O desespero do demente!
Ele voltou a criticar a “Carta aos Brasileiros e
Brasileiras em Defesa do Estado Democrático de Direito”, que já reúne cerca 700
mil assinaturas e pode virar uma marcha pela democracia, chamou o documento de
“cartinha” e afirmou “pedir a Deus que o povo não sinta as dores do
comunismo". As declarações do insano foram feitas na quarta-feira (3) em
um culto promovido pela bancada evangélica do Congresso, uma de suas bases de
apoio.
“Nenhum de vocês que assinaram cartinhas por aí se manifestaram
naquele momento”, disse em referência às medidas de isolamento social adotadas
por governadores e prefeitos para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no
Brasil. “Vocês todos sentiram um pouco do que é ditadura”, completou, de acordo
com o jornal Folha de S. Paulo.
No evento, deixou claro seu medo de perder a eleição
para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que tem a
“missão” de evitar o “comunismo” no Brasil. “Tenho o hábito de todo dia, quando
me levanto, me concentro, agradeço pela missão, mas peço a Deus que meu povo,
nosso povo, não sinta as dores do comunismo”.
O verdadeiro motivo do desespero. Em segundo
lugar em todas as pesquisas de intenções de voto, mesmo após a aprovação da PEC
do Desespero, que autorizou aumentos nos valores do Auxílio Brasil e do
vale-gás, além da criação de benefícios para caminhoneiros e taxistas, o ex-capitão
está com medo de ser preso se perder as eleições, como indicam as pesquisas que
revelam até a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) vencer no primeiro
turno.
De acordo com a colunista Monica Bergamo, da Folha de S
Paulo, ele está cada vez mais inquieto e vem repetindo a interlocutores,
inclusive de seu próprio governo, que tem certeza de que será alvo de inquéritos
que teriam como objetivo levá-lo à prisão caso perca as eleições, em outubro. O
insano também acredita que seus filhos podem se tornar alvos mais fáceis caso
deixe a Presidência da República.
Ainda segundo esses interlocutores, ele tem demonstrado
nervosismo e repetido o discurso que fez no dia 7 de setembro do ano passado,
na avenida Paulista, em São Paulo. No ato antidemocrático, em que atacou as
instituições, também afirmou que sairia do Palácio do Planalto “preso, morto ou
com vitória”.
Segundo um dos auxiliares, o desvairado disse que não
seria “ingênuo” como seus antecessores que foram presos. Uma referência aos
ex-presidentes Lula (PT), preso sem crime e sem provas, e a Michel Temer (MDB),
preso duas vezes as pela força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. Lula ficou
580 dias e depois o processo foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
que considerou o ex-juiz Sérgio Moro suspeito. Temer foi solto em menos de 10
dias.
O golpe que não vai dar certo. Senadores do Centrão, aliado$$$$$$ do irresponsável,
já apresentaram uma proposta para salvar a sua pele: criar uma Lei considerando
“Senador Perpétuo” um ex-presidente da República. Com isso ele ficaria livre de
qualquer processo, pois ganharia “imunidade parlamentar”.
Acontece que se esse “projeto de lei” for apresentado
vai dar o mesmo cargo a vários outros ex-presidentes (FHC, Temer, Dilma e até
Lula)!
Mas a proposta já nasceu morta. A avaliação é da
jurista e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles. A advogada conta que a
ideia é tão absurda quanto inconstitucional. “É uma aberração que viola o
Artigo 1º, que é a base da democracia brasileira e estabelece que os
representantes do Executivo e Legislativo são escolhidos, obrigatoriamente,
pelo povo e por meio do voto”, diz.
Jacqueline explica que a iniciativa ainda esbarra em
outra cláusula pétrea: o princípio da separação dos Poderes.
“A Presidência é um cargo do Executivo e o Senado é uma
função do Legislativo. O Artigo 2º da Constituição estabelece a separação e
independência dos Poderes, logo, não permite esse golpe em que o eleitor votaria
para presidente e ganharia um senador depois do fim desse mandato. A única
forma de qualquer brasileiro conquistar uma cadeira no Senado ou na Câmara é
por meio de uma eleição”, reforça.
A jurista acredita que, mesmo que o Senado aprove a
proposta, a medida deve cair no Supremo Tribunal Federal. “Qualquer entidade
legítima (partidos políticos; entidades representativas, como sindicatos e a
OAB, e órgão do Judiciário, como o Ministério Público) pode entrar com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao STF pleiteando a anulação de uma
lei claramente anticonstitucional”, avalia.
