“Ninguém vai proibir o Brasil”!
Com essas palavras, Lula mandou um recado para os que
criticam ou querem impedir o Brasil de ser protagonista no mundo atual. Na
China, ele disse que “ninguém vai proibir o Brasil de melhorar sua relação com
a China”. A declaração foi feita durante a reunião com o líder chinês, Xi Jinping,
que está ocorrendo em Pequim.
A visita de Lula à China tem como objetivo fortalecer
as relações bilaterais entre Brasília e seu maior parceiro comercial.
Lula e seu homólogo chinês tiveram uma reunião ampliada
e partiram, em seguida, para uma conversa privada. Ambos participaram de um ato
público, onde firmaram acordos bilaterais e seguirão para um jantar oferecido
por Xi Jinping.
Os acordos bilaterais entre os dois países envolvem diversos
âmbitos, como turismo, alimentos, meio ambiente, ciência e tecnologia,
aeroespacial, finanças, entre outros. Além desses pontos, outro assunto esperado
é o possível acordo para a realização de transações comerciais diretamente em
real e yuan, para evitar o processo de dolarização e facilitar o comércio entre
os dois países.
Mais cedo, Lula disse que o desejo do seu governo é
aprofundar a relação entre as nações em variadas áreas, declarando que “ninguém”
deve proibir essa aproximação entre Brasil e China.
Horas antes do encontro com Xi Jinping, Lula visitou a
sede da Assembleia Nacional Popular da China, em Pequim. Ele e sua comitiva
foram recebidos pelo presidente do Parlamento, Zhao Leji.
“Lula é nosso amigo”. O presidente da China, Xi Jinping, afirmou na
sexta-feira (14) que Lula da Silva, é “amigo de longo tempo” da nação chinesa.
A fala ocorreu durante uma reunião ampliada entre as comitivas em Pequim.
Segundo o líder chinês, Lula “presta muita atenção à
amizade” entre as nações, destacando que Brasil e China são os “maiores países
em desenvolvimento”. “[As nações são] importantes mercados emergentes dos dois
hemisférios. Temos altos interesses em comum”, disse.
Xi recebeu Lula e a comitiva brasileira na sexta no
Grande Salão do Povo na capital chinesa. O encontro entre os chefes de Estado
teve como objetivo fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e China, que
é seu maior parceiro comercial.
Após a reunião, Lula e seu homólogo chinês realizaram
uma conversa privada. Ambos participaram de um ato público, no qual firmaram
acordos bilaterais e seguiram para um jantar oferecido por Xi e a
primeira-dama, Peng Liyuan.
Desespero estadunidense? A matéria está no jornal O Globo e se refere a um
ex-embaixador dos EUA. Segundo ele, “Se o Brasil, a China ou os Brics querem
substituir o dólar, boa sorte com isso”, diz ele.
O ex-subsecretário do Hemisfério Ocidental do
Departamento de Estado Thomas Shannon também afirma que Lula deve ter cuidado
com o que diz sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia
Acordos assinados. Durante encontro em Pequim, Lula e Xi Jinping assinaram
diversos acordos comerciais e de parceria.
Foram firmados 15 acordos comerciais, além dos
acertados entre empresas brasileiras e chinesas. Entre os termos assinados
envolvem a cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de
conteúdos de comunicação e ampliação das relações comerciais.
Vale destacar que Brasil e China também firmaram
acordos no setor espacial, incluindo um plano de cooperação entre as nações,
bem como o lançamento do sétimo satélite, fruto da parceria, até 2032.
Brasil e China ainda firmaram um memorando de
entendimento relacionado à cooperação para o desenvolvimento social e rural,
bem como ao combate à fome e à pobreza.
A China é, hoje, o maior comprador de produtos
brasileiros. Em 2022, o país asiático comprou quase US$ 90 bilhões do Brasil.
Diálogo para a Paz. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou
na sexta-feira (14), último dia de viagem do presidente Lula à China, que
acordou com o governo de Pequim a necessidade de “diálogo e negociação” como “única
saída viável para a crise na Ucrânia”.
Por meio da Declaração Conjunta entre a República
Federativa do Brasil e a República Popular da China sobre o Aprofundamento da
Parceria Estratégica Global, documento publicado no site do governo brasileiro,
Pequim e Brasília aceitaram as sugestões que cada país vem apresentando para o
conflito iniciado em 24 de fevereiro de 2022.
“O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que
oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise. A
China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz”, informa o
documento.
Pequim e Brasília também apelaram “a que mais países
desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política da crise na
Ucrânia e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem
ser encorajados e apoiados", acordando que devem "manter os contatos
sobre o assunto”.
Com discurso de paz, em um encontro com o chanceler
alemão Olaf Scholz realizado em janeiro passado, Lula defendeu a criação de uma
comissão de países e lideranças mundiais para intermediar e negociar de forma
pacífica o conflito entre Moscou e Kiev.
Na mesma ocasião, Lula também vetou o envio de munições
brasileiras para a Ucrânia, afirmando ser uma atitude que faria o Brasil “entrar
na guerra”.
A mesma postura foi reiterada pelo ministro das
Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, na Conferência de Segurança de
Munique em fevereiro. De acordo com a agência de notícias alemã DPA, Vieira
afirmou que “em vez de participar de uma guerra, preferimos falar de paz”.
A China apresentou em 24 de fevereiro de 2023, quando o
conflito na Ucrânia completou um ano, um documento indicando 12 pontos como um
plano de solução do conflito, entre eles o respeito à soberania e integridade territorial
de todos os países e o diálogo direto entre Moscou e Kiev.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, além de elogiar
a posição “equilibrada” de Xi Jinping quanto à guerra, também afirmou que considerou
o plano de paz sugerido por Pequim. Mas o presidente ucraniano sequer avaliou a
proposta e apenas disse que é “inaceitável”!
Dilma toma posse no Banco dos Brics! Com participação de Lula da Silva, o Novo Banco de
Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “Banco dos Brics”, deu posse a
Dilma Rousseff como sua nova presidenta da instituição. A cerimônia foi
realizada na tarde de quinta-feira (13) em Xangai. O mandato de Dilma vai até julho
de 2025, mas ela já tem participado de reuniões na instituição desde a semana
passada. O NBD é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e
desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição.
Em sua participação na posse da ex-presidenta do Brasil
na direção do Banco dos Brics, Lula fez duras críticas ao modelo tradicional de
financiamento de instituições financeiras internacionais. Também destacou que o
NDB não tem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou de
instituições financeiras de países de fora do grupo.
Cesta básica cai em 13 capitais. O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em
março, em 13 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos.
As reduções mais importantes ocorreram em Recife
(-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João
Pessoa (-3,42%). Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Porto
Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
Nos três primeiros meses deste ano, o custo do conjunto
de gêneros alimentícios básicos diminuiu em 11 cidades, com destaque para as
variações registradas em Belo Horizonte (-6,00%), Brasília (-4,87%) e Vitória
(-4,06%). Já as elevações mais importantes ocorreram em Natal (5,25%) e Aracaju
(4,82%).
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais
entre fevereiro e março. As reduções oscilaram entre -8,06%, em Belo Horizonte,
e -0,81%, em Aracaju.
O valor médio da batata diminuiu em todas as capitais
do Centro-Sul, onde o tubérculo tem o preço coletado. As quedas oscilaram entre
-22,22%, em Belo Horizonte, e -8,74%, em São Paulo.
A pesquisa captou retração no preço médio do café em pó
em 16 capitais e a única alta foi registrada em Natal (0,20%). As variações em
destaque são as de Vitória (-4,32%), Brasília (-3,01%), Florianópolis (-2,79%)
e Porto Alegre (-2,71%).
O valor do quilo da carne bovina de primeira diminuiu
em 12 capitais, com destaque para as variações de Goiânia (-3,29%) e Brasília
(-2,38%).
Empresas fora do programa de privatização! Ao completar 100 dias de gestão, Lula determinou, por
meio de decreto, a retirada de 10 empresas públicas federais de programas de
privatização.
O Decreto 11.478 foi publicado em edição extra do DOU
(Diário Oficial da União), da última quinta-feira (6), e inclui estatais como
os Correios, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), a Dataprev (Empresa de Tecnologia
e Informações da Previdência) e o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
A retirada dessas empresas de programas de
desestatização era promessa de campanha do presidente e já estava prevista no
relatório da equipe de transição para os primeiros meses de governo.
As estatais foram retiradas definitivamente do PND
(Programa Nacional de Desestatização) e também do PPI (Programa de Parcerias e
Investimentos) do governo, este último, etapa prévia que qualifica a modelagem
de privatização das empresas públicas.
