento real do piso como previa a regra
de correção, que considerava a inflação mais a variação do Produto Interno
Bruto (PIB) de dois anos antes. De 2019 para cá, o governo apenas reajusta a
perda resultante da inflação anual acumulada, que é obrigatória por norma
constitucional.
Mas para os milicos... Enquanto
servidores públicos civis lutam por reposição da inflação de 19,99% após três
anos sem reajuste de salário, e o mínimo perde poder de compra, militares
ganharam um presente do demente e podem receber até R$ 78,6 mil por mês.
Editada em abril do ano passado, portaria do governo
beneficia com altos rendimentos mensais o próprio presidente, o vice general
Hamilton Mourão (Republicanos), ministros militares e um grupo restrito de
cerca de mil servidores federais que tinham desconto na remuneração para
respeitar o teto constitucional, de R$ 39,3 mil, que é o salário dos ministros
do Superior Tribunal Federal (STF).
Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo, quem
embolsou o maior valor nos 12 meses desde que a portaria foi publicada foi o
general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria Geral, que recebeu R$ 874
mil. Se o teto salarial tivesse sido aplicado, ele receberia R$ 350,7 mil a
menos em seu contracheque.
O segundo marajá é o general Augusto Heleno, ministro
do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência, que embolsou R$
866 mil, R$ 342 mil acima do teto constitucional. O terceiro colocado é Mourão,
com R$ 318 mil a mais em um ano.
O quarto colocado é o general Walter Braga Netto,
ex-ministro da Defesa, que embolsou R$ 306 mil a mais em um ano, menos do que
Mourão porque deixou de ser ministro no fim de março para atender ao prazo de
desincompatibilização da legislação eleitoral. Deve ser vice na chapa do
maligno.
Somos movidos pela Esperança! Em um longo
discurso no lançamento de sua candidatura que não dá para reproduzir aqui, no
dia 07 de maio, Lula declarou que “Quero, do fundo do coração, agradecer a todos
os partidos que estão nos apoiando, pois, com vocês, a vitória será muito mais
evidente. E com vocês, a recuperação do Brasil será uma certeza absoluta,
porque acredito que conseguiremos provar que o Brasil pode voltar a ser um país
que cresce, que se industrializa, que gera emprego”.
E ele prossegue dizendo que “Quero começar falando da
lição mais importante que aprendi em 50 anos de vida pública, oito dos quais
como presidente deste país: governar deve ser um ato de amor”.
Diz ainda que “O artigo primeiro de nossa Constituição
elenca os fundamentos do Estado Democrático de Direito. E o primeiro fundamento
é precisamente a soberania”. Mas assegura que “No entanto, nossa soberania e
nossa democracia são constantemente atacadas pela política irresponsável e criminosa
do atual governo”.
Lula lembra que “Somos o terceiro maior produtor
mundial de alimentos. Somos o maior produtor de proteína animal do mundo”. Mas
que “Não haverá soberania enquanto 116 milhões de brasileiros sofrem algum tipo
de insegurança alimentar”.
A final do longo discurso ele diz que “Todos nós temos
um sonho. Somos movidos pela esperança. E não há força maior que a esperança de
um povo que sabe que pode ser feliz novamente”.
“A esperança de um povo que sabe que pode voltar a
comer bem, ter um bom emprego, um salário digno e direitos trabalhistas. Que
ela possa melhorar sua vida e ver seus filhos crescerem saudáveis até chegarem à universidade e se tornarem médicos”.
O pesadelo da Casa Branca. Vamos
trazer para os nossos leitores algumas conclusões constantes no Dossiê do
Instituto Tricontinental que debate a nova configuração política mundial.
Debatendo sobre o histórico da ordem mundial e os
papéis de países-potências econômicas, o documento conclui que a China é um “ator
global” que impulsiona o “crescimento econômico em várias regiões do mundo”,
avaliam os pesquisadores do dossiê “Olhando em direção à China: a multipolaridade
como oportunidade para os povos da América Latina”.
O documento, produzido pelo Instituto Tricontinental de
Pesquisa Social, tenta “recuperar e atualizar" os conceitos sobre as
"oportunidades oferecidas pela China para debater um novo tipo de integração
regional”.