E a situação vai piorando. A desigualdade social no Brasil tem nas questões de
remuneração um de seus principais responsáveis pela má distribuição de renda no
país, que hoje tem mais de 33 milhões de pessoas passando fome.
Enquanto 52% dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras
ganham até dois salários mínimos (R$ 2.424), 90 CEO´s (sigla para Chief
Executive Officer ou diretor executivo, geral ou presidente) de empresas com
capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo, ganham mais de R$ 1 milhão por
mês.
O levantamento, feito a partir de uma documentação
pública sobre remuneração total que empresas têm de entregar à Comissão Mobilizaria
de Valores (CVM), foi publicado pelo jornal o Estado de S Paulo. Segundo a
reportagem, somente no ano passado os 10 executivos mais bem pagos do Brasil
receberam R$ 400 milhões de reais, valor 30% maior que em 2020. Ou seja, a
pandemia fez bem a esses executivos ao mesmo tempo em que deteriorou o mercado
de trabalho para os menos escolarizados.
Não há no Brasil hoje nenhuma iniciativa que proponha
acabar com esse fosso. No entanto, Marilane Teixeira explica que uma regulação
garantiria um maior equilíbrio social, já que os salários - as remunerações -
são indicadores essenciais da desigualdade.
O rendimento mensal do trabalhador, no trimestre
encerrado em junho deste ano, foi R$ 2.652, de acordo com os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua), realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Será que ele come isso? Pré-candidato à reeleição, com o apoio do insano, o
governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) acusou a imprensa de ter
agido com “desvirtuação” ao noticiar a formação de filas para receber doações
de ossos de um açougue em Cuiabá, segundo reportagem da Carta Capital. De
acordo com o governador, o açougue distribuiu ossos de “qualidade” aos
moradores.
“Gente, com todo o respeito aos senhores da imprensa.
Isso foi e é uma grande desvirtuação da verdade e da realidade. Eu vou explicar
o porquê. Porque o mesmo ossinho que aquele açougue lá… Ele dá aquilo, faz a
doação do chamado ossinho… A gente fala ossinho, pelo amor de Deus. Vou até convidar,
se vocês quiserem, para a gente ir lá ver qual que é a qualidade desse ossinho.”
Mauro Mendes disse que “os ossos distribuídos pelo
açougue dão um “prato delicioso” e que são consumidos em restaurantes como
“ossobuco”, corte de carne em rodelas que inclui ossos, tradicional na Itália.
O papel da agricultura familiar. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais
Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) lançou a primeira edição de um
anuário estatístico do setor, elaborado em parceria com o Dieese. O objetivo é
mostrar a importância dessa atividade para a economia e a população.
“A agricultura familiar brasileira é a principal
responsável pelo abastecimento do mercado interno com alimentos saudáveis e
sustentáveis, que busca a preservação dos recursos ambientais, a cultura rural,
gera ocupações rurais e promove o desenvolvimento sustentável do país”, afirma
a Contag.
“A sua importância é estratégica para o Brasil e para o
mundo, pois é a oitava maior produtora de alimentos do planeta. (…) Os
empreendimentos familiares produzem a diversidade de culturas, o que gera um
impacto positivo na qualidade dos produtos e na relação com o meio ambiente.”
O país tem 3,9 milhões de estabelecimentos familiares
voltados à agricultura, que ocupam apenas 23% das terras, mas são responsáveis
por 10,1 milhões de empregos (67%). Segundo a Contag, esses estabelecimentos
“respondem por 23% do valor bruto da produção agropecuária brasileira e pela dinamização
econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes (68% do total)”.
Além disso, é a oitava maior produtora mundial de alimentos: “Na América Latina
e Caribe, as agricultoras familiares, camponesas e as mulheres indígenas produzem
45% dos alimentos consumidos”.
Sim, é roubo! O caso do ouro venezuelano em Londres remonta a maio
de 2020, quando o BCV entrou com uma ação contra o Banco da Inglaterra por sua
recusa em dar acesso às reservas de ouro.
Em uma decisão inusitada da Justiça britânica contra a Venezuela,
consistente com a história “pirata” da antiga potência colonial, negou ao país
o acesso às reservas de ouro de 31 toneladas do país, avaliadas em cerca de 1,9
bilhão de dólares, nas mãos do Banco da Inglaterra.
A corte britânica reconhece como legal o inexistente
governo da oposição Juan Guaidó, apoiado (com cada vez menos força) pelos EUA e
alguns países europeus.
