Insanidade e crime.
O ex-capitão está vendo seu sonho de continuar no poder
escorrer entre suas mãos. E o desespero leva a atos tão absurdos que causam
protestos internacionais.
Agora o insano voltou a questionar as urnas eletrônicas
durante uma reunião com embaixadores de 40 países no Palácio da Alvorada na segunda-feira
(18). A agência de notícias britânica Reuters se referiu a falas do pré-candidato
à reeleição como “ataques” e “tentativas de desacreditar” o sistema eleitoral
brasileiro.
“As suas tentativas de desacreditar o sistema eleitoral
brasileiro, que tem sido utilizado desde 1996 sem provas de irregularidades,
levaram os seus oponentes a suspeitar que ele pode se recusar a aceitar uma possível
vitória do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera por
dois dígitos nas sondagens de opinião”, apontou a agência britânica.
A revista alemã Der Spiegel, por sua vez, alegou que “ele
semeia repetidamente dúvidas sobre a fiabilidade do sistema eleitoral”, e
comparou as críticas do atual presidente ao sistema eleitoral à conduta do
antigo presidente dos EUA Donald Trump, que já tentou alegar, sem provas,
fraude eleitoral.
Ação no STF contra o demente. Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira, fingiu-se de morto quanto aos descalabros do ex-capitão no encontro com
embaixadores, a oposição, por sua vez, protocolou na terça-feira (19) uma
representação/notícia-crime contra o que chamou de “desvario criminoso” do
chefe de governo.
“O que se viu no delirante e constrangedor discurso
dirigido aos convidados presentes à fatídica reunião convocada pelo representado,
também transmitido ao vivo na rede de televisão pública TV Brasil, da EBC S/A,
foi claramente a prática de um dos chamados crimes de lesa-pátria ou de traição
contra seu povo”, dizem os oposicionistas na petição.
Eles lembram que o crime mencionado é agora previsto
expressamente no Código Penal, introduzido pela recém-promulgada Lei 14.197/2022,
que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional. O demente cometeu também crime
de responsabilidade e crime eleitoral, “diante de perplexos representantes de
nações estrangeiras que compareceram ao insólito evento”.
Parte dos militares apoia o sistema
eleitoral. Militares do Alto Comando
do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
para afirmar que não concordam com as acusações, sem provas, feitas pelo imbecil
contra as urnas eletrônicas.
Os militares da ativada manifestaram apoio ao sistema
eleitoral brasileiro. De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do G1, os
militares avaliam que ele “ultrapassou todos os limites” na reunião com os
embaixadores estrangeiros. O encontro, disseram segundo o jornalista, “serviu
para desgastar ainda mais a imagem do Brasil no exterior”.
Esses militares também criticaram o ministro da Defesa,
Paulo Sérgio Nogueira, por ter deixado a postura de “militar sensato” para
atuar como “político”. O ministro participou da reunião convocada por Bolsonaro
e estava pronto para também discursar, mas não foi requisitado pelo chefe do
Executivo.
Os chefes das Forças Armadas - os comandantes do
Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, da Marinha, almirante-de-esquadra
Almir Garnier Santos, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos de
Almeida Baptista Junior – também foram convidados para a reunião com os
embaixadores, mas não compareceram.
Delírios de um golpista? Sentindo
que as pesquisas dão como derrotado contra seu adversário Luís Inácio Lula da
Silva nas próximas eleições de 2 de outubro, o insano espera que o governo dos
EUA venha em seu socorro para conseguir a reeleição.
Em entrevista ao canal estadunidense Fox News, o energúmeno
declarou que, se perder as eleições, “toda a América do Sul será pintada de
vermelho e os EUA se tornarão um país isolado”. Ele tenta introduzir o medo de
Washington para que o ajude de qualquer maneira, com o objetivo de que as forças
progressistas lideradas por Lula não tomem o poder.
No encontro com embaixadores, o ex-capitão disse que
não queria criar “instabilidade no Brasil”, apesar de atacar o sistema
eleitoral, os tribunais (TSE e STF) e seus ministros e acusar “um grupo de três
pessoas (Fachin Moraes e Luís Roberto Barroso)” que, segundo ele, “querem
trazer instabilidade para o nosso país, [e que] não aceitam as sugestões das Forças
Armadas”.
Ele tentou desacreditar os ministros, relacionando
especialmente Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Lula.
“É hora de dizer basta” aos ataques feitos ao processo
eleitoral brasileiro e ao sistema das urnas eletrônicas, reagiu Fachin durante
o lançamento da campanha de Enfrentamento à desinformação pela seccional do
Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Fachin disse que a Justiça Eleitoral e seu
representantes são “atacados com uso de má fé” e criticou o “envolvimento da política
internacional”.