O documento ressalta que, em 2013, em uma visita do
presidente chinês Xi Jinping ao Cazaquistão, o projeto Nova Rota da Seda,
também chamado de “Iniciativa do Cinturão e Rota” (ICR), foi anunciado como uma
forma de integração do leste da China com os países da Ásia Central e Europa.
Desde então, os investimentos da China na América
Latina vêm aumentando. De acordo com o boletim estatístico de Investimento
Estrangeiro Direto (2020), mencionado pelo documento, 10,8% dos investimentos
chineses no exterior são destinados aos países latino-americanos.
O dossiê avalia que tais relações econômicas da China,
mesmo com países governados por líderes neoliberais, “deixam de lado o caminho
do desenvolvimento capitalista ocidental e implicam em outra globalização, e
uma ruptura com a modernidade ocidental”.
Prepotência estadunidense. Em
1857, em seu discurso de posse como presidente dos EUA, James Buchanan disse
que “A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico
até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la”.
Provavelmente ainda pensam assim, ou seja, que toda a América tem que se
submeter a eles.
E esse parece ter sido o motivo do Biden, em um momento
tão complicado com a crise provocada pelo conflito na Ucrânia que ele promoveu
e já atinge a economia mundial, convocar uma Cúpula das Américas para
reconquistar os aliados ou submeter outros.
Vale lembrar que, durante os processos independentistas
latino-americanos nas primeiras décadas do século XIX a Doutrina Monroe (1823),
esquematizada na frase “América para os americanos”, teve um duplo propósito de
impedir qualquer tentativa europeia de retomar suas colônias na América.
Agora Biden que reviver uma doutrina parecida com
Monroe e convoca essas inusitada cúpula, mas exclui do convite alguns Estados
importantes de nossa região: Cuba, Venezuela e Nicarágua.
E precisamos lembrar que essa não é uma ideia nova. A primeira
Cúpula das Américas foi convocada em Miami, em dezembro de 1994. Foi o caminho
diplomático para acolher a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), acordo
alcançado em Los Angeles em julho.
Mas a ALCA naufragou quando Lula (Brasil), Hugo Chávez
(Venezuela), Kirchner (Argentina) e Evo Morales (Bolívia) se reuniram e
enterraram a proposta estadunidense.
Agora Biden convoca a IX Cúpula das Américas, a ser
realizada em Los Angeles, EUA, em junho de 2022, projeta o possível retorno do
velho e tradicional projeto de dominação. Mas já está enfrentando resistência
mesmo antes de confirmar o evento.
México não irá à Cúpula. O
presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, adiantou na terça-feira (10)
que não participará do encontro da IX Cúpula das Américas, que será realizado
entre 6 e 10 de junho na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, caso países
do continente sejam excluídos do evento.
A declaração foi feita depois de o governo estadunidense
ter anunciado no início do mês que Cuba, Nicarágua e Venezuela não serão
convidados para a Cúpula por supostamente desrespeitarem a “Carta Democrática das
Américas”.
Em entrevista à emissora NTN24 na segunda-feira
(02/05), o chefe da diplomacia norte-americana para as Américas, Brian Nichols,
disse que a decisão é do presidente Joe Biden, “mas acho que ficou muito claro
que (...) países que não respeitam a democracia por suas ações não receberão
convites".
Nesta terça, o mandatário mexicano, ao ser indagado se a
decisão de não comparecer ao encontro seria uma mensagem de protesto, respondeu
que sim. “Não quero que a mesma política continue na América e quero, de fato,
fazer valer a independência e a soberania e me manifestar pela fraternidade
universal", disse.
Bolívia também não vai. O
presidente boliviano Luis Arce disse na noite de terça-feira (10) que não
participará da IX Cúpula das Américas, que acontece entre 6 e 10 de junho em Los
Angeles, nos Estados Unidos, caso algumas nações da região forem excluídas do
evento.
A declaração do mandatário foi feita no mesmo dia em
que o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que pelo mesmo
motivo não participaria do evento e que enviaria um representante, o ministro
das Relações Exteriores [Marcelo Ebrard], em seu lugar.
Arce, por sua vez, disse que ser “consistente com os
princípios e valores do Estado Plurinacional da Bolívia” e que, portanto,
reafirma que “uma Cúpula das Américas que exclua os países americanos não será
uma Cúpula das Américas completa e, se persistir a exclusão das nações irmãs,
não participarei dela”.