Vai começar o julgamento dos terroristas. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima semana
o julgamento de 100 presos envolvidos nos atos terroristas do 8 de janeiro. As
denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) estão
concentradas nos Inquéritos 4921 e 4922. A sessão virtual convocada pela presidente
do STF, ministra Rosa Weber, vai de 0h do próximo dia 18 até 23h59 do dia 24.
Mas o prazo para advogados e defensores apresentarem seus argumentos orais
expira um dia antes do início do julgamento.
Desse modo, o Supremo vai decidir se abre ações penais
contra os acusados. Ou seja, se viram réus, e o processo caminha para
apresentação de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusação.
Depois, o STF ainda terá de julgar se condena ou absolve os acusados.
As denúncias envolvem crimes previstos no Código Penal:
associação criminosa (artigo 288); abolição violenta do estado democrático de
direito (artigo 359-L); golpe de estado (artigo 359-M); ameaça (artigo 147);
perseguição (artigo 147-A, inciso I, parágrafo 3º); incitação ao crime (artigo
286), e dano e dano qualificado (artigo 163). A PGR também cita o crime de
deterioração de patrimônio tombado (artigo 62 da Lei 9.605/1998).
O pulha inelegível? O Ministério Público Eleitoral afirma que o ex-capitão
insano deve ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
manifestação entregue àquela corte na noite de quarta-feira (12), a
Procuradoria deu parecer favorável à ação do PDT que o acusa de abuso de poder.
Em julho do ano passado, o demente convidou dezenas de
diplomatas estrangeiros a um evento no Palácio da Alvorada, supostamente “em
nome da democracia” e pela “transparência das eleições”. Mas, na verdade, ele
transformou o encontro em um ensaio de golpe de Estado.
Aos embaixadores, ele repetiu ataques e mentiras – já
comprovadas – sobre o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas. Além
disso, acusou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Alexandre
de Moraes e Luís Roberto Barroso de querer “a instabilidade do país”.
Ele é denunciado, também, no TSE por outras 16 ações
que podem tirá-lo das eleições!
Arrumando a casa! O governo Lula formalizou, por meio do Diário Oficial
da União (DOU), a exoneração do general do Exército Gustavo Henrique Dutra de
Menezes do Comando Militar do Planalto. Ele estava afastado do posto desde 16
de fevereiro. O militar já ocupava o cargo de 5º subchefe do Estado-Maior da
Força, nomeação também oficializada a partir da publicação no DOU da
terça-feira 11.
Durante depoimento à PF naquele mês, o ex-comandante de
Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime acusou o
Exército de “frustrar todos os planejamentos e as tentativas” de retirar os seguidores
do insano do acampamento instalado em frente ao quartel-general de Brasília.
Naime afirmou ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto em
dezembro, durante a qual teria sido detalhado o plano para desmobilizar o
acampamento. A ação, segundo ele,
ocorreria antes da posse do presidente Lula (PT).
O coronel disse que a PM “colocou todos os meios
necessários à disposição do Exército Brasileiro”, mas, posteriormente, recebeu
a informação de que Dutra de Menezes havia suspendido a operação por ordem do
comandante do Exército à época, general Júlio César de Arruda. Em janeiro, Lula
demitiu Arruda e escolheu o general Tomás Ribeiro Paiva para chefiar a Força.
General Girão (PL-RN) é processado! O Ministério Público Federal (MPF) processou o
deputado federal General Girão (PL), por danos morais coletivos ao fomentar atos
antidemocráticos em frente ao quartel do Exército em Natal, capital do Rio
Grande do Norte.
Segundo a ação, os atos de vandalismo de 8 de janeiro,
em Brasília indicou a presença de financiadores, motivadores, articuladores e
executores. Para o MPF, Girão, enquanto parlamentar e general da reserva do
Exército, “foi um importante articulador e motivador dos atos criminosos”.
O MPF ainda aponta que os então comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, integrantes da União, divulgaram nota estimulando
os acampamentos, e que o deputado fez reiteradas postagens em suas redes
sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.
De acordo com a Procuradoria que processou o
parlamentar, Girão usou ativamente suas redes sociais, em claro abuso da
liberdade de expressão e da imunidade parlamentar, para encorajar condutas que
atentavam contra a ordem democrática, inclusive a continuidade do acampamento
existente à época em frente ao 16° Batalhão de Infantaria Motorizada em Natal.
Chile aprova 40 horas semanais! Na terça-feira (11), o Congresso chileno aprovou a
redução da jornada de trabalho semanal, que hoje é de 45 horas e vai reduzir
para 40.
O Senado chileno tinha aprovado por unanimidade e a
Câmara dos Deputados votou a favor da proposta. A redução da jornada de
trabalho será gradual ao longo de cinco anos.
Um ano após a sua aplicação, a jornada de trabalho será
reduzida para 44 horas semanais. Após três anos o limite será de 42 horas e
após cinco anos chegará a 40 horas, que é a jornada de trabalho recomendada
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A mudança na legislação também prevê a possibilidade de
trabalhar quatro dias e descansar três e fazer no máximo 5 horas extras por
semana (hoje é permitido até 12 horas). O diretor do escritório regional da OIT
em Santiago, Fabio Bertranou, falou à BBC News Mundo que a lei ainda contempla
um regime especial para setores que exigem jornada extraordinária, como
mineração e ou transporte.
Fortalecer a Unasul. O analista colombiano Javier Calderón afirmou ao site Sputnik
que o regresso da Argentina e do Brasil à Unasul desafia países como Colômbia e
Chile a retornarem ao bloco.
Segundo o especialista, a experiência anterior do bloco
deixa lições que deverão ser aprendidas com a liderança de Lula.
O regresso do Brasil e da Argentina à Unasul (União das
Nações Sul-Americanas), anunciado oficialmente no dia 6 de abril por ambos os
governos, revitaliza o bloco que teve seu maior protagonismo nos primeiros anos
do século XXI.
De acordo com o especialista em sociologia e
pesquisador do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica Javier
Calderón, a “experiência da Unasul deixa algumas lições" e, por isso, deve
ter “algumas alterações”.
Com a liderança de Lula da Silva, o analista acredita
que o bloco possa avançar. “O Lula sabe que deve liderar um projeto que vai
além das mudanças de governo em nossos países, e fazer da integração um espaço
que interesse tanto a direita quanto os progressistas, a esquerda
latino-americana”, afirmou.
“Racha” na direita argentina? Uma decisão do prefeito da cidade de Buenos Aires,
Horacio Rodríguez Larreta, aprofundou os conflitos internos da coalizão do
ex-presidente Mauricio Macri, o Juntos por el Cambio (JxC). Pré-candidato a presidente,
Larreta anunciou na segunda-feira (10) que as eleições para a Cidade Autônoma
de Buenos Aires (Caba) acontecerão na mesma data das nacionais e com um sistema
que afasta Larreta do candidato de Macri para a prefeitura da capital.
A eleição interna dos partidos é de votação popular na
Argentina e funciona como um importante termômetro político e, neste ano,
definirá os candidatos tanto para o cargo de presidente quanto para o governo
da Cidade Autônoma de Buenos Aires (Caba). A capital portenha é um reduto
eleitoral de Macri e hoje governada por Larreta.
Contrariando figuras de peso de seu partido, o Proposta
Republicana (PRO), Larreta anunciou em um vídeo que a eleição interna para
chefe de governo portenho será realizada no mesmo dia que a eleição nacional,
mas pelo sistema de Cédula Eletrônica Única.
Contra todos os indicadores do seu partido, Larreta
assegurou que não haverá ruptura. “Sempre trabalho pela unidade, por isso nunca
me escutarão criticar ou questionar outro membro”, disse. Mas Macri se declarou
“enganado”.
Contra a golpista! Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisas Datum
revelou que 72% dos peruanos desaprovam a gestão Dina Boluarte.
Nas cidades de Lima e Callao, a rejeição ao governo
aumentou de 62% para 66%, levando em conta a última pesquisa.
No entanto, esta é uma das regiões onde a golpista mantém
mais adeptos, com um apoio próximo dos 26 por cento.
O sul do país é o que mais rejeita Boluarte com 86 por
cento, seguido do centro com 79 por cento. (Matéria no site teleSUR)
A China na América Latina. A matéria está no site “Deutsche Welle”, da Alemanha,
e diz que os negócios com a América Latina estão em alta: o comércio entre
China e América Central e do Sul registrou um aumento de 11% em 2022, chegando
a 437 bilhões de euros, de acordo com as estatísticas oficiais chinesas. Pequim
é, assim, o segundo maior parceiro comercial da região como um todo, atrás
apenas dos Estados Unidos. A China, no entanto, já é líder no comércio com as
maiores economias latino-americanas, como Brasil, Chile e Peru.
