Cade investiga denúncia da Siemens de acordo entre empresas para inflar preços cobrados - Entenda o caso do suposto cartel em licitações do Metrô em SP e no DF -
De: MVM==News
05/08/2013 11h19- Atualizado em 06/08/2013 10h39
Entenda o caso do cartel em licitações do Metrô em SP e no DF
Cade investiga denúncia da Siemens de acordo entre empresas para inflar preços cobrados.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga uma denúncia de formação de cartel para licitações do Metrô de São Paulo e do Distrito Federal e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" publicada no dia 2, a empresa alemã Siemens, que faria parte do suposto esquema, entregou ao Cade documentos em que afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel que envolveria 18 empresas. Além da Siemens, seriam ainda participantes subsidiárias da francesa Alstom, da canadense Bombardier, da espanhola CAF e da japonesa Mitsui.
Leia matérias da FSP:
Siemens diz que governo de SP deu aval a cartel no metrô
Lista apresentada pela Siemens tem 18 empresas e 23 executivos
Leia também:
Diário detalha negociação entre empresas
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O que é cartel?
É um acordo ilegal entre empresas concorrentes para elevar os preços de seus produtos e serviços e obter maiores lucros.
O que a Siemens disse ao Cade, segundo o jornal 'Folha de S.Paulo'?
Em documentos entregues a autoridades brasileiras, a multinacional alemã Siemens diz que:
1- Participou de um acordo entre empresas para fraudar licitações de trens e metrô.
2- O governo de São Paulo soube e deu aval ao cartel, que, segundo a empresa, funcionou de 2000 a 2007, nos governos Covas, Alckmin e Serra, do PSDB.
Quais são os contratos suspeitos, de acordo com o jornal 'O Estado de S.Paulo'?
1 - Trens e equipamentos para o Trecho 1 da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo.
Contrato: agosto de 2000
Valor: R$ 404 milhões
2 - Trens e equipamentos para expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo.
Contrato: maio de 2005
Valor: R$ 143,6 milhões
3 - Manutenção de trens das séries S2000, S2100 e S3000 da CPTM em São Paulo.
Contrato: entre 2001 e 2002
Valor: R$ 88 milhões (S2000), R$ 154,6 milhões (S2100), R$ 33 milhões (S3000).
4 - Modernização da Linha 12-Safira da CPTM em São Paulo.
Contrato: novembro de 2004
Valor: R$ 276 milhões
5 - Manutenção do Metrô do Distrito Federal.
Contrato: maio de 2007
Valor: R$ 77 milhões
Exemplos de acordos:
A 'Folha' diz que documentos entregues pela Siemens ao governo ilustram dois casos de cartel:
1- Linha 5 do Metrô de SP
- Diário de executivos da Siemens diz que empresas se reuniram para definir as parcelas de cada uma no projeto.
- Os relatos indicam que houve a opção pela formação de um grande consórcio, que depois viria a contratar empresas "derrotadas" na licitação.
2- Manutenção de trens da CPTM
- Segundo a denúncia, a Siemens fez acordo com as empresas Alstom (França), Bombardier (Canadá) e CAF (Espanha) para que cada uma ganhasse a licitação de manutenção de um tipo de trem.
- O jornal diz que, após desavenças, o acordo final entre as empresas determinou que a Siemens ganhasse a concorrência para os trens S3000, e um consórcio de Alstom e CAF levasse o pacote dos trens S2100, subcontratando Bombardier, Temoinsa e Mitsui como fornecedoras.
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Bob Fernandes/ O escândalo de R$ 425 milhões: o "Trenzão" do PSDB (Visualização)
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O Movimento Passe Livre centra sua luta nos transportes públicos. E por isso volta às ruas a 14 de agosto. Volta por conta de uma denúncia: ao longo dos últimos 20 anos, num esquema de cartel e corrupção, governos do PSDB em São Paulo teriam lesado os cofres públicos em R$ 425 milhões. O esquema teria sido montado para vencer concorrências na área de metro e trens. Com envolvimento de políticos e funcionários públicos de governos do PSDB paulista. A investigação nasceu da devassa feita, no exterior, em duas multinacionais do setor: a francesa Alstom e a alemã Siemens. Com confissão de ex-funcionários, na justiça. Por lá já tem gente demitida e presa. A Alstom aponta distribuição de US$ 6,8 milhões para integrantes do tucanato paulista entre 1998 e 2001. Um ex-funcionário da Siemens revelou: de outro contrato superfaturado, algo como R$ 46 milhões seguiram para gente do PSDB. No Brasil, a denúncia é fruto de acordo feito pela Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em troca a multinacional ganha imunidade. O uso do futuro do pretérito composto -teria, teriam, seriam- é uma imposição elementar do jornalismo. Isso são denúncias. Denúncias sobre o que seria um propinoduto tucano, mas não são fatos já julgados. Será preciso, via ministério público e Justiça, investigar e apontar quem é culpado e quem é inocente. É claro que isso terá desdobramentos na política; o chamado "mensalão" do PT, por exemplo, está em cartaz há 9 anos. O que não se deve esperar é o mesmo empenho, a mesma gana e, principalmente, o mesmo barulho. Cinco mil dólares na cueca de um petista é algo espetacular. Ir ao banco com carteira de identidade e receber 20 ou 50 mil de um "por fora" é também espetacular; além de ser crime, é rudimentar e é hilário enquanto método. Tudo isso e muito, muito mais, alimentou o espetáculo do "mensalão". E o problema é do PT, que se enfiou nessa porque quis. Mas admitamos: R$ 425 milhões, com multinacionais e corrupção, é também enredo espetacular. Do PSDB. A diferença está, estará na disposição de se ir a fundo nesse "trenzão" tucano. No investigar, noticiar e reverberar até a punição. No Brasil tem os escândalos que existem. E tem escândalos que não se quer que exista. Para estes, reserva-se o estrondoso silêncio. A propósito, recordemos o que disse Paulo Vieira de Souza, que depôs na CPI da Delta/Cachoeira. Em entrevista à Revista Piaui, o ex-diretor do Dersa paulista escancarou: "Por que a CPI proibiu abrir as contas do eixo Rio-São Paulo? Porque se abrir, cai o Brasil." Tema: Política
http://www.youtube.com/watch?v=06QfNstN7ck (Visualização)
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Editado de:
G1, em São Paulo
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