Barrar mais um crime. Em
sessão plenária realizada na última quarta-feira, o Instituto dos Advogados
Brasileiros (IAB) considerou inconstitucional a autorização concedida pelo
Conselho de Defesa Nacional para sete projetos de exploração de ouro, nióbio e
tântalo no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), que implicou a
apresentação do Projeto de Decreto Legislativo 1.110/2021 pela deputada federal
Joenia Wapichana (Rede-RR), com o objetivo de sustar a autorização.
Na sessão conduzida pelo presidente nacional do IAB,
Sydney Sanches, o parecer do relator Antônio Seixas, da Comissão de Direito
Constitucional, foi sustentado pelo 1º vice-presidente da comissão, Jorge Rubem
Folena de Oliveira, para quem “a exploração de ouro em territórios indígenas
precisa de autorização do Congresso Nacional; mas, mesmo que houvesse essa autorização,
teríamos que analisar com muito cuidado o desvio de finalidade, diante de tudo
que estamos vendo no Brasil para a eliminação dos povos indígenas”.
Em seu parecer, Antônio Seixas afirma que a autorização
dada pelo Conselho de Defesa Nacional viola “o direito fundamental ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, a proteção da Floresta Amazônica enquanto
Patrimônio Nacional, a dignidade dos povos indígenas e o princípio do
desenvolvimento sustentável”.
Segundo ele, o alto potencial de impacto da atividade
mineradora ilegal representa um dano ambiental grave, pelos malefícios à saúde
dos povos indígenas e dos trabalhadores, em razão do uso indiscriminado do mercúrio,
que ainda polui os rios e causa prejuízos irreparáveis à fauna e à flora da
região atingida. O relator ressalta também que a invasão dos garimpeiros
“aumenta a escalada de violência, provoca o extermínio de povos indígenas,
inclusive com a proliferação de doenças, como a malária, e fragiliza o sistema
de saúde nas comunidades indígenas, com o abandono de postos de saúde”.
Muito curioso! Enquanto esse governo insano vai incentivando a tomada
de terras indígenas, ficamos sabendo que há um programa desenvolvido pelos estadunidenses
em mais um crime. Em uma iniciativa promovida pela Embaixada e Consulado dos EUA
no Brasil, a Casa Branca oferecerá o curso on-line “Access Amazon” para ensinar
inglês a indígenas de 18 a 35 anos que residam no nos estados da Amazônia
Legal.
De acordo com o site da embaixada, 140 vagas estão
disponíveis e o curso tem como objetivo expandir o potencial de liderança e
conhecimento dos participantes em causas ambientais.
Durante os encontros virtuais, os participantes vão vivenciar
o idioma enquanto compartilham suas experiências e práticas em relação ao meio
ambiente e questões da Amazônia, seus povos e culturas, segundo o órgão.
Ensinar inglês para nossos indígenas? E a cultura
tradicional que eles tanto prezam? Ou haverá outra razão que ainda não
conhecemos? Afinal, há décadas Washington sonha com a “internacionalização da
Amazônia”.
Mais uma vergonha desse governo. O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo
Xavier, abandonou um evento em Madri que discutia a questão dos povos indígenas
após ser alvo de protestos de um ex-servidor do órgão.
O episódio ocorreu durante a 15ª Assembleia Geral do
Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe
(Filac). Indignado com a presença de Xavier no evento, o ex-funcionário Ricardo
Rao se levantou, apontou o dedo para Xavier e gritou:
“Esse homem não pertence aqui. Esse homem é um
assassino, esse homem é um miliciano. Ele é responsável pela morte de Bruno
[Pereira] e Dom Phillips”.
Constrangido, Xavier deixou a sala. A indignação de Rao
reflete a de outros servidores da Funai que vêm pedindo a saída do presidente
do órgão. Eles acusam Xavier de estar alinhado à agenda ruralista e a uma política
anti-indígena. Em junho, segundo noticiado pela Folha de S.Paulo, eles
realizaram um protesto em Brasília pedindo a saída de Xavier.
O Brasil com fome. Inflação não para de subir. E a culpa não é da guerra
na Ucrânia. Levantamento pelo Procon-SP, com o Dieese, mostra: cesta paulistana
está R$ 39,44 acima do salário mínimo de R$ 1.212,00.