Analistas acreditam que essa tendência deva se manter.
Na avaliação da agência alemã Germany Trade and Invest (GTAI), ligada ao
Ministério de Economia da Alemanha, o volume comercial entre China e América
Latina deve dobrar nos próximos dez anos.
Segundo a especialista, os interesses comerciais da
China são baseados principalmente na compra de matérias-primas. “Podemos pegar
de exemplo o lítio, que é abundante na América Latina. Os chineses compram aqui
esse metal e vão embora. Mas para os países da região seria melhor, naturalmente,
se eles não vendessem apenas produtos agrícolas ou matérias-primas, mas também
pudessem fabricar produtos de maior valor, como baterias de lítio, para
exportação”, acrescenta.
Além do comércio, a China intensificou também sua participação
em projetos de infraestrutura da região. Instituições de crédito estatais ou grandes
empresas privadas do país asiático investem em portos no Brasil, usinas nucleares
na Argentina ou na rede elétrica do Chile. A gigante das comunicações Huawei,
controversa no Ocidente, é há anos a principal fornecedora das redes 4G e 5G no
Brasil, por exemplo.
Além disso, instituições de pesquisa chinesas
convidaram nos últimos anos vários líderes políticos, acadêmicos e econômicos
da América Latina para viagens pagas de estudos e conferências na China. Isso
também contribui para a influência chinesa na região.
Macron assina reforma da previdência. Apesar da
imensa rejeição popular à reforma da previdência na França, o presidente
francês, Emmanuel Macron, promulgou neste sábado a lei que eleva a idade de aposentadoria
para 64 anos e a exigência de contribuir 43 anos a partir de 2027 para receber
pensão completa.
A decisão de Macron surgiu na sequência da aprovação às
vésperas da reforma do sistema de pensões pelos membros do Conselho Constitucional.
Após a aprovação do órgão constitucional, a presidência
francesa havia anunciado que Emmanuel Macron iria promulgar a lei no fim de
semana, apesar do pedido dos sindicatos para adiar sua ratificação.
Na sexta-feira, milhares de pessoas se mobilizaram nas
ruas da capital e das principais cidades do país em repúdio à aprovação da
reforma.
Os sindicatos convocaram uma mobilização nacional para
o 1º de maio e avisaram que não se reunirão com o presidente ou o governo antes
dessa data. (Matéria no site teleSUR)
Nova greve na Grécia. Os trabalhadores gregos de ônibus e trólebus iniciaram
uma greve na capital do país europeu na terça-feira para exigir medidas
adicionais de segurança para funcionários e passageiros.
Os sindicatos correspondentes anunciaram a greve das
08h30 (06h30 GMT) às 22h00 (20h00 GMT), depois que milhares de trabalhadores do
transporte realizaram uma greve de 24 horas em março passado.
Nesse sentido, os trabalhadores exigem a adoção de
medidas adicionais de segurança, a contratação de pessoal adicional, bem como a
renovação da frota.
Da mesma forma, os sindicatos exigem o cumprimento dos
acordos coletivos de trabalho da Organização de Transportes de Atenas (OASA) e
da empresa de trólebus (ILPAP).
Na semana passada, os motoristas de ônibus e trólebus
de Atenas entraram em greve com as mesmas reivindicações, acusando o governo de
ignorar as reivindicações dos sindicatos.
Médicos britânicos retornam à greve. Uma greve de quatro dias iniciada na terça-feira por
médicos do Reino Unido para exigir melhores salários ameaça interromper o
atendimento ao paciente no NHS, informaram fontes locais.
A greve é baseada
em uma disputa entre a Associação Médica Britânica (BMA)
e o governo que cortou os salários dos médicos residentes em 26 por cento desde 2008, já que os aumentos foram abaixo da inflação, atualmente em 10,1 por cento.
O executivo britânico considera inviável um aumento
salarial considerável, na ordem dos 35 por cento, para atualizar rendimentos,
que é o que os residentes pedem. A BMA adverte que as dificuldades salariais
estão dificultando o recrutamento e a retenção de médicos residentes.
O diretor médico do NHS do Reino Unido, Stephen Powis,
alertou que a greve pode colocar "imensa pressão" na equipe e nos
serviços de atendimento ao paciente, já que cerca de 350.000 consultas,
incluindo operações, terão que ser canceladas.
O ministro da Saúde, Steve Barclay, disse à mídia que é
“extremamente decepcionante que o BMA tenha convocado uma greve por quatro dias
consecutivos”.
A questão do petróleo. Os países da Opep+ (grupo de 23 nações produtoras e
exportadoras de petróleo) anunciaram a decisão de cortar a produção de petróleo
de maio até o final de 2023 para garantir a estabilidade do mercado. A medida,
todavia, foi encarada como um golpe aos interesses dos EUA e do Ocidente nos
seus esforços de prejudicar a economia russa, já que o petróleo é o principal
ativo de exportação do país. A decisão revela uma transformação no status quo
das relações internacionais.
O efeito imediato do anúncio dos países exportadores de
petróleo, liderados pela Arábia Saudita, foi um aumento significativo no preço
do petróleo. Nos dias que se seguiram à decisão da Opep+, o preço do petróleo
do tipo Brent subiu 6,7%, chegando a uma média US$ 85 por barril durante a
semana passada. Na última terça-feira (11/04), a projeção do Departamento de
Energia dos EUA para o preço do barril do petróleo Brent este ano passou de US$
83 para US$ 85.
A decisão da Opep+ foi acompanhada pela Rússia, que em
fevereiro também havia anunciado diminuir a produção em 500 mil barris a partir
de março. Na ocasião, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou
que o corte contribuiria para o restabelecimento das relações de mercado no
contexto das sanções aplicadas contra Moscou.
Documentos vazados! Uma grande quantidade de documentos altamente
confidenciais do Pentágono (EUA) que vazaram online nas últimas semanas em uma
aparente grande violação de segurança revelam a coleta de inteligência estadunidense
sobre seus principais parceiros, adversários e concorrentes – incluindo a
China.
Muitos dos documentos pertencem ao campo de batalha na
Ucrânia e ao esforço de guerra russo, com alguns mostrando o grau em que os EUA
penetraram no Ministério da Defesa da Rússia e na organização mercenária russa
Grupo Wagner.
A publicação de dados classificados do Pentágono pode afetar
radicalmente o resultado do conflito na Ucrânia, cita a edição austríaca Exxpress
o coronel Markus Reisner.
“A fuga de informações é fatal para os EUA e pode ser
decisiva no conflito”, disse ele. Além disso, a publicação observa que os documentos
confirmam que as forças especiais britânicas já estão na Ucrânia e que as
Forças Armadas ucranianas ficarão sem mísseis antiaéreos no início de maio, e este
vazamento também mina a confiança dos aliados nos EUA.
Alguém para culpar! Desde que, na semana passada, começaram a surgir documentos
revelando o papel dos EUA na Ucrânia e a espionagem que realiza sobre seus
supostos aliados, não cessaram de surgir dúvidas sobre a identidade e os
motivos da pessoa que cometeu o ataque.
Os estadunidenses e a mídia tiveram seu primeiro
vislumbre da suposta fonte nos documentos vazados do Pentágono que dominam as
notícias esta semana, quando o aviador de 1ª classe Jack Teixeira, de 21 anos,
foi detido por agentes federais fortemente armados em sua casa na cidade de
North Dighton, Massachusetts.
Teixeira provavelmente será acusado de violar a Lei de
Espionagem. Nesse sentido, o procurador-geral Merrick Garland indicou
anteriormente que os militares foram detidos em conexão com a suposta "remoção,
retenção e transmissão não autorizada de informações classificadas de defesa
nacional". A data prevista para o comparecimento inicial de Teixeira no
Tribunal Distrital de Massachusetts é 14 de abril.
Teixeira vem de uma família militar, é membro da Guarda
Aérea Nacional de Massachusetts há quase 4 anos e foi designado para gerenciar
e solucionar problemas de computadores e sistemas de comunicação para a 102ª
Ala de Inteligência da Otis AFB.
De acordo com extensa reportagem do The Washington Post
e do The New York Times, que de fato identificou a suposta fonte do vazamento
em nome dessas agências, Teixeira começou a vazar fotos de documentos altamente
confidenciais para um grupo de 20 a 30 amigos, principalmente adolescentes, na
Internet, depois que se cansaram de ler simples transcrições dessas
reportagens.
