Concordamos, mas com uma condição.
Nosso Informativo Semanal vem a público dizer que
aceita a proposta apresentada pelo ministro da Defesa do governo insano,
general (tinha que ser) Sérgio Nogueira.
Na quarta-feira (14), o esdrúxulo general apresentou em
uma audiência no Senado Federal uma proposta de votação paralela no dia da
eleição (02/10). Diz ele que “as forças armadas” estão propondo um sistema para
testar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Nós, do Informativo Semanal, temos uma consideração e uma
condição para aceitar tal insanidade: a) nossa consideração é perguntar ao “nobre”
general se ele pensa que o Senado não tem mais nada a fazer senão estudar tal
disparate e; b) nossa condição é que, sim, concordamos com a proposta, desde
que todo o gasto com urnas, mesários, impressão de cédulas, custos da apuração
e outros sejam pagos com os salários dos digníssimos militares que fazem a
proposta e mamam nas tetas do governo há tanto tempo!
Um governo onde a violência impera. O Brasil é governado por um louco que idealizou um
atentado a bomba em quartéis para protestar contra os baixos soldos. Expulso do
Exército, fez um acordo para ir para a reserva com a patente de capitão. E,
durante muitos anos, foi eleito e reeleito para mandados parlamentares com o
apoio dos mesmos militares. Então, dá para entender as atitudes que outros
tomam atualmente.
Um entregador do iFood foi agredido por policiais do 2º
Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, em frente a um estabelecimento
comercial, no centro da cidade. O Exército informou que os envolvidos, que não
tiveram os nomes divulgados, foram suspensos e serão investigados.
A cena foi filmada por populares que estavam dentro do
estabelecimento. No vídeo, o homem conversa com um dos policiais quando outro chega
de moto e o atropela e ordena que ele se deite no chão. Imobilizado, o
entregador abordado ainda recebe um chute de um dos agentes, que saca a arma na
sequência.
“Eu estou trabalhando, não sou ladrão, não”, fala o
entregador ao final do vídeo.
Esse é o Brasil que o energúmeno quer deixar para o
futuro.
Ah! Então tá, então. Tem notícias que o nosso Informativo tem dificuldades
para noticiar. Nesse governo a demência é tão acentuada que beira o absurdo.
Para a Polícia Civil do Paraná (tinha que ser do Paraná,
não é?), o seguidor do insano Jorge Guaranho, policial federal penal, que
invadiu a festa de aniversário e assassinou o militante petista e guarda
municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no sábado (9), gritando “Bolsonaro
mito” e xingando Lula, não tinha motivação política para cometer o crime.
Ao anunciar a conclusão do inquérito na manhã desta
sexta-feira (15), a delegada Camila Cecconello disse em entrevista coletiva que
Guaranho, que não teve motivação política, segundo a investigação, e foi indiciado
por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum.
A pena deste tipo de crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
O advogado Ian Vargas, um dos representantes legais da
família da vítima, discorda do indiciamento e disse ao UOL que irá buscar esse
posicionamento durante o processo na Justiça. “A defesa da vítima reafirma que
a motivação do crime foi intolerância política. Agora aguardaremos a posição do
Ministério Público”.
Uma análise correta. Encontramos na
página de Rebelión um interessante artigo de Fernando de la Cuadra é doutor em Ciências
Sociais, editor do blog Socialismo y Democracia.
Vamos transcrever algumas partes do documento para refletir
sobre tudo o que foi dito acima. E, logo no início, escreve ele: “O assassinato
do militante do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, ocorrido no
último final de semana na cidade de Foz do Iguaçu, demonstra com segurança como
o governo e seu gabinete de ódio vêm instigando o crime político poucos meses
após as eleições em 2 de outubro. Desde que assumiu o cargo, em 2019, Bolsonaro
se caracteriza por ameaçar de morte os adversários, principalmente por atirar
naqueles que chama de Petralhada (militantes ou simpatizantes do PT)”.
Citando diretamente o demente e seus acólitos, o autor
diz que “seus seguidores vêm semeando o ódio entre os brasileiros e a imprensa
audiovisual e escrita atribui essa violência política ao que erroneamente chamam
de radicalização de posições. Mas a realidade é que os únicos radicais que realizaram
ações criminosas nos últimos 3 anos são os partidários da extrema-direita, que eliminaram
não apenas opositores políticos e membros de grupos vulneráveis, mas também defensores
das comunidades indígenas e do meio ambiente, como é o caso recente de Bruno
Pereira e Dom Phillips, que foram assassinados por ordem de um político seguidor
do imbecil e traficante local”.