Os líderes mexicano e boliviano não são os primeiros a
se posicionarem contra a decisão unilateral dos EUA em excluírem do encontro
Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Catucaram o vespeiro! Os EUA
provocaram a rejeição dos governos da região por sua tentativa de excluir Cuba,
Nicarágua e Venezuela da Cúpula das Américas. É o maior confronto público desde
a IV Cúpula, realizada em Mar del Plata, Argentina, quando enterramos a ALCA.
Em seus mais de cento e cinquenta anos de poder
expansionista, hegemônico e imperialista, os Estados Unidos chegaram a
controlar os governos da região a tal ponto que se deu ao luxo de impor condições,
sem respeitar nem a legalidade nem a forma.
No entanto, chegou um momento estelar para os povos,
podemos dizer que foi na Cúpula de Mar del Plata, em novembro de 2005, quando a
coordenação das forças populares, com as lideranças de Lula, Chávez, Kirchner,
Tabaré Vásquez e Evo, que ainda não era presidente, mas estava acompanhando.
O que dizer de Xiomara Castro, que recentemente assumiu
as rédeas de um país assolado pela violência e severamente condicionado pela
crise econômica, teria um milhão de desculpas possíveis para ficar calado, mas
não. Ela também levanta a voz com integridade, incorporando o legado
morazanista. Se a exclusão for mantida, ela também não participará da Cúpula.
Além disso, o governo da Argentina, com o Presidente
Alberto Fernández, na qualidade de Presidente Pro Tempore da CELAC, exige que
não haja exclusões.
Biden perde espaço. Parece
que o apelo repetitivo do presidente Nicolás Maduro em favor do diálogo com os
EUA para normalizar as relações está começando a surtir efeito. Essa posição
contrasta com a nebulosidade do governo Biden em relação ao grau em que está
disposto a reconhecer o governo Maduro (o restabelecimento das relações normais
não está sendo considerado por Washington). O uso de sanções como moeda de
troca para extrair concessões de Caracas é cínico e mais difícil de vender ao
público do que a narrativa de Trump de mudança de regime baseada no princípio
“Responsabilidade de Proteger” (R2P), às vezes chamado de “intervenção
humanitária”.
Nos últimos dois meses, as reviravoltas e a timidez do
governo Biden estiveram à mostra. No início de março, Biden enviou uma
delegação de alto nível a Caracas para falar com Maduro, mas imediatamente recuou
diante de uma reação furiosa do bloco do Congresso da Flórida liderado pelos
senadores Marco Rubio e Rick Scott, juntamente com o senador Bob Menendez. A
porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse aos repórteres que eles não deveriam
perder tempo " especulando sobre a possibilidade de os EUA importarem petróleo...
da Venezuela".
As iniciativas de Biden favoreceram Maduro, mesmo em
suas relações com o Brasil – curiosamente. No final de abril, o chanceler
brasileiro, Carlos França, afirmou que “no momento em que os EUA estudam a possibilidade
de abrir uma exceção ao embargo às exportações de petróleo venezuelano, parece-me
que podemos pensar em reavaliar a questão. das nossas relações diplomáticas”.
Exatamente dois anos antes, Bolsonaro havia fechado a embaixada brasileira na
Venezuela.
E a Venezuela cresce. Na
segunda-feira (09), o diretor da Divisão de Desenvolvimento Econômico da
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Daniel Titelman,
afirmou que, durante o ano de 2022, a economia venezuelana crescerá 5%. Isso
significaria o melhor desempenho econômico da América Latina e ficaria bem
acima da média regional de 1,8%.
O que o economista apontou é consistente com o que vem
sendo previsto há meses por diversos organismos internacionais. Lembremos que o
banco Credit Suisse havia estimado que a economia da Venezuela cresceria 20% em
2022 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava um aumento de 1,5%.
Titelman, nesse sentido, indicou que, se a recuperação
iniciada em 2021 se concretizar, as quedas prolongadas da economia venezuelana
registradas por oito anos terminariam.
