terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Nova vitória de Maduro significa continuidade da Revolução Bolivariana


Maduro vence eleições na Venezuela e revolução bolivariana segue adiante

9/12/2013 14:20
Por Redação, com agências internacionais - de Caracas

Simpatizantes do governo de Nicolás Maduro comemora a vitória sobre a oposição, na Venezuela
Simpatizantes do governo de Nicolás Maduro comemora a vitória sobre a oposição, na Venezuela
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, na sigla em espanhol), ganhou 196 das 335 prefeituras disputadas (58,5%), enquanto o partido de oposição Mesa de la Unidade Democrática (MUD) logrou êxito em 53 municípios, segundo dados liberados pela direção do Conselho Nacional Eleitoral (CNE, também na sigla em espanhol). Com 97% dos votos contabilizados, o PSUV obteve 44,16% do total de votos, contra 40,96 do MUD. O Partido Comunista da Venezuela (PCV) chegou a 1.6% e outros partidos, somados, tiveram 13,26%, segundo o CNE.
– O amor e a lealdade do povo ao comandante Chávez triufou. A Vitória de cada um dos prefeitos e prefeitas, anunciados pelo CNE serão prontamente reconhecidos – afirmou o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O sucessor de Chávez também questionou:
– O que vai fazer a oposição diante da quarta derrota consecutiva em menos de 14 meses?
Maduro felilcitou a todos os eleitores e fez um chamamento público para que todos aceitem “em paz os resultados”.
Em percentuais nacionais, o partido de Nicolás Maduro (herdeiro político do presidente Hugo Chávez, que morreu em Março) conseguiu 49,2% dos votos contra 42,7% da coligação de oposição, segundo a presidenta do CNE, Tibisay Lucena. Os números, no entanto, foram interpretados de forma diferente para governo e oposição. Os primeiros cantaram vitória por ter alcançado o maior número de votos e conquistado o maior número de municípios, e os segundos vibram por terem conseguido vencer em cidades com um número maior de habitantes.
Do ponto de vista dos totais nacionais, os resultados replicam os percentuais obtidos nas eleições presidenciais de Abril e confirmam a polarização e divisão do país entre o governo e a oposição. Maduro, no entanto, venceu as eleições que tiveram um caráter plebiscitário, no momento em que o país atravessa uma profunda crise econômica.
O presidente discursou na Praça Bolívar, a principal de Caracas, tão logo foram divulgados os resultados que atribuíam ao PSUV o maior número de mandatos.
– Por cada três autarquias ganhas pela revolução, a oposição obtém apenas uma – sublinhou Maduro em tom vitorioso.
Segundo analistas ligados à direita venezuelana, apesar da curta margem que o separa da oposição, a votação concedeu um segundo fôlego ao presidente, que conseguiu recuperar a iniciativa após uma queda nas sondagens eleitorais.
– Não é uma vitória ampla, mas o resultado dá a Maduro um espaço para se mostrar forte e seguir com as suas políticas – assinalava à agência britânica de notícias BBC o sociólogo norte-americano David Smilde, investigador do Washington Office on Latin America e autor de um blog sobre a Venezuela.
O MUD chegou a protestar no domingo contra a demora na divulgação de resultados, considerando que o escrutínio estava muito demorado. A oposição conseguiu conservar dois municípios importantes (os maiores da Venezuela) que estavam na sua mão, Caracas (bem como as outras cinco câmaras que constituem a área matropolitana da capital) e Maracaíbo.
Mas também conquistou as capitais de outros Estados: Valencia, San Cristobal, Trujillo e, a mais importante de todas, Barinas, o Estado natal do ex-Presidente Hugo Chávez.
– A oposição ganhou uma oportunidade para governar e demonstrar, nem que seja simbolicamente, que as coisas podem ser feitas de outra forma – comentou David Smilde.
Porém, o desânimo nas hostes liberais era visível.
– Eles transformaram a votação num plesbicito a Maduro, e desse ponto de vista perderam – notou o analista.
Dos 337 municípios venezuelanos, apenas oito foram ganhos por outros partidos que não o socialista e o MUD.

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