Documentos revelam determinação do DNC em prejudicar a campanha de Sanders
Série de emails, divulgados pelo WikiLeaks, revelam como o alto escalão do Comitê Democrata Nacional queria promover a campanha de Clinton.
O WikiLeaks publicou na sexta-feira quase 20.000 emails vazados do Comitê Democrata Nacional (DNC).
A organização de denúncias descreve a série de emails, que inclui mais de 8.000 anexos, como “parte da nossa nova série de vazamentos da Hillary”, e é a última em uma série de despejos de documentos que mostram o DNC – que, como nota o The Intercept, “não pode favorecer um candidato Democrata até que recebam a nomeação”- determinado em promover a candidatura da ex-secretária de Estado e trabalhando contra o rival Bernie Sanders.
Não é claro até aqui se o hacker conhecido como Guccifer 2.0, que alegou ser responsável por dois vazamentos anteriores dos servidores do DNC, forneceu os últimos documentos ao WikiLeaks.
Os novos vazamentos vão de janeiro de 2015 a maio de 2016, e vêm do que o WikiLeaks descreve como “narrativas de sete figuras chave do DNC: o diretor de Comunicações Luis Miranda (10770 emails), o diretor nacional de Finanças Jordon Kaplan (3797 emails), chefe de gabinete de Finanças Scott Comer (3095 emails), diretor financeiro de Dados e Iniciativas Estratégicas Daniel Parrish (1472 emails), diretor de Finanças Allen Zachary (1611 emails), conselheiro sênior Andrew Wright (938 emails) e o diretor de Finanças do norte da Califórnia Robert Stowe (751 emails)”.
O WikiLeaks destacou no Twitter alguns dos emails, como o datado do dia 21 de maio de 2016, do diretor assistente de Comunicações, Mark Paustenbach ao diretor de Comunicações Luis Miranda, sobre como construir uma “narrativa anti-Bernie” focando no fato de que “ele nunca se endireitou”.
Outro email datado de 5 de maio de 2016, (linha do assunto: No Shit) do diretor financeiro do DNC, Brad Marshall, parece mostrar que o DNC previa focar no suposto ateísmo de Sanders como um ponto negativo.
Não cita o nome do senador de Vermont, mas diz: “Pode não fazer diferença, mas em KY e WVA podemos pedir que alguém pergunte sobre sua crença. Se ele acredita em um Deus. Ele patinou dizendo que tem uma herança judia. Eu acho que li que ele é ateu. Isso pode significar muita coisa com o meu pessoal. Meu pessoal Batista do sul sabe diferenciar um judeu de um ateu”.
Em outro email datado de 19 de maio de 2016, da presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz para Mirando e Paustenbach, ela escreve, “A coisa de Israel é desconcertante”, em referência ao artigo do Washington Post linkado que declara:
Sanders planeja um esforço agressivo para extrair concessões de plataforma em políticas chave que poderiam incitar batalhas desagregadoras em um momento no qual Hillary Clinton tentará unificar o partido. Entre outras questões, ele planeja promover um salário mínimo nacional de 15$ e argumentar que o partido precisa de uma posição mais balanceada sobre Israel e os Palestinos, de acordo com um assessor da campanha de Sanders que pediu anonimato para falar de forma franca.
Miranda respondeu escrevendo, “HFA [Hillary Pela América] especificamente pressionou essa parte. Ao menos é o que parece de quando o Mark falou com o repórter”.
Schultz então respondeu dizendo, “Calma, você quer dizer que HFA pressionou que Sanders quer moderar nossa medida de Israel na plataforma ou que eles querem?” ao que Miranda respondeu: “a medida de Israel, que eles vêem como uma questão ideal para marginalizar Sanders”.
Em outro email destacado pelo site Politico, de 17 de maio de 2016, Schultz escreve para Paustenbach que Jeff Weaver, o gerente de campanha de Sanders, é um “mentiroso maldito” e, em outro, datado de 13 de maio de 2016, ela escreve, “ele é um idiota”, de novo se referindo a Weaver, depois de ser “informada por Paustenbach que Weaver havia dito que a campanha de Sanders deveria continuar até a convenção”, adiciona o Politico.
Como também relata o RT News: “outro email mostra representantes do DNC – o corpo governamental do partido que é supostamente neutro quanto aos candidatos Democratas – usando 'nós e eles' ao se referir aos apoiadores de Sanders”.
A reação da candidata à presidência pelo Partido Verde, Jill Stein, aos documentos foi pela mesma linha. Eles “mais uma vez provam a colisão entre a campanha de Hillary e o DNC”, ela declarou sobre os documentos.