Mas a psicopatia não tem limites. O terraplanista e ministro da Economia, conhecido como
“Posto Ipiranga”, afirmou na terça-feira (12) que o incomoda o fato de a
Petrobras ainda ser metade estatal, porque decisões governamentais podem levar
a empresa a "quebrar" novamente. O comentário foi feito durante audiência
na Comissão de Assentos Econômicos (CAE) do Senado.
O ministro que serviu a Pinochet, no Chile, também
afirmou que a atual política de preços de combustíveis da Petrobras é uma postura
extrema, em contraposição a um extremismo de outra ponta de "sentar em
cima do preço", que, segundo ele, quebrou a empresa. A Petrobras segue a
política do PPI, de paridade ao preço internacional, seguindo a cotação do
petróleo e a variação cambial.
Marcha para Jesus, mas com muito ódio. No sábado (09), em mais uma das muitas marchas com Jesus
– a que mais atraiu pessoas – realizadas em São Paulo, o demente voltou a insistir
em um de seus temas favoritos, a “guerra do bem contra o mal”.
Mais uma vez disparou ferozmente contra questões que
predominam em seus pronunciamentos: “Somos contra o aborto, contra a ideologia de
gênero, contra a liberação de drogas, somos defensores da família brasileira”.
Certo, dirão alguns. E até pareceria algo real, se não
ouvíssemos o restante do discurso onde o demente, como sempre faz, alertou
sobre os riscos de o Brasil voltar a ser um país “pintado de vermelho”. Pediu que
“nosso país não vivesse a dor do socialismo”, e depois de mencionar Venezuela,
Chile, Argentina e Colômbia, assegurou que “não queremos isso para o nosso
Brasil”.
Diante de uma multidão ajoelhada na rua, ele declarou: “Somos
a maioria no país, a maioria do bem, e nesta guerra do bem contra o mal, o bem
vencerá novamente”.
Vamos resumir a matéria dizendo que ele continua tão
demente quanto antes e continua tendo um rebanho que o acompanha cegamente.
Será essa a razão de ele odiar tanto a cultura e a educação?
Será?
O procurador-geral da República, Augusto Aras, descartou a possibilidade de o
Brasil viver, após as eleições de outubro, um protesto das proporções do que
ocorreu nos EUA em 6 de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio por
apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump.
Segundo ele, o país não tem histórico de contestação
violenta dos resultados das urnas, preferindo a via judicial em caso de
questionamento, como ocorreu após a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff
(PT), em 2014. À época, a petista venceu o pleito contra Aécio Neves (PSDB),
que pediu recontagem dos votos.
Segundo Aras, o Brasil desconhece, “ao menos nos
últimos 50 anos”, uma reação como a que houve nos EUA contra o resultado das
eleições. Para ele, “quem ganhar a eleição vai levar e vai ter uma posse, sem
maior turbulência”.
A China em Nossa América! Representantes
da China e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)
realizaram na sexta-feira (15) um fórum para compartilhar experiências e
explorar oportunidades de cooperação na luta contra a pobreza e na promoção do
desenvolvimento econômico.
Representantes da China e da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) realizaram ontem um fórum para
compartilhar experiências e explorar oportunidades de cooperação na luta contra
a pobreza e na promoção do desenvolvimento econômico, informou a Prensa Latina.
O evento reuniu virtualmente funcionários do Ministério
das Relações Exteriores da China, países membros da CELAC e da Organização das
Nações Unidas.
Nos debates, foram realizadas trocas de conhecimento
sobre esses temas e analisados os desafios impostos
pela pandemia da COVID-19 para avançar ainda
mais os programas elaborados nesse sentido.
Em agosto de 2021, a China e a CELAC realizaram uma
primeira reunião sobre a luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento.
Incômodo em Washington. A divergência entre Andrés Manuel López Obrador,
presidente do México, e Joe Biden sobre a consolidação da China como o maior
gigante industrial em nível global tem gerado debates em torno da política
externa de Pequim na região latino-americana.
Os EUA impuseram uma hegemonia sobre a América Latina
desde meados do século XIX. Portanto, qualquer abordagem na região contrária
aos interesses dos estadunidenses é vista com desconfiança por Washington, que
tem perdido gradativamente sua influência sobre os países latino-americanos
governados por líderes de esquerda.