Novas alianças assustam EUA. O encontro
entre os ministros das Relações Exteriores da Síria, Turquia, Irã e Rússia foi
confirmado para o próximo mês de maio, segundo declarações divulgadas no domingo
(09) pelo embaixador da Rússia na Síria, Alexander Yefimov.
Segundo o site Prensa Latina, Yefimov disse que a
reunião estava marcada para a segunda-feira, mas foi adiada para o início de
maio próximo, embora tenha qualificado que os contatos e consultas entre Damasco,
Ancara, Teerã e Moscou continuam “obtendo resultados positivos neste
consideração”.
Segundo o embaixador russo, “o caminho para normalizar
as relações entre Síria e Turquia é longo e todas as questões não podem ser
resolvidas em uma ou mais rodadas de negociações, mas estamos avançando nessa
direção passo a passo”.
China aponta ameaças! O governo chinês afirmou na segunda-feira (10) que a
independência de Taiwan e a “paz e estabilidade” na região são incompatíveis. Paralelamente,
o Exército nacional declarou “completadas com sucesso” as manobras militares em
torno da ilha, que duraram três dias.
Segundo o porta-voz do Ministério do Exterior da China,
Wang Wenbin, a questão do país insular seria “um assunto puramente interno da
China” e que a “maior ameaça à paz em Taiwan” são “atividades separatistas e o
conluio com forças estrangeiras”.
Eles se movem pela paz. O embaixador da Arábia Saudita no Iêmen, Mohammmed
al-Jaber, iniciou no domingo (09) uma série de reuniões com o líder do Conselho
Político Supremo dos Houthis, Mahdi al-Mashat, com o objetivo de buscar um
acordo de paz que coloque fim à guerra civil no Iêmen.
As conversações acontecerão em Saná, antiga capital do
Iêmen, e terá a mediação de uma delegação de diplomatas de Omã, vizinho de ambos
os países envolvidos no conflito.
A iniciativa de buscar uma solução negociada com os
houthis é mais uma surpreendente mudança de postura por parte de Riad nas
últimas semanas.
Outra coincidência importante dessas novas atitudes
sauditas é o fato de que elas começaram a acontecer depois que a família real
se aproximou da China e do presidente Xi Jinping, em meados de março.
Não haverá contraofensiva. Segundo o analista Scott Ritter, ex-inspetor de armas
químicas das Nações Unidas e fuzileiro naval dos EUA no Iraque, as informações
contidas em documentos de inteligência mostram que os EUA estão plenamente
cientes das deficiências do regime de Kiev no campo de batalha e que financiam
e incentivam mesmo sabendo que é uma causa perdida.
O especialista estadunidense afirma que os documentos
do Pentágono vazados nas redes sociais deixam claro que a chamada “contraofensiva
de primavera” da Ucrânia, para a qual o governo do país europeu defende há
meses um maior fornecimento de equipamentos militares e recursos financeiros de
seus aliados ocidentais, não tem chance de sucesso.
“Uma das principais coisas que se destaca nos
documentos vazados é o fato de que o cronograma para organizar, equipar e
treinar as formações militares ucranianas destinadas a uma contraofensiva de
primavera é muito agressivo; (...) não é suficiente. É provável que essas
forças possam atingir 100% de prontidão, ou algo próximo a isso, a tempo de
cumprir a data de lançamento prevista para o final de abril de 2023”, explica.
Esperando a derrota? Kiev não divulga dados sobre as baixas de seus
soldados, mas vai ter que admitir seu “número horrendo”, declarou o embaixador
ucraniano no Reino Unido, Vadim Pristayko. Ele alertou que Kiev mobiliza um
milhão de soldados para uma contraofensiva, no entanto, Moscou alerta que as
Forças Armadas ucranianas estão sendo observadas de perto.
“Nossa política desde o início foi não falar sobre as
perdas. Quando o conflito terminar, vamos reconhecê-las. Acho que será um
número terrível”, disse Vadim Pristayko ao jornal Daily Express.
Em suas palavras, Kiev está pronta para continuar
lutando “até o último de nós”. Além disso, ele estimou que “Kiev mobilizou um
milhão de pessoas”.
Documentos do Pentágono comprovam. O vazamento de documentos secretos do Pentágono pode
ser interpretado como uma forma de negar a versão oficial de Washington sobre a
situação atual do conflito na Ucrânia, assegurou ao site Sputnik o
ex-subsecretário de Defesa para Assuntos de Segurança Internacional Chas
Freeman.
O ex-funcionário estadunidense considerou que as fugas
de informação - que revelam, entre outras coisas, fragilidades das Forças
Armadas ucranianas - mostram que, mesmo com as suas “corajosas declarações
públicas”, os militares dos EUA têm consciência de que “a Ucrânia sofreu muito mais
baixas do que aquelas que foram admitidos e não estão em condições de vencer
uma guerra de atrito”.
Financeiramente, a Ucrânia não existe. A Ucrânia é um país inexistente financeiramente, assim
que os EUA e a Europa deixarem de apoiá-la, o conflito terminará, disse o
primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
A Europa está gastando dezenas de bilhões de dólares na
manutenção da Ucrânia, deixando faltar para a própria economia da Europa e não
podendo continuar indefinidamente, disse o primeiro-ministro húngaro Viktor
Orbán.
“Basicamente, a Ucrânia é um país financeiramente
inexistente. A queda nos indicadores econômicos é enorme, o que é perfeitamente
compreensível por causa da guerra”.
De acordo com Orbán, a Europa gasta muito dinheiro na
manutenção da Ucrânia, deixando faltar para a própria economia europeia e sendo
difícil continuar para sempre.
Documentos mostram trabalho dos EUA em
espionagem. O Departamento de Justiça
dos EUA abriu uma investigação para identificar quem está por trás de um
vazamento de documentos secretos sobre a guerra na Ucrânia, adversários e aliados
estadunidenses, publicados durante a semana nas redes sociais. A imprensa estadunidense
divulgou no domingo (09) novas informações reveladas por esses documentos.
Sobre a guerra na Ucrânia, o New York Times mostra a
extensão e precisão das informações coletadas pelos EUA. Os serviços de
inteligência deles poderiam ser informados antecipadamente sobre os alvos dos
bombardeios russos – detalhes particularmente valiosos para a Ucrânia.
Entretanto, os documentos também mostram que eles espionam o Estado-maior e os
líderes ucranianos.
Outras informações se referem indiretamente à Ucrânia,
como as supostas tentativas do grupo paramilitar Wagner de comprar armas da
Turquia, passando pelo Mali. Ou ainda informações sobre o debate no governo sul-coreano
sobre a entrega de munição à Ucrânia.
Além destes, outros documentos abordam a situação em
Israel. A CIA teria recolhido dados sobre o apoio dado pelo Mossad, o serviço
secreto israelense, para os opositores à reforma da Justiça proposta pelo governo
de Benjamin Netanyahu, que causa uma onda de indignação no país.
Espionaram até Zelensky! A emissora CNN revelou que os documentos secretos
vazados recentemente mostram que os EUA espionaram o presidente ucraniano,
Vladimir Zelensky.
“Um documento revela que os EUA espionaram Zelensky”,
revelou a emissora, citando os documentos secretos vazados do Pentágono. E uma
fonte revelou à CNN que esta situação não surpreende, afirmando que isso já “era
de se esperar”.
Contudo, a fonte destaca que os funcionários do governo
e militares ucranianos estão profundamente desapontados e frustrados com o
vazamento destes documentos secretos.
Vai influir no apoio de Biden? Embora o valor das informações contidas nos documentos
vazados pareça um tanto questionável, o momento do vazamento em si pode dizer
muito sobre os motivos das pessoas que o causaram, de acordo com o ex-oficial
da CIA, Philip Giraldi.
Um aparente vazamento de informações classificadas, que
resultou no que parece ser um lote de documentos dos EUA relacionados ao conflito
na Ucrânia sendo postado nas mídias sociais, deixou os especialistas refletindo
sobre o significado desse desenvolvimento.
Philip Giraldi, ex-oficial da CIA que agora atua como
diretor executivo do Conselho para o Interesse Nacional — um grupo de defesa antiguerra
sem fins lucrativos — disse ao site Sputnik que a importância dos materiais
vazados decorre do fato de que eles parecem ser “altamente classificados” e “presumivelmente
foram vazados por alguém sênior na hierarquia do Pentágono”.
