Golpistas já
tentam barrar Lava Jato em público
O ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques
Wagner (BA) alfinetou o atual comandante da pasta no governo Michel Temer,
Eliseu Padilha, ao dizer que "os golpistas não conseguem esconder a
vontade de barrar a qualquer custo as investigações da Lava Jato. Nem mesmo o
fato de estarem em público os constrange".
"Esse é o caso, por exemplo, do ministro Eliseu Padilha. No momento
em que a operação se aproxima da cúpula do PMDB, Padilha, o homem forte de
Temer, fez um apelo para que os procuradores coloquem logo um ponto final nas
apurações", disparou o ex-governador da Bahia, na sexta-feira (17), pelo
Facebook. "É o indisfarçável desespero de quem ainda não entendeu que os
tempos do Engavetador-Geral da República ficaram no passado",
complementou.
Wagner faz referência à declaração de
Padilha, na quinta-feira (16), durante palestra em São Paulo, quando o
peemedebista disse ter certeza de que "os principais agentes da Lava Jato
terão a sensibilidade para saber o momento em que eles deverão aprofundar ao
extremo, e também de eles caminharem rumo a uma definição final".
"Isso tem que ser sinalizado,
porque nós vimos na Itália, onde não houve essa sinalização e depois do grande
benefício que veio, tiveram efeitos deletérios que nós não podemos correr o
risco aqui", afirmou Padilha. Ao citar a Itália, ele se referiu à Operação
Mãos Limpas, que combateu a corrupção no país europeu na década de 1990.
Três ministros de Temer já deixaram seus
cargos em consequência da divulgação de trechos da delação do ex-presidente da
Transpectro Sérgio Machado: São eles: Henrique Eduardo Alves saiu da Turismo,
Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência,
Fiscalização e Controle.
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