Essa parte do processo se concentrou em saber se a justiça
britânica considera legítima a diretoria do Banco Central da Venezuela (BCV)
nomeada por Guaidó após se proclamar presidente interino. Os diretores
indicados pela oposição – que não têm interferência no BCV – ordenaram ao Banco
da Inglaterra que não entregasse o ouro ao conselho de administração do partido
no poder.
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez,
classificou a decisão como terrível, desastrosa, incomum e intempestiva, e
pediu ao governo britânico que retifique e não continue com a palhaçada de fingir
que Juan Guaidó é presidente de um país “que não é e não será nunca porque o povo
conhece sua história como chefe de um grupo criminoso que, entre outras coisas,
causou muitos danos ao convocar invasões, crimes e bloqueios econômicos”, disse
Rodríguez.
Francis Drake de volta? Quase todos conhecem a história do famoso corsário
inglês, “Sir” Francis Drake, que se tornou o mais conhecido, homenageado e
condecorado “herói” da Inglaterra. Pois a história de Drake está se repetindo.
O governo do Reino Unido insiste em reconhecer o opositor
Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela como uma desculpa para se apropriar
do ouro venezuelano que o país tem depositado no Banco da Inglaterra.
O Tribunal Superior de Londres, Reino Unido, negou na
sexta-feira (29) o pedido de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, de
recuperar o acesso às reservas de ouro guardadas no Banco da Inglaterra. Torres
considerou que a decisão do tribunal britânico é uma ação colonialista.
Nos cofres do Banco de Inglaterra se encontram
guardadas 31 toneladas de ouro que pertencem à Venezuela, avaliadas em U$ 1 bilhão
(R$ 5,18 bilhões).
O perigo não acabou. Sim, em breve a Colômbia terá um novo governo,
democrata e de esquerda, que pretende se aproximar da Venezuela e tomar as
relações rompidas. Mas a ameaça ainda é uma realidade, porque grupos financiados
por Washington ainda operam na Colômbia.
Segundo o presidente, Nicolás Maduro, a “narcoligarquia”
da Colômbia de estar por trás dos grupos armados e terroristas que entram na
Venezuela e cabe às Forças Armadas repreenderem e exterminarem qualquer indício
de sabotagem.
As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB)
desativaram 11 artefatos explosivos improvisados pertencentes
a grupos armados colombianos no estado fronteiriço de
Apure, informou o chefe do Comando Operacional Estratégico da Venezuela
(Ceofanb), Domingo Hernández Lárez.
Desde 2012, as autoridades venezuelanas destruíram um
total de 300 aeronaves ligadas ao tráfico de drogas. Além disso, a FANB
destruiu mais de 250 acampamentos de grupos armados colombianos em Apure e 46
pistas de pouso clandestinas entre os estados de Zulia (oeste) e Falcón
(norte).
Condenados por tentativa de assassinato
contra Maduro. A Justiça da Venezuela
condenou na quinta-feira (04) 17 pessoas pela participação na tentativa de assassinato
contra o presidente Nicolás Maduro que ocorreu em 2018.
Na ocasião, em 4 de agosto, Maduro discursava em
Caracas quando dois drones carregando explosivos detonaram no ar, próximo ao
palanque do mandatário. Horas depois, o governo classificou o ato como “um
atentado contra a figura do presidente constitucional”.
Entre os condenados pelo Tribunal Especial da
Venezuela, que julga casos “vinculados ao terrorismo e ao crime organizado”,
estão um ex-deputado, três militares e 13 civis. As penas variam entre 5 e 30 anos.
Em relação à pena, 12 dos 17 sentenciados deverão
cumprir 30 anos de prisão. Entre eles figuram um ex-general da Guarda Nacional
Bolivariana (GNB), um ex-coronel da GNB e um sargento do Exército, imputados
pelos delitos de “tentativa de homicídio intencional qualificado, lançamento de
explosivos em reuniões públicas, traição à pátria, terrorismo e formação de
quadrilha”.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab,
expôs detalhes do processo e afirmou que “esses tipos de fatos não podem ficar
impunes, sejam contra o chefe de Estado ou contra um cidadão comum”.
Um grande significado para nós! A posse presidencial de Gustavo Petro neste domingo
(07) na Casa de Nariño contará com a presença de mais de uma dezena de chefes
de estado, delegações de diferentes nações e grupos musicais e shows durante
todo o domingo.