Em junho, morador da Capital pagou mais 2,07% na cesta
com 39 produtos de alimentação, limpeza e higiene pessoal. Valor chegou a R$
1.251,44 – aumento de R$ 25,32 em relação a maio. Levantamento foi divulgado
quarta, dia 13.
Todos os grupos tiveram alta: higiene, 5,30%; limpeza,
2,28%; alimentação, 1,78%. Dos 39 produtos pesquisados, 28 apresentaram alta.
Os que mais subiram foram a margarina, 10,95%; farinha de mandioca torrada 10,11%;
leite, 9,90%; sabonete 7,83%; e presunto, 7,82%.
Anual – Aumento de 18,05% – acima dos 11,89% do IPCA. O
valor da cesta básica era de R$ 1.060,10 e passou para R$ 1.251,44 – diferença
pra cima de R$ 191,34. Maiores altas no ano: café em pó, 88,01%; batata,
82,68%; e cebola, 66,13%.
Zelensky telefonou para o insano. Presidente
da Ucrânia falou por telefone com o insano brasileiro na segunda-feira (18). Na
conversa, Zelensky acusou a Rússia de provocar uma crise global de fome.
O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, afirmou ter
conversado por telefone com o presidente brasileiro.
Em suas redes sociais, Zelensky disse que informou o
ex-capitão sobre a situação na Ucrânia, discutiu a importância de retomar as
exportações de grãos e alertou para o risco de uma crise global de fome que, segundo
ele, seria provocada pela Rússia. “Convoco todos os parceiros a aderir às sanções
contra o agressor”, escreveu Zelensky.
Terrorismo contra a Venezuela. O ministro venezuelano do Petróleo, Tareck El Aissami,
denunciou neste domingo um ataque contra um sistema de gás localizado no leste
do país, ao mesmo tempo, destacou que os trabalhadores estão mobilizados em sua
recuperação.
“Levantamos nossa reclamação ao país e aos povos do
mundo sobre um novo ataque ao sistema de gás no leste da Venezuela. São os
mesmos grupos terroristas de sempre, que agiram contra o interesse nacional de
afetar a vida de nossas pessoas”, disse o ministro El Aissami.
Da mesma forma, o ministro venezuelano enfatizou que
este ataque visa ameaçar a paz e a estabilidade no país, “o vil ataque faz parte
do roteiro de sabotagem perpetrado pelos inimigos da paz”, disse.
“Neste momento estamos apagando o fogo causado por esta
ação criminosa, para regularizar o serviço desta infraestrutura”, destacou El
Aissami. O incidente ocorreu em uma das instalações de gás da empresa estatal
venezuelana PDVSA no estado venezuelano de Monagas, informou na segunda-feira (18)
a agência espanhola EFE.
Primeiro acordo no Equador. O movimento indígena, representado pela Confederação
de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), e o governo do Equador
chegaram a um primeiro acordo na terça-feira (19), depois de quatro dias de
negociações que começaram na semana anterior, fruto de 18 dias consecutivos de
protestos da população.
O consenso foi alcançado na mesa temática da Banca Pública
e Privada, que assenta em quatro pontos fundamentais: perdão de dívidas,
reestruturação, refinanciamento e requalificação de devedores, bem como novas
linhas de crédito produtivo.
O ministro do Governo e chefe da equipe negociadora da
administração nacional, Francisco Jiménez, afirmou que “sobretudo será
permitida uma maior acessibilidade dos setores rurais e populares a estas
facilidades de crédito”.
Com a presença de representantes da Conferência Episcopal
Equatoriana (CEE), o texto foi assinado pelo Conselho de Política e Regulação
Financeira, BanEquador e representantes do movimento indígena.
Mercosul descarta Zelensky. Depois de ligar para o insano brasileiro, pedindo apoio
contra a Rússia, o presidente ucraniano solicitou direito de falar na reunião
de cúpula do Mercosul.
Segundo o vice-chanceler paraguaio, não houve consenso
entre os países do bloco sobre o pedido de Zelensky para discursar na cúpula
que ocorreu nesta quinta-feira (21) na capital paraguaia.
A informação foi dada na quarta-feira (20) pelo
vice-chanceler paraguaio, Raúl Cano, em entrevista coletiva sobre a cúpula.
Segundo Cano, a decisão foi tomada após uma consulta aos países do bloco.
Zelensky vem pressionando países para que se juntem às
sanções contra a Rússia.
Problemas na reunião do Mercosul. Horas antes do início da nova cúpula ordinária, as
declarações do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou para avançar em um acordo
de livre comércio com a China abriram a polêmica.