“Em 2022, a CEPAL estima que a economia venezuelana
cresça, pela primeira vez desde 2014, 5,0%, refletindo uma melhora
significativa em seu setor externo, devido ao aumento do preço do petróleo, e
uma recuperação nos níveis de as remessas enviadas por venezuelanos que
trabalham no exterior”, especificou o diretor da CEPAL, em declarações
prestadas à agência internacional Bloomberg.
Ingerência na Colômbia. Mais de
uma vez o nosso Informativo denunciou a importância da Colômbia para Washington
e mostramos que aquele país e a “ponta de lança” para intervenções estadunidenses
em Nossa América. A verdade está começando a aparecer.
Philip Goldberg, embaixador dos EUA na Colômbia, se
referiu indiretamente e de forma negativa aos candidatos da coalizão colombiana
de esquerda Pacto Histórico, levando a uma resposta de uma de suas candidatas.
Francia Márquez, candidata a vice-presidente da
Colômbia pelo Pacto Histórico de esquerda, acusou os EUA de intervirem na
política interna de seu país, em referência aos comentários de Philip Goldberg,
embaixador estadunidense em Bogotá.
Recentemente, Goldberg afirmou que Washington tem
informações sobre possíveis financiamentos e intervenções da Rússia e da
Venezuela nas eleições presidenciais da Colômbia de 29 de maio.
No final de março, a Embaixada da Rússia na Colômbia
negou e rejeitou as informações publicadas na mídia local sobre a suposta interferência
de Moscou no processo político do país sul-americano.
Garantias para os candidatos. A coalização
Pacto histórico pediu para considerar a concessão de medidas cautelares em
favor de Márquez e um estudo para determinar se é necessário fortalecer a
proteção do Petro.
Representantes da coalizão de centro-esquerda Pacto
Histórico pediram a uma organização humanitária continental proteção para seus
dois candidatos, Gustavo Petro e Francia Márquez, diante das crescentes ameaças
contra seus candidatos à Presidência e Vice-Presidência da Colômbia.
A menos de três semanas das eleições presidenciais na
Colômbia, os membros da aliança consideraram que a vida de seus candidatos está
em perigo.
O pedido surge após um relatório da Missão de
Observação Eleitoral (MOE) garantir que a violência nestas eleições será o
dobro das eleições de 2018.
Esse é o Estado Terrorista e Genocida. A
jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, uma das estrelas do canal Al
Jazeera, morreu ao ser atingida por tiros na quarta-feira (11) quando cobria
uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na
Cisjordânia ocupada.
Abu Aqleh já tinha trabalhado para a rádio Monte Carlo
Doualiya, um dos canais da empresa France Médias Monde, do qual faz parte a
RFI. Ela ficou conhecida pelas suas reportagens no Oriente Médio.
O canal Al Jazeera, com sede no Catar, afirmou que a repórter,
uma palestina cristã de 51 anos, foi assassinada “deliberadamente e a sangue
frio” pelas forças de Israel. Mas o primeiro-ministro israelense, Naftali
Bennett, disse que “provavelmente” a correspondente foi morta por tiros
palestinos.
Outro jornalista da Al Jazeera, o produtor Ali Al
Samudi, ficou ferido no mesmo incidente. Um fotógrafo no local afirmou que a
jornalista Abu Aqleh usava o colete de imprensa quando foi atingida. Ele disse
que as forças israelenses atiravam na área e viu o corpo da repórter da Al
Jazeera no chão. Não havia palestinos armados no local, acrescentou.
Palestina denunciará Israel no Tribunal de
Haia. Autoridades palestinas declararam na quarta-feira (11)
que irão denunciar Israel pelo assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh,
correspondente palestina da emissora catari Al Jazeera, ao Tribunal Penal Internacional,
em Haia. A decisão foi informada pelo ministro de Assuntos Civis, Hussein Al
Sheikh, nas redes sociais.
O Ministério das Relações Exteriores do Estado da
Palestina, por sua vez, exigiu que o TPI abra “imediata e urgentemente uma
investigação sobre os crimes de Israel contra jornalistas e pessoal da mídia”.
Em entrevista à Al Jazeera, Sherif Mansour, coordenador
do Programa do Oriente Médio e Norte da África do Comitê de Proteção a
Jornalistas, pediu uma investigação “abrangente e transparente” sobre o crime
contra a jornalista.