A transferência de comando será “uma nova forma de
governar onde o respeito pela vida em todas as suas expressões será uma
prioridade e trabalhará por um país inclusivo de e com os territórios, um
governo verdadeiramente comprometido e próximo dos cidadãos”. “A posse
presidencial de Gustavo Petro marca uma nova história para a Colômbia porque
não é a posse de um presidente, é posse de colombianos”, disse a coordenadora
de comunicação do evento, Marisol Rojas.
Em uma de suas últimas provocações, o ex-presidente de
extrema-direita Iván Duque afirmou que não reconhece Nicolás Maduro como o
presidente legítimo da Venezuela. “Isso significa que enquanto eu for o
presidente da República, Nicolás Maduro não entrará em território colombiano”, disse um comunicado oficial do presidente
cessante.
Entre os presidentes que estarão presentes estão os do
Chile, Gabriel Boric; Argentina, Alberto Fernández; Peru, Pedro Castillo;
Equador, Guillermo Lasso; Paraguai, Mario Abdo Benitez; Bolívia, Luis Arce;
República Dominicana, Luis Abinader; Panamá, Laurentino Cortizo; Costa Rica,
Rodrigo Chaves, e Honduras, Xiomara Castro. O rei Felipe VI da Espanha também
estará presente como chefe de Estado.
Também em Bogotá estará o chefe do Governo de Curaçao,
Bernard Whiteman; o vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, e Beatriz
Gutiérrez, esposa do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Pedro Castillo faz grave denúncia. O presidente do Peru, Pedro Castillo, declarou no
domingo (31) que apresentará uma denúncia por falsas acusações contra o
programa de televisão local Panorama, que acusou o presidente de receber uma “recompensa”
de 30.000 soles (cerca de 7.630 dólares).
O governante escreveu na sua conta de Twitter: “Rejeito
veementemente as falsas acusações emitidas pelo programa Panorama, apontando
que teria recebido uma 'recompensa' de 30 mil soles”.
Acrescentou que, “no exercício do meu direito de cidadão
e de Presidente da República, procederei à denúncia da indicada produção
jornalística de divulgação de notícias falsas, cujo único objetivo é enganar e
manipular os cidadãos”.
O programa Panorama noticiou que o ex-secretário
presidencial, Bruno Pacheco, detido acusado de suposta corrupção, declarou
perante o Ministério Público que o presidente Castillo recebeu dinheiro ilícito
no Palácio do Governo.
O SUS no Chile! O governo do presidente Gabriel Boric anunciou, na
quinta-feira (28), que o Chile passará a ter um sistema de saúde pública e
gratuita para toda a população. O “SUS chileno” – uma das promessas de campanha
de Boric nas eleições presidenciais de 2021 – nascerá, oficialmente, em 1º de
setembro. O sistema atenderá a 15 milhões de pessoas, em um país de 19 milhões
de habitantes.
A nova Constituição chilena inclui a criação do Sistema
Nacional de Saúde com financiamento público. O texto será submetido a referendo
no próximo dia 4 de setembro. Atualmente, o Chile conta com o Fundo Nacional de
Saúde (Fonasa), em que a população paga para ser atendida. Apenas pessoas com
mais de 60 anos ou com renda inferior a US$ 420 mensais estão isentas de
cobrança.
“Muitas gerações de chilenos e chilenas sonharam com o
que hoje estamos caminhando para tornar realidade, que é um sistema de saúde
público, gratuito para todos os usuários do Fonasa”, disse o presidente após
comemorar o anúncio na capital.
Estimativas do governo chileno apontam que, com a
garantia de saúde pública e gratuita, cada família deve economizar cerca de US$
300 por ano. Atualmente, de cada dez chilenos, oito precisam recorrer ao sistema
de copagamento do Fonasa. Os trabalhadores contribuem com 7% de seu salário
para a rede pública ou a rede privada.
A medida foi elogiada pela OMS (Organização Mundial da
Saúde). “Parabenizamos a decisão do Governo do Chile de cobrir todos os gastos
de saúde a 6 milhões de chilenos. É um grande passo em direção ao seu compromisso
com o #SaúdeParaTodos”, tuitou o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom
Ghebreyesus.
Crise no Reino Unido. Em meio à crise econômica que aflige a Europa, o Banco
da Inglaterra elevou as taxas de juros em 0,5 ponto percentual em resposta a um
aumento na inflação, que atingirá 13% em outubro, em um cenário de recessão
prolongada.
Na pior perspectiva para a economia desde o colapso
bancário de 2008, o Banco Central disse que o Reino Unido entraria em recessão
no último trimestre deste ano, mas elevou as taxas de juros para 1,75% na
tentativa de combater a inflação crescente. Foi o maior salto nos custos de
empréstimos em 27 anos.
A principal razão, disseram funcionários do banco
consultados pelo jornal The Guardian, é o aumento no teto do preço da energia,
que pode chegar a £ 3.500 (R$ 22.225,72) em outubro.
O teto do preço da energia permanecerá nesse valor,
pago anualmente, durante a maior parte de 2023, de acordo com a última previsão
para contas domésticas.
As previsões foram baseadas em tendências de mercado que
levaram em conta temores de a Rússia fechar as torneiras para a Alemanha do
gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) em retaliação às sanções ocidentais
contra Moscou.
Alemanha volta a poluir. A Alemanha retomou as operações da usina de energia
Mehrum devido à atual crise de fornecimento de gás. É a primeira usina de
carvão no país a voltar às atividades. A planta, anteriormente em modo de
espera, está funcionando desde o meio-dia de domingo (31), disse à agência de notícias
Xinhua o diretor-gerente da usina, Armin Fieber. A capacidade é de cerca de 270
megawatts.
A Alemanha é o único país industrializado que está eliminando
gradualmente a geração de eletricidade a partir do carvão e da energia nuclear.
Mas com os fluxos de gás da Rússia reduzidos para 20%, o governo alemão está
considerando interromper a eliminação da energia nuclear e preparando mais
legislação para trazer usinas a linhite (uma espécie de carvão) de volta ao
mercado de eletricidade.
Vamos pensar melhor? Diante da crise energética, os países ocidentais reduziram
os esforços para frear o comércio do petróleo russo, adiando inclusive a proibição
de seguros para transporte marítimo do petróleo russo.
Há dois meses, a União Europeia anunciou a proibição
total dos serviços de seguros marítimos aos navios com petróleo russo, informou
o Financial Times.
Além disso, a UE esperava que o Reino Unido adotasse
uma medida semelhante, contudo, as últimas sanções britânicas contra Moscou
impedem apenas a prestação de serviços para embarcações que transportam
petróleo russo ao Reino Unido, enquanto os que transportam hidrocarbonetos
russos a países terceiros podem ser segurados.
Por sua vez, recentemente Bruxelas aplicou suas
próprias sanções contra a Rússia, para permitir que as empresas europeias
pudessem firmar acordos com algumas companhias estatais russas e segurar o transporte
dos recursos energéticos aos países que não fazem parte da UE.
Não vão competir com a Rússia. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo não
tem por objetivo competir com a Rússia, afirmou em uma entrevista ao jornal
jordaniano Alrai o novo secretário-geral da OPEP, Haitham al-Ghais.
“A OPEP não compete com a Rússia, que é a maior, a mais
importante e a mais influente jogadora no mercado energético mundial”, disse
Haitham al-Ghais.
Segundo o secretário-geral da organização petrolífera,
o recente aumento de preços do petróleo não está relacionado apenas à crise nas
relações entre a Rússia e a Ucrânia.
“Todos os dados confirmam que os preços do petróleo
começaram a subir de forma gradual e cumulativa ainda antes do agravamento das
relações russo-ucranianas, devido à dominância nos mercados da ideia sobre a falta
das capacidades produtivas livres, que começaram a ser limitados por certos
países”, salientou.
Não é suficiente. Os EUA pressionam os países da OPEP para aumentarem a
produção de petróleo e fazer frente à Rússia, mas não vai acontecer.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP Plus (OPEP+), anunciaram na
quarta-feira um ligeiro aumento na produção para setembro, apesar dos pedidos
para acelerar os aumentos a fim de conter os altos preços do petróleo bruto.
A aliança petrolífera decidiu aumentar a produção em
100.000 barris por dia (bpd) até setembro, de acordo com um comunicado da OPEP
divulgado após a 31ª Reunião Ministerial de membros e não membros.
A Opep+ realizou uma reunião na quarta-feira para
discutir os níveis de produção em meio a pedidos dos EUA para aumentar a
produção para esfriar o mercado internacional de petróleo. Segundo
especialistas, esse aumento não cobre nem 10% das necessidades para manter o embargo
contra a Rússia.
Alemanha perto de uma crise. A agência
Bloomberg indicou que a Alemanha tem apenas três meses para evitar a catástrofe
que pode ser provocada pela escassez de gás no inverno europeu.
Segundo a mídia, apesar de a região estar passando pelo
auge do verão, a Alemanha tem muito pouco tempo para evitar essa escassez, uma
situação catastrófica provocada pela política indecisa do chanceler alemão Olaf
Scholz e sua lentidão em reduzir a dependência da energia russa.
