Uma questão de Justiça
Postado por Marcos Weric as 22:26 h
Diante da polêmica instalada depois da inesquecível e histórica conquista do meu Botafogo da Paraíba. O Botafogo que me fazia sair de casa no longínquo bairro do Valentina de Figueiredo, num 120 lotado, com dinheirinho contado da passagem e um Passe Legal na mão, Encarar o sol na cara durante duas horas, pulando e gritando na antiga Anjinhos do Belo, fundada por mais um bando de abnegado loucos por futebol e loucos pelo BELO. Demorou, mas o meu Botafogo me deu uma alegria imensa. Mas como o destino tem sua sabedoria, quis ele que uma conquista como essa não viesse na minha adolescência, mas viesse agora para que pudesse dividir essa felicidade tremenda e inenarrável com meu filho mais velho, que no auge dos seus sete anos, pulou, gritou e se emocionou comigo gritando o que eu nunca tinha gritado no auto dos meus trinta e poucos anos. Botafogo Campeão Brasileiro.
A longa introdução se dá para que se tenha noção do que representa uma conquista como está para quem lá de muito longe acompanha, sofre e torce por seu time de coração. Como por exemplo, o cidadão Luciano Cartaxo, a quem vejo com freqüência no Almeidão desde quando era vereador e não podia fazer muita coisa, a não ser torcer, para ajudar o nosso Botafogo.
Como prefeito, Cartaxo concedeu ao Botafogo e aos demais times da Capital, um suporte financeiro jamais visto, que como consequência teve o Botafogo Campeão Paraíba e Brasileiro e o CSP e o Auto Esporte, entre os primeiros colocados da competição estadual. Algo que há muito tempo não se via.
Imagino a felicidade de Cartaxo com a conquista de ontem. Imagino como torcedor, por que vivi a mesma emoção, apaixonado que também sou pelo Belo. Mas como prefeito, que, repito, foi quem viabilizou suporte financeiro jamais visto pelo Botafogo, nem de governo, nem de empresas, sem o qual seria impossível manter um plantel tão qualificado que garantiu as conquistas em campo, não posso imaginar.
Assim como não posso imaginar a decepção de ver a diretoria do clube se envolver uma trama ardilosa, para trazer a baila um personagem que até então se manteve a margem de todo o processo, que se quer acompanhou um jogo no Almeidão, ou na Graça, ou muito menos fora de casa, que chegou a criticar a "política de pão e circo", implantada pelo prefeito da Capital, e agora surge todo polpudo entregando taça e recebendo a primeira visita oficial da taça e da diretoria.
Então façamos o seguinte, tiramos o fator material de lado, esqueçamos que entrou com dinheiro e quem entrou com reforma de campo, colocamos em discussão apenas uma coisa. Presença. Quem foi mais presente nos momentos tristes, difíceis, alegres e de euforia como ontem? Quem esteve ao lado do time, da diretoria, da torcida, na arquibancada? Quem?
Somente por isso, o que seria mais justo?
@marcosweric
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