sexta-feira, 22 de abril de 2016

'Deixemos que comunidade internacional veja novo golpe brasileiro pelo que ele realmente é', diz jornal russo

'Deixemos que comunidade internacional veja novo golpe brasileiro pelo que ele realmente é', diz jornal russo

'Imbecilidade demonstrada por bando de crianças malcriadas foi chocante', escreveu editor sobre votação pelo impeachment

Clique para acessar todas as matérias e artigos de Opera Mundi e Samuel sobre o processo de impeachment

O jornal russo Pravda, em artigo assinado pelo editor-Chefe da publicação em português, Timothy Bancroft-Hinchey nesta quinta-feira (21/04), criticou a condução do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados e ressaltou que se trata de um golpe contra a mandatária.
O editor comparou os deputados federais brasileiros a “crianças malcriadas” devido ao comportamento que tiveram durante a votação. O veículo ainda afirmou que os representantes insultam a classe trabalhadora do país.
“Quem assistiu a sessão do último domingo [17/04] ficou chocado com a imbecilidade pueril demonstrada pelo que parecia ser um bando de crianças malcriadas dando um chilique, uma imagem espelhada de macacos de zoológico após bananas serem jogadas dentro da jaula”, disse..

Nilson Bastian/Fotos Públicas

"[Deputados federais] pareciam crianças malcriadas dando um chilique" durante votação, diz jornal russo
Para o editor, que também é colunista da versão em inglês e russo, nenhum dos deputados “elitistas” possuía moral para votar no processo. Bancroft-Hinchey se referiu a Jair Bolsonaro (PSC-RJ)  chamando-o de “porco fascista” por dedicar seu voto a um conhecido torturador da ditadura militar brasileira, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Assim, o artigo duvidou da legitimidade da Câmara em aprovar a continuação de um processo de impeachment contra uma presidente “eleita democraticamente com mais de 50 milhões de votos e contra quem não há nem um pedaço de prova que aponte para atividade criminal”.

Em Minas Gerais, Pepe Mujica diz temer efeito da crise política brasileira sobre jovens

Manifestantes protestam contra vice-presidente Michel Temer em São Paulo

'A traição do Brasil': matéria de capa da The Economist diz que impeachment não resolverá crise econômica

PUBLICIDADE
“Que legitimidade tem um bando de elitistas que sempre foram privilegiados para julgar uma presidente cujo trabalho e cujo partido [PT] provocou benefícios sociais visíveis para milhões de pessoas? (...) Esta sujeira nojenta, mais suja do que qualquer coisa que nada em qualquer esgoto, tem a audácia de acusar uma presidente democraticamente eleita sem possuir uma única prova contra ela?”, questionou Bancroft-Hinchey.
Por fim, o editor afirma que o posicionamento dos representantes insulta os brasileiros, visto que os deputados não representam a classe trabalhadora, mas falam em nome dela. “Então eles buscam enriquecer aceitando subornos para em seguida falar em nome do povo trabalhador? Querem insultar a população brasileira?”, ponderou o coluninsta.
“Vamos investigar o histórico desses ilustres deputados e publicá-los. Então veremos quem vai rir por último. Enquanto isso, deixemos que a comunidade internacional veja esse novo golpe brasileiro pelo que ele realmente é”, finalizou o autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário