Olá,
É fascinante fazer jornalismo de impacto por muitas razões. Claro que a principal delas é ver na prática uma mudança importante para a sociedade acontecendo. Nossas reportagens já ajudaram a proteger uma terra indígena que seria degradada por uma rede hoteleira, já soltaram pessoas presas injustamente, já promoveram mudanças na lei e foram essenciais para responsabilizar assediadores e outros criminosos.
Mas não é apenas a mudança que é instigante. É muito bom perceber também como o impacto nunca é um fato isolado. Nunca. Por isso a gente costuma dizer que ele pode se desenrolar por meses, às vezes anos. Uma reportagem sobre um assediador em série não resulta só na punição daquele assediador. Ela pode, por exemplo, estimular mulheres a denunciarem outros casos. Ela pode contribuir para a formação de uma rede de mulheres ativistas — como já vimos em casos que denunciamos. Enfim, muitos eventos podem ser disparados por uma investigação. Talvez o caso mais clássico da nossa história seja a Vaza Jato. Nós temos inclusive dificuldade de monitorar todos os desdobramentos, de acompanhar todos os casos que foram revistos pela Justiça e ainda vamos ver Sergio Moro e Deltan Dallagnol sendo cobrados por isso durante anos.
Fiz toda essa introdução para te contar que há alguns dias um amigo que vive em Florianópolis me enviou uma notícia de um portal de Santa Catarina com desdobramentos de uma reportagem que publicamos em 2020. Foi logo no começo da pandemia e o caso ficou conhecido como mega escândalo dos respiradores. Em resumo, o governo de SC havia comprado respiradores superfaturados. Logo que publicamos a compra foi suspensa e veio o primeiro impacto: uma economia de mais de R$ 30 milhões. Depois foi uma cascata de eventos: caiu o Secretário de Saúde, desbaratou-se uma quadrilha e o governador enfrentou um processo de impeachment.
Mas não acaba aí. A força do jornalismo de impacto é impressionante. A reportagem que esse meu amigo me enviou noticiava que ainda há investigações em aberto e ainda há pessoas ligadas à Secretaria de Saúde do estado sendo responsabilizadas pelo esquema de corrupção. Dois anos se passaram e o Intercept continua tirando o sono de corruptos em Santa Catarina. Não tem como não se alegrar com isso. É bom demais fazer jornalismo livre, autônomo, que coloca o interesse público acima de qualquer coisa.
É muito bom e quero te dizer que você pode fazer parte disso. Você pode sentir esse enorme prazer também que só o jornalismo independente oferece. O TIB não é uma redação como outra qualquer. É, na verdade, uma enorme comunidade de pessoas comprometidas com valores como direitos humanos, justiça, proteção dos mais vulneráveis. É essa comunidade que está por trás de cada impacto que provocamos. É ela que garante os recursos que precisamos para reverter injustiças e responsabilizar corruptos.
Venha fazer o Intercept junto com a gente hoje. Cada centavo do seu apoio será totalmente aplicado em reportagens de impacto que provocam mudanças importantes para a sociedade. Eu te garanto! FINANCIE NOVOS IMPACTOS →
Abraço, |
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