“O trabalho com a China está concluído. Chegamos a um
acordo benéfico para os países e começará a negociação de um Acordo de Livre
Comércio”, anunciou o presidente uruguaio. Além de declarar que o Uruguai “não
estava disposto a ficar parado” em relação à negociação de acordos comerciais
com a China, o presidente uruguaio antecipou que "certamente será objeto
de conversas na próxima cúpula".
Para a China é a confirmação de uma estratégia de
articulação, “de abordagem econômica comercial via tratados preferenciais”,
como foi o caso da assinatura de Acordos de Livre Comércio (TLC) com o Chile em
2006, Peru em 2010 e Costa Rica em 2011, “com a aspiração de obter laços
estreitos com as economias latino-americanas em geral e com as economias sul-americanas
em particular”, diz Sergio Cesarín, graduado em Relações Internacionais e
Coordenador do Centro de Estudos sobre Ásia, Pacífico e Índia (CEAPI) da
Universidade Nacional de Três de Fevereiro (UNTREF) da Argentina.
A China é o primeiro parceiro comercial do Uruguai e
ambos os países assinaram um amplo acordo de associação estratégica, lembrou
Cesarín.
Um exemplo da escalada das tensões dentro do bloco
ficou evidenciado quando o presidente brasileiro anunciou que não compareceria
à reunião no Paraguai, em sua última Cúpula do Mercosul no cargo, que termina
neste ano de 2022. A representação do Brasil em Luque ficou por conta do ministro
das Relações Exteriores Carlos Alberto Franca.
Mobilização também no Panamá! Após 14
dias de greve, manifestantes planejam continuar protestos contra alto custo de
vida no país
A aliança Povos Unidos pela Vida, que reúne vários
sindicatos e organizações sociais panamenhas, responsável por liderar os
protestos nacionais no país, pediu no sábado (16) que uma mesa única de diálogo
com o governo seja estabelecida para resolver todas as demandas dos
manifestantes.
A convocação ocorreu depois que a Aliança Nacional dos
Direitos dos Povos (Anadepo) e o Executivo panamenho concordaram em congelar o
preço do combustível - uma das principais reivindicações da organização - a
3,32 dólares por galão.
No entanto, o acordo ainda não se concretizou porque a
Anadepo está pedindo para chegar a um consenso sobre vários outros pontos
pendentes, como a cesta básica, o preço dos medicamentos e a situação do setor
educacional.
Segundo o representante da Associação de Professores do
Panamá (Asoprof), Fernando Ábrego, os delegados das organizações populares
elaboraram um documento para apresentar oito propostas ao Governo.
Enquanto isso, os sindicatos anunciaram que processarão
os indivíduos que interceptaram a caravana de mais de 140 caminhões do Corredor
Humanitário, interceptados na noite de quarta-feira por homens armados.
O secretário-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores
e Trabalhadores Aliados (Suntracs), Saúl Méndez, reagiu ao ocorrido com os caminhoneiros
e destacou que identificou essas duas pessoas. “São dois criminosos fora da lei
que interceptaram os transportadores e o fazem com uma arma na mão”, sublinhou.
Uma moeda para o BRICS. Os BRICS são um grupo de países independentes do bloco
ocidental que obedecem a Washington. Os BRICS somam economias muito importantes
espalhadas pelos 5 continentes O nome BRICS vem das iniciais de Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul Dada a inflação causada pela emissão de moedas
que, apesar de seu valor não ser garantidos, servem como moedas de reserva
(dólar e euro) As moedas ocidentais não têm lastro, mas apenas acumulações de
si mesmas, uma fraude que gira em torno de 5 bilhões (bilhões em espanhol) de
dólares e 3,2 bilhões de euros, respectivamente.
Tanto o dólar quanto o euro são prejudicados pela
estupidez dos governos responsáveis por
eles. Primeiro por causa das estúpidas medidas de bloqueio
desnecessárias tomadas contra a pandemia e depois as estúpidas
sanções contra a Rússia que levaram à estagnação financeira nos mercados de ações
ocidentais.
O surgimento da nova moeda de reserva dos países do
BRICS neste momento com o risco de guerra mundial mina os planos dos EUA. O
nome da nova moeda ainda é desconhecido, mas sabe-se que os BRICS estão ativos em
sua criação e que tal moeda será baseada em uma cesta de moedas dos países
membros que seriam lastreadas pelos produtos por eles exportados e que será
usado para negociar entre eles. Um mercado muito relevante porque 70% da população
mundial vive nos países BRICS
UE quer reduzir consumo de gás. A Comissão Europeia divulgou propostas para os
países-membros reduzirem seu consumo de gás em 15% de 1º de agosto até o final
de março de 2023. O plano, chamado “Economize gás para um inverno seguro”, pede
aos governos que façam campanha para que as famílias reduzam o termostato,
limitem o aquecimento ou resfriamento em prédios públicos e deem incentivos à
indústria para usar combustíveis alternativos sempre que possível ou reduzir o
consumo de gás.