Desde que Xi Jinping chegou ao poder, a China tem se
dedicado a estreitar os laços com a região latino-americana, especialmente com
México e Brasil, duas nações estratégicas por suas localizações geográficas e
suas grandes capacidades industriais e financeiras.
Os eixos da presença da China na América Latina podem
ser divididos em político-diplomático, econômico-comercial e
científico-tecnológico.
Em questões políticas e diplomáticas, as intenções da
República Popular da China são claras: que alguns países latino-americanos não
reconheçam a soberania de Taiwan, que mantém um conflito histórico com Pequim.
Em meio à guerra comercial entre EUA e China, o país
latino-americano fortalece seus laços comerciais com o gigante asiático, que
encontra a cada dia mais oportunidades de negócios na América Latina.
O fluxo comercial entre China e México atingiu US$
110,3 bilhões (cerca de R$ 598,3 bilhões) em 2021, ou seja, 22% a mais que em
2019, ano anterior à pandemia de COVID-19, quando foram movimentados US$ 90
bilhões (aproximadamente R$ 488,3 bilhões), segundo dados da Câmara de Comércio
Chinesa no México.
No centro dos debates, as migrações. Sem surpresa, senadores democratas e republicanos
influentes dos EUA usaram a visita de López Obrador para expressar suas preocupações
sobre o México e o relacionamento bilateral.
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador
instou Joe Biden a ordenar o fluxo migratório e permitir a chegada de
trabalhadores, técnicos e profissionais de diferentes disciplinas, mexicanos e
centro-americanos, com vistos de trabalho temporários, a fim de impedir que a
economia dos EUA está paralisada por falta de mão de obra, e para garantir que
os trabalhadores necessários estejam disponíveis para levar a cabo o massivo
plano de infraestrutura promovido por Washington.
O mexicano lembrou a Biden que é essencial regularizar
e dar segurança aos migrantes que trabalham honestamente há vários anos e
contribuem para o desenvolvimento dos EUA e propôs trabalhar em conjunto para
reduzir os preços dos combustíveis e fortalecer o comércio, reduzindo tarifas
não contempladas no T-MEC (Tratado entre México, EUA e Canadá).
Como previsto, o tema central do encontro foi a
migração, tema que Biden definiu como um desafio hemisférico. Mas, além das
belas palavras e intenções de Biden, seu governo é limitado por um judiciário
altamente hostil, um Congresso cujo controle ele provavelmente perderá em
novembro e mais do que alguns governadores republicanos dispostos a complicar
cada passo de seu governo, incluindo medidas de segurança. colaboração com o
México.
Greve continua no Panamá. Saúl Méndez,
secretário-geral da Suntracs, considerou a proposta do governo insuficiente e
garantiu que as medidas de pressão serão mantidas.
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Construção e
Similares (Suntracs) afirmou na noite desta segunda-feira que a greve continua
depois de rejeitar o anúncio do presidente Laurentino Cortizo sobre o congelamento
do preço do combustível e de 10 produtos da cesta básica.
Saúl Méndez, secretário-geral do Suntracs, um dos
sindicatos que convocaram a greve, considerou a proposta do governo insuficiente
e garantiu que as medidas de pressão serão mantidas.
Em mensagem na televisão nacional, o presidente
panamenho disse que o preço do combustível será congelado em 3,95 balboas (o
mesmo valor em dólares) por galão (3,8 litros).
Da mesma forma, Cortizo indicou que nas próximas horas
será aprovado um decreto com o objetivo de frear o aumento dos preços de 10
produtos da cesta básica.
No entanto, o secretário-geral da Suntracs lamentou o
fato de que o governo e Cortizo "não tenham tomado as medidas necessárias
para conduzir a política econômica fracassada que se abateu contra a maioria do
povo panamenho".
Greve de professores no Equador. “Já se passaram 45 dias e a equiparação salarial não
foi publicada no Registro Oficial”, afirmam os educadores. A União Nacional de
Educadores (UNE) do Equador realizou na quarta-feira (13) um novo dia de mobilizações
em todo o país sul-americano, enquanto em Quito os professores se reunirão na
Superintendência de Bancos às 14h.
O sindicato exige que o Executivo cumpra a igualdade
salarial que inclui as reformas da Lei Orgânica da Educação Intercultural
(LOEI).
O movimento exige que o Governo publique no Cartório
Oficial as reformas referentes à equiparação salarial dos professores; bem como
rejeitar "a criminalização da luta social e a política antipopular"
do presidente Guillermo Lasso.
Professores denunciam que decorridos 45 dias e
equiparação salarial não foi publicada devido à apresentação de recursos pelo
Executivo.
Boric anuncia bônus de inverno. O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou o bônus
de inverno para 7,5 milhões de pessoas no valor de US$ 120 (cerca de R$ 650), o
que irá beneficiar famílias vulneráveis do país. A medida ainda deve ser
aprovada pelo Congresso para ser implementada. O presidente chileno apresentou
a proposta à Comissão da Fazenda e pediu a “maior celeridade possível” na
análise do texto.
“Depois da pandemia, nosso país e o mundo não puderam
se recuperar e a isso se somou o conflito entre Rússia e Ucrânia. Sabemos o que
o nosso povo está passando”, declarou Boric.
O país encerrou o mês de junho com uma inflação de
12,5%. Em maio, o país registrou um recorde no aumento dos preços dos
alimentos, com um incremento de 1,4%, levando o índice de preços ao consumidor
a um valor de 10,5%. O mandatário chileno reconheceu que os próximos meses
serão difíceis.
O Chile foi o país da América Latina que concentrou o
maior nível de patrimônio entre seus magnatas capitalistas em 2021 em relação
ao tamanho de sua economia. A fortuna dos bilionários representou 16% do
Produto Interno Bruto (PIB) chileno, de acordo com levantamento de 2021 da
Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Segundo ranking da revista
Forbes, o ex-presidente Sebastián Piñera é um dos homens mais ricos do Chile.
Equador: o diálogo continua. O Governo do Equador e as organizações indígenas que
convocaram a recente greve nacional estabeleceram as dez mesas temáticas na
quarta-feira (13) para tratar das pendências da mobilização popular.
De acordo com a mídia local, as tabelas serão
denominadas Focalização de Combustíveis, Banca Pública e Privada,
Desenvolvimento Produtivo, Emprego e Direitos Trabalhistas e Energia e Recursos
Naturais.
As lideranças, delegados, equipes técnicas e
especialistas da organização serão responsáveis por
coordenar com os representantes dos movimentos indígenas as ações, estratégias e planos que permitam atender às demandas abordadas em cada mesa temática.
Novos julgamentos na Bolívia. Há um mês, a golpista Jeanine Añez, juntamente com o
ex-comandante do exército, general Williams Kaliman, e da polícia, general Yuri
Calderón, ambos foragidos, foram condenados em um processo penal ordinário a 10
anos de prisão por tendo violado a Constituição quando Añez se proclamou
governante em novembro de 2019.
Ficou assim absolutamente confirmado, não só como fato
político, mas agora como fato jurídico, que na Bolívia houve um golpe sangrento
que derrubou Evo Morales naquele ano.
Mas a sentença foi apenas a primeira que aguarda os
golpistas. De imediato, deslanchou-se outro caso, também através dos canais
criminais ordinários, denominado "Coup d'etat I". Este caso atinge
todos os demais atores da conspiração golpista, de modo que as elites
dominantes (oligarquia) do país vão jogar tudo por tudo para impedir o andamento
esclarecedor deste julgamento. Isso explica por que todos os atores que foram
convocados até agora, como testemunhas ou acusados, apontaram para a mesma
linha: nunca houve um golpe de estado. Segundo Evo Morales, aquele que violou a
Constituição Política do Estado e que ignorou o voto popular em 2016, causando
uma crise política.
Vamos chegar a 8 bilhões! De todas as matérias neste número do Informativo há
uma que nos chama a atenção e para a qual pedimos reflexões. A Organização das
Nações Unidas (ONU) prevê que até o final deste ano o mundo chegará a 8 bilhões
de pessoas, o que significa um aumento de um bilhão em relação a 2011, segundo
o relatório World Population Prospects 2022.
Segundo o documento, a ONU espera que o número seja
finalizado em 15 de novembro, enquanto até 2030 estima-se que o planeta terá
cerca de 8,5 bilhões de seres humanos e 9,7 bilhões em 2050.
Por ocasião do Dia Mundial da População, o secretário-geral
da ONU, Antonio Guterres, afirmou que “esta é uma ocasião para celebrar nossa
diversidade, reconhecer nossa humanidade comum e maravilhar-se com os avanços
na saúde que prolongaram vidas”.
Só esqueceu de perguntar como vamos alimentar tantos
seres, como protegê-los de pandemias, como evitar a escravização moderna de
todos esses pobres que o mundo neoliberal está gerando?
Parou o fornecimento de gás. A Nord Stream AG, operadora do gasoduto Nord Stream,
relatou que a dutovia está agora em modo de manutenção anual, que é planejado
terminar em 21 de julho.
O combustível deixou de fluir desde a Rússia para a
Europa através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) a partir das 07h00,
horário de Moscou (01h00, horário de Brasília), segundo dados da Nord Stream
AG, a operadora do gasoduto.
As duas linhas da dutovia estão agora paradas para
manutenção preventiva entre 11 e 21 de julho, que inclui testes de componentes
mecânicos e sistemas de automação. A paragem técnica é realizada anualmente.
O fluxo através do Nord Stream no domingo (10) foi de
cerca de 63,4 milhões de metros cúbicos, um valor semelhante ao dos dias
anteriores e cerca de 40% da capacidade máxima da tubulação, que é de quase 170
milhões de metros cúbicos por dia.
EUA viram as costas para a Europa. A economia europeia está passando por uma fase difícil
por seguir a política de sanções dos EUA. Ao mesmo tempo, o futuro dos aliados
não interessa muito a Washington, o que a União europeia já começou a entender,
declarou à agência Xinhua Cui Hongjian, diretor do Instituto Europeu da
Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim.
De acordo com o especialista, devido às sanções
energéticas impostas pelo Ocidente à Rússia, a Europa está passando por uma
crescente escassez de recursos energéticos e o custo do petróleo e do gás está
aumentando acentuadamente.
Por sua vez, devido ao aumento dos preços, a indústria
de energia exigiu extensos gastos orçamentais que desestabilizou outras áreas
de financiamento, o que faz crescer a insegurança nos europeus.
Agora a UE está finalmente entendendo que a Europa vai
perder mais do que todo mundo por seguir cegamente os EUA e o contínuo aumento
do bloqueio à Rússia, observa o especialista.
Não tem como resistir. A União Europeia não pode abandonar totalmente a importação
de gás russo a longo prazo, afirmou um experiente investidor estadunidense, Jim
Rogers.
A União Europeia pode tentar substituir o gás russo por
entregas de combustível do Oriente Médio ou dos EUA, mas isso será muito
complicado, levando em conta que os europeus terão de encontrar uma fonte capaz
de garantir o fornecimento de grandes volumes de gás durante um longo período
de tempo.
De acordo com o pesquisador estadunidense, os países
europeus poderiam voltar a abrir usinas nucleares e de carvão para obter uma
fonte de energia alternativa, mas, para tal, é preciso que façam algo de forma
rápida, por terem cortado uma de suas fontes de energia principais, disse.
Povo alemão já vai sentir... O preço do gás natural para os consumidores ao menos
triplicaria em 2023 na Alemanha, disse Klaus Mueller, presidente da Agência
Federal de Redes (BNetzA), na quinta-feira. “Aqueles que agora estão recebendo
suas contas de aquecimento já estão vendo suas taxas dobrarem”, enquanto o impacto
do conflito Rússia-Ucrânia ainda não foi levado em consideração, disse Mueller
à Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND).
É “absolutamente realista” que os consumidores com uma
conta anual de gás de € 1.500 (pouco mais de R$ 8 mil) vejam esse número subir
para € 4.500 (R$ 24 mil) ou mais no futuro, disse Mueller.
A Alemanha está lutando com a diminuição do fornecimento
de gás. Para evitar a escassez, o governo está incentivando os cidadãos a
reduzir o consumo de gás e pretende encher as instalações de armazenamento do
nível atual de cerca de 65% para 90% antes do inverno.
E o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à
população para controlar o consumo de energia e se preparar para uma provável
escassez.
Crise energética inevitável! A Europa é incapaz de superar a crise energética, a
região corre o risco de enfrentar escassez de gás no momento em que necessita
dele mais do que nunca, diz Cristina Lu, colunista do Foreign Policy.
“O inverno do descontentamento está se aproximando […]
O racionamento da produção e o fechamento de empresas podem se tornar uma nova
realidade”, escreve a colunista na publicação.
Normalmente os países europeus preenchem as suas
instalações subterrâneas de armazenamento de gás nos meses de verão, do
Hemisfério Norte, mas neste momento as perspectivas de fornecimento de gás para
o continente são muito incertas, salienta o artigo.