“Ninguém vai proibir o Brasil”!
Com essas palavras, Lula mandou um recado para os que
criticam ou querem impedir o Brasil de ser protagonista no mundo atual. Na
China, ele disse que “ninguém vai proibir o Brasil de melhorar sua relação com
a China”. A declaração foi feita durante a reunião com o líder chinês, Xi Jinping,
que está ocorrendo em Pequim.
A visita de Lula à China tem como objetivo fortalecer
as relações bilaterais entre Brasília e seu maior parceiro comercial.
Lula e seu homólogo chinês tiveram uma reunião ampliada
e partiram, em seguida, para uma conversa privada. Ambos participaram de um ato
público, onde firmaram acordos bilaterais e seguirão para um jantar oferecido
por Xi Jinping.
Os acordos bilaterais entre os dois países envolvem diversos
âmbitos, como turismo, alimentos, meio ambiente, ciência e tecnologia,
aeroespacial, finanças, entre outros. Além desses pontos, outro assunto esperado
é o possível acordo para a realização de transações comerciais diretamente em
real e yuan, para evitar o processo de dolarização e facilitar o comércio entre
os dois países.
Mais cedo, Lula disse que o desejo do seu governo é
aprofundar a relação entre as nações em variadas áreas, declarando que “ninguém”
deve proibir essa aproximação entre Brasil e China.
Horas antes do encontro com Xi Jinping, Lula visitou a
sede da Assembleia Nacional Popular da China, em Pequim. Ele e sua comitiva
foram recebidos pelo presidente do Parlamento, Zhao Leji.
“Lula é nosso amigo”. O presidente da China, Xi Jinping, afirmou na
sexta-feira (14) que Lula da Silva, é “amigo de longo tempo” da nação chinesa.
A fala ocorreu durante uma reunião ampliada entre as comitivas em Pequim.
Segundo o líder chinês, Lula “presta muita atenção à
amizade” entre as nações, destacando que Brasil e China são os “maiores países
em desenvolvimento”. “[As nações são] importantes mercados emergentes dos dois
hemisférios. Temos altos interesses em comum”, disse.
Xi recebeu Lula e a comitiva brasileira na sexta no
Grande Salão do Povo na capital chinesa. O encontro entre os chefes de Estado
teve como objetivo fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e China, que
é seu maior parceiro comercial.
Após a reunião, Lula e seu homólogo chinês realizaram
uma conversa privada. Ambos participaram de um ato público, no qual firmaram
acordos bilaterais e seguiram para um jantar oferecido por Xi e a
primeira-dama, Peng Liyuan.
Desespero estadunidense? A matéria está no jornal O Globo e se refere a um
ex-embaixador dos EUA. Segundo ele, “Se o Brasil, a China ou os Brics querem
substituir o dólar, boa sorte com isso”, diz ele.
O ex-subsecretário do Hemisfério Ocidental do
Departamento de Estado Thomas Shannon também afirma que Lula deve ter cuidado
com o que diz sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia
Acordos assinados. Durante encontro em Pequim, Lula e Xi Jinping assinaram
diversos acordos comerciais e de parceria.
Foram firmados 15 acordos comerciais, além dos
acertados entre empresas brasileiras e chinesas. Entre os termos assinados
envolvem a cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de
conteúdos de comunicação e ampliação das relações comerciais.
Vale destacar que Brasil e China também firmaram
acordos no setor espacial, incluindo um plano de cooperação entre as nações,
bem como o lançamento do sétimo satélite, fruto da parceria, até 2032.
Brasil e China ainda firmaram um memorando de
entendimento relacionado à cooperação para o desenvolvimento social e rural,
bem como ao combate à fome e à pobreza.
A China é, hoje, o maior comprador de produtos
brasileiros. Em 2022, o país asiático comprou quase US$ 90 bilhões do Brasil.
Diálogo para a Paz. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou
na sexta-feira (14), último dia de viagem do presidente Lula à China, que
acordou com o governo de Pequim a necessidade de “diálogo e negociação” como “única
saída viável para a crise na Ucrânia”.
Por meio da Declaração Conjunta entre a República
Federativa do Brasil e a República Popular da China sobre o Aprofundamento da
Parceria Estratégica Global, documento publicado no site do governo brasileiro,
Pequim e Brasília aceitaram as sugestões que cada país vem apresentando para o
conflito iniciado em 24 de fevereiro de 2022.
“O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que
oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise. A
China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz”, informa o
documento.
Pequim e Brasília também apelaram “a que mais países
desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política da crise na
Ucrânia e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem
ser encorajados e apoiados", acordando que devem "manter os contatos
sobre o assunto”.
Com discurso de paz, em um encontro com o chanceler
alemão Olaf Scholz realizado em janeiro passado, Lula defendeu a criação de uma
comissão de países e lideranças mundiais para intermediar e negociar de forma
pacífica o conflito entre Moscou e Kiev.
Na mesma ocasião, Lula também vetou o envio de munições
brasileiras para a Ucrânia, afirmando ser uma atitude que faria o Brasil “entrar
na guerra”.
A mesma postura foi reiterada pelo ministro das
Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, na Conferência de Segurança de
Munique em fevereiro. De acordo com a agência de notícias alemã DPA, Vieira
afirmou que “em vez de participar de uma guerra, preferimos falar de paz”.
A China apresentou em 24 de fevereiro de 2023, quando o
conflito na Ucrânia completou um ano, um documento indicando 12 pontos como um
plano de solução do conflito, entre eles o respeito à soberania e integridade territorial
de todos os países e o diálogo direto entre Moscou e Kiev.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, além de elogiar
a posição “equilibrada” de Xi Jinping quanto à guerra, também afirmou que considerou
o plano de paz sugerido por Pequim. Mas o presidente ucraniano sequer avaliou a
proposta e apenas disse que é “inaceitável”!
Dilma toma posse no Banco dos Brics! Com participação de Lula da Silva, o Novo Banco de
Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “Banco dos Brics”, deu posse a
Dilma Rousseff como sua nova presidenta da instituição. A cerimônia foi
realizada na tarde de quinta-feira (13) em Xangai. O mandato de Dilma vai até julho
de 2025, mas ela já tem participado de reuniões na instituição desde a semana
passada. O NBD é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e
desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição.
Em sua participação na posse da ex-presidenta do Brasil
na direção do Banco dos Brics, Lula fez duras críticas ao modelo tradicional de
financiamento de instituições financeiras internacionais. Também destacou que o
NDB não tem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou de
instituições financeiras de países de fora do grupo.
Cesta básica cai em 13 capitais. O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em
março, em 13 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos.
As reduções mais importantes ocorreram em Recife
(-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João
Pessoa (-3,42%). Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Porto
Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
Nos três primeiros meses deste ano, o custo do conjunto
de gêneros alimentícios básicos diminuiu em 11 cidades, com destaque para as
variações registradas em Belo Horizonte (-6,00%), Brasília (-4,87%) e Vitória
(-4,06%). Já as elevações mais importantes ocorreram em Natal (5,25%) e Aracaju
(4,82%).
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais
entre fevereiro e março. As reduções oscilaram entre -8,06%, em Belo Horizonte,
e -0,81%, em Aracaju.
O valor médio da batata diminuiu em todas as capitais
do Centro-Sul, onde o tubérculo tem o preço coletado. As quedas oscilaram entre
-22,22%, em Belo Horizonte, e -8,74%, em São Paulo.
A pesquisa captou retração no preço médio do café em pó
em 16 capitais e a única alta foi registrada em Natal (0,20%). As variações em
destaque são as de Vitória (-4,32%), Brasília (-3,01%), Florianópolis (-2,79%)
e Porto Alegre (-2,71%).
O valor do quilo da carne bovina de primeira diminuiu
em 12 capitais, com destaque para as variações de Goiânia (-3,29%) e Brasília
(-2,38%).
Empresas fora do programa de privatização! Ao completar 100 dias de gestão, Lula determinou, por
meio de decreto, a retirada de 10 empresas públicas federais de programas de
privatização.
O Decreto 11.478 foi publicado em edição extra do DOU
(Diário Oficial da União), da última quinta-feira (6), e inclui estatais como
os Correios, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), a Dataprev (Empresa de Tecnologia
e Informações da Previdência) e o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
A retirada dessas empresas de programas de
desestatização era promessa de campanha do presidente e já estava prevista no
relatório da equipe de transição para os primeiros meses de governo.
As estatais foram retiradas definitivamente do PND
(Programa Nacional de Desestatização) e também do PPI (Programa de Parcerias e
Investimentos) do governo, este último, etapa prévia que qualifica a modelagem
de privatização das empresas públicas.