A proposta já foi rechaçada pelo governo espanhol.
“Aconteça o que acontecer, as famílias espanholas não sofrerão cortes de gás ou
eletricidade em suas casas, e o governo defenderá a posição da indústria espanhola,
que pagou um preço especial para garantir a segurança do abastecimento”, disse
Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica.
Ela garantiu que o consumo na Espanha está dentro de limites
razoáveis. “Queremos ajudar, mas também queremos ser respeitados”, disse. Ela
acrescentou que “um sacrifício desproporcional não pode ser imposto a nós”,
especialmente quando “não nos foi pedido uma opinião”.
Preços do gás ao consumidor alemão. O preço do gás natural para os consumidores ao menos
triplicaria em 2023 na Alemanha, disse Klaus Mueller, presidente da Agência Federal
de Redes (BNetzA), na quinta-feira. “Aqueles que agora estão recebendo suas
contas de aquecimento já estão vendo suas taxas dobrarem”, enquanto o impacto
do conflito Rússia-Ucrânia ainda não foi levado em consideração, disse Mueller
à Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND).
É “absolutamente realista” que os consumidores com uma
conta anual de gás de € 1.500 (pouco mais de R$ 8 mil) vejam esse número subir
para € 4.500 (R$ 24 mil) ou mais no futuro, disse Mueller.
A Alemanha está lutando com a diminuição do fornecimento
de gás. Para evitar a escassez, o governo está incentivando os cidadãos a
reduzir o consumo de gás e pretende encher as instalações de armazenamento do
nível atual de cerca de 65% para 90% antes do inverno.
O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à
população para controlar o consumo de energia e se preparar para uma provável
escassez. Macron falou em entrevista no Dia Nacional da França, que comemora a
tomada da Bastilha.
Pavor na Casa Branca? A recente viagem do presidente russo Vladimir Putin a
Teerã, na terça-feira (19) pode significar problemas para o Ocidente, afirma o
diretor do Instituto de Pesquisa de Crises da Universidade de Oxford, Mark
Almond, em seu artigo para o Daily Mail.
O analista acredita que a declaração de Yuri Ushakov,
assessor para Relações Exteriores do presidente russo, sobre os planos da
Rússia e do Irã de elevar as relações bilaterais para um novo nível de parceria
estratégica deve ser considerada um aviso para os líderes ocidentais.
“A presença do [presidente turco Recep Tayyip] Erdogan
ante o fortalecimento desta amizade é outro grave motivo de preocupação”,
apontou Mark Almond.
Além do mais, Almond crê que a ameaça emergente poderia
se tornar mais perigosa do que o antigo bloco soviético.
Onda de calor extremo na Europa. A onda de calor extremo que castiga boa parte da Europa
Ocidental há uma semana, com temperaturas acima de 40°C, já provocou mais de
mil mortes, segundo autoridades de saúde de Portugal e Espanha.
Dados das autoridades portuguesas apontam que as temperaturas
extremas já causaram a morte de 659 pessoas no país, a maioria idosos. Já as
autoridades de saúde da Espanha registraram até o momento 360 mortes ligadas à
onda de calor.
Além do calor extremo, os dois países ainda enfrentam
uma série de incêndios florestais. Nesta segunda-feira, bombeiros da Espanha
lidavam com 36 incêndios. O fogo já devastou 20 mil hectares de florestas no
país. As chamas deixaram pelo menos um morto: um bombeiro de 62 anos que morreu
em um incêndio na província de Zamora. O primeiro-ministro espanhol Pedro
Sánchez expressou na noite de domingo (17/07) pesar e solidariedade à família
do bombeiro. "Nunca há palavras para agradecer o imenso trabalho de quem luta
diante do fogo sem descanso", escreveu Sánchez no Twitter.
Barrando os neonazistas. Grupos de manifestantes antirracismo e antifascismo e
membros de partidos políticos bloquearam um pequeno ato neonazista programado
para ocorrer na cidade de Mainz, no oeste da Alemanha.
Segundo a polícia, cerca de 3 mil pessoas – entre elas membros
de grupos religiosos, sindicatos e ativistas antiglobalização – ajudaram a
impedir a marcha de extrema direita neste sábado (16/07).
Cerca de 50 membros do extremista de direita Neue Stärke
Partei (NSP) haviam se reunido para o protesto – cerca de metade do número de
manifestantes que o grupo disse que compareceria ao ato –, mas tiveram seu
caminho bloqueado pelos manifestantes antifascistas.
Antes de serem impedidos de seguir em frente, os
integrantes do NSP entoavam palavras como “Cidade nazista de Mainz” e “Revolução
agora”, informou a polícia.
Kiev não deseja negociar. Kiev confirmou mais uma vez que não tem intenções de
conduzir negociações com Moscou, porque o presidente Vladimir Zelensky não quer
a paz, constatou na segunda-feira (18) a representante oficial do MRE russo,
Maria Zakharova.
O chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, disse em
entrevista ao Forbes Ukraina que as negociações com o lado russo são possíveis
apenas após a derrota de Moscou. Conforme disse, agora não há motivos para negociações
com a Rússia.
“Todos entendem que as negociações estão ligadas diretamente
à situação na frente. Digo a todos os parceiros uma coisa simples: ‘A Rússia
deve se sentar à mesa de negociações após sua derrota no campo de batalha. Caso
contrário, voltaria à linguagem dos ultimatos’”, afirmou.
Carta branca para um acidente nuclear grave! A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) levou
dois dias para reagir ao uso de drones suicidas ucranianos carregados de
explosivos contra a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Mas, para
nossa surpresa, a organização não condena o ataque que poderia causar uma
catástrofe nuclear em todo o continente.
O
ataque em si ocorreu em 20 de julho, quando três drones suicidas carregados com
vários quilos de explosivos atingiram as instalações da usina nuclear.
Felizmente, a estrutura resistiu aos impactos e estes não afetaram seu
funcionamento.
A
Rússia rapidamente recorreu à AIEA e outras organizações internacionais, mas o
incidente foi ignorado por dois dias. Quando a AIEA finalmente reagiu,
absteve-se de acusar o lado ucraniano. Assim, o diretor geral da organização,
Rafael Mariano Grossi, foi o mais comedido possível em sua avaliação do ataque
dos três drones kamikaze que poderiam ter causado uma catástrofe radiológica, e
não repreendeu os líderes ucranianos por terem enviado drones com explosivos ao
lugar.
Rússia não ficará isolada. A Rússia não pode ser isolada do mundo por uma “enorme
cerca” e não o fará, apesar das sanções contra o país, disse o presidente russo,
Vladimir Putin, em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico e
Projetos Nacionais.
“É claro que não podemos desenvolver isolados do resto
do mundo. Não o faremos. No mundo de hoje é impossível introduzir uma circular
e estabelecer uma grande vedação. É simplesmente impossível”, sublinhou.
À Rússia é deliberadamente negada o acesso a produtos
de alta tecnologia para sufocar seu desenvolvimento, mas o país não voltará
décadas, como imaginam seus críticos, acrescentou o presidente.
Biden está perdendo feio. O presidente dos EUA Joe Biden está determinado a ir
até o fim na sua guerra indireta com a Rússia, mas está perdendo a batalha pela
Ucrânia, escreve em seu artigo no jornal The American Conservative o ex-assessor
do secretário de Defesa dos EUA, Douglas Macgregor.
“Determinado a travar até o fim a sua guerra por
procuração com a Rússia, Biden está perdendo a batalha na Ucrânia, e o seu instrumento
sagrado, a OTAN, está em suporte de vida. As únicas coisas que estão caindo mais
rápido que os níveis de aprovação de Biden são as economias europeias e estadunidense”,
escreve Macgregor.
O problema da OTAN é que as dificuldades econômicas
devido às sanções impostas à Rússia por Biden ameaçam a Europa com um Armagedon
econômico. Como exemplo, o autor refere a Alemanha, a maior economia da UE e um
dos principais países da OTAN que está passando por grandes dificuldades.
Europa conhecerá 'tempestade' energética. A Europa provavelmente enfrentará uma “tempestade”
energética mais cedo do que se pensava e não estará suficientemente preparada
para o caos que está por vir, prevê a Rystad Energy, empresa norueguesa de
pesquisa em energia e inteligência de negócios com sede em Oslo.
Os analistas da companhia avaliam que a forte onda de
calor que atinge a região impedirá a Europa de reconstruir suas reservas de gás
antes do inverno. Devido aos recordes de temperatura no continente, os níveis
de armazenamento do combustível permanecem abaixo do normal para esta época do
ano, diz a empresa.
“Nossos cenários atualizados indicam que a Europa
provavelmente chegará à tempestade muito mais cedo do que se pensava anteriormente
e que a região estará despreparada para o caos que ela trará”, afirmou a Rystad
Energy, em nota, nesta segunda-feira (18).
Previsão do FMI. O produto
interno bruto de alguns países da Europa Central e Oriental que dependem fortemente
do gás russo pode cair até 6% se Moscou decidir cortar completamente o fornecimento,
estimam especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ao aferir o possível impacto de um fechamento total da
torneira de gás pela Rússia a partir de meados de julho, o FMI usa como
referência períodos de fornecimento ininterrupto em outros momentos deste ano.
“Se as restrições físicas impedirem os fluxos de gás,
uma abordagem de mercado fragmentada sugere que o impacto negativo na produção
econômica seria especialmente significativo, de até 6% para alguns países da
Europa Central e Oriental que usam gás russo de forma muito intensa.
notadamente a Hungria, a República Eslovaca e a República Tcheca”, publicou o
FMI.
Rússia continua exportando gás para a China. A
estatal russa de gás Gazprom estabeleceu na segunda-feira um novo recorde
histórico para o fornecimento diário de gás doméstico para a China através do
oleoduto da Siberian Power.
Nesse sentido, a empresa especificou que o serviço de gás
ao país asiático responde a um acordo estabelecido entre a entidade e a China
National Petroleum Corporation (CNPC).
Segundo a Gazprom, o fornecimento de gás natural à
China aumentou 63,4 por cento no primeiro semestre deste ano.
Crise na Europa é também política. O conflito na Ucrânia e as sanções que os EUA criaram
contra a Rússia está levando a grave situação. A Europa sofre de uma crise de
liderança, as suas classes dominantes perderam a noção da realidade e os seus
líderes não têm o prestígio dos líderes europeus do passado.
Na
quinta-feira (21), o "peso-pesado" da política italiana Mario Draghi
renunciou ao cargo de primeiro-ministro, depois de seus três parceiros da
coalizão terem boicotado a moção de confiança. Recentemente, no Reino Unido, o
Partido Conservador exerceu pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson,
incluindo os membros do seu próprio Gabinete, forçando-o a abandonar a
liderança do partido e a deixar o cargo de premiê devido aos numerosos
escândalos que marcaram os últimos meses de Johnson no poder.
Ao
mesmo tempo, o líder de mais uma grande potência europeia, o presidente francês
Emmanuel Macron, não conseguiu assegurar a maioria na câmara baixa do
parlamento do país, visto que o Reagrupamento Nacional (partido de extrema
direita, liderado por Marine Le Pen) e a coalizão de esquerda NUPES (Nova União
Popular Ecológica e Social) alcançaram resultados impressionantes. Esta
reviravolta afetou a agenda de Macron, já que ele agora não pode aprovar
facilmente projetos de lei no legislativo e tem que trabalhar com uma oposição
pouco cooperante.
Pedófilos vão buscar crianças na Ucrânia. A matéria é muito séria e foi divulgada por uma
agência oficial do Reino Unido. Pelo menos 10 pedófilos identificados pelas
autoridades do Reino Unido viajaram para a Polônia após o início do conflito na
Ucrânia para alegadamente prestar ajuda humanitária, num contexto em que menores
refugiados viajam desacompanhados.
A
Agência Nacional do Crime do Reino Unido (NCA) alertou que, nas primeiras seis
semanas, estes 10 criminosos sexuais viajaram para a Polônia, apesar de terem
de manter as autoridades informadas sobre as suas saídas do país.
De
acordo com a agência britânica, após detectar o movimento dos pedófilos, eles
entraram em contato com as autoridades polonesas para alertá-los.
De
acordo com a estimativa da NCA, há cerca de 5.000 crianças ucranianas viajando
desacompanhadas, para as quais já foi estabelecida uma rede de comunicação com
a Polônia para garantir sua segurança.
Desde 24 de fevereiro passado, quando começaram as
tensões entre Kiev e Moscou, várias organizações civis alertaram sobre o risco
de menores e mulheres serem vítimas de redes de tráfico de pessoas e exploração
sexual.
Uma informação preocupante. Em um longo e muito sério artigo o pesquisador Álvaro
Verzi Rangel, codiretor do Observatório de Comunicação e Democracia e analista
sênior do Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE), dá importantes
e preocupantes informações sobre a disposição dos exércitos estadunidenses pelo
mundo.
Logo no início da matéria ele nos diz que os EUA têm
mais de 800 bases militares em seis dúzias de países ao redor do mundo. Desde o
final da Segunda Guerra Mundial, os militares dos EUA se engajaram em uma nova
estratégia agressiva, servindo como policial e regulador do capitalismo global.
Os gastos militares dos EUA foram de 801 bilhões de
dólares em 2021, em plena pandemia de covid-19 e antes da guerra na Ucrânia, o
que representou uma queda de 1,4% em relação ao ano anterior. A carga militar
diminuiu ligeiramente de 3,7% do PIB em 2020 para 3,5% em 2021.
O financiamento dos EUA para pesquisa e desenvolvimento
militar (P&D) aumentou 24% entre 2012 e 2021, enquanto o financiamento para
compra de armas caiu 6,4% no mesmo período. No entanto, a queda dos gastos com
P&D (-1,2%) foi menor que a dos gastos com aquisição de armas (-5,4%).
De acordo com o Plano de Operações de Negócios de
Defesa Nacional dos EUA (2018-2022), os militares dos EUA gerenciam um portfólio
global composto por mais de 568.000 ativos (edifícios e infraestrutura) localizados
em 4.800 locais em todo o mundo.
Das 452 instalações localizadas na Europa, 219
pertencem ao Exército, 53 à Marinha e as restantes, 180, à Aeronáutica. A Alemanha
é o país europeu com maior número de bases americanas: 52% do total na Europa e
28% do total no exterior.
O Japão é o país com o maior número de soldados estadunidenses
no mundo, com 57.300 soldados espalhados por 120 bases. A presença dos EUA lá
começou após a Segunda Guerra Mundial. Um dos pontos estratégicos é o
arquipélago de Okinawa, palco de uma das batalhas mais sangrentas. Após a
guerra, até 32 bases militares foram colocadas em serviço que foram usadas nas
guerras com a Coréia e o Vietnã ou em conflitos como os do Iraque e do
Afeganistão.
Como dissemos, o artigo é longo e descreve as bases,
continente por continente.
EUA têm perdido influência na ONU. O atraso de bilhões de dólares dos EUA em seus
compromissos com a ONU está prejudicando a capacidade de Washington de influenciar
a organização mundial, disse a embaixadora Linda Thomas-Greenfield ao Comitê de
Relações Exteriores do Senado na quarta-feira (20). De acordo com ela, a
situação acabou criando uma abertura para a China.
No meio da audiência do comitê, cujo tema central era “segurança
alimentar global” e as questões relacionadas às exportações de grãos da Rússia
e da Ucrânia interrompidas pelo conflito, o senador Chris Murphy (Partido
Democrata, Connecticut) levantou a questão da dívida dos EUA.
“Esse é realmente o cerne do desafio que enfrento em
Nova York todos os dias, pois somos colocados na posição de termos de competir
com nossos adversários para poder influenciar as ações da ONU”, respondeu
Thomas-Greenfield.
Guerra civil nos EUA? Um em cada cinco estadunidenses acredita que a
violência motivada por razões políticas é, pelo menos às vezes, justificada; quase
metade espera uma guerra civil; muitos dizem que trocariam a democracia por um
líder forte, citou uma pesquisa da Science na terça-feira.
A pesquisa encontrou uma situação em que as pessoas
pensam que a violência é justificada para promover um objetivo político
importante, e cerca de um em cada cinco entrevistados acha que provavelmente
estará armado. Cerca de 7% dos participantes, o que corresponderia a cerca de
18 milhões de adultos, dizem que estariam dispostos a matar uma pessoa em tal
situação, segundo a pesquisa.
As mortes por armas de fogo nos Estados Unidos
cresceram quase 43% entre 2010 e 2020, e as vendas de armas aumentaram durante
a pandemia de coronavírus, segundo o relatório.
Mais um tiroteio. Um tiroteio perpetrado na tarde de domingo em um
shopping center em Greenwood, Indiana (EUA), deixou quatro mortos, incluindo o
agressor, e dois feridos.
A mídia local detalha que o indivíduo, armado com um
fuzil de assalto e vários carregadores de munição, entrou no refeitório do
estabelecimento, e começou a atirar nas pessoas ali reunidas.
O chefe de polícia desta cidade localizada ao sul de
Indianápolis, James Ison, explicou em entrevista coletiva que as causas do
tiroteio são desconhecidas e estão sendo investigadas. Ele também informou, sem
revelar a identidade do suspeito, que os feridos foram levados para um hospital
próximo, incluindo um menor de 12 anos de idade.
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