Cristina Lu chama atenção para o fato de na Europa já
se estar criando um ambiente de descontentamento. Assim, os últimos meses têm
sido marcados por uma onda de greves no continente porque as famílias não
conseguem suportar o fardo do alto custo de vida e da pressão inflacionista.
A jornalista acredita que a crise energética afetou de
forma mais severa a Alemanha, que hoje em dia tem de introduzir múltiplas
medidas de austeridade na esfera de energia, incluindo o racionamento da água e
o fechamento das piscinas.
Estado de emergência na Hungria. O governo do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban
ordenou esta quarta-feira a proibição da exportação de combustíveis como o gás
e eliminou um teto de um ano sobre os preços dos serviços públicos para as
famílias com maior consumo.
“O governo húngaro decretou estado de emergência no
setor energético”, anunciou o chefe do gabinete do primeiro-ministro, Gergely
Gulyás, e indicou que o país europeu proíbe as exportações de produtos energéticos
e lenha.
Para proteger as famílias húngaras e o fornecimento de
eletricidade, o governo húngaro, como muitos outros países, declara estado de
emergência no setor de energia", disse ele em entrevista coletiva.
O ministro acrescentou que “é claro que não haverá gás
suficiente na Europa para a temporada de aquecimento de outono e inverno, então
o governo aprovou um pacote de sete pontos”.
O inverno está chegando! No Brasil, em breve, estaremos no verão. Mas a Europa
está se preparando para um difícil inverno. A BASF, a gigante industrial alemã,
“anunciou” publicamente há alguns dias que, se não conseguir todo o gás de que
precisa, será “forçada” a interromper as operações em seu principal complexo
industrial, que cobre 10 quilômetros quadrados e inclui 200 locais.
De qualquer forma, a Alemanha sofre com a falta de gás
devido ao cumprimento das ordens de Washington e Bruxelas. Por isso a Alemanha
mantém fechada a válvula do North Stream2, que funciona bem, mas a Alemanha a
mantém fechada. É claro que a Alemanha não terá gás suficiente para manter suas
indústrias funcionando e aquecer sua população residencial ao mesmo tempo.
Berlim deve escolher, indústria ou povo, com o
consequente aumento do desemprego, perda de receitas fiscais e aumento dos
pagamentos da previdência e deixamos de fora o aumento da inadimplência das
dívidas hipotecárias etc., que espremerá seus bancos, tudo em um momento de
alta inflação. A obediência de Berlim a Bruxelas significa um aumento dramático
na agitação social se ele escolher essa opção.
A outra opção, racionar o abastecimento da população,
pode ser ainda pior. Não será preciso que muitas mulheres idosas morram de frio
em lares sem aquecimento para que a agitação social ecloda. De qualquer forma,
Scholz está em desastre político e as multidões alemãs exigirão responsabilidade.
Porque todos sabem muito bem como Washington sabotou com sanções todos os
avanços na construção do North Stream2 que deveria trazer um fluxo seguro e
barato para toda a Europa. A gangue da OTAN sabe disso, mas a OTAN não passa de
um grupo de vassalos dispostos a sacrificar a Europa aos interesses da
oligarquia norte-americana, é uma subjugação total e olhar para esta última
traição já é público e qualquer um pode vê-la chegando.
Trabalhadores portugueses vão à luta. Em Portugal, os trabalhadores organizados nos sindicatos
da CGTP-IN intensificaram a sua ação e a sua luta culminando, a 7 de julho,
numa marcha nacional que convergiu em Lisboa. Nas últimas semanas, centenas de
assembleias e comícios de trabalhadores, além de mais de 60 greves, aconteceram
em todo o país. Lutas que envolveram trabalhadores, tanto do setor público
quanto do privado, da indústria da saúde, varejo, transporte, serviços,
alimentação, restaurantes, hotéis, entre outros, expressando assim a crescente
demanda por respostas para seus problemas. As atuais ações de combate exigem o
aumento de salários e pensões para enfrentar o aumento do custo de vida.
Eles se opõem ao ataque aos direitos e à falta de
resposta aos crescentes problemas nos serviços públicos, particularmente no
setor de saúde, favorecendo os grupos econômicos privados.