Vai começar o julgamento dos terroristas. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima semana
o julgamento de 100 presos envolvidos nos atos terroristas do 8 de janeiro. As
denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) estão
concentradas nos Inquéritos 4921 e 4922. A sessão virtual convocada pela presidente
do STF, ministra Rosa Weber, vai de 0h do próximo dia 18 até 23h59 do dia 24.
Mas o prazo para advogados e defensores apresentarem seus argumentos orais
expira um dia antes do início do julgamento.
Desse modo, o Supremo vai decidir se abre ações penais
contra os acusados. Ou seja, se viram réus, e o processo caminha para
apresentação de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e acusação.
Depois, o STF ainda terá de julgar se condena ou absolve os acusados.
As denúncias envolvem crimes previstos no Código Penal:
associação criminosa (artigo 288); abolição violenta do estado democrático de
direito (artigo 359-L); golpe de estado (artigo 359-M); ameaça (artigo 147);
perseguição (artigo 147-A, inciso I, parágrafo 3º); incitação ao crime (artigo
286), e dano e dano qualificado (artigo 163). A PGR também cita o crime de
deterioração de patrimônio tombado (artigo 62 da Lei 9.605/1998).
O pulha inelegível? O Ministério Público Eleitoral afirma que o ex-capitão
insano deve ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
manifestação entregue àquela corte na noite de quarta-feira (12), a
Procuradoria deu parecer favorável à ação do PDT que o acusa de abuso de poder.
Em julho do ano passado, o demente convidou dezenas de
diplomatas estrangeiros a um evento no Palácio da Alvorada, supostamente “em
nome da democracia” e pela “transparência das eleições”. Mas, na verdade, ele
transformou o encontro em um ensaio de golpe de Estado.
Aos embaixadores, ele repetiu ataques e mentiras – já
comprovadas – sobre o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas. Além
disso, acusou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Alexandre
de Moraes e Luís Roberto Barroso de querer “a instabilidade do país”.
Ele é denunciado, também, no TSE por outras 16 ações
que podem tirá-lo das eleições!
Arrumando a casa! O governo Lula formalizou, por meio do Diário Oficial
da União (DOU), a exoneração do general do Exército Gustavo Henrique Dutra de
Menezes do Comando Militar do Planalto. Ele estava afastado do posto desde 16
de fevereiro. O militar já ocupava o cargo de 5º subchefe do Estado-Maior da
Força, nomeação também oficializada a partir da publicação no DOU da
terça-feira 11.
Durante depoimento à PF naquele mês, o ex-comandante de
Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime acusou o
Exército de “frustrar todos os planejamentos e as tentativas” de retirar os seguidores
do insano do acampamento instalado em frente ao quartel-general de Brasília.
Naime afirmou ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto em
dezembro, durante a qual teria sido detalhado o plano para desmobilizar o
acampamento. A ação, segundo ele,
ocorreria antes da posse do presidente Lula (PT).
O coronel disse que a PM “colocou todos os meios
necessários à disposição do Exército Brasileiro”, mas, posteriormente, recebeu
a informação de que Dutra de Menezes havia suspendido a operação por ordem do
comandante do Exército à época, general Júlio César de Arruda. Em janeiro, Lula
demitiu Arruda e escolheu o general Tomás Ribeiro Paiva para chefiar a Força.
General Girão (PL-RN) é processado! O Ministério Público Federal (MPF) processou o
deputado federal General Girão (PL), por danos morais coletivos ao fomentar atos
antidemocráticos em frente ao quartel do Exército em Natal, capital do Rio
Grande do Norte.
Segundo a ação, os atos de vandalismo de 8 de janeiro,
em Brasília indicou a presença de financiadores, motivadores, articuladores e
executores. Para o MPF, Girão, enquanto parlamentar e general da reserva do
Exército, “foi um importante articulador e motivador dos atos criminosos”.
O MPF ainda aponta que os então comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, integrantes da União, divulgaram nota estimulando
os acampamentos, e que o deputado fez reiteradas postagens em suas redes
sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.
De acordo com a Procuradoria que processou o
parlamentar, Girão usou ativamente suas redes sociais, em claro abuso da
liberdade de expressão e da imunidade parlamentar, para encorajar condutas que
atentavam contra a ordem democrática, inclusive a continuidade do acampamento
existente à época em frente ao 16° Batalhão de Infantaria Motorizada em Natal.
Chile aprova 40 horas semanais! Na terça-feira (11), o Congresso chileno aprovou a
redução da jornada de trabalho semanal, que hoje é de 45 horas e vai reduzir
para 40.
O Senado chileno tinha aprovado por unanimidade e a
Câmara dos Deputados votou a favor da proposta. A redução da jornada de
trabalho será gradual ao longo de cinco anos.
Um ano após a sua aplicação, a jornada de trabalho será
reduzida para 44 horas semanais. Após três anos o limite será de 42 horas e
após cinco anos chegará a 40 horas, que é a jornada de trabalho recomendada
pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A mudança na legislação também prevê a possibilidade de
trabalhar quatro dias e descansar três e fazer no máximo 5 horas extras por
semana (hoje é permitido até 12 horas). O diretor do escritório regional da OIT
em Santiago, Fabio Bertranou, falou à BBC News Mundo que a lei ainda contempla
um regime especial para setores que exigem jornada extraordinária, como
mineração e ou transporte.
Fortalecer a Unasul. O analista colombiano Javier Calderón afirmou ao site Sputnik
que o regresso da Argentina e do Brasil à Unasul desafia países como Colômbia e
Chile a retornarem ao bloco.
Segundo o especialista, a experiência anterior do bloco
deixa lições que deverão ser aprendidas com a liderança de Lula.
O regresso do Brasil e da Argentina à Unasul (União das
Nações Sul-Americanas), anunciado oficialmente no dia 6 de abril por ambos os
governos, revitaliza o bloco que teve seu maior protagonismo nos primeiros anos
do século XXI.
De acordo com o especialista em sociologia e
pesquisador do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica Javier
Calderón, a “experiência da Unasul deixa algumas lições" e, por isso, deve
ter “algumas alterações”.
Com a liderança de Lula da Silva, o analista acredita
que o bloco possa avançar. “O Lula sabe que deve liderar um projeto que vai
além das mudanças de governo em nossos países, e fazer da integração um espaço
que interesse tanto a direita quanto os progressistas, a esquerda
latino-americana”, afirmou.
“Racha” na direita argentina? Uma decisão do prefeito da cidade de Buenos Aires,
Horacio Rodríguez Larreta, aprofundou os conflitos internos da coalizão do
ex-presidente Mauricio Macri, o Juntos por el Cambio (JxC). Pré-candidato a presidente,
Larreta anunciou na segunda-feira (10) que as eleições para a Cidade Autônoma
de Buenos Aires (Caba) acontecerão na mesma data das nacionais e com um sistema
que afasta Larreta do candidato de Macri para a prefeitura da capital.
A eleição interna dos partidos é de votação popular na
Argentina e funciona como um importante termômetro político e, neste ano,
definirá os candidatos tanto para o cargo de presidente quanto para o governo
da Cidade Autônoma de Buenos Aires (Caba). A capital portenha é um reduto
eleitoral de Macri e hoje governada por Larreta.
Contrariando figuras de peso de seu partido, o Proposta
Republicana (PRO), Larreta anunciou em um vídeo que a eleição interna para
chefe de governo portenho será realizada no mesmo dia que a eleição nacional,
mas pelo sistema de Cédula Eletrônica Única.
Contra todos os indicadores do seu partido, Larreta
assegurou que não haverá ruptura. “Sempre trabalho pela unidade, por isso nunca
me escutarão criticar ou questionar outro membro”, disse. Mas Macri se declarou
“enganado”.
Contra a golpista! Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisas Datum
revelou que 72% dos peruanos desaprovam a gestão Dina Boluarte.
Nas cidades de Lima e Callao, a rejeição ao governo
aumentou de 62% para 66%, levando em conta a última pesquisa.
No entanto, esta é uma das regiões onde a golpista mantém
mais adeptos, com um apoio próximo dos 26 por cento.
O sul do país é o que mais rejeita Boluarte com 86 por
cento, seguido do centro com 79 por cento. (Matéria no site teleSUR)
A China na América Latina. A matéria está no site “Deutsche Welle”, da Alemanha,
e diz que os negócios com a América Latina estão em alta: o comércio entre
China e América Central e do Sul registrou um aumento de 11% em 2022, chegando
a 437 bilhões de euros, de acordo com as estatísticas oficiais chinesas. Pequim
é, assim, o segundo maior parceiro comercial da região como um todo, atrás
apenas dos Estados Unidos. A China, no entanto, já é líder no comércio com as
maiores economias latino-americanas, como Brasil, Chile e Peru.
