quarta-feira, 27 de julho de 2016

EUA continuarão atacando a Síria mesmo com mortes de inocentes

EUA continuarão atacando a Síria mesmo com mortes de inocentes

Ao ser questionado sobre um cessar fogo dos ataques aéreos, porta-voz chefe do exército dos EUA disse, 'não, as operações contra o EI continuam'.


Nadia Prupis, Common Dreams
The White House
Os EUA dizem que os ataques aéreos na Síria irão continuar, mesmo com relatos de dezenas de mortes de civis e os pedidos de grupos de direitos humanos e ativistas da oposição.
 
O The Guardian relata:
 
Anas Alabdah, presidente da Coalizão Nacional Síria, pediu aos EUA que suspendessem os ataques aéreos até que seja feita uma investigação mais profunda sobre os ataques próximos da cidade de Manbij, ao norte, na terça-feira, que os ativistas dizem ter matado ao mesmo 73 civis – e possivelmente mais de 125.
 
[…] os EUA lançaram ao menos 12 ataques aéreos desde a destruição na vila de Tokkhar, de acordo com registros diários divulgados pelo exército. Perguntado pelo Guardian se o exército irá parar com os ataques, o Coronel do exército, Christopher Garver, porta-voz chefe do comando do exército no Iraque e na Síria, respondeu: “Não. As operações continuam contra o Daesh [outro nome para o Estado Islâmico, EI]”.





 
De acordo com a Associated Press (AP), o aumento da violência é seguido pela ordem dada pelos combatentes sírios, e apoiada pelo exército norte-americano, para o EI de que saiam de Manjib em 48 horas, como “parte de uma tentativa derradeira para proteger vidas inocentes”.
 
A UNICEF estimou essa semana que “35.000 crianças estão ilhadas dentro e nos arredores de Manjib sem lugar seguro para ir. Nas últimas seis semanas, e seguindo a intensificação da violência, mais de 2.300 pessoas foram mortas na região, detre elas dezenas de crianças”.
 
“Nós desprezamos qualquer tipo de violência e alertamos à todas as partes do conflito na Síria que façam de tudo para poupar vidas inocentes”, disse o grupo.
 
A AP continua:
 
O conflito em torno de Manjib coincide com um aumento dos combates na disputada cidade de Aleppo, onde as forças do governo cercaram completamente as partes ao leste da cidade mantidas pelos rebeldes, aprisionando milhares de pessoas dentro.
 
Stephen O'Brien, coordenador de emergências da ONU, disse estar “gravemente alarmado” pelo desenrolar da situação em Aleppo. “A comida no leste de Aleppo está prevista para acabar no meio do mês que vem”, ele alertou.
 
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) alerta que a situação em Aleppo, a maior cidade da Síria, está “devastada”, com todos os bairros debaixo de fogo cruzado nos últimos dias.
 
“Ouvimos que dezenas de civis estão sendo mortos todos os dias e pessoas feridas por foguetes, morteiros e bombardeios. Os bombardeios são constantes. A violência está ameaçando a vida de milhares de pessoas, lares e vizinhanças”, disse Marianne Gasser, chefe da delegação síria da ICRC, em uma declaração, na quinta-feira.
Créditos da foto: The White House




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