O coordenador disse ainda que o comitê documentou pelo
menos 18 casos de jornalistas mortos em Israel e nos territórios palestinos
ocupados desde 1992, acrescentando que “não houve justiça” em nenhum desses
casos.
É o que estamos falando há tempos. Não só
aqui, no Informativo, mas em uma série de artigos já divulgados, estamos afirmando
que os EUA querem manter esse conflito na Ucrânia. Em primeiro lugar como uma
forma de tentar desgastar a Rússia, mas, em segundo lugar porque precisa fazer sua
indústria bélica se reerguer. Agora temos a confirmação vinda deles mesmos.
O congressista estadunidense Seth Moulton, membro do
Partido Democrata, afirmou à Fox News na sexta-feira (07) que os EUA não só
estão em “guerra” para apoiar a Ucrânia, mas que estão “fundamentalmente” em
“guerra por procuração” com a Rússia.
“Não estamos em guerra apenas para apoiar os ucranianos.
Estamos fundamentalmente em guerra, embora um pouco por meio de um ‘proxy’, com
a Rússia, e é importante que vençamos”, declarou ao final da entrevista.
“Proxy war” é um termo em inglês que significa “guerra
por procuração'', ou seja, quando há um conflito armado em que um país se
utiliza de terceiros como intermediários ou substitutos, de forma a não lutar
diretamente contra seu oponente.
Para comprovar... Mike
Gallagher, da Câmara dos Representantes dos EUA, declarou que os EUA estão
fazendo de tudo para armar a Ucrânia.
O congressista afirmou ainda que o país está “queimando”
todo um estoque de armas que levou anos para se formar.
Além disso, o grande investimento em seu “intermediário”
no Leste Europeu comprometeu o fornecimento de armas a Taiwan, no qual os estadunidenses
estão apostando para lutar contra seu outro adversário, a China.
O congressista destaca que, enquanto o país envia suas
armas à Ucrânia, o Exército do país segue pressionando o governo devido ao
baixo estoque de armas.
Recentemente, os EUA anunciaram o elevado montante de
US$ 33 bilhões (R$ 165,1 bilhões) em financiamento suplementar de “emergência”
para apoiar a Ucrânia, incluindo US$ 20 bilhões (R$ 98,3 bilhões) para
assistência militar.
Ele quer conversar, mas Biden não deixa. O
presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na quinta-feira (12) que
está pronto para negociar com o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, mas desde
que não haja “ultimatos”.
As negociações para um cessar-fogo estão travadas desde
o fim de março, quando a Ucrânia se comprometeu a não ingressar na Organização
do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas desde que tivesse caminho livre para
entrar na União Europeia e garantias de segurança por parte de potências
internacionais.
Os dois países, no entanto, ainda não avançaram nas
conversas sobre o destino da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014,
e do Donbass, zona do leste ucraniano onde ficam as regiões separatistas de
Donetsk e Lugansk.
Moscou exige o reconhecimento da soberania de todo o
Donbass e da anexação da Crimeia, mas a Ucrânia defende a manutenção de sua
integridade territorial.
O que todos já perceberam... A
eurodeputada irlandesa Clare Daly afirmou que o embargo ao petróleo russo não
mudará o atual cenário na Ucrânia.
A deputada também destacou que as sanções contra a Rússia
não funcionam e que não causarão qualquer mudança no Leste Europeu.
Daly criticou ainda as ações contra a Rússia tomadas
pelo Ocidente no conflito, ressaltando que serão os povos europeus a pagar o
preço destas decisões.
Além disso, Daly afirmou que a UE e o governo irlandês
são tão responsáveis pela escalada quanto qualquer outro país, já que seguem
enviando armas a Kiev.
Fomentando a guerra. Os EUA
vão destacar mais de 10 mil novos soldados para a Europa. Estes militares devem
substituir as forças que foram implantadas na região após o início da operação
militar especial russa na Ucrânia, a maior parte nos países do “flanco
oriental” da OTAN.
John Kirby, porta-voz do Pentágono, confirmou o
destacamento durante conferência de imprensa nesta sexta-feira (13), observando
que agora na região “o ambiente de segurança” mudou por causa do conflito
militar na Ucrânia.