Também se opõem a mudanças no direito do trabalho, que
mantenham ou agravem as disposições já mais negativas do direito do trabalho,
especialmente: bloqueio da negociação coletiva; desregulamentação do tempo de
trabalho; o aumento da precariedade; e a limitação das liberdades sindicais através
de maiores restrições e limitações ao acesso dos sindicatos aos locais de
trabalho e à organização dos trabalhadores.
Alemanha em crise. Registrando altas taxas de inflação e déficit
comercial pela primeira vez em anos, a Alemanha enfrenta uma crise dentro do
seu comércio de energia, mesmo sendo apontada como um país tradicionalmente
superavitário no setor. É o que argumenta o professor de Economia na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) André Roncaglia.
Para o especialista, o cenário preocupa o governo de
Olaf Scholz, já que o comércio energético é “fundamental para ativar a economia
do país”. Em entrevista a Opera Mundi, o professor afirmou que algumas causas podem
indicar os motivos da queda, mas que as sanções contra a Rússia, por conta da
ofensiva na Ucrânia, foram prejudiciais a Berlim. Vale ressaltar que Moscou é a
principal abastecedora de gás do país.
Com isso, a Alemanha sofre seu primeiro déficit comercial
em 30 anos ao registrar exportações com valor inferior ao de suas importações
em meio ao aumento dos preços de recursos energéticos.
Avião ucraniano cai na Grécia cheio de armas. O avião da Ucrânia An-12 que caiu na Grécia neste
sábado (16) carregava 11,5 toneladas de equipamentos militares da Sérvia para o
Bangladesh, comunicou o ministro da Defesa sérvio, Nebojsa Stefanovic.
A aeronave de transporte militar com oito pessoas a bordo
caiu na cidade portuária de Kavala, no nordeste da Grécia. De acordo com
relatos da mídia grega, o avião pegou fogo enquanto ainda estava no ar. Uma
queda de energia foi relatada na área, provavelmente devido à aeronave ter
danificado as linhas elétricas.
“O avião que caiu nesta noite na Grécia, um An-12,
carregava 11,5 toneladas de nossa produção de indústria de defesa para o
Bangladesh. Infelizmente, todos os oito tripulantes faleceram”, afirmou o
ministro no briefing da pasta no domingo (17).
A empresa proprietária do avião é a ucraniana Meridian
LTD. Segundo Nebojsa Stefanovic, o Ministério da Defesa do Bangladesh era o
comprador da produção. O avião partiu da cidade sérvia de Nis para Daca como
destino final, de acordo com o ministro.
Medo de nova crise financeira e a Ucrânia. Em maio, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von
der Leyen, propôs uma ajuda de € 9 bilhões à Ucrânia. Depois de mais de dois
meses, apenas um nono do valor chegou ao país eslavo, e com a crise econômica e
energética se aproximando da União Europeia é menos provável que Kiev receba o
restante do dinheiro prometido.
Com tentativas de abandonar os hidrocarbonetos russos e
políticas monetárias cada vez mais rígidas, os países da União Europeia (UE)
correm o risco de acabar submersos em uma segunda recessão em dois anos. Ao
mesmo tempo, a hiperinflação está se aproximando de Kiev, onde uma quantidade
sem precedentes de moeda nacional está sendo emitida devido à falta de
dinheiro.
Somente no mês de junho foram emitidos mais de 105
bilhões de hryvnias (cerca de R$ 19,1 bilhões) como dívida do Estado. Ao que
tudo indica, a Europa parece estar cada vez menos disposta a pagar pelo regime
de Zelensky.
Coreia do Norte reconhece independência de
Donetsk e Lugansk. A Coreia do Norte
reconheceu nesta quarta-feira (13) a independência das duas repúblicas separatistas
apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, Donetsk e Lugansk. As informações
foram divulgadas pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
Em uma publicação no Telegram, o líder da
autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR), Denis Pushilin, afirmou que
espera uma "cooperação frutífera" e o aumento do comércio com o
regime de Kim Jong-un. Já o país norte-coreano fala em uma relação segundo
"valores de soberania, paz e amizade".
A decisão de Pyongyang, que segue os passos de Rússia e
Síria, foi confirmada pela embaixada da Coreia do Norte em Moscou, segundo a
agência Tass.
A Rússia foi a primeira a reconhecer as regiões
separatistas.
Um tiro mortal nos EUA? A
presidente do Fórum Internacional do BRICS, Purnima Anand, da Índia, afirmou que
Turquia, Egito e Arábia Saudita podem “muito em breve” se juntar ao grupo das
maiores economias em desenvolvimento, que já inclui Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul, escreve o jornal russo Izvestia.