Sanders, por sua parte, já havia denunciado previamente que o DNC estava tentando prejudicar sua campanha.
A organização de denúncias descreve a série de emails, que inclui mais de 8.000 anexos, como “parte da nossa nova série de vazamentos da Hillary”, e é a última em uma série de despejos de documentos que mostram o DNC – que, como nota o The Intercept, “não pode favorecer um candidato Democrata até que recebam a nomeação”- determinado em promover a candidatura da ex-secretária de Estado e trabalhando contra o rival Bernie Sanders.
Não é claro até aqui se o hacker conhecido como Guccifer 2.0, que alegou ser responsável por dois vazamentos anteriores dos servidores do DNC, forneceu os últimos documentos ao WikiLeaks.
Os novos vazamentos vão de janeiro de 2015 a maio de 2016, e vêm do que o WikiLeaks descreve como “narrativas de sete figuras chave do DNC: o diretor de Comunicações Luis Miranda (10770 emails), o diretor nacional de Finanças Jordon Kaplan (3797 emails), chefe de gabinete de Finanças Scott Comer (3095 emails), diretor financeiro de Dados e Iniciativas Estratégicas Daniel Parrish (1472 emails), diretor de Finanças Allen Zachary (1611 emails), conselheiro sênior Andrew Wright (938 emails) e o diretor de Finanças do norte da Califórnia Robert Stowe (751 emails)”.
O WikiLeaks destacou no Twitter alguns dos emails, como o datado do dia 21 de maio de 2016, do diretor assistente de Comunicações, Mark Paustenbach ao diretor de Comunicações Luis Miranda, sobre como construir uma “narrativa anti-Bernie” focando no fato de que “ele nunca se endireitou”.
Outro email datado de 5 de maio de 2016, (linha do assunto: No Shit) do diretor financeiro do DNC, Brad Marshall, parece mostrar que o DNC previa focar no suposto ateísmo de Sanders como um ponto negativo.
Não cita o nome do senador de Vermont, mas diz: “Pode não fazer diferença, mas em KY e WVA podemos pedir que alguém pergunte sobre sua crença. Se ele acredita em um Deus. Ele patinou dizendo que tem uma herança judia. Eu acho que li que ele é ateu. Isso pode significar muita coisa com o meu pessoal. Meu pessoal Batista do sul sabe diferenciar um judeu de um ateu”.
Em outro email datado de 19 de maio de 2016, da presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz para Mirando e Paustenbach, ela escreve, “A coisa de Israel é desconcertante”, em referência ao artigo do Washington Post linkado que declara:
Sanders planeja um esforço agressivo para extrair concessões de plataforma em políticas chave que poderiam incitar batalhas desagregadoras em um momento no qual Hillary Clinton tentará unificar o partido. Entre outras questões, ele planeja promover um salário mínimo nacional de 15$ e argumentar que o partido precisa de uma posição mais balanceada sobre Israel e os Palestinos, de acordo com um assessor da campanha de Sanders que pediu anonimato para falar de forma franca.
Miranda respondeu escrevendo, “HFA [Hillary Pela América] especificamente pressionou essa parte. Ao menos é o que parece de quando o Mark falou com o repórter”.
Schultz então respondeu dizendo, “Calma, você quer dizer que HFA pressionou que Sanders quer moderar nossa medida de Israel na plataforma ou que eles querem?” ao que Miranda respondeu: “a medida de Israel, que eles vêem como uma questão ideal para marginalizar Sanders”.
Em outro email destacado pelo site Politico, de 17 de maio de 2016, Schultz escreve para Paustenbach que Jeff Weaver, o gerente de campanha de Sanders, é um “mentiroso maldito” e, em outro, datado de 13 de maio de 2016, ela escreve, “ele é um idiota”, de novo se referindo a Weaver, depois de ser “informada por Paustenbach que Weaver havia dito que a campanha de Sanders deveria continuar até a convenção”, adiciona o Politico.
Como também relata o RT News: “outro email mostra representantes do DNC – o corpo governamental do partido que é supostamente neutro quanto aos candidatos Democratas – usando 'nós e eles' ao se referir aos apoiadores de Sanders”.
A reação da candidata à presidência pelo Partido Verde, Jill Stein, aos documentos foi pela mesma linha. Eles “mais uma vez provam a colisão entre a campanha de Hillary e o DNC”, ela declarou sobre os documentos.
Sanders, por sua parte, já havia denunciado previamente que o DNC estava tentando prejudicar sua campanha.
Créditos da foto: Facebook de Bernie Sanders
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