Além disso, a mídia informou que os municípios alemães
estão preparando abrigos com aquecedores para proteger as pessoas do frio,
sendo este apenas "o início de uma crise que devastará a Europa".
“Pedindo penico”? Essa era uma expressão usada na minha infância para
dizer que alguém estava se rendendo. Parece que a história pode se repetir.
Os círculos empresariais na Bulgária pediram às autoridades
do país que restabeleçam as compras de gás natural da Rússia para lidar com a
crise de energia, informou a emissora BNR.
Os empregadores também exigiram mais uma vez que o
Governo garantisse ao país o volume necessário de gás natural a preços
razoáveis.
De acordo com a associação empresarial, a Bulgária deve
receber três navios com gás natural liquefeito (GNL) dos EUA no restante do ano
e outros quatro navios-tanque de metano podem chegar no próximo ano.
Entretanto, a preocupação dos empresários é que o GNL dos EUA é insuficiente e
tem um preço mais alto que o gás russo.
Sanções são um fracasso. O fracasso das sanções impostas contra a Rússia,
devido à operação militar especial na Ucrânia, mostra a crise da hegemonia
unipolar dos EUA, o que torna necessária a formação de uma nova ordem mundial,
disse o deputado do partido do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV)
Saúl Ortega.
O Observatório da Universidade Autônoma de Madri sobre
a Economia Mundial propôs uma revisão das sanções contra a Rússia por
considerar que tanto os EUA quanto a União Europeia não teriam conseguido bloquear
o sistema produtivo russo como esperavam quando os estabeleceram.
As medidas contra Moscou provocaram o aumento mundial
dos preços do petróleo, gás e fertilizantes e têm um impacto negativo nas
próprias economias dos EUA e dos países da União Europeia.
Comércio entre Rússia e Alemanha aumenta. O comércio entre a Alemanha e a Rússia segue aumentando,
apesar do embargo do carvão, ouro, aço e vodca russos, comunica o colunista da
edição alemã Die Welt, Olaf Gersemann.
Citando um artigo no Süddeutsche Zeitung, o autor afirma
que o objetivo das sanções contra a Rússia foi “enviar uma mensagem a Putin”,
mas que era pouco provável que o líder russo desse ouvidos a tais “sugestões”.
E o jornalista salientou que, não obstante o embargo do carvão, aço, madeira,
cimento e ouro russos, o comércio bilateral entre a Rússia e a Alemanha segue
aumentando em valor – devido aos preços do gás, que têm subido.
Conforme Olaf Gersemann, em termos puramente
matemáticos, as receitas das exportações russas para a Alemanha cobrem a maior
parte das despesas militares de Moscou. O colunista admite que as importações
da Rússia, em termos físicos, caíram 30%, embora salientando que o objetivo da
Alemanha ainda não está alcançado.
China despreza ligações de Washington. À medida que a China continua seus exercícios
militares em torno de Taiwan em resposta à visita da congressista estadunidense
Nancy Pelosi à ilha nesta semana, autoridades militares chinesas se recusam a
responder às chamadas telefônicas de seus homólogos do Pentágono.
De acordo com “três pessoas com conhecimento destas
tentativas”, nos últimos dias, Pequim alegadamente rejeitou várias chamadas do
secretário da Defesa Lloyd Austin e do o chefe do Estado-Maior Conjunto dos
Estados Unidos, Mark Milley.
O último contato confirmado de Milley com o chefe do
Estado-Maior da China, general Li Zuocheng, foi em 7 de julho, enquanto Austin
se reuniu pessoalmente com o ministro da Defesa chinês, general Wei Fenghe, em
junho.
Parece que há um atrito interno. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a Casa Branca
ficou “enfurecida” ao saber que a presidente da Câmara dos Representantes dos
EUA, Nancy Pelosi, estava se preparando para visitar Taiwan, indicou a Bloomberg
citando pessoas ligadas ao assunto.
A mídia também observa que Pelosi insistiu em “usar a viagem
como um ponto culminante de sua carreira”. E, segundo as fontes, a Casa Branca
enviou membros de alto escalão do Conselho de Segurança Nacional, bem como funcionários
do Departamento de Estado, para que informassem Pelosi e sua equipe sobre os
riscos geopolíticos da viagem.
Por sua vez, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança
Nacional dos EUA, instou Pequim a não reagir de forma exagerada em resposta à
visita de Pelosi a Taiwan, bem como para não a utilizar como pretexto para
elevar as tensões.