Analistas acreditam que essa tendência deva se manter.
Na avaliação da agência alemã Germany Trade and Invest (GTAI), ligada ao
Ministério de Economia da Alemanha, o volume comercial entre China e América
Latina deve dobrar nos próximos dez anos.
Segundo a especialista, os interesses comerciais da
China são baseados principalmente na compra de matérias-primas. “Podemos pegar
de exemplo o lítio, que é abundante na América Latina. Os chineses compram aqui
esse metal e vão embora. Mas para os países da região seria melhor, naturalmente,
se eles não vendessem apenas produtos agrícolas ou matérias-primas, mas também
pudessem fabricar produtos de maior valor, como baterias de lítio, para
exportação”, acrescenta.
Além do comércio, a China intensificou também sua participação
em projetos de infraestrutura da região. Instituições de crédito estatais ou grandes
empresas privadas do país asiático investem em portos no Brasil, usinas nucleares
na Argentina ou na rede elétrica do Chile. A gigante das comunicações Huawei,
controversa no Ocidente, é há anos a principal fornecedora das redes 4G e 5G no
Brasil, por exemplo.
Além disso, instituições de pesquisa chinesas
convidaram nos últimos anos vários líderes políticos, acadêmicos e econômicos
da América Latina para viagens pagas de estudos e conferências na China. Isso
também contribui para a influência chinesa na região.
Macron assina reforma da previdência. Apesar da
imensa rejeição popular à reforma da previdência na França, o presidente
francês, Emmanuel Macron, promulgou neste sábado a lei que eleva a idade de aposentadoria
para 64 anos e a exigência de contribuir 43 anos a partir de 2027 para receber
pensão completa.
A decisão de Macron surgiu na sequência da aprovação às
vésperas da reforma do sistema de pensões pelos membros do Conselho Constitucional.
Após a aprovação do órgão constitucional, a presidência
francesa havia anunciado que Emmanuel Macron iria promulgar a lei no fim de
semana, apesar do pedido dos sindicatos para adiar sua ratificação.
Na sexta-feira, milhares de pessoas se mobilizaram nas
ruas da capital e das principais cidades do país em repúdio à aprovação da
reforma.
Os sindicatos convocaram uma mobilização nacional para
o 1º de maio e avisaram que não se reunirão com o presidente ou o governo antes
dessa data. (Matéria no site teleSUR)
Nova greve na Grécia. Os trabalhadores gregos de ônibus e trólebus iniciaram
uma greve na capital do país europeu na terça-feira para exigir medidas
adicionais de segurança para funcionários e passageiros.
Os sindicatos correspondentes anunciaram a greve das
08h30 (06h30 GMT) às 22h00 (20h00 GMT), depois que milhares de trabalhadores do
transporte realizaram uma greve de 24 horas em março passado.
Nesse sentido, os trabalhadores exigem a adoção de
medidas adicionais de segurança, a contratação de pessoal adicional, bem como a
renovação da frota.
Da mesma forma, os sindicatos exigem o cumprimento dos
acordos coletivos de trabalho da Organização de Transportes de Atenas (OASA) e
da empresa de trólebus (ILPAP).
Na semana passada, os motoristas de ônibus e trólebus
de Atenas entraram em greve com as mesmas reivindicações, acusando o governo de
ignorar as reivindicações dos sindicatos.
Médicos britânicos retornam à greve. Uma greve de quatro dias iniciada na terça-feira por
médicos do Reino Unido para exigir melhores salários ameaça interromper o
atendimento ao paciente no NHS, informaram fontes locais.
A greve é baseada
em uma disputa entre a Associação Médica Britânica (BMA)
e o governo que cortou os salários dos médicos residentes em 26 por cento desde 2008, já que os aumentos foram abaixo da inflação, atualmente em 10,1 por cento.
O executivo britânico considera inviável um aumento
salarial considerável, na ordem dos 35 por cento, para atualizar rendimentos,
que é o que os residentes pedem. A BMA adverte que as dificuldades salariais
estão dificultando o recrutamento e a retenção de médicos residentes.
O diretor médico do NHS do Reino Unido, Stephen Powis,
alertou que a greve pode colocar "imensa pressão" na equipe e nos
serviços de atendimento ao paciente, já que cerca de 350.000 consultas,
incluindo operações, terão que ser canceladas.
O ministro da Saúde, Steve Barclay, disse à mídia que é
“extremamente decepcionante que o BMA tenha convocado uma greve por quatro dias
consecutivos”.
A questão do petróleo. Os países da Opep+ (grupo de 23 nações produtoras e
exportadoras de petróleo) anunciaram a decisão de cortar a produção de petróleo
de maio até o final de 2023 para garantir a estabilidade do mercado. A medida,
todavia, foi encarada como um golpe aos interesses dos EUA e do Ocidente nos
seus esforços de prejudicar a economia russa, já que o petróleo é o principal
ativo de exportação do país. A decisão revela uma transformação no status quo
das relações internacionais.
O efeito imediato do anúncio dos países exportadores de
petróleo, liderados pela Arábia Saudita, foi um aumento significativo no preço
do petróleo. Nos dias que se seguiram à decisão da Opep+, o preço do petróleo
do tipo Brent subiu 6,7%, chegando a uma média US$ 85 por barril durante a
semana passada. Na última terça-feira (11/04), a projeção do Departamento de
Energia dos EUA para o preço do barril do petróleo Brent este ano passou de US$
83 para US$ 85.
A decisão da Opep+ foi acompanhada pela Rússia, que em
fevereiro também havia anunciado diminuir a produção em 500 mil barris a partir
de março. Na ocasião, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou
que o corte contribuiria para o restabelecimento das relações de mercado no
contexto das sanções aplicadas contra Moscou.
Documentos vazados! Uma grande quantidade de documentos altamente
confidenciais do Pentágono (EUA) que vazaram online nas últimas semanas em uma
aparente grande violação de segurança revelam a coleta de inteligência estadunidense
sobre seus principais parceiros, adversários e concorrentes – incluindo a
China.
Muitos dos documentos pertencem ao campo de batalha na
Ucrânia e ao esforço de guerra russo, com alguns mostrando o grau em que os EUA
penetraram no Ministério da Defesa da Rússia e na organização mercenária russa
Grupo Wagner.
A publicação de dados classificados do Pentágono pode afetar
radicalmente o resultado do conflito na Ucrânia, cita a edição austríaca Exxpress
o coronel Markus Reisner.
“A fuga de informações é fatal para os EUA e pode ser
decisiva no conflito”, disse ele. Além disso, a publicação observa que os documentos
confirmam que as forças especiais britânicas já estão na Ucrânia e que as
Forças Armadas ucranianas ficarão sem mísseis antiaéreos no início de maio, e este
vazamento também mina a confiança dos aliados nos EUA.
Alguém para culpar! Desde que, na semana passada, começaram a surgir documentos
revelando o papel dos EUA na Ucrânia e a espionagem que realiza sobre seus
supostos aliados, não cessaram de surgir dúvidas sobre a identidade e os
motivos da pessoa que cometeu o ataque.
Os estadunidenses e a mídia tiveram seu primeiro
vislumbre da suposta fonte nos documentos vazados do Pentágono que dominam as
notícias esta semana, quando o aviador de 1ª classe Jack Teixeira, de 21 anos,
foi detido por agentes federais fortemente armados em sua casa na cidade de
North Dighton, Massachusetts.
Teixeira provavelmente será acusado de violar a Lei de
Espionagem. Nesse sentido, o procurador-geral Merrick Garland indicou
anteriormente que os militares foram detidos em conexão com a suposta "remoção,
retenção e transmissão não autorizada de informações classificadas de defesa
nacional". A data prevista para o comparecimento inicial de Teixeira no
Tribunal Distrital de Massachusetts é 14 de abril.
Teixeira vem de uma família militar, é membro da Guarda
Aérea Nacional de Massachusetts há quase 4 anos e foi designado para gerenciar
e solucionar problemas de computadores e sistemas de comunicação para a 102ª
Ala de Inteligência da Otis AFB.
De acordo com extensa reportagem do The Washington Post
e do The New York Times, que de fato identificou a suposta fonte do vazamento
em nome dessas agências, Teixeira começou a vazar fotos de documentos altamente
confidenciais para um grupo de 20 a 30 amigos, principalmente adolescentes, na
Internet, depois que se cansaram de ler simples transcrições dessas
reportagens.