Anand disse que China, Rússia e Índia discutiram a questão
durante a 14ª Cúpula do BRICS, realizada on-line entre 23 e 24 de junho.
“Todos estes países têm manifestado o seu interesse de
se juntar [ao grupo] e estão se preparando para se candidatar oficialmente.
Acho que é um bom passo, porque a expansão tem sido sempre percebida de forma
positiva; isso certamente vai fortalecer a influência do BRICS no mundo. Espero
que os países adiram ao BRICS o mais rápido possível, por agora todos os
representantes do 'núcleo' da organização estarem interessados na expansão.
Portanto, vai acontecer muito em breve”.
A presidente do Fórum Internacional do BRICS também manifestou
a sua certeza de que a adesão de Turquia,
Caindo na real? Após a reunião dos chanceleres do G20 em Bali, o chefe
da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o posicionamento da
UE sobre a situação na Ucrânia não era dominante. Para o membro da Academia de
Ciências Militares russa Aleksandr Bartosh, trata-se da transformação de
opiniões mundial sobre o conflito na Ucrânia.
“Acho que o fato de muitos países não apoiarem o
posicionamento dos EUA, nem o da UE, demonstra que está ocorrendo uma transformação
de opiniões de toda a comunidade internacional sobre o conflito na Ucrânia.
Suponho que no futuro é de esperar o enfraquecimento dos posicionamentos de
muitos países da União Europeia, que agora se manifestam a favor de uma posição
firme em relação à Rússia no conflito na Ucrânia”, disse o analista em uma entrevista
à Sputnik.
Entregando os pontos. Biden achava que podia enfrentar Putin e a Rússia como
nos velhos tempos da Guerra Fria, mas não contava com a economia atual,
globalizada, e com a falta total de iniciativas no mercado estadunidense.
Em clara demonstração de fraqueza, os EUA emitiram uma
licença geral autorizando transações com a Rússia relacionadas a fertilizantes,
sementes e outras culturas alimentares, anunciou o Departamento do Tesouro na
quinta-feira (14).
A pasta também autorizou transações com a empresa de
energia Securing Energy for Europe (SEFE), subsidiária da estatal russa Gazprom
na Alemanha que está sob controle de Berlim desde 4 de abril.
As medidas suavizam uma parte das pesadas sanções
impostas à Rússia em decorrência de sua operação militar especial na Ucrânia,
desencadeada em 24 de fevereiro.
Confissão de golpista! Um dos veteranos da vida política estadunidense, John
Bolton, admitiu ter “ajudado a planejar golpes em outros países”. Durante sua
longa carreira no Departamento de Estado, como embaixador na ONU e conselheiro
de Segurança Nacional, Bolton foi considerado um "falcão" que chegou
a pedir uma intervenção militar na Venezuela.
Trump não é competente o suficiente para realizar um “golpe
cuidadosamente planejado”, disse ele ao apresentador Jake Trapper, referindo-se
às audiências do Congresso sobre o ataque ao Capitólio dos EUA em janeiro de
2021.
Bolton começou sua carreira nos Departamentos de
Justiça e Estado na década de 1980. Sob George W. Bush foi embaixador dos EUA
nas Nações Unidas e um dos principais promotores da invasão militar do Iraque.
Ele atuou como Conselheiro de Segurança Nacional no governo Donald Trump,
falando a favor da interferência militar na Venezuela, além de bombardear a
Síria, o Irã e a Coreia do Norte.
Inflação avança! Divulgado na quarta-feira (13), o Índice de Preços ao Consumidor
(CPI) nos EUA apontou que a inflação no país bateu 9,1% (ante 8,8% esperados
pelo mercado), no acumulado de 12 meses encerrados em junho. Foi o maior nível
para o período em 41 anos. Ante maio, a alta foi de 1,3% (mais que o 1,1%
esperado pelo mercado).
Com a divulgação dos dados hoje, pelo Departamento do
Trabalho estadunidense, o euro passou a valer menos do que o dólar na manhã
desta quarta-feira: por volta das 10h (horário de Brasília), a moeda europeia
era negociada a US$ 0,998, o nível mais baixo desde 2002.
Resultados preliminares do PIB dos EUA entre os meses
de abril a junho apontam para uma contração da atividade econômica. Enquanto
isso, o FED está considerando que taxas acentuadamente mais altas podem ser
necessárias para conter a inflação.
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