Golpe no dólar (1). Ancara e Moscou concordaram em negociar rublos, declarou
o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. Em 5 de agosto, os presidentes da
Rússia e da Turquia assinaram um memorando sobre o desenvolvimento de seu
comércio e discutiram o uso de cartões russos Mir.
“É claro que esta visita a Sochi teve uma coisa boa:
concordamos com o rublo com [Vladimir] Putin. Como vamos fazer essas trocas em
rublos, isso certamente trará dinheiro para a Rússia e a Turquia como uma fonte
separada entre Turquia e Rússia em um ponto financeiro”, considerou o
presidente.
O chefe de Estado turco enfatizou, entre outras coisas,
que o uso de cartões russos Mir na Turquia está consideravelmente avançado.
Golpe no dólar (2). O jornal alemão Deutsche Wirtschafts Nachrichten (DWN)
indicou que os países do BRICS estão gradualmente criando seu próprio sistema
financeiro, independente do ocidental.
A publicação também aponta que tanto o líder chinês, Xi
Jinping, quanto o presidente russo, Vladimir Putin, defendem uma moeda de
reserva internacional do BRICS, criando estruturas alternativas ao atual
sistema financeiro global, focadas no mercado dos EUA e no dólar.
O DWN destaca que os países do BRICS estão tomando há
tempos medidas para deixar a dependência do dólar.
O verdadeiro “risco nuclear”. O Ministério da Defesa russo informou que um ataque de
artilharia das forças ucranianas contra o território da usina nuclear de
Zaporizhia poderia causar um forte incêndio e um acidente radioativo.
“Felizmente, os projéteis ucranianos caíram longe de um
depósito de lubrificante e de uma estação de oxigênio, caso contrário,
causariam um grande incêndio e até um acidente radioativo na usina nuclear de
Zaporizhia, a maior da Europa”, disse o comunicado.
A nota sublinha que se tratou de uma provocação cínica
ao regime de Kyiv, porque nessa altura se realizava em Nova Iorque uma
conferência internacional sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares, sob a égide da ONU.
Cruz Vermelha vai investigar ataque
ucraniano. O Comitê Internacional da
Cruz Vermelha (CICV) está pronto para ajudar a investigar o recente bombardeio
da prisão de Elénovka, no sudoeste de Donetsk, disse o porta-voz do CICV, Ewan
Watson.
“Estamos prontos para enviar especialistas para
Elenovka. Já temos equipes médicas, forenses e humanitárias trabalhando nas
proximidades, pois estamos presentes em Donetsk desde 2014”, disse Watson.
Em 29 de julho, Donetsk acusou as forças ucranianas de atacarem
uma prisão no assentamento de Elenovka com 193 prisioneiros de guerra, incluindo
ex-combatentes do batalhão nacionalista Azov (proibido na Rússia).
Kyiv, por sua vez, negou a realização do ataque e acusou
as forças russas de estarem por trás do atentado, sem apresentar nenhuma
evidência.
É o Estado Terrorista e Genocida. As forças de ocupação israelenses atacaram vários
pontos na Faixa de Gaza na sexta-feira, incluindo um apartamento residencial,
onde pelo menos dez mortes e 55 feridos foram relatados.
De acordo com a mídia local, os bairros densamente
povoados de Al-Rimal, Al-Fakhari em Khan Yunis, a cidade de Beit Lahia e Khan
Yunis foram bombardeados.
Entre os mortos está uma menina de cinco anos. Vários
meios de comunicação indicam que outra fatalidade foi um comandante da Jihad
Islâmica Palestina (YIP), Tayseer al-Jaabari.
Irán condena. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do
Irã, Nasser Kanaani, condenou fortemente na sexta-feira os ataques aéreos
realizados por forças israelenses contra a Faixa de Gaza.
Em um comunicado oficial, o funcionário descreveu o
ataque como brutal e afirmou que causou a morte tanto de “comandantes da
resistência” quanto de civis palestinos indefesos.
Da mesma forma, ele ressaltou que a responsabilidade
por esta ação e suas consequências recai sobre Israel, enquanto assegura que a
Palestina tem o direito de se defender contra o que ele descreveu como um
"ato terrorista".
EUA: uma ou várias crises? A primeira notícia que nos chamou a atenção foi ler o relatório
do Federal Reserve divulgado nesta semana mostrando que a dívida das famílias
nos EUA subiu para US$ 16,15 trilhões no segundo trimestre deste ano, aumento
de US$ 312 bilhões (+2%) sobre o trimestre anterior. É a primeira vez que o
débito passa da marca de US$ 16 trilhões.
O aumento foi impulsionado principalmente por um salto
de US$ 207 bilhões nos saldos de hipotecas (alta de 1,9% sobre o primeiro
trimestre de 2022 e de 9,1% sobre o ano passado). A dívida hipotecária subiu
para US$ 11,39 trilhões no final de junho.
Débitos com cartão de crédito tiveram aumento de 13%
sobre 2021; dívidas de empréstimos para automóveis também subiram.
Mas economistas estadunidenses e europeus dizem que não
há apenas uma crise, mas são crises paralelas atingindo a “nação mais rica do
mundo” (segundo alguns). Segundo alguns jornalistas, em meio à crise e entrando
em recessão, Biden tenta fazer com que os estadunidenses não pensem em comer ou
em seus direitos e desviar sua atenção para a Ucrânia e a China.
A possível queda em recessão técnica nos EUA foi
confirmada com a publicação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB), que caiu
0,2% no segundo trimestre em um contexto de inflação descontrolada e crise global
derivada da guerra de Ucrânia.
Calcula-se uma taxa anual de queda de 0,9%, e como
fator dessa queda está a alta inflação, que aumentou 8,2% no segundo trimestre,
após crescer 8% no primeiro trimestre. Excluindo alimentos e energia, os preços
aumentaram 6,6%. Outros motivos são a interrupção da cadeia de suprimentos
global, afetada pela pandemia, pela guerra na Ucrânia e pelo aumento das taxas
de juros.
O que Biden teme? Ao contrário do Brasil, onde as eleições para o executivo
e o legislativo acontecem ao mesmo tempo, nos EUA as eleições legislativas
acontecem dois anos depois da presidencial e são chamadas “eleições de meio de
mandato”. Ou seja, um presidente pode perder todo o seu apoio parlamentar exatamente
na metade do seu mandato, quando se prepara para a reeleição.
E estamos vendo isso no desespero, já citado acima,
pela visita de Nancy Pelosi à Taiwan, inicialmente desautorizada pela Casa
Branca. E o tabuleiro de xadrez se complica, porque, com a viagem Washington pode
ter vencido uma etapa, embora do ponto de vista estratégico esteja perdendo a
China para sempre, enquanto Pequim se aproxima ainda mais de Moscou.
Até Trump se manifestou! O ex-presidente Trump criticou na sua conta na rede
social Truth Social a visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes
dos EUA, Nancy Pelosi: “Será que a louca Nancy Pelosi está em Taiwan? Sempre
tem causado problemas. Nada do que tem feito leva a coisas boas”, escreveu.
O ex-presidente já tinha avisado Pelosi contra uma
possível visita a Taiwan, indicando que não devia se envolver em uma situação
tensa em que se encontravam Pequim e Taipé, já que só a pioraria.
O movimento sindical avança. Após anos de declínio, o movimento sindical nos EUA
está passando por um renascimento, com os sindicatos e outras organizações crescendo
em popularidade.
Uma pesquisa Gallup de agosto de 2021 mostrou que o
apoio aos sindicatos estava em seu ponto mais alto desde 1965. Com 68% de
apoio, os sindicatos são a única instituição cuja aprovação popular não caiu no
ano passado, de acordo com uma pesquisa em junho de confiança em 16 grandes
instituições dos EUA.
Durante os primeiros nove meses do ano fiscal (que nos EUA
vai de outubro a outubro), o National Labor Relations Board (NLRB) relatou um
aumento nas petições para eleições sindicais de 58%, de 1.197 a 1892. O NLRB
agora está pressionando por mais financiamento para lidar com o aumento da
atividade. Mas a reforma da lei trabalhista não foi aprovada no Senado dos EUA,
apesar de ter sido aprovada na Câmara dos Deputados.
Algumas das maiores empresas de lá viram seus
trabalhadores se organizarem pela primeira vez na história. Depois que um
Starbucks dos EUA aprovou um sindicato pela primeira vez em Buffalo em dezembro
do ano passado, cerca de 200 lojas da franquia votaram para se sindicalizar, levando
a um aumento nos pedidos de trabalhadores por eleições sindicais. As vitórias
vieram apesar da oposição agressiva da Starbucks.
Trabalhadores de um armazém da Amazon em Staten Island,
em Nova York, conseguiram criar o primeiro sindicato da empresa no país em
abril deste ano. Após a vitória, outras iniciativas de sindicalização foram divulgadas
em outros armazéns na Carolina do Norte, Kentucky e no norte do estado de Nova
York.
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