Novas alianças assustam EUA. O encontro
entre os ministros das Relações Exteriores da Síria, Turquia, Irã e Rússia foi
confirmado para o próximo mês de maio, segundo declarações divulgadas no domingo
(09) pelo embaixador da Rússia na Síria, Alexander Yefimov.
Segundo o site Prensa Latina, Yefimov disse que a
reunião estava marcada para a segunda-feira, mas foi adiada para o início de
maio próximo, embora tenha qualificado que os contatos e consultas entre Damasco,
Ancara, Teerã e Moscou continuam “obtendo resultados positivos neste
consideração”.
Segundo o embaixador russo, “o caminho para normalizar
as relações entre Síria e Turquia é longo e todas as questões não podem ser
resolvidas em uma ou mais rodadas de negociações, mas estamos avançando nessa
direção passo a passo”.
China aponta ameaças! O governo chinês afirmou na segunda-feira (10) que a
independência de Taiwan e a “paz e estabilidade” na região são incompatíveis. Paralelamente,
o Exército nacional declarou “completadas com sucesso” as manobras militares em
torno da ilha, que duraram três dias.
Segundo o porta-voz do Ministério do Exterior da China,
Wang Wenbin, a questão do país insular seria “um assunto puramente interno da
China” e que a “maior ameaça à paz em Taiwan” são “atividades separatistas e o
conluio com forças estrangeiras”.
Eles se movem pela paz. O embaixador da Arábia Saudita no Iêmen, Mohammmed
al-Jaber, iniciou no domingo (09) uma série de reuniões com o líder do Conselho
Político Supremo dos Houthis, Mahdi al-Mashat, com o objetivo de buscar um
acordo de paz que coloque fim à guerra civil no Iêmen.
As conversações acontecerão em Saná, antiga capital do
Iêmen, e terá a mediação de uma delegação de diplomatas de Omã, vizinho de ambos
os países envolvidos no conflito.
A iniciativa de buscar uma solução negociada com os
houthis é mais uma surpreendente mudança de postura por parte de Riad nas
últimas semanas.
Outra coincidência importante dessas novas atitudes
sauditas é o fato de que elas começaram a acontecer depois que a família real
se aproximou da China e do presidente Xi Jinping, em meados de março.
Não haverá contraofensiva. Segundo o analista Scott Ritter, ex-inspetor de armas
químicas das Nações Unidas e fuzileiro naval dos EUA no Iraque, as informações
contidas em documentos de inteligência mostram que os EUA estão plenamente
cientes das deficiências do regime de Kiev no campo de batalha e que financiam
e incentivam mesmo sabendo que é uma causa perdida.
O especialista estadunidense afirma que os documentos
do Pentágono vazados nas redes sociais deixam claro que a chamada “contraofensiva
de primavera” da Ucrânia, para a qual o governo do país europeu defende há
meses um maior fornecimento de equipamentos militares e recursos financeiros de
seus aliados ocidentais, não tem chance de sucesso.
“Uma das principais coisas que se destaca nos
documentos vazados é o fato de que o cronograma para organizar, equipar e
treinar as formações militares ucranianas destinadas a uma contraofensiva de
primavera é muito agressivo; (...) não é suficiente. É provável que essas
forças possam atingir 100% de prontidão, ou algo próximo a isso, a tempo de
cumprir a data de lançamento prevista para o final de abril de 2023”, explica.
Esperando a derrota? Kiev não divulga dados sobre as baixas de seus
soldados, mas vai ter que admitir seu “número horrendo”, declarou o embaixador
ucraniano no Reino Unido, Vadim Pristayko. Ele alertou que Kiev mobiliza um
milhão de soldados para uma contraofensiva, no entanto, Moscou alerta que as
Forças Armadas ucranianas estão sendo observadas de perto.
“Nossa política desde o início foi não falar sobre as
perdas. Quando o conflito terminar, vamos reconhecê-las. Acho que será um
número terrível”, disse Vadim Pristayko ao jornal Daily Express.
Em suas palavras, Kiev está pronta para continuar
lutando “até o último de nós”. Além disso, ele estimou que “Kiev mobilizou um
milhão de pessoas”.
Documentos do Pentágono comprovam. O vazamento de documentos secretos do Pentágono pode
ser interpretado como uma forma de negar a versão oficial de Washington sobre a
situação atual do conflito na Ucrânia, assegurou ao site Sputnik o
ex-subsecretário de Defesa para Assuntos de Segurança Internacional Chas
Freeman.
O ex-funcionário estadunidense considerou que as fugas
de informação - que revelam, entre outras coisas, fragilidades das Forças
Armadas ucranianas - mostram que, mesmo com as suas “corajosas declarações
públicas”, os militares dos EUA têm consciência de que “a Ucrânia sofreu muito mais
baixas do que aquelas que foram admitidos e não estão em condições de vencer
uma guerra de atrito”.
Financeiramente, a Ucrânia não existe. A Ucrânia é um país inexistente financeiramente, assim
que os EUA e a Europa deixarem de apoiá-la, o conflito terminará, disse o
primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
A Europa está gastando dezenas de bilhões de dólares na
manutenção da Ucrânia, deixando faltar para a própria economia da Europa e não
podendo continuar indefinidamente, disse o primeiro-ministro húngaro Viktor
Orbán.
“Basicamente, a Ucrânia é um país financeiramente
inexistente. A queda nos indicadores econômicos é enorme, o que é perfeitamente
compreensível por causa da guerra”.
De acordo com Orbán, a Europa gasta muito dinheiro na
manutenção da Ucrânia, deixando faltar para a própria economia europeia e sendo
difícil continuar para sempre.
Documentos mostram trabalho dos EUA em
espionagem. O Departamento de Justiça
dos EUA abriu uma investigação para identificar quem está por trás de um
vazamento de documentos secretos sobre a guerra na Ucrânia, adversários e aliados
estadunidenses, publicados durante a semana nas redes sociais. A imprensa estadunidense
divulgou no domingo (09) novas informações reveladas por esses documentos.
Sobre a guerra na Ucrânia, o New York Times mostra a
extensão e precisão das informações coletadas pelos EUA. Os serviços de
inteligência deles poderiam ser informados antecipadamente sobre os alvos dos
bombardeios russos – detalhes particularmente valiosos para a Ucrânia.
Entretanto, os documentos também mostram que eles espionam o Estado-maior e os
líderes ucranianos.
Outras informações se referem indiretamente à Ucrânia,
como as supostas tentativas do grupo paramilitar Wagner de comprar armas da
Turquia, passando pelo Mali. Ou ainda informações sobre o debate no governo sul-coreano
sobre a entrega de munição à Ucrânia.
Além destes, outros documentos abordam a situação em
Israel. A CIA teria recolhido dados sobre o apoio dado pelo Mossad, o serviço
secreto israelense, para os opositores à reforma da Justiça proposta pelo governo
de Benjamin Netanyahu, que causa uma onda de indignação no país.
Espionaram até Zelensky! A emissora CNN revelou que os documentos secretos
vazados recentemente mostram que os EUA espionaram o presidente ucraniano,
Vladimir Zelensky.
“Um documento revela que os EUA espionaram Zelensky”,
revelou a emissora, citando os documentos secretos vazados do Pentágono. E uma
fonte revelou à CNN que esta situação não surpreende, afirmando que isso já “era
de se esperar”.
Contudo, a fonte destaca que os funcionários do governo
e militares ucranianos estão profundamente desapontados e frustrados com o
vazamento destes documentos secretos.
Vai influir no apoio de Biden? Embora o valor das informações contidas nos documentos
vazados pareça um tanto questionável, o momento do vazamento em si pode dizer
muito sobre os motivos das pessoas que o causaram, de acordo com o ex-oficial
da CIA, Philip Giraldi.
Um aparente vazamento de informações classificadas, que
resultou no que parece ser um lote de documentos dos EUA relacionados ao conflito
na Ucrânia sendo postado nas mídias sociais, deixou os especialistas refletindo
sobre o significado desse desenvolvimento.
Philip Giraldi, ex-oficial da CIA que agora atua como
diretor executivo do Conselho para o Interesse Nacional — um grupo de defesa antiguerra
sem fins lucrativos — disse ao site Sputnik que a importância dos materiais
vazados decorre do fato de que eles parecem ser “altamente classificados” e “presumivelmente
foram vazados por alguém sênior na hierarquia do Pentágono”.
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