Kirby acrescentou que se espera que a rotação de tropas
continue ao longo de todo o verão (inverno no Hemisfério Sul).
Contudo, ele notou que o Exército poderia em breve “considerar
uma presença permanente na Europa e fazer uma avaliação” sobre se deve
permanecer nos seus níveis atuais, embora não tenha sido tomada qualquer
decisão.
Antes de Moscou iniciar a operação militar na Ucrânia
no fim de fevereiro, as forças dos EUA na Europa constituíam cerca de 80.000
militares, alguns implantados em bases de forma permanente, enquanto outros
faziam rotação em missões de treinamento com parceiros da OTAN.
Isso é importante registrar. Oficiais
britânicos no comando ucraniano de “operação antiterrorista”, em Kramatorsk,
elaboravam um plano de ação contra as Forças Armadas russas 12 dias antes do
início da operação militar especial da Rússia, em 24 de fevereiro, disse à
Sputnik uma fonte das forças russas, com base em informações das Forças Armadas
da Ucrânia.
Junto a funcionários da empresa militar privada
canadense GardaWorld, os oficiais foram envolvidos na sincronização de
informações recebidas da inteligência da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN) e das tropas ucranianas, de acordo com a fonte.
“Segundo informações recebidas de fontes das Forças
Armadas da Ucrânia, um grupo de oficiais do departamento militar britânico já
estava presente no território da Ucrânia muito antes do início das
hostilidades. Assim, de 11 a 14 de fevereiro, acompanhados pela empresa militar
privada GardaWorld, os comandantes britânicos realizaram atividades para
sincronizar a inteligência técnica recebida pela OTAN, com a sede em Kramatorsk,
onde foram consideradas as opções para a realização de operações militares
contra as Forças Armadas russas”, disse a fonte.
E tem mais... O
secretário da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse na quinta-feira (12)
que Londres está comprando armas soviéticas e russas em todo o mundo para as entregar
à Ucrânia.
“Grande parte do [ministério] e dos adidos de Defesa em
todo o mundo têm estado procurando [armas russas e soviéticas]”, afirmou
Wallace citado pelo The Wall Street Journal. O secretário observou que cerca de
23 países possuem em seus estoques armas russas e soviéticas.
Em entrevista ao jornal, o ministro britânico disse que
era improvável que as armas entregues pelo Reino Unido à Ucrânia possam ser
usadas para atingir o território russo.
Na semana passada foi comunicado que o Reino Unido
enviará à Ucrânia equipamentos militares avaliados em US$ 1,6 bilhão (R$ 8,1
bilhões). O novo pacote inclui sistemas de radar, equipamentos de interferência
de GPS e dispositivos de visão noturna.
Anteriormente, Londres enviou 20 obuseiros AS90 e cerca
de 45 mil granadas de alto potencial explosivo e de fabricação britânica.
Vai custar caro para todos. Biden
quer a guerra para tentar desgastar a Rússia e fazer sua propaganda eleitoral,
a indústria armamentista quer a guerra para vender mais e mais armas e os
capachos da União Europeia precisam manter as boas relações com os EUA. Mas...
que perde com isso?
O preço do trigo, do qual a Ucrânia e a Rússia são os
principais exportadores, atinge preços recordes, pois a produção e o comércio
de cereais, bem como insumos alimentares e energéticos, são afetados pela
guerra no Leste Europeu. Os países importadores mais pobres são os mais afetados.
O conflito na Ucrânia chocou os mercados de
commodities, alterando os padrões globais de produção, comércio e consumo de
tal forma que os preços permanecerão em níveis historicamente altos até o final
de 2024, disse um novo relatório do Banco Mundial na terça-feira .
O aumento dos preços de alimentos e energia “estão
exigindo um alto custo humano e econômico e provavelmente retardará o progresso
na redução da pobreza”, disse Ayhan Kose, diretor do Outlook Group do banco,
que escreveu o relatório.
O aumento dos alimentos básicos - dos quais a Rússia e
a Ucrânia são os maiores produtores - e dos fertilizantes, cuja produção
utiliza o gás natural como insumo, é o mais acentuado desde 2008.
Os preços do trigo devem subir mais de 40 por cento
este ano para atingir uma alta histórica em termos nominais, pressionando as
economias em desenvolvimento dependentes das importações de trigo, especialmente
as da Rússia e da Ucrânia.
Como sempre falamos, a política é vender
armas. O jornal The New York Times indicou que os EUA estão
usando as mesmas estratégias aplicadas na Ucrânia para vender armas a Taiwan,
em mais uma tentativa de reerguer o setor de defesa do país.
Com isso, os EUA aumentam a pressão para que Taiwan
compre um grande lote de armas “fabricadas pelos americanos”.
De acordo com o jornal, citando atuais e
ex-funcionários dos EUA e de Taiwan, as novas armas são necessárias para
garantir a segurança de Taiwan contra uma “suposta invasão marítima pela China”.
Um relato divulgado por Taiwan, e citado pelo NYT,
aponta que a ilha está tentando se reforçar e que os EUA esperam que Taipé adquira
uma grande quantidade de armas móveis e letais norte-americanas.
Recentemente, o senador estadunidense Marco Rubio
apresentou um projeto de lei destinado a acelerar as entregas de armas para
Taiwan, alegando uma possível “invasão” chinesa, a mesma estratégia usada na Ucrânia
e que desencadeou o conflito na região.
Há problemas internos. Os EUA
estão enfrentando uma alarmante “crise nacional”, que já provocou a escassez de
fórmula infantil, um produto de fundamental importância para aqueles que não podem
se alimentar com leite materno.
De acordo com um estudo da Datasembly, citado pela
emissora CBS, este alimento já está esgotado em 40% das 11 mil lojas
norte-americanas.
Este número, registrado em 24 de abril, representa uma
alta de nove pontos percentuais em comparação ao desabastecimento de 31%
registrado no dia 3 de abril.
Em alguns estados, como Tennessee, Texas, Missouri,
Iowa, Dakota do Sul e Dakota do Norte, a falta do alimento chega a 50% ou mais.
Devido à escassez, diversos estabelecimentos comerciais
impuseram o racionamento destes produtos.
O republicano Tom Cotton, senador de Arkansas,
qualificou a escassez como “crise nacional”, e alegou que já é hora de a
administração Biden levar a situação a sério.
O segredo dos laboratórios na Ucrânia. O Ministério
da Defesa da Rússia informou que os líderes do Partido Democrata estão por trás
das atividades biológicas militares dos EUA na Ucrânia.
“Os ideólogos das atividades biológicas militares dos
EUA na Ucrânia são os líderes do Partido Democrata”, afirmou o MD russo.
Através dos órgãos de poder, os EUA criaram a base
legislativa para financiar os experimentos em laboratórios biológicos militares
com o orçamento do país.
Os investimentos estavam sendo controlados pelos chefes
do Partido Democrata, incluindo através das fundações dos Clinton, da família
Rockefeller, de George Soros e de Biden.
Além disso, ONGs e organizações biotecnológicas também
estavam envolvidas no esquema na Ucrânia, permitindo que o Partido Democrata dos
EUA recebesse fundos adicionais para campanhas eleitorais.
Graças aos experimentos na Ucrânia, o Pentágono elevou
sua capacidade de obter dados sobre anticorpos contra doenças em regiões
específicas.
Entre 2016 e 2019, epidemiologistas militares do
Instituto de Microbiologia da Bundeswehr exportaram 3,5 mil amostras de soro sanguíneo
de pessoas de 25 regiões da Ucrânia.
Isso é democracia? O Centro
de Controle de Doenças dos EUA (CDC) registrou na terça-feira que durante 2020
a violência armada no país atingiu o pico mais alto em 25 anos, enquanto a taxa
de mortalidade por armas de fogo atingiu o valor mais alto e os homicídios
aumentaram 35% em relação a 2021.
Nesse sentido, o centro especificou que as lesões por
arma de fogo são relatadas como uma grave afetação da saúde pública no país;
diante do qual é necessário desenvolver estratégias para evitar fatalidades por
esta causa.
Da mesma forma, a vice-diretora do CDC, Debra Houry,
destacou que, ao longo de 2020, 79% dos homicídios e 53% dos suicídios
relatados foram executados com armas de fogo.
Segundo dados referenciados no relatório do centro, em
2020 foram registrados 19.350 homicídios por arma de fogo; enquanto, em 2019,
foram registradas 14